Com 65% de Gaza na miséria, líderes bilionários do Hamas levam vidas de luxo no Catar

Ismail Haniyeh, líder do Hamas (à direita), em encontro neste domingo (15) no Catar com o ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amir-Abdollahian| Foto: EFE/EPA/Ministério das Relações Exteriores do Irã

Segundo dados de 2022 do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha, na sigla em inglês), 65% da população da Faixa de Gaza vive em situação de insegurança alimentar e abaixo da linha da pobreza.

Entretanto, para os líderes do grupo terrorista Hamas, que controla o enclave desde 2007, fome e pobreza não passam de uma realidade muito distante.

Uma reportagem de junho de 2021 do Canal 13, de Israel, descreveu uma rotina de festas, casas e carros luxuosos das lideranças do Hamas e suas famílias e apontou que o grupo tem ao menos três bilionários: Mousa Abu Marzook (que tem um patrimônio estimado em US$ 3 bilhões), Ismail Haniyeh (entre US$ 3 e 4 bilhões) e Khaled Mashal (US$ 5 bilhões).

Marzook é um membro sênior da direção do Hamas e foi vice-presidente do diretório político do grupo terrorista entre 1997 e 2014; Haniyeh é o presidente do diretório desde 2017; e Mashal foi seu antecessor, entre 1996 e 2017.

Em 2014, Moshe Elad, especialista em Oriente Médio da Faculdade da Galileia Ocidental, disse em entrevista ao jornal israelense Globes que as fortunas dos líderes de Hamas têm várias origens.

Uma primeira fonte são as doações, de familiares de pessoas mortas, de caridade e de outros países islâmicos. O analista citou também campanhas para arrecadar dinheiro entre muçulmanos ricos nos Estados Unidos, que ajudaram na criação de vários fundos de valores estratosféricos.

Em grande parte, essas doações são desviadas para o ralo da corrupção e um dos caminhos são funcionários fantasmas: apoiadores no estrangeiro recebem listas com nomes fictícios de servidores da administração de Gaza, cujos salários acabam embolsados por membros sêniores do Hamas.

“O que chama a atenção nos líderes palestinos ao longo dos anos é o lema ‘Fique rico rapidamente’. Esses líderes não têm vergonha. Eles assumem o controle de indústrias cruciais, como comunicações e gasolina, assim que assumem as rédeas”, disse Elad, que destacou a cultura de corrupção escancarada entre as lideranças do Hamas.

O contrabando pelos túneis de Gaza é outra fonte de renda para as lideranças do Hamas, que cobram taxas de 25% do valor das mercadorias que chegam ilegalmente à faixa. O Hamas também impõe taxas a todos os comerciantes em Gaza e fatura com a especulação imobiliária após assumir o controle de terras no enclave.

Marzook (que chegou a ficar preso durante dois anos nos Estados Unidos na década de 1990 por apoio ao terrorismo e foi extraditado para a Jordânia), Haniyeh e Mashal vivem no Catar, longe da rotina de privações dos moradores de Gaza.

Em 2021, uma reportagem do jornal The Arab Weekly destacou que vídeos nas redes sociais mostraram Haniyeh jogando futebol ao lado dos arranha-céus com imponentes fachadas de vidro do Catar e sendo recebido com tapete vermelho por altos funcionários do país, sede da Copa do Mundo do ano passado.

Akram Atallah, colunista do jornal Al-Ayyam, com sede na Cisjordânia, disse ao Arab Weekly que os líderes do Hamas contiveram a revolta da população de Gaza por meio da “dualidade” de serem ao mesmo tempo um governo e um “grupo militante”.

“Quando criticado por não fornecer serviços básicos, [o Hamas] afirma ser um grupo de resistência. Quando criticado por impor impostos, diz que é um governo legítimo”, argumentou.

Entretanto, Atallah afirmou que o desgaste dos líderes terroristas junto ao povo de Gaza, por essa diferença entre a riqueza deles e a pobreza do enclave, já vinha crescendo antes da guerra deflagrada após os ataques do Hamas a Israel.

“O Hamas, como autoridade, foi exposto. O povo descobriu que seus líderes vivem muito melhor do que eles”, afirmou.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/mundo/com-65-de-gaza-na-miseria-lideres-bilionarios-do-hamas-levam-vidas-de-luxo-no-catar/?#success=true

Alexandre Garcia

A moral do brasileiro explica muitos resultados das urnas

A moral do brasileiro explica muitos resultados das urnas
| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A gente se pergunta tantas vezes por que o brasileiro escolhe Fulano de Tal, por que vota mal. Vou dar um exemplo, acontecido agora, que mostra quem somos nós, que brasileiros somos. Na Linha Vermelha, no Rio de Janeiro, capotou um caminhão carregado de refrigerante. Garrafas, engradados, se espalharam pelo chão. Foi tudo saqueado. Em um país civilizado, as pessoas que passassem por ali certamente ajudariam a juntar a carga e deixariam tudo ali, à disposição do proprietário. Mas aqui julgam que a carga jogada no chão não tem mais dono. Por quê? Qual é o caráter dessas pessoas, que também são eleitoras?

Em Patos de Minas (MG), uma menina de 11 anos pediu emprestado o celular do avô. Ele negou. A menina botou fogo no sofá, trancou avô e avó no apartamento e foi andar de patins lá embaixo. Os avós estavam no quarto andar, desesperados, pedindo socorro. Os vizinhos pegaram colchões e os idosos saltaram pela janela, sobre os colchões. O que se passa na cabeça dessa menina? Ela também vai ser uma eleitora também, vai ter critérios para escolher o seu representante na Presidência da República, na prefeitura, no governo estadual, na Câmara, no Senado, na Assembleia Legislativa. Quando será que vamos parar para pensar na hora de escolher alguém? Pensar 100 vezes, em vez de pensar só dez vezes.

Enquanto TSE quer deixar Bolsonaro inelegível de novo, ele segue rodando o país

TSE marcou para o dia 24 de outubro o julgamento de Jair Bolsonaro sobre o ato de 7 de setembro de 2022, que festejou 200 anos da independência do Brasil. Eu nunca vi um oceano de gente assim na Esplanada dos Ministérios, que é muito ampla. Os ministros estão pensando em condenar Bolsonaro à inelegibilidade mais uma vez. Enquanto isso, ele continua fazendo sua programação dele. Segunda-feira esteve em São Paulo, recebendo multidões. A próxima viagem é para Belém; depois, Goiânia, Minas e Porto Alegre. Ele continua percorrendo o Brasil.

O crime está em alta e até armas do Exército estão sumindo

Os números estão mostrando que o crime cresceu na Bahia e no Rio de Janeiro. E agora houve mais um furto de armas, no arsenal do Exército Brasileiro em Barueri (SP). O arsenal é o lugar onde se consertam e armazenam armas. Diz a imprensa que foram 13 metralhadoras .50 e oito 7.62. Interessantes as bobagens que vi no noticiário, mostrando foto de fuzis FAL e chamando de “metralhadora”. Ou que as armas que estavam no arsenal do Exército são “armas de guerra”. Tem cada uma… E não é a primeira vez que isso acontece. Antes disso, em Caçapava (SP), desviaram sete fuzis FAL, que também têm calibre 7.62. O Comando Militar do Sudeste conseguiu reaver todos eles. Não temos como não lembrar do que fez o capitão Carlos Lamarca, em Quitaúna. Ele levou dez metralhadoras, 63 fuzis e munição, em janeiro de 1969, para abastecer a guerrilha urbana. Acabou morto depois.

De um lado, a defesa da democracia e da paz; do outro, os continuadores de Hitler

Muita gente está acompanhando a guerra no Oriente Médio e falando em “míssil”. Na verdade, o que o Hamas usa, aos milhares, são foguetes, jogados a esmo sobre Israel para matar quem quer que seja. Esse é o objetivo. Israel alega que matou o chefe da inteligência do Hamas em um ataque cirúrgico. Acertam um prédio, mas avisam antes. Esta é uma guerra em que muitos aqui do Brasil estão indo para lá para defender um ideal de liberdade, de democracia, de um mundo civilizado, de um mundo em paz. O outro lado diz que só vai parar quando Israel desaparecer. Igualzinho a Hitler, que queria dar a “solução final” para o “problema judeu” matando todos eles.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/alexandre-garcia/comportamento-brasileiro-eleicoes/

Depois do tripé, o tríplex

O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil.

O governo Fernando Henrique Cardoso, no processo de consolidação da estabilização econômica trazida pelo Plano Real, adotou o chamado “tripé macroeconômico”, composto por superávit primário nas contas públicas, metas de inflação que deveriam ser perseguidas, e câmbio flutuante. Essas três ferramentas dariam ao país condições de buscar um crescimento sustentável, sem artificialismos nem voos de galinha; o abandono do tripé, trocado pela “nova matriz econômica” a partir do fim do segundo governo Lula, levou o país ao descontrole fiscal e à maior recessão de sua história, já com Dilma Rousseff na Presidência. Agora, o ministro Alexandre Padilha, das Relações Institucionais, resolveu lançar um “tríplex” formado por crescimento econômico, controle da inflação e redução do desemprego.

A escolha do termo é bastante peculiar, levando em conta o histórico de Lula com a Operação Lava Jato; intencional ou não, fato é que o “tríplex” de Padilha consiste em objetivos que o governo quer buscar, enquanto o tripé de FHC consistia nas ferramentas para atingir metas que, no fim das contas, são as mesmas do “tríplex”: crescimento com pleno emprego e inflação baixa. E, de certa forma, é exatamente aí que mora o problema. Lula, Padilha, Fernando Haddad e os demais formuladores da política econômica até sabem aonde querem chegar, mas o caminho que traçaram está repleto de dificuldades, e isso por uma escolha própria cujos defeitos os ministros insistem em ignorar, acreditando piamente que basta o Congresso aprovar algumas reformas e projetos de lei para que o sonho se torne realidade.

Por mais belo que seja o desenho na prancheta, o tríplex econômico do governo Lula está assentado sobre um alicerce muito frágil, calcado apenas em um aumento de receita sem um esforço correspondente no corte de despesas. As rachaduras não demorarão a aparecer

Reforma tributária, taxação de fundos offshore e fundos exclusivos, retorno do voto de qualidade no Carf – essas continuam a ser as grandes apostas do governo para fechar as contas; meses depois da apresentação do arcabouço fiscal desenhado para substituir o teto de gastos, continuam fora de cogitação quaisquer medidas que ataquem a despesa, eliminando privilégios, redundâncias ou programas ineficientes. Não surpreende que, mesmo diante do discurso otimista de Haddad, para quem o déficit zero em 2024 depende apenas de o Congresso não barrar os planos do governo, haja vozes pessimistas como a da Instituição Fiscal Independente (IFI), vinculada ao Senado, que alerta para uma chance real de desarranjo fiscal num futuro próximo.

Também muito preocupantes são as projeções do Fundo Monetário Internacional para a dívida pública brasileira. O critério do FMI é diferente daquele usado pelo Banco Central, pois inclui na conta os títulos emitidos pelo Tesouro Nacional que estejam em poder do BC. A edição de outubro do Monitor Fiscal aponta que, em 2023, a dívida pública brasileira corresponderá a 88,08% do PIB, e continuará crescendo ano após ano até chegar a 96,02% em 2028. Isso corresponde a cerca de 20 pontos porcentuais acima da média da dívida das nações emergentes, que compartilham o mesmo perfil do Brasil. É especialmente interessante ressaltar que essas projeções consideram que o país ficará perto de cumprir as metas de resultado primário propostas no arcabouço de Haddad, o que já é uma premissa bastante arriscada nas circunstâncias atuais.

De qualquer maneira, essa evolução na dívida pública projetada pelo FMI mesmo em caso de cumprimento das metas fiscais do arcabouço não surpreende. Afinal, a regra fiscal de Haddad prevê aumento real da despesa independentemente da situação econômica do país, e trabalha com superávits primários – que não incluem os juros da dívida – bastante tímidos em comparação com o que seria necessário para conseguir o superávit nominal, aquele em que o país efetivamente arrecada mais do que gasta, incluindo aí os juros.

Em resumo, por mais belo que seja o desenho na prancheta – quem não quer crescimento com inflação baixa e emprego para todos? –, o tríplex econômico do governo Lula está assentado sobre um alicerce muito frágil, calcado apenas em um aumento de receita sem um esforço correspondente no corte de despesas. As rachaduras não demorarão a aparecer, colocando em risco o edifício todo. E, se ele ruir como ruiu em 2015-16, também graças ao caos fiscal, mais uma vez o país inteiro será castigado e precisará trabalhar muito para reerguer o que a inconsequência dos “engenheiros econômicos” de Lula terá causado.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/triplex-economico-crescimento-inflacao-desemprego/?ref=principais-manchetes

J.R. Guzzo

Até Gilmar Mendes reconhece que Lula só se elegeu graças ao STF

Gilmar Mendes
Ministro Gilmar Mendes, do STF.| Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil


É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha, como diz a Bíblia, do que fazer com que um ministro do Supremo Tribunal Federal se manifeste apenas nos autos, como é princípio elementar em qualquer democracia séria do mudo. Os ministros do STF brasileiro são hoje oradores políticos, principalmente em lugares como Paris, Nova York ou Lisboa – onde em geral falam em português para plateias de brasileiros. No tempo que sobra das suas palestras, seminários e conferências, atuam como juízes. Mas no caso do último pronunciamento, por parte do ministro Gilmar Mendes, os brasileiros tiveram a oportunidade de ouvir a verdade que nenhuma figura pública deste país foi capaz de dizer até agora: a presença de Lula na presidência da República se deve ao STF. É, certamente, o maior chamado à realidade que o Brasil já ouviu desde as eleições presidenciais de 2022.

É muito bom que o ministro Gilmar ter dito que disse, pois assim não se poderá mais acusar de “desinformação” ou de outros crimes “contra a democracia”, o cidadão que vem dizendo exatamente a mesma coisa há mais de um ano. “Se hoje nós temos a eleição do presidente Lula, isso se deveu a uma decisão do STF”, afirmou o ministro em Paris, no último evento internacional de que participou.

Num país governado por um sistema oficial de mentiras, é realmente um conforto ouvir um peixe graúdo do regime restabelecer a verdade.

Esse é o tipo do benefício que pelo menos os 60 milhões de brasileiros, ou quase isso, que votaram no adversário de Lula, não queriam receber do STF. Não se entende, também, como possam ser a “elite” denunciada por ele em Paris; se fossem, o Brasil teria a maior elite do planeta, e todo mundo sabe que não tem. Mas o que importa é a afirmação central de Gilmar Mendes: Lula só é presidente do Brasil por causa do STF. Ele próprio, a esquerda e as classes intelectuais acham que ganharam “a eleição”. Sempre foi falso. Quem ganhou a eleição para eles foi o Supremo.

O STF fez tudo o que foi decisivo para Lula ser declarado presidente. Não só decidiu anular a sua própria jurisprudência e revogou a prisão em segunda instância, o que tirou Lula da cadeia onde estava cumprindo pena pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Também anulou as quatro ações penais contra ele, com a prodigiosa desculpa de que o endereço dos processos estava errado, o que suprimiu a ficha suja que o impedia de se candidatar.

Durante toda a campanha, o braço eleitoral do STF, o TSE, trabalhou sistematicamente a favor de Lula e contra seu adversário e não permitiu nenhuma investigação sobre a contagem dos votos. Ao contrário: puniu, inclusive com multas de 22 milhões de reais, quem cometeu o delito de apresentar uma petição ao próprio TSE para solicitar um reexame da apuração. No fim, para coroar a operação toda, decidiram que o concorrente de Lula na eleição fica proibido de disputar qualquer cargo público no Brasil pelos próximos oito anos.

Num país governado por um sistema oficial de mentiras, é realmente um conforto ouvir um peixe graúdo do regime restabelecer a verdade dos fatos numa declaração pública. Lula não foi colocado no Palácio do Planalto pelo eleitor brasileiro; está lá pela vontade do STF. Deve tudo aos ministros – sua autonomeação para o cargo de Deus, seu programa de volta ao mundo junto com a mulher, as dezenas de empregos “top de linha” que deu para os amigos que perderam a eleição, e daí até o infinito. Não está lá por seus méritos, a “vontade popular” ou a vitória do amor sobre o ódio. Está lá porque o STF quis; se não tivesse querido, Lula continuaria até hoje trancado numa cela de Curitiba, e ninguém estaria ligando minimamente para ele.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/jr-guzzo/gilmar-mendes-reconhece-lula-eleicao-stf/

Foto de perfil de Luciano Trigo
Luciano Trigo

Sobre ratos e homens

Sobre ratos e homens
| Foto: Divulgação


Entre as muitas representações do povo judeu como ratos promovidas pelo Nazismo, destaca-se o documentário O judeu eterno, de 1940. O filme registra o cotidiano no gueto de Lodz, na Polônia ocupada, de maneira a convencer o espectador de que os judeus são responsáveis por todas as desgraças do mundo, uma sub-raça de parasitas e trapaceiros que merece ser exterminada da face da Terra.

O documentário apresenta os judeus como ratos que transmitem doenças contagiosas e se apropriam dos recursos dos alemães. O filme é tão nojento na desumanização do povo judeu que sua exibição é até hoje proibida na Alemanha e em diversos países europeus.

O antissemitismo não morreu. Mais de 80 anos depois de O judeu eterno, o Governo alemão se vê obrigada a proibir manifestações de apoio aos atos terroristas cometidos por um grupo que odeia os judeus e cujo objetivo declarado é varrer Israel do mapa.

Como relata esta matéria, na noite do massacre dezenas de pessoas foram às ruas no bairro de Neukölln, em Berlim, para festejar o assassinato de centenas de civis israelenses pelo Hamas – incluindo mulheres, idosos e crianças. “Exibindo bandeiras palestinas, membros do grupo entoaram cânticos contra Israel e distribuíram doces para os participantes em uma área da capital alemã que conta com uma comunidade muçulmana significativa”.

“Isso é desprezível, é desumano e contradiz todos os valores com os quais estamos comprometidos como nação. Não aceitaremos o ódio e o incitamento sem agirmos. Não toleramos o antissemitismo”, declarou o Chanceler alemão Olaf Scholz.

Ou seja, até mesmo no berço do Nazismo e do Holocausto se entende hoje que não há justificativa possível para celebrar o ataque covarde e selvagem contra civis engendrado pelo Hamas. Festejar estupros a céu aberto e assassinatos de idosos e bebês ultrapassa qualquer limite, mesmo para quem não tem padrões morais muito elevados.

Cartaz do documentário nazista “O eterno judeu”, de 1940

Mas, nas redes sociais, nas salas de aula e no noticiário da TV, não falta quem apoie publicamente, sem qualquer pudor, o medonho ataque terrorista. Na cabeça de muita gente, basta um argumento – “Ah, mas Israel oprime os palestinos na Faixa de Gaza…”  – para aderir à barbárie com um entusiasmo feroz.

Muitas dessas pessoas são as mesmas que batem no peito para defender a censura e a perseguição em nome da defesa da democracia; são as mesmas, também, que não hesitam em classificar como terroristas até donas de casa envolvidas na baderna do 8 de janeiro – mas não o Hamas.

Para essas pessoas, estar do “lado certo” justifica tudo e autoriza tudo, até mesmo incendiar bebês e cortar suas cabeças. No fundo, são soldados: se o comando que vem de cima é apoiar o Hamas e jogar em Israel e culpa pelo massacre de civis israelenses, é isso que fazem, sem pestanejar. Da mesma maneira que o alemão comum obedecia, sem pestanejar, ao comando de odiar os judeus, na Berlim da década de 1930. Nós já vimos esse filme, e ele não acabou bem.

A guerra entre Israel e o Hamas está servindo para explicitar esse processo assustador, porque aqui ele se torna quase caricato. Mas, no fundo, é o mesmo fenômeno que se manifesta cotidianamente no Brasil, quando parte da população acha muito natural perseguir, cancelar, censurar e até prender adversários políticos com base em crimes de opinião.

É o velho truque da desumanização do adversário, necessária para que se possa persegui-lo sem culpa. Destituir o inimigo da própria condição de ser humano legitima o ódio e o extermínio.

Mesmo o estudante com um mínimo de neurônios e de caráter pensa: esse professor que chama todo mundo de nazista está me dizendo que é certo apoiar o terrorismo e a destruição de Israel?

Muito se tem feito para demonizar brasileiros comuns, honestos, que estudam e trabalham mas cometem o crime de discordar. Na cultura do autoritarismo progressista e do pensamento único que se implantou no Brasil, ou você concorda integralmente e incondicionalmente com as opiniões “certas” sobre os mais variados temas – do aborto ao uso de drogas, da infalibilidade das vacinas à infalibilidade das urnas, dos benefícios do mercado de carbono na Amazônia aos diferentes ativismos identitários – ou você corre o risco de ser estigmatizado e perseguido como um judeu na Alemanha nazista.

Exercer a liberdade de expressão virou comportamento de risco. Dependendo da sua opinião, você será reduzido a um estereótipo pejorativo, será desmoralizado e igualado a um rato – não com base em religião ou etnia, mas com base no que você pensa e acredita. Porque é assim que funciona em tempos de democracia relativa e de terrorismo do bem.

Tenta-se repetir a mesma dinâmica no caso do ataque terrorista a Israel, mas o truque aqui adquire contornos tão grotescos que o mecanismo fica exposto. Por mais que o professor diga em sala de aula que o certo é apoiar o Hamas, mesmo o estudante com um mínimo de neurônios e de caráter pensa: esse professor que chama todo mundo de nazista está me dizendo que é certo apoiar o terrorismo e a destruição de Israel? É isso mesmo?

Pois bem, no final dos anos 70, perguntaram ao novo líder supremo da China, Deng Xiaoping – responsável pelas medidas de liberalização da economia que tiraram seu país da imensa pobreza comunista – se as reformas de inspiração capitalista que ele queria promover não agrediam o ideário político comunista. Foi nesse contexto que, explicando seu objetivo de enriquecer o país, Xiaoping respondeu: “Não importa a cor do gato, desde que ele cace os ratos”.

Na semana que passou, a frase de Deng Xiaoping foi “ressignificada”: citada como um ditado chinês, ela foi usada para justificar o apoio ao massacre de israelenses pelo Hamas. Como existem pessoas que sabem o que foi o Holocausto e ainda são capazes de se horrorizar com o antissemitismo, esta nova associação entre judeus e ratos em pleno século 21 viralizou e provocou muitas reações indignadas. Ainda bem.

Mas não houve retratação alguma, ao contrário: a mesma turma que encontrou na censura, no cancelamento e na perseguição dos adversários uma razão de viver partiu em defesa da postagem – e ainda acionou a ABI – Associação Brasileira de Imprensa, pedindo providências contra um jornalista que a criticou. Nessa altura dos acontecimentos, já está mais do que claro o duplo padrão: discurso de ódio só é crime quando se está do lado “errado”.

P.S. Eu ia escrever sobre a história em quadrinhos “Maus”, de Art Spiegelman, da qual foi tirada a imagem que ilustra este artigo. “Maus” também fala sobre a equiparação dos judeus a ratos e ganhou o Prêmio Pulitzer em 1992. Mas acabou não sobrando espaço, fica para outra ocasião.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/luciano-trigo/sobre-ratos-e-homens/

Frente a frente, Pacheco se enche de coragem, diz verdades na cara, e deixa Gilmar constrangido (veja o vídeo)

Imagem em destaque

Num evento em Paris, frente a frente com o ministro Gilmar Mendes, o senador Rodrigo Pacheco, presidente do Senado Federal, disse verdades que visivelmente deixaram o decano do STF constrangido.

Aliás, nada como a verdade… Nua e crua.

É esse o posicionamento que deve adotar o presidente do Congresso Nacional.

Pena que Pacheco tenha demorado tanto para ter essa compreensão.

A Constituição é clara no sentido de que cada um dos Três Poderes tem seu papel bem definido.

E o único que fala diretamente pelo povo são os que foram eleitos para exercer um cargo de legislador no parlamento. Deixar outro poder legislar é ignorar a nossa Constituição.

Veja o vídeo:

https://x.com/MagnoMalta/status/1713892268078231938?s=20

FONTE: JCO https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/52533/frente-a-frente-pacheco-se-enche-de-coragem-diz-verdades-na-cara-e-deixa-gilmar-constrangido-veja-o-video

Governo Lula chama de ‘movimento’ grupo terrorista que matou 3 brasileiros

Integrantes do grupo terrorista, por serem covardes, sempre escondem o rosto.

O contorcionismo ideológico do governo Lula e do PT rebatizou de “movimento” o grupo terrorista Hamas, apesar de haver executado três brasileiros – o gaúcho Ranani Glazer, de 24 anos, e as cariocas Bruna Valeanu, 24, e Karla Stelzer, 42, três dos 260 assassinados porque se divertiam em uma festa rave. Isso sem contar centenas de adolescentes e idosos, e até crianças, todos fuzilados ou sequestrados. Covardes, por serem terroristas, perseguiram e mataram apenas civis desarmados. A palavra “movimento” passou a ser adotada em notas à imprensa e declarações. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

Políticos e jornalistas sob influência do governo Lula também chamam os terroristas do Hamas de “combatentes” e até mesmo de “soldados”.

No esforço de “passar pano” nos terroristas, até veículos de mídia no Brasil já nem mencionam o começo de tudo: as atrocidades do dia 7.

Omitir as atrocidades do Hamas dez dias depois de cometidas é uma estratégia para escondê-las e retomar o discurso de ódio a Israel.

FONTE: DP https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/ttc-brasil/governo-lula-chama-de-movimento-grupo-terrorista-que-matou-brasileiros

Haddad é o ministro mais mal avaliado, aponta pesquisa

Ministro Fernando Haddad (Fazenda) tem o pior desempenho entre os avaliados (Foto: EBC)

O Paraná Pesquisas divulgou um levantamento com a avaliação do trabalho de alguns ministros da atual Esplanada do presidente Lula. No geral, os ministros avaliados ficaram com pontuação mediana.

A escala proposta pelo instituto varia de 0 a 10 pontos. Os ministros avaliados ficaram, no geral, com 5,4 pontos.

A pesquisa ouviu sobre o desempenho de seis ministros. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi o mais mal avaliado, com 5,0 pontos. A ministra do Planejamento, Simone Tebet, e o ministro da Educação, Camilo Santana, tiveram os melhores marcadores, ambos com 5,4 pontos.

No meio da tabela estão os ministros do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviço, o vice-presidente Geraldo Alckmin, e o ministro da Justiça, Flávio Dino, com 5,3 pontos. São seguidos pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, com 5,1 pontos.

Dos ministros avaliados, Fernando Haddad (Fazenda) tem o pior desempenho

Para a realização da pesquisa foi utilizada uma amostra de 2020 eleitores, sendo esta estratificada segundo gênero, faixa etária, grau de escolaridade, nível econômico e posição geográfica.

O trabalho de levantamento dos dados foi feito através de entrevistas pessoais, com eleitores com 16 anos ou mais, em 26 Estados e Distrito Federal e em 162 municípios brasileiros entre os dias 29 de setembro e 03 de outubro de 2023, sendo auditadas simultaneamente à sua realização, no mínimo, 20,0% das entrevistas.

Tal amostra representativa do Brasil atinge um grau de confiança de 95,0% para uma margem estimada de erro de 2,2 pontos percentuais para os resultados gerais.

FONTE: DP https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/xwk-brasil/haddad-e-o-ministro-mais-mal-avaliado-aponta-pesquisa

Reta final da CPMI deve ter embates e relatório paralelo

Relatório deve ser lido nesta terça (17) e votado amanhã (Foto:Edilson Rodrigues/Ag. Senado)

A relatora da CPMI do 8 de Janeiro, senadora Eliziane Gama (PSD-MA) deve ler nesta terça-feira (17) o relatório final de quase cinco meses de trabalho. A previsão é de que as atividades da comissão se encerrem nesta semana. O texto deve ser votado amanhã (18).

Alinhada ao Planalto, há expectativa de que Eliziane Gama peça o indiciamento de Jair Bolsonaro, mesmo sem ouvir o ex-presidente.

A oposição monta uma trincheira e deve apresentar um relatório paralelo e contrário ao da relatora. Como o governo tem maioria no colegiado, dificilmente o texto será aprovado.

O grupo que deve apresentar o relatório paralelo é puxado pelo deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ). O texto deve pedir o indiciamento do ministro da Justiça, Flávio Dino, por omissão durante a quebradeira em Brasília no início do ano.

FONTE: DP https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/xwk-brasil/reta-final-da-cpmi-deve-ter-embates-e-relatorio-paralelo

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