O governo Lula está enfiado até a cabeça em mais um espetáculo público de hipocrisia, contrafação de ideias e estelionato deliberado contra a boa-fé dos brasileiros. Como em tantas outras ocasiões, quer tirar proveito, ao mesmo tempo, de duas coisas que são opostas entre si. Diante dos ataques terroristas mais selvagens que seus aliados do Hamas já lançaram contra Israel, acha que a esperteza mais eficaz ao seu alcance é fingir que tem uma posição neutra.
Quer ficar a favor dos agressores, porque apoia automaticamente as ditaduras. Mas como fazer isso é arriscado nesse momento, achou mais seguro “lamentar” a perda de vidas etc. – e ficar nisso. Quer também vazar a sua eterna carga de rancor contra Israel. Mas como tem medo de falar o que pensa numa hora dessas, quando o mundo inteiro assiste às chacinas, os sequestros de crianças, o assassinato a sangue frio de jovens (inclusive brasileiros), as torturas e os estupros cometidos contra os israelenses por seus parceiros do Hamas, pede que os ataques cessem. Acha que assim ajuda os terroristas e não se alia abertamente com eles.
Lula, em nenhum momento, conseguiu dizer: “Hamas”. É como se os ataques a Israel, que ele “lamenta”, tivessem vindo de Marte.
É uma fraude mal pensada, malfeita e mal acabada. Nenhum país de respeito levou a sério essa neutralidade falsificada; fica tão na cara que o governo Lula está contra Israel e a favor do Hamas, com seus comunicados enganosos, seus silêncios e suas declarações de duplo sentido, que o Brasil se tornou cúmplice dos crimes de guerra cometidos pelos aliados do presidente.
Lula, em nenhum momento, conseguiu dizer: “Hamas”. É como se os ataques a Israel, que ele “lamenta”, tivessem vindo de Marte. Quatro dias depois do início da tragédia, pediu a liberdade para as crianças sequestradas pelos terroristas. Mas, exatamente ao mesmo tempo, pediu que Israel “cesse os bombardeios” contra o núcleo dos seus inimigos em Gaza. O crime hediondo de sequestro, com essa declaração, é equiparado às ações de legítima defesa do país atacado; para recuperar suas crianças, não pode mais se defender. É exatamente para isso, a propósito, que o Hamas fez o sequestro: para chantagear Israel, na tentativa de não sofrer bombardeios depois dos massacres que praticou.
Toda a linguagem do governo é pró-terrorismo e anti-Israel. O Itamaraty soltou uma nota oficial chamando de “falecimento” o assassinato brutal de um jovem brasileiro pelo Hamas. O consórcio PT-Psol-PCdoB, que já assinou manifestos irados em favor da organização criminosa que controla os territórios da “Palestina”, se recusa a condenar os atos terroristas contra Israel. O MST e outras estrelas do regime fizeram um comício (com 150 pessoas) para apoiar a agressão.
O Ministério dos Direitos Humanos, por fim, conseguiu ficar em silêncio quase absoluto diante do pior crime contra a humanidade já ocorrido desde a sua fundação. Soltou uma notinha tão burocrática e vacilante que seria melhor não ter dito nada. Acha que os participantes do quebra-quebra do 8 de janeiro são “terroristas” que merecem 17 anos de cadeia por quebrarem vidraças em Brasília. Mas não diz nada sobre quem assassina centenas de inocentes. É o respeito à vida no Brasil de hoje.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/jr-guzzo/brasil-cumplice-crimes-de-guerra-hamas-aliados-lula/
Guerra entre Israel e Hamas expõe contradições da esquerda e dá fôlego para bandeiras da direita
O inesperado e brutal ataque perpetrado pelo Hamas no último sábado (7) – o mais grave em solo israelense nas últimas cinco décadas – acentuou a polarização política interna de diversos países, inclusive no Brasil. Os conservadores no Congresso reagiram de imediato, exigindo que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de orientação esquerdista, adotasse outra postura, com clara e energética condenação ao grupo extremista armado. A principal exigência desses deputados e senadores de diferentes partidos tem sido a oficialização em todos os canais diplomáticos brasileiros do termo “terrorista” para caracterizar o Hamas.
Em paralelo a essa ação coordenada, os representantes da direita no Parlamento brasileiro, cuja maioria é de centro-direita, viram serem reforçados alguns de seus argumentos de combate a visões contemporizadoras pautadas pela Organização das Nações Unidas (ONU) em razão das imagens chocantes dos eventos recentes no Oriente Médio. Para analistas, o explícito alinhamento a Israel de parlamentares, seja por razões religiosas ou por afinidade com a democracia daquele país no contexto de sua região, facilitou e fortaleceu a reação contra o Hamas.
O professor Sergio Denicoli, da AP Exata, afirmou no último dia 6, em seu blog no Estadão, que enquanto a esquerda domina setores importantes, como universidades e entretenimento, a direita tem encontrado espaço em redes sociais e outros ambientes comunitários para defender sua visão. “A direita tem investido não apenas na guerra política, mas também na guerra cultural, criando [uma] infinidade de canais próprios de difusão de informação. Isso tem ajudado a consolidar o movimento conservador como algo identitário”, sublinhou. Uma de suas bandeiras mais significativas no momento se refere à proteção física e social das crianças.
Hamas dá à direita no Congresso mais uma frente de mobilização
Sob a liderança do PL, a direita congressual tem mobilizado as bancadas evangélica, do agro e da segurança para fazer frente ao governo petista em diferentes temáticas, sobretudo a dos costumes. Esse movimento ganhou impulso nas últimas semanas com a reação do Legislativo contra o ativismo do Supremo Tribunal Federal (STF), associado à pauta de setores progressistas e do Planalto. Para completar, o conflito em Israel deu mais um importante incentivo e foco à atuação dos conservadores.
Não apenas foram apresentadas várias iniciativas legislativas para forçar o governo a mudar o tom de seu discurso, incluindo a convocação dos ministros da área, com destaque para o chanceler Mauro Vieira, mas também de moções de apoio a Israel e de alertas para a necessidade de sanção sobre apoiadores internacionais do Hamas. Para a professora de Relações Internacionais Natália Fingermann, do Ibmec-DF, essa reação tem um tom mais político que prático, pois a legislação brasileira já tipifica ações de terrorismo cometido em solo nacional e a atuação diplomática pelo Congresso é apenas complementar à reservada pela Constituição ao governo federal.
O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, que tem contendas com os conservadores em questões como aborto e outras pautas de costumes, também foi um dos principais alvos de cobrança. Os parlamentares da direita cobraram dele condenação pública contra o terrorismo do Hamas, que vitimou centenas de civis inocentes de diferentes nacionalidades, inclusive brasileiros.
Outro alvo foi o assessor especial de Lula para assuntos internacionais, Celso Amorim, que enalteceu o papel do Hamas no resgate dos direitos do povo palestino na apresentação que escreveu para “Engajando o mundo: a construção da política externa do Hamas“, livro do britânico Daud Abdullah.
A partir da política externa do país, a guerra entre Israel e o Hamas evidenciou questões que entraram em definitivo na pauta política brasileira, como a orquestração de blocos internacionais de países autocráticos, associados ou não a grupos criminosos e terroristas. A assertividade da direita nesta questão, contra a inclinação mais conhecida da esquerda, tem potencial não apenas de constranger o governo petista, mas também de motivar rachas no próprio campo de apoio de Lula. As declarações de líderes petistas dos últimos dias dão uma mostra disso.
Petistas e aliados modulam o discurso para conter desgaste
Simultaneamente ao engajamento da direita, cresceu também a pressão sobre o Executivo e sobre os líderes do PT e de seus partidos aliados da esquerda, como o PSol, para repararem o seu discurso e suas ações de apoio histórico à causa palestina e até ao próprio grupo terrorista. Esse ajuste começou a ser feito de maneira pragmática, mas também fomentou embates internos.
Logo após a ofensiva do Hamas, Lula publicou nota na qual, sem citar o nome do grupo, usou a expressão “ataques terroristas” para caracterizar o ocorrido. No mesmo texto defendeu a coexistência pacífica de Israel e de um Estado palestino independente, conforme a tradicional posição da diplomacia brasileira. O uso do adjetivo “terrorista”, contudo, produziu uma reprimenda disfarçada de José Dirceu, ex-ministro e influente líder do PT, que viu nesse ponto um equívoco e uma contradição de Lula.
Analistas acreditam que a postura dúbia do presidente pode ter sido uma forma de não afrontar ainda mais os evangélicos, público que, em nível mundial, está cada vez mais envolvido com o sionismo judeu por justificativas bíblicas e históricas, além de ter peso eleitoral e nas votações no Congresso. Basta ouvir os pronunciamentos em plenário para se perceber o nível crescente de tensão.
Na segunda-feira (9), os deputados Lindbergh Farias (PT-RJ) e Carla Zambelli (PL-SP) bateram boca, tomando partido um da Palestina e outro de Israel. Na terça (10), o deputado Guilherme Boulos (PSol), pré-candidato a prefeito de São Paulo, discursou em favor do grupo terrorista palestino, mas condenou a morte de civis. Ele temia repercussões eleitorais após verificar uma onda de críticas contra ele e o PSol, partido que tem feito manifestações públicas pró-Hamas, condenando Israel.
Petistas influentes têm sido criticados por ambos os lados da polarização. Em 2021, figuras de peso do partido assinaram uma carta contra a designação do Hamas como organização terrorista e, por isso, eles têm sido alvo de críticas em redes sociais. Entre eles estão os ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Paulo Pimenta (Comunicação Social). Ambos procuraram minimizar seu posicionamento para não ampliar o desgaste.
Por outro lado, a deputada Maria do Rosário (PT-RS) prestou solidariedade às “vítimas do atentado terrorista em Israel” e foi alvo de condenação nas redes. O senador Jaques Wagner (PT-BA), que é judeu e líder do governo no Senado, foi criticado dentro do seu partido e nas redes sociais depois de condenar as mortes de civis em Israel. Em 2009, ele apoiou, juntamente com o ministro Fernando Haddad (Fazenda), carta assinada contra nota oficial do próprio PT que havia chamado ataques israelenses em Gaza de “terrorismo de Estado”, semelhantes a “práticas nazistas”.
Gleisi condena ataque do Hamas e descarta ligação com o grupo
Mesmo diante de crescentes pressões, a presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), condenou na terça-feira (10) a “brutalidade” do governo israelense aos ataques terroristas na Faixa de Gaza em “dimensões de genocídio”, defendendo uma solução a partir da “desocupação dos territórios palestinos”.
Ela acabou tendo de se posicionar contrariamente às acusações da direita que apontavam laços do seu partido com o Hamas. “Sou presidente do PT há sete anos e nunca me encontrei com qualquer integrante do Hamas”, ressaltou. A deputada chegou a chamar o ataque do Hamas aos israelenses de “ato terrorista”, mas que temia “uma violência ainda maior de Israel como resposta”.
A autocontenção da esquerda deverá continuar. O servidor da Câmara Sayid Tenório, que trabalhava com o deputado Márcio Jerry (PCdoB-MA), foi demitido após a repercussão de seus deboches a uma vítima sequestrada pelo Hamas. Ele também era secretário parlamentar na Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara, posto do qual foi exonerado.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/republica/guerra-entre-israel-e-hamas-expoe-contradicoes-da-esquerda-e-da-folego-para-bandeiras-da-direita/?#success=true
AO VIVO: Reino Unido envia navios e faz inúmeras ações para ajudar Israel na guerra contra o terrorismo (veja o vídeo)
O Reino Unido vai enviar navios e aviões de reconhecimento militar para o leste do Mediterrâneo como apoio para Israel na guerra contra o Hamas.
O anúncio foi feito pelo governo britânico nesta quinta-feira (12), como forma de “reforçar a segurança regional” do Oriente Médio.
Entre os recursos militares deslocados pelo Reino Unido para o leste do Mediterrâneo estão uma aeronave de vigilância P8, outros “recursos de reconhecimento”, duas embarcações navais (RFA Lyme Bay e RFA Argus) e três helicópteros Merlin.
Além disso, uma companhia de fuzileiros navais estará de prontidão para fornecer, se necessário, “apoio prático a Israel e seus aliados na região”, bem como “proporcionar dissuasão e segurança”, disse o governo do Reino Unido.
As patrulhas marítimas e aviões de vigilância britânicos começarão a atuar na região para tentar detectar ameaças como “a transferência de armas para grupos terroristas”, informou em um comunicado o gabinete oficial do primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak.
Uma força-tarefa da Marinha Real também será enviada para a região na próxima semana como uma “medida de contingência para apoiar os esforços humanitários”.
Esta atuação conjunta deve ocorrer a partir desta sexta-feira (13).
Tratamento midiático aos ataques do Hamas revela um Ocidente em guerra consigo mesmo
O horror dos acontecimentos em Israel no último fim de semana ainda está sendo absorvido. Tais atrocidades, deliberadamente filmadas e transmitidas para o mundo ver, revelam uma mentalidade patológica. É também um prenúncio do que de muito pior está para vir, a menos que enfrentemos a verdade: longe de constituir um choque de civilizações, estes ataques repudiam a civilização.
Patrocinado pelo Irã, o Hamas tem pouca ideologia para além do ódio, mas o ódio é ideologia suficiente quando o adversário não consegue compreender a guerra multifacetada que é travada contra ele. Durante décadas, os islamistas, treinados primeiro pelos nazistas e depois pela KGB, aprenderam a manipular os instrumentos da guerra política. Ao cooptar as elites ocidentais ingênuas para abraçarem imagens antiocidentais, anti-israelenses, antissionistas e antissemitas, eles conseguiram gradualmente superar as suas mais loucas expectativas iniciais.
Fiel à sua tradição, a grande mídia do Ocidente cobriu os ataques com uma retórica desalmada. O New York Times, por exemplo, recusou-se a aplicar a palavra “terroristas” aos assassinos, mesmo quando as imagens das atrocidades inundaram as redes sociais. O Washington Post, a PBS [TV pública americana], a NPR [rádio pública dos EUA] e a [agência de notícias] Reuters optaram pelos muito mais brandos “militantes”.
Uma equivalência moral antisséptica infunde a cobertura da grande mídia no Ocidente. Os textos esforçam-se rotineiramente por enfatizar que há vítimas de ambos os lados. Horas depois da invasão, o [telejornal] NewsHour da PBS anunciou: “Num ataque surpresa sem precedentes, os militantes do Hamas, que governam a Faixa de Gaza, enviaram dezenas de combatentes para Israel por terra, mar e ar”, mas depois seguiu-se esta declaração lacôónica: “Centenas de israelenses e palestinos foram dados como mortos entre o ataque e os ataques aéreos de retaliação de Israel às cidades de Gaza”. Da mesma forma, o Washington Post observou que “[o] número de mortos aumentou para 700 em Israel e milhares de pessoas ficaram feridas, de acordo com a mídia local, enquanto as autoridades palestinas disseram que pelo menos 370 foram mortas e 2.200 ficaram feridas em Gaza”. Também no dia 9 de outubro, o The New York Times e o Washington Post relataram o total de mortes de ambos os lados.
Num editorial do New York Times , “O Contexto Global da Guerra Hamas-Israel”, vemos duas fotos: uma de um menino correndo contra um fundo de edifícios em chamas não identificados ao longe, de Ashkelon, em Israel; a outra, sem localização fornecida, mostra “uma mãe palestina [chorando] ao lado do corpo do seu filho”. A assimetria de piedade exibida no emparelhamento é clara. A partir destas fotos contrastantes, devemos compreender que a culpa maior é de Israel e, em última análise, dos EUA?
Talvez seja – pois, como salienta o editorial do Times, foi Donald Trump quem “encorajou Benjamin Netanyahu, o primeiro-ministro de Israel, a mostrar pouca preocupação pelos interesses palestinos e, em vez disso, a procurar uma vitória máxima israelense”. Afinal, “o extremismo de Netanyahu contribuiu para a turbulência entre Israel e grupos palestinos como o Hamas”. O Times apela ao [jornal diário israelense] Haaretz para confirmação: “O primeiro-ministro, que se orgulha da sua vasta experiência política e sabedoria insubstituível em questões de segurança, falhou completamente na identificação dos perigos para os quais estava conscientemente conduzindo Israel ao estabelecer um governo de anexação e desapropriação”. Netanyahu, Haaretz acrescentou, adotou “uma política externa que ignorou abertamente a existência e os direitos dos palestinos”.
O que o Times e o Haaretz partilham é uma narrativa segundo a qual as divisões dos Estados Unidos refletem as de Israel: a direita racista versus a esquerda antirracista, os xenófobos pró-militares versus as vítimas compassivas pró-paz. Se os palestinos são vistos como oprimidos pelos sionistas supremacistas brancos, quem afirma lutar em nome dos primeiros está do lado certo da história. Se acontecer de serem representantes do Irã, que assim seja. Este tipo de mentalidade torna-se exponencialmente mais perigoso quando adotado por uma administração governamental, como aconteceu sob as presidências de Obama e Biden.
Tal quadro ideológico pode explicar, pelo menos em parte, a contínua recusa do Secretário de Estado Antony Blinken em admitir a culpabilidade do Irã por incitar o Hamas: “Ainda não vimos provas de que o Irã dirigiu ou esteve por detrás deste ataque específico, mas há certamente um longo relação”. O governo, de fato, não “viu” as provas, porque prefere não enfrentar as implicações do seu bizarro cortejo a um regime que considera os EUA e Israel os seus principais inimigos, considerando um deles um Grande Satã e apelando ao extermínio do outro.
No entanto, a consequência mais alarmante deste câncer ideológico metastático situa-se para muito além do Oriente Médio: o enquadramento narrativo distorcido do conflito espalhou-se pelas mentes dos melhores e mais brilhantes dos EUA. Mesmo enquanto os massacres decorriam, mais de 30 organizações estudantis de Harvard declararam que Israel era “inteiramente responsável” pela violência ocorrida na sua guerra contra Gaza. Um grupo de estudantes da Universidade de Columbia foi mais longe, celebrando o massacre “histórico” de civis israelenses perpetrado pelo Hamas, chamando-o de uma “contra-ofensiva” há muito esperada contra o suposto regime de apartheid de Israel. Isto já não é uma mera questão de equivalência moral, mas sim uma prova de que o Ocidente está em guerra consigo mesmo.
Desta vez, porém, o contraste entre a realidade e a interpretação midiática é demasiado extremo e as atrocidades demasiado chocantes, mesmo para serem ignoradas por observadores casuais. À medida que o mundo se torna mais caótico, com a Rússia, a China e o Irã fomentando a violência diretamente ou através de representantes, é provável que a cooperação multilateral contra o terrorismo aumente, e é mais provável que a ideologia dê lugar à verdade e ao bom senso. A moralidade não admite equivalência. Não se pode permitir que os inocentes em Israel morram em vão.
FONTE: GAZETO DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/ideias/tratamento-midiatico-aos-ataques-do-hamas-revela-um-ocidente-em-guerra-consigo-mesmo/
Manifestações contra o aborto são marcadas por críticas ao ativismo judicial
As manifestações contra o aborto, realizadas nesta quinta-feira (12), foram marcadas pelas críticas ao ativismo judicial do Supremo Tribunal Federal (STF) em relação ao aborto. Antes de sair da presidência, a então ministra Rosa Weber votou a favor da ação que descriminaliza o aborto até a 12ª semana de gestação.
Os atos foram registrados em diversas cidades do país e contaram com a presença de parlamentares da oposição e líderes dos movimentos pró-vida, como a Marcha da Família, a Rede Nacional em Defesa da Vida e da Família e o Nas Ruas.
O senador Eduardo Girão (Novo-CE) participou do ato em Fortaleza e afirmou à Gazeta do Povo que a manifestação desta quinta-feira simbolizou o retorno da direita às ruas. Ele também relatou que o povo celebrou a aprovação da PEC que limita decisões monocráticas na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
“Houve uma celebração ao Senado, que está se levantando para defender a sua competência, as suas prerrogativas, diante dos abusos de um STF politiqueiro, um STF que pratica militância ideológica. O brasileiro mostrou aqui no Ceará, em outras cidades também, que não aceita isso. Foi um evento muito bonito e representa o povo de volta nas ruas”, disse o senador.
Representando a Marcha pela Família em Sergipe, o coordenador nacional da Rede Nacional em Defesa da Vida e da Família Lúcio Flávio Rocha afirmou que a decisão do presidente do STF, o ministro Luís Roberto Barroso, em postergar o julgamento da ADPF 442 foi fruto da pressão popular.
“A princípio, programamos uma manifestação em defesa da vida das crianças e contra o aborto para as 26 capitais e não iríamos fazer em Brasília. Havia sido uma decisão por prudência. Mas a Marcha cresceu muito, tomou corpo, e ganhou muita adesão – tanto de cidades quanto de movimentos. Aquilo que estava previsto apenas para as 26 capitais explodiu para quase 100 cidades mapeadas e outras tantas que escaparam ao nosso controle. Foi exatamente esta movimentação popular que fez o próprio STF repensar a pauta. E isto já é um resultado incrível: o STF entendeu o recado do povo mesmo antes de chegarmos às ruas hoje”, disse Rocha.
Em São Paulo, na Avenida Paulista, o deputado estadual Tomé Abduch (Republicanos-SP) afirmou que a sociedade não aceita a liberação do aborto e questionou a competência dos ministros do Supremo em decidirem o assunto no Judiciário. “Vocês elegeram deputados federais e senadores para poderem ser as pessoas que representem os senhores lá em cima, no governo federal. Por que essas importantes pautas devem ser votadas pelo Supremo Tribunal Federal? Não há nenhum motivo para isso. Esse é o primeiro ponto. E não estamos aqui para atacar o Supremo Tribunal Federal, para atacar uma pessoa física, mas sim para que a gente faça cumprir a nossa Constituição. E a nossa Constituição é clara: são deputados e senadores que representam o voto de cada um de vocês nessas pautas”, disse Abduch.
Em Aracaju, o deputado federal Rodrigo Valadares (União-SE) foi na contramão da orientação da Marcha da Família, principal organizador do evento, de evitar declarações políticas, e fez uma crítica ao STF e ao Senado. Na visão do parlamentar, as duas instituições estariam “patrocinando” o aborto do país.
Participando das manifestações em Vila Velha (ES), o senador Magno Malta (PL-ES) expôs que a intervenção do STF em temas do Legislativo tornou lamentável a situação política do país. “O ativismo judicial nos colocou na lamentável situação de o Poder Judiciário tomar as prerrogativas do Poder Legislativo. Estão tomando decisões sobre temas como o aborto e a descriminalização das drogas, e parece que outros temas igualmente sensíveis não serão excluídos. Eles parecem esquecer ou simplesmente ignorar que o Brasil é uma nação majoritariamente cristã. Os anseios e valores da nossa população são contrários aos que estão sendo impostos. São indivíduos que não foram eleitos diretamente pelo voto, mas estão tomando decisões que afetam o futuro de mais de 200 milhões de pessoas”, disse o senador.
No último fim de semana, a “Caminhada pela Vida e Contra o Aborto” já reuniu manifestantes em diversas cidades do país. Apesar da adesão aos eventos desta quinta, alguns coordenadores relataram que esperavam um público maior.
Defesa de Israel também foi pauta das manifestações
Além de protestarem contra o aborto, os participantes levaram bandeiras de Israel, em homenagem às vítimas dos ataques feitos pelo grupo terrorista islâmico Hamas nos últimos dias. O tema ganhou força nas redes conservadoras após o PT, MST e demais organizações de esquerda defenderem os terroristas.
“A Marcha Pela Vida é a valorização e o reforço de todas as pautas da Direita Conservadora: Deus, Pátria, Família e Liberdade. Na manifestação de hoje ressaltamos um desses pilares, que está inserido no contexto da família. Ou seja, o direito à vida desde sua concepção. E esse ato também representou nosso retorno às ruas. Essa manifestação contra a legalização do aborto foi mais além. Aproveitamos a oportunidade para repudiar as atrocidades do Hamas contra Israel e nos solidarizar com todas as vítimas do terror”, disse o deputado federal Luciano Zucco (Republicanos-RS). O parlamentar participou do ato em Porto Alegre (RS).
Manifestação contra o aborto soma-se à pressão do Congresso no STF
Em 29 de setembro, um dia após assumir a presidência do Supremo, Barroso afirmou que o debate sobre a descriminalização do aborto não estava “maduro” e defendeu que o tema também seja discutido pelo Poder Legislativo. Apesar da movimentação, a mobilização dos parlamentares conservadores por conta do voto de Rosa Weber já havia se iniciado e somou-se a outras questões: como a derrubada do Marco Temporal e a possibilidade de descriminalização do porte de maconha pela Corte.
Nos bastidores do Congresso, a expectativa é o que novo presidente do Supremo evite colocar o aborto em pauta por um bom tempo para não gerar mais atrito com a cúpula do Senado. Entretanto, o movimento para tentar conter as interferências do STF no Legislativo é visto como consenso entre parlamentares governistas e de oposição.
FONTE: GAETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/manifestacoes-contra-aborto-sao-marcadas-por-criticas-ao-ativismo-judicial/
Itamaraty confirma morte de terceira brasileira desaparecida em Israel
O embaixador do Brasil em Israel, Frederico Meyer, confirmou nesta sexta-feira (13) a morte da carioca Karla Stelzer, de 42 anos, brasileira que estava desaparecida em Israel após o ataque surpresa do Hamas em um festival de música eletrônica no sábado (7).
Em nota, o Itamaraty disse que “lamenta a morte da cidadã brasileira Karla Stelzer Mendes, de 42 anos, terceira vítima fatal do país nos atentados ocorridos no último dia 7 de outubro em Israel”. Ainda, o comunicado diz que “o governo brasileiro se solidariza com a família, amigos e amigas de Karla, reiterando seu total repúdio a todos os atos de violência contra a população civil”.
Ao todo, três brasileiros já tiveram a morte confirmada desde o início da guerra. Além de Karla, o gaúcho Ranani Nidejelski Glazer e a carioca Bruna Valeanu, ambos com 24 anos, estão entre as vítimas do atentado na festa.
O número de mortos desde o início dos ataques do Hamas no território israelense é aproximadamente de 1.300.
Do lado palestino, a contraofensiva israelense em Gaza já atingiu 1.417 pessoas, segundo informou nesta quinta-feira (12) o Ministério da Saúde local.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/mundo/itamaraty-confirma-morte-de-terceira-brasileira-desaparecida-em-israel/
Israel denuncia oficialmente decapitação de bebês durante ataque do Hamas
Israel denunciou nesta quinta-feira (12) a decapitação de bebês e o incêndio e assassinato de crianças no ataque “horrível e monstruoso” lançado no sábado passado a partir de Gaza pelo grupo islâmico palestino Hamas, que desencadeou a guerra na região.
O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, também publicou nas redes sociais imagens de bebês queimados pelo Hamas. Um funcionário de alta patente do Exército disse que ele mesmo encontrou um bebê decapitado em uma comunidade israelense perto de Gaza, e que outros colegas viram mais, sem divulgar um número específico.
Enquanto os corpos estão sendo recuperados e identificados, deve aumentar o número de mais de 1.300 pessoas mortas em Israel durante a ofensiva do Hamas, que incluiu uma incursão terrestre em zonas israelenses próximas de Gaza. Um membro das equipes de saúde do Exército disse nesta quinta-feira ter “encontrado um bebê com a cabeça cortada” entre as mais de 100 pessoas mortas no kibutz Beeri, perto da Faixa de Gaza.
Os membros da sua equipe encontraram mais crianças decapitadas, acrescentou a fonte, o coronel da reserva Golan Vach, chefe da Unidade Nacional de Salvamento do Comando da Frente Interna do Exército.
“Não creio que um bebê com a cabeça cortada seja um acidente, não é um míssil que faz isto”, comentou Vach. Na opinião de Vach, “terrorismo significa que uma pessoa entra na casa de pessoas inocentes, mata a mãe e corta a cabeça do bebê”, uma cena com a qual a sua unidade se deparou nestes dias.
Também nesta quinta, em post na rede social X (ex-Twitter) com imagens explícitas, o gabinete de Netanyahu mostrou fotografias do corpo de um bebê ensanguentado, além de duas outras imagens com vários corpos de bebês queimados. “São imagens horríveis de bebês assassinados e queimados pelos monstros do Hamas”, um grupo que “é desumano” e “como o Estado Islâmico”, diz a publicação.
Um membro do serviço de emergência ZAKA, responsável pela recuperação de corpos, disse ontem que “não tem números, mas há muitos casos” de crianças mortas em locais como o kibbutz Beeri, a comunidade israelense onde se registrou o maior massacre de civis nestes dias.
“Eu mesmo peguei em corpos de bebês com um mês, dois meses, de crianças queimadas, de crianças que quando as peguei pelas mãos ainda estavam ardendo”, relatou. Além disso, comentou que tinha conhecimento de casos de “pessoas que foram torturadas, violadas e queimadas vivas”.
O chefe da ZAKA na área sul de Israel, Yossi Landau, disse hoje que encontrou “uma mulher grávida no chão” da sua casa, com “o estômago aberto, um feto ligado ao cordão umbilical, esfaqueado com uma faca, e a mãe com um tiro na cabeça”.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/mundo/israel-denuncia-oficialmente-decapitacao-de-bebes-durante-ataque-do-hamas/
Barroso sentiu pressão das manifestações e não deve pautar aborto no STF
Ontem o Brasil inteiro assistiu, nas capitais e até nas cidades menores, a manifestações contra o aborto e pela vida. Manifestações que ampliaram- se a favor do combate às drogas, do combate à pedofilia, do respeito às crianças. Em geral, contra algumas medidas oficiais que sacudiram o país. Uma delas, uma resolução do Ministério dos Direitos Humanos recomendando banheiros para os dois sexos nas escolas públicas, não separados. Só rindo mesmo.
Isso é algo que acontece em casa, entre irmãos. O irmão e a irmã frequentam o mesmo banheiro. Agora, na escola um menino que não é irmão da menininha, frequentar o mesmo banheiro, fica esquisito. “O Som da Liberdade”, esse filme americano, que está com grande sucesso de bilheteria em todo o mundo, denuncia uma grande rede mundial de pedofilia e eleva essa preocupação.
Houve preocupação também pelo voto da ex-presidente do Supremo ministra Rosa Weber a favor de não ser crime abortar até a 12ª semana. Não sei de onde ela tirou esse número, esse tempo de décima segunda semana, esse prazo. Contraria até o Código Civil, que no segundo artigo diz que terá a proteção do estado o nascituro desde a concepção. Concepção é o momento da fecundação do óvulo.
Ministro Luis Roberto Barroso sentiu a pressão das manifestações e não deve pautar questão do aborto no STF
As passeatas aconteceram no Dia das Crianças e no dia de Nossa Senhora, Padroeira do Brasil, que foi, segundo a religião católica, fecundada por Deus, e que manteve em seu ventre Jesus protegido até o dia do nascimento, no Natal, em Belém. Foi muito significativa essa manifestação ontem, e provavelmente o novo presidente do Supremo já sentiu essa pressão.
O ministro Luis Roberto Barroso sentiu, inclusive, a reação do Congresso, e deve dar uma pausa nisso. Não vai pautar essa questão do aborto para votação até que o Congresso tome uma decisão a respeito. Isso é muito positivo, mostra que está havendo ajuste entre os freios e contrapesos previstos por Montesquieu, o criador dos três poderes independentes e harmônicos, para que se fiscalizem entre si e não enveredem uns sobre as atribuições dos outros.
Acordo entre Rio de Janeiro e Força Nacional pode se mostrar insuficiente
Eu falei outro dia da recusa do Governo Federal em fornecer ajuda da Força Nacional para o governador do Rio de Janeiro. Pois parece que houve um acordo, o governador Cláudio Castro pediu 300 homens, mas parece que serão apresentados metade disso, e 40 viaturas a partir da próxima segunda-feira, como um reforço na Segurança Pública do Rio de Janeiro.
Só que no Rio de Janeiro estão enxugando o gelo. Diferente do que se vê na Faixa de Gaza, onde o governo de coalisão de Israel tomou a decisão de acabar definitivamente com o Hamas, para que ataques como os vistos nesta semana não aconteçam novamente. Não adianta enxugar gelo no Rio de Janeiro, fazer operações aqui e ali, pois o tráfico sempre volta.
Dias atrás encontraram 47 fuzis depositados numa casa da Barra da Tijuca. Fuzis que vieram do exterior e com a respectiva munição. Tudo pronto para abastecer a guerrilha urbana, os santuários do crime, os territórios liberados do Rio de Janeiro. Ter a Força Nacional com cerca de 150 homens é pouco para a atual situação do Rio de Janeiro.
Esposa de Cristiano Zanin é advogada em causa que será julgada por seu marido no STF
Também quero mencionar essa quantidade de parentes de ministros de tribunais superiores que têm escritórios de advocacia, e de um modo ou de outro, direta ou indiretamente, têm ações em que seus parentes são juízes. Agora mesmo foi sorteado o ministro Cristiano Zanin para uma causa na qual a mulher deles é a advogada. É uma causa contra o senador Flávio Bolsonaro (PL). Ele está querendo a anulação de uma multa por ter postado que havia ligação entre o PCC e o PT. E a advogada Valeska Zanin é advogada do PT nessa causa.
Provavelmente Zanin vai se declarar impedido, mesmo porque o artigo 144 do Código de Processo Civil, em seu inciso III, diz que se considera impedido o juiz que tiver como advogado da causa qualquer parente até o terceiro grau. Começa pelo cônjuge, companheira, seja lá quem for, irmão, irmã, primo, tio, até terceiro grau. Eu costumo usar o modelo da mulher de César. Não basta ser honesto. Tem que parecer ser honesto, para não levantar nenhuma suspeita.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/alexandre-garcia/barroso-sentiu-pressao-das-manifestacoes-e-nao-deve-pautar-aborto-no-stf/
Terceiro avião de resgate de Israel chega ao Brasil com 69 brasileiros; quarto está a caminho
O terceiro voo de repatriação de brasileiros que estavam em Israel chegou ao Recife na manhã desta sexta (13), com 69 pessoas a bordo. O avião, um cargueiro KC-390 da Força Aérea Brasileira, pousou na base aérea às 6h07.
O grupo estava em Tel Aviv aguardando pelo resgate desde o início dos conflitos entre o Hamas e Israel, no último final de semana, e se soma a outros 425 que chegaram na quarta (11) e na quinta (12) dentro da operação Voltando em Paz.
Um quarto voo de resgate de brasileiros, um KC-30 (A3330-200) chegou a Tel Aviv por volta das 10h (horário de Brasília) desta sexta (13) para resgatar mais 215 brasileiros que pediram auxílio ao governo para deixar o país. A previsão é de que retorne ao Brasil à tarde e pouse no Rio de Janeiro na madrugada de sábado (14).
E há, ainda, um voo extra de resgate que partiu de Brasília na quinta (12) e está em Roma para fazer a repatriação de 22 brasileiros que estão na Faixa de Gaza.
Este voo extra, um E-190 da Presidência da República, aguarda a autorização do governo do Egito para partir ao Cairo, onde os brasileiros que estão em Gaza devem ser levados. A abertura da fronteira entre os territórios palestino e egípcio será decidida durante a reunião do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) marcada para às 16h (horário de Brasília) desta sexta (13).
Ainda é preciso desta autorização do governo egípcio para o resgate por conta das condições de segurança da passagem entre Gaza e o Egito. A única cidade em que a saída é possível, Rafah, ao Sul do território, foi severamente bombardeada, e o governo egípcio mantém o posto de segurança de fronteira fechado por receio, entre outros motivos, de que militantes do Hamas se infiltrem entre os refugiados durante a saída de Gaza.
A situação se tornou ainda mais delicada na última madrugada, após o exército israelense anunciar uma nova ofensiva ao território palestino, em que pediu que todos os civis deixem o local até o final da tarde desta sexta (13).
Após a autorização, o grupo de 22 brasileiros deve embarcar em dois ônibus que já foram alugados pelo Escritório de Representação em Ramala, e serão sinalizados com a bandeira brasileira para que as forças israelenses evitem bombardear. Segundo o governo, as autoridades egípcias já estão com a lista de cidadãos e seus devidos documentos para autorizar a passagem pelo posto de controle fronteiriço.
Ainda na manhã desta sexta (13), o governo informou que o quinto voo de resgate de brasileiros em Israel pousou em Roma às 6h15 (horário de Brasília) e aguarda autorização das autoridades israelenses para seguir a Tel Aviv. O avião, mais um KC-30 (A330-200) da FAB, tem capacidade para 210 pessoas mais os tripulantes.
Desde o início dos conflitos, cerca de 2,7 mil brasileiros entraram em contato com o Ministério das Relações Exteriores pedindo orientações e, em grande parte, o resgate para retorno ao Brasil. Com isso, o governo organizou um esquema com seis voos de resgate até o fim de semana, em um primeiro momento, para repatriar 900 brasileiros – há possibilidade de programar outros voos em uma segunda fase.
O conflito entre Hamas e Israel já fez mais de 2,8 mil vítimas desde sábado (7), quando o grupo terrorista empreendeu um amplo e violento ataque contra alvos civis. Em resposta, o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, declarou guerra com um forte contra-ataque ao território palestino.
Dois brasileiros morreram e há um terceiro desaparecido. Há a suspeita de que alguns cidadãos estejam entre os reféns do Hamas, mas as informações sobre isso seguem desencontradas desde quarta (11).
Os ataques feitos pelo Hamas são os piores sofridos por Israel em 50 anos. O grupo é considerado terrorista pelos Estados Unidos e parte dos países que formam a União Europeia.
A facção controla a Faixa de Gaza desde 2007, pregando a destruição de Israel por “ataques crescentes” contra os palestinos na Cisjordânia. Na manhã desta sexta (13), o grupo anunciou que 13 reféns já foram mortos desde o início dos conflitos.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/republica/terceiro-aviao-resgate-israel-chega-brasil-69-brasileiros/
Após erro do STF, ação em que mulher de Zanin defende o PT é redistribuída para Gilmar Mendes
Um erro fez com que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin, inicialmente, tivesse sido definido na terça-feira (10) como o relator de uma ação que envolve o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o Partido dos Trabalhadores (PT), o qual é defendido pela advogada Valeska Zanin, esposa do ministro. Após a publicação da reportagem da Gazeta do Povo, o STF informou que a Secretaria Judiciária verificou o erro na distribuição inicial e redistribuiu o processo para o ministro Gilmar Mendes.
O gabinete de Cristiano Zanin já havia oficiado a Secretaria Judiciária, responsável pela análise inicial das ações que chegam ao STF, sobre situações em que ele estaria impedido. Ainda segundo o STF, a ação de Flávio Bolsonaro não chegou a ser analisada por Zanin.
O caso é pautado em uma publicação feita em uma rede social pelo senador durante a campanha de 2022, que associava o PT ao Primeiro Comando da Capital (PCC). Valeska Zanin defende a coligação de Lula na ação. Ela assina o pedido para que o recurso do senador seja negado.
O post que resultou na ação mostrava alguns símbolos do crime organizado (PCC) e da sigla do PT em um vídeo e o senador ainda completou com a seguinte legenda: “entendem por qual razão os bandidos odeiam tanto Bolsonaro?”, dizia a publicação.
Na época, o ministro Paulo de Tarso Sanseverino, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ordenou que o senador apagasse a publicação e afirmou na sentença: “a publicação associa de forma intencional o PT ao crime organizado, com o nítido objetivo de propagar desinformação na tentativa de interferir no pleito que se avizinha”, dizia a decisão do ministro que também multou o senador.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/republica/cristiano-zanin-e-escolhido-como-relator-de-acao-que-sua-mulher-atua-como-advogada-do-pt/
Mulher israelense que contra-atacou terroristas, matou 20 e salvou comunidade poderá ser homenageada pelo Brasil
A jovem israelense Inbar Lieberman poderá ser homenageada pelo parlamento brasileiro.
Pelo menos essa é a proposta do senador Jorge Seif, que deverá ser apreciada pela casa legislativa.
Seif propôs uma moção de aplausos Inbar Lieberman, jovem de 25 anos, que liderou um contra-ataque que resultou na morte de 20 terrorista do Hamas.
Lieberman incentivou a população civil a reagir e evitou um massacre na região de Nir Am.
Os relatos apontam que Lieberman distribuiu armas a moradores e os posicionou estrategicamente. A manobra fez com que os cerca de 700 habitantes da localidade saíssem praticamente ilesos. A própria jovem teria sido responsável pela morte de cinco terroristas.
“Em reconhecimento a sua bravura, destacada valentia e sagacidade, apresentamos este Voto de Aplauso no Senado Federal, aberto para subscrição coletiva”, diz trecho do requerimento de Seif.
Inúmeros parlamentares já manifestaram apoio a iniciativa.
Planalto mantém ‘estoque de mordomia’ de imóveis em áreas nobres
O pagador de impostos é um santo. A Presidência da República é dona de dezenas de imóveis funcionais, onde residem os integrantes do governo sem pagar por isso, e ainda mantém uma espécie de “estoque de mordomia” de 9 apartamentos vazios nas quadras mais valorizadas de Brasília. São seis na Asa Sul, onde o metro quadrado pode passar dos R$20 mil, e outros três na Asa Norte, área igualmente “nobre”. O “estoque” é reservado para “melhorar” as vantagens para figurões.
‘Filé’ da cidade
Apartamentos na Asa Norte, por exemplo são alugados por R$9,2 mil mensais ou vendidos em média por R$3 milhões.
Como Copacabana
Na Asa Sul, o metro quadrado de apartamentos menos vistosos rivaliza com imóveis residenciais de Copacabana, no Rio: R$11,3 mil.
Península dos Ministros
O Planalto também mantém mansões de luxo para ministros como da Casa Civil e Relações Exteriores e comandantes militares.
Bico calado
O Palácio do Planalto foi questionado sobre seu “estoque de mordomia”, exposto no Portal da Transparência, mas ninguém se dignou a explicar. (ATUALIZAÇÃO: A Secretaria de Comunicação do Planalto pediu os endereços para verificar se são os imóveis em manutenção)
Ministros de Lula já acumulam 264 convocações
Tramitam na Câmara mais de duas centenas de pedidos de convocação de ministros de Lula para explicarem desarranjos de suas pastas. O Alvo preferido é o ministro da Justiça, Flávio Dino, com 71 pedidos, quase todos ignorados. Só seis nomes não receberam convocação: a demitida Ana Moser (Esporte), os novatos André Fufuca (Esporte) e Silvio Costa Filho (Portos), André de Paula (Pesca) e Celso Sabino (Turismo), do centrão, e a apagadíssima Luciana Santos (Ciência e Tecnologia).
Nísia leva prata
Nísia Trindade aparece atrás de Dino, ainda que em colossal diferença. Em segundo lugar nas convocações, a ministra da Saúde é alvo de 23.
Enrolou
Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) tem 22 convocações batendo à porta. A maioria quer explicações sobre MST e invasões criminosas.
Efeito Hamas
O chanceler de enfeite Mauro Vieira (Relações Exteriores) tem 18 convocações na Câmara, mais que “G. Dias”, o obscuro general do Lula.
Vexame oficial
Falando pelo Itamaraty, o embaixador Carlos Sérgio Sobral Duarte terceirizou a responsabilidade de classificar o Hamas como terrorista. Diz o diplomata que a classificação do grupo cabe à ONU. São uns artistas.
Chanceler de enfeite
Flanando no Camboja, enquanto diplomatas dedicados atuam no resgate de brasileiros em Gaza, o chanceler Mauro Vieira gravou um vídeo dizendo haver telefonado ao colega egípcio.
O mal atrai o mal
O deputado Giovani Cherini (PL-RS) vê sentido no apoio recíproco Lula-Hamas na citação bíblica que abençoa os que fazem o bem e amaldiçoa quem faz o mal a Israel. “O mal atrai o mal”, conclui o parlamentar.
Jeito brasileiro
“Israel está perdendo oportunidade de consultar o ministro Alexandre para ele ensinar como prender 1500 terroristas sem gastar uma munição” ironiza o deputado José Medeiros (PL-MT) sobre as prisões em Brasília.
Pix reconhecido
O Pix, sucesso entre brasileiros, ganhou o Prêmio BandNews de “Marcas Mais Admiradas do Brasil”. O resultado foi celebrado pelo Banco Central, que destacou que é segundo prêmio consecutivo da ferramenta.
Azul repatria
A Azul confirmou à coluna haver colocado à disposição do Palácio do Planalto toda sua frota para levar até o destino final todos os brasileiros repatriados de Israel. Os voos serão de graça
O que é isso, excelência?
A Corregedoria Nacional de Justiça instaurou reclamação disciplinar contra o desembargador Georgenor de Sousa Franco Filho, do TRT-8. O magistrado negou adiamento da sustentação oral de uma advogada que deu à luz dias antes. Supostamente disse que “gravidez não é doença”.
Demitido, só que não
Foi anunciada a demissão do porralouca que ridicularizou uma mulher estuprada pelos terroristas do Hamas, mas falta oficializar, Sua boquinha de R$21 mil foi arrumada pelo deputado Márcio Jerry (PcdoB-MA),
Pensando bem…
…o recesso não-oficial, em Brasília, hoje só chega à metade.
Netanyahu expôs a Blinken fotos de bebês mortos: ‘Hamas é desumano’
No encontro desta quinta-feira (12) com o secretário de Estado dos Estados Unidos (EUA), Antony Blinken, em Tel Aviv, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu buscou expor a desumanidade do grupo terrorista Hamas que atacou Israel no sábado (7), mostrando ao representante do presidente americano Joe Biden fotos de bebês assassinados e carbonizados.
Imagens dos corpos de bebês executados e queimados foram divulgadas no perfil oficial das redes sociais do Gabinete do Primeiro Ministro de Israel, como sendo “algumas ddas fotos que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu mostrou ao secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken”.
“Estas são fotos horríveis de bebês assassinados e queimados pelos monstros do Hamas. O Hamas é desumano. Hamas é o Estado Islâmico”, diz o texto da publicação, citando o empenho de Netanyahu de “tratar o Hamas da mesma forma que o Estado Islâmico foi destruído”, como ele mesmo expôs durante pronunciamento ao lado de Blinken.
O próprio Biden já tinha declarado, ontem (11), ter visto as imagens da monstruosidade. “Nunca pensei que iria ver e ter imagens confirmadas de terroristas a decapitar crianças”, disse o presidente americano, diante de câmaras. Mas a declaração foi “esclarecida” pela Casa Branca, em um recuo que negou que o presidente americano tenha visualizado qualquer fotografia de bebés decapitados. E teria feito uma referência a relatos e notícias de Israel, que chegou a divulgar sobre 40 bebês decapitados em Kfar Aza.
França teme desordem pública e proíbe protestos pró-Palestina
O ministro do interior da França, Gerald Darmanin, enviou mensagem para a polícia francesa informando que estão proibidas todas as manifestações pró-Palestina. A decisão foi tomada nesta quinta-feira (12), após alguns cidadãos se aglomerarem nas ruas de Paris.
“As manifestações pró-Palestina devem ser proibidas porque podem gerar perturbações à ordem pública”, disse o ministro.
O ministro também determinou reforço policial em lugares frequentados por judeus, como sinagogas e escolas. Há o temor de atos antissemitas.
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