Terroristas do Hamas assassinaram e até decapitaram cerca de 40 bebês e crianças em um kibutz (comunidade), em Israel, e suas famílias também foram assassinadas. “Um massacre”, afirmou o major-general Itai Veruv ao canal de notícias israelense i24News.
A cena foi registrada após forças militares israelenses reocuparem o kibutz Kfar Aza, no sul do país, que foi alvo dos terroristas desde o ataque do sábado (7). Famílias inteiras foram assassinadas e até mesmo a recuperação dos corpos tem sido difícil pois os terroristas deixaram armadilhas e explosivos entre as vítimas.
A correspondente do canal de notícias israelense i24News Nicole Zedek que está na linha de frente do conflito não conseguiu conter a emoção durante seu relato, no vídeo abaixo:
https://x.com/i24NEWS_EN/status/1711697093151056355?s=20
Conforme o jornal inglês Daily Mail, cerca de 70 terroristas do Hamas fortemente armados com granadas e armas de fogo invadiram o kibutz e realizaram o massacre.
“Você vê os bebês, as mães, os pais, em seus quartos, em suas salas de proteção e como o terrorista os mata. Não é uma guerra, não é um campo de batalha. É um massacre, é uma atividade terrorista”, disse o major-general israelense Itai Veruv.
A insuficiente reação brasileira ao terror
Encerramos nosso editorial de segunda-feira manifestando a necessidade de “a comunidade internacional se unir em torno da condenação firme àquilo que é intolerável”. Felizmente, boa parte das nações do mundo, ao menos no que diz respeito ao Ocidente democrático, não hesitou em condenar veementemente o covarde e bárbaro terrorismo do Hamas, que no fim de semana fez centenas de mortos em Israel. Já o Brasil de Lula, mais uma vez, como já vinha fazendo no caso da guerra na Ucrânia, não se mostrou à altura.
Em suas mídias sociais, no sábado, o presidente da República se declarou “chocado com os ataques terroristas realizados hoje contra civis em Israel”; Lula omitiu o nome da organização responsável pelos ataques, mas, de certa forma, a menção ao Hamas está implícita; afinal, os terroristas em questão só poderiam ser os extremistas palestinos. Mais tíbio foi o Ministério das Relações Exteriores, que, em nota emitida na manhã de sábado, não chegou nem mesmo a usar o termo “terrorismo”; só foi empregar a palavra “atentados” nesta terça-feira, após a confirmação das mortes de dois brasileiros, ambos vítimas do Hamas; de resto, menciona apenas “últimos desdobramentos do conflito israelo-palestino”.
Neutralidade não pode ser confundida com omissão, muito menos com o recurso a uma enganosa equivalência moral. Lula e o Itamaraty ficaram aquém da resposta esperada a uma barbárie como a cometida pelo Hamas
É verdade que poderia ter sido muito pior. Lula poderia ter seguido alas da esquerda brasileira que demonstraram toda a sua degradação moral nos últimos dias. Em vez de condenar o terrorismo, vários influenciadores, jornalistas e políticos direcionaram suas críticas apenas a Israel enquanto exaltavam o Hamas, usando termos como “resistência”. A deputada estadual Luciana Genro (PSol-RS) chegou ao cúmulo de fazer uma abjeta comparação entre a barbárie do fim de semana e o levante judeu no Gueto de Varsóvia, em 1943. Lula poderia, ainda, ter imitado alguns colegas latino-americanos como o colombiano Gustavo Petro, que chamou os israelenses de “neonazistas”. Não o fez e merece crédito por isso.
Mas, por outro lado, o brasileiro perdeu a chance de responder à situação com a ênfase que ela exigia. E há exemplos latino-americanos que Lula poderia ter imitado. O chileno Gabriel Boric demorou para se pronunciar e também criticou o que considera uma resposta desproporcional de Israel, mas afirmou na rede X (o antigo Twitter) que “condenamos sem reservas os brutais atentados, assassinatos e sequestros do Hamas. Nada pode justificá-los, nem se pode relativizar o mais enérgico repúdio”. Na Argentina, que já viveu na pele o terrorismo islâmico em 1994, o presidente Alberto Fernández usou a mesma rede para dizer que “repudiamos veementemente o ataque atroz que o Hamas perpetrou contra o povo israelita no sul do seu país”, e acrescentar que providenciou “o envio imediato de ajuda humanitária a Israel para apoiá-los neste momento difícil”.
O que Lula e a chancelaria brasileira parecem não compreender é que uma condenação firme, enérgica, sem meias palavras, sem omissões, chamando à responsabilidade os autores assumidos do terror, não é incompatível com a defesa do modelo de dois Estados, nem com a crítica a políticas do atual governo israelense – como a expansão irresponsável de assentamentos na Cisjordânia e os poucos esforços de Benjamin Netanyahu para solucionar a questão palestina –, nem com o repúdio a uma reação desproporcional de Israel que leve à morte de civis palestinos inocentes. É preciso, sim, mencionar explicitamente os responsáveis pela barbárie, reconhecer o direito de Israel a se defender de forma proporcional contra a ameaça do extremismo islâmico, e compreender que o Hamas não está nem um pouco interessado na paz, e sim no extermínio do Estado de Israel. Lula e o Itamaraty ficaram aquém disso.
Isso é muito pouco para uma nação que sonha em ter relevância internacional. Neutralidade não pode ser confundida com omissão, muito menos com o recurso a uma enganosa equivalência moral, como tem ocorrido no caso ucraniano e que o chanceler brasileiro de facto, Celso Amorim, invocou neste fim de semana em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo. Não basta a Lula e ao Itamaraty serem apenas um pouco mais dignos que o restante da esquerda nacional; se quiserem que o Brasil seja respeitado internacionalmente, ainda precisarão melhorar muito.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/lula-itamaraty-terrorismo-hamas-israel/?#success=true
Primeiro voo com brasileiros resgatados em Israel chega a Brasília
O primeiro voo de repatriação de 211 brasileiros resgatados em Israel pousou em Brasília na madrugada desta quarta (11), por volta das 4h07, após uma viagem de cerca de 14 horas. O avião da Força Aérea Brasileira (FAB) partiu de Tel Aviv com atraso na tarde de terça (10), em meio a alertas de ataques do grupo Hamas contra a capital israelense.
A operação de repatriação foi nomeada de “Voltando em Paz” e priorizou, neste primeiro grupo, famílias sem condições financeiras de comprar uma passagem aérea na aviação comercial, crianças, idosos, pessoas com deficiência e enfermos. Outros cinco voos de repatriação estão previstos até domingo (15), com até 900 pessoas – o Ministério das Relações Exteriores, no entanto, já recebeu mais de 2,7 mil pedidos de ajuda para deixar Israel.
Segundo informações do governo, 107 passageiros ficaram em Brasília e 104 seguiram para o Rio de Janeiro em outros dois aviões da FAB.
Maria Laura da Rocha, secretária-geral do Itamaraty, que acompanhou a chegada, ainda há 2,5 mil brasileiros em Israel e 50 na Faixa de Gaza à espera de resgate pelo governo. De acordo com ela, foi montado um gabinete de crise no governo para operacionalizar a repatriação dos cidadãos.
“Nosso objetivo é trazer todos de volta. Nossa preocupação é, nesse momento, com os nossos co-nacionais”, explicou ainda na base aérea de Brasília.
O ministro José Múcio Monteiro, da Defesa, completou a secretária-geral do Itamaraty e afirmou que o governo vai resgatar todos os brasileiros que quiserem voltar ao país. Ele afirmou que “este é o primeiro de muitos voos”.
“Algumas pessoas perguntam quantos voos vamos realizar, vamos trazer todos os brasileiros que estão na região. Este é o primeiro voo que vem de Tel Aviv, mas o Itamaraty já está fazendo contato com países vizinhos para ver se nós deslocamos os outros brasileiros que estão no entorno”, disse.
A preocupação maior para o governo, neste momento, é com os brasileiros que estão na Faixa de Gaza, 50, como mencionou Maria Laura anteriormente. Para o brigadeiro do ar, tenente-brigadeiro do ar, Marcelo Damasceno, dois aeroportos do Egito tem boas possibilidades de atendimento aos cidadãos que estão em Gaza e na Cisjordânia.
“[Dependemos da] abertura e fechamento das fronteiras, que acontece em situações como essa, mas, não tenho dúvida que fechamos no sábado essa primeira etapa e imaginamos que o segundo braço dessa missão uma quantidade que eu considero grande de voos para que possamos esses milhares de brasileiros que aguardam o nosso apoio”, afirmou o militar.
Um segundo voo de repatriação de brasileiros partiu de Brasília na tarde de segunda (9), fez uma escala em Roma e pousou em Tel Aviv por volta das 8h (horário de Brasília). O avião, mais um KC-30 (Airbus A330-200) com capacidade para 210 passageiros, deve retornar ao Brasil no final da manhã (final da tarde em Israel) com destino ao Rio de Janeiro. A expectativa é de que a chegada seja na madrugada de quinta (12).
E um terceiro voo decolou nesta terça (10), também da capital federal. Os aviões, do modelo KC-30 com capacidade para até 210 passageiros. Os próximos três voos de repatriação programados partem até sábado (14) com chegada até domingo (15).
Após a chegada no Brasil, os passageiros que seguem para outras cidades do país são transportados até o destino final pela companhia aérea Azul, que está custeando as passagens após fechar uma parceria com a presidência da República.
Desde o início dos conflitos, no último sábado (7), mais de duas mil pessoas morreram em Israel e em Gaza. Entre elas dois brasileiros, os jovens Ranani Glazer, de 23 anos, e Bruna Valeanu, de 24, que estavam em um festival de música eletrônica que foi um dos primeiros locais atacados pelo Hamas durante a ofensiva contra o território israelense. Ainda há uma brasileira desaparecida.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/republica/guerra-israel-primeiro-voo-brasileiros-resgatados-chega-brasilia/
Barbas de molho: empresas e mercado financeiro estão menos confiantes na economia
Empresas e mercado financeiro puseram as “barbas de molho”. Pesquisas mostram que a confiança do empresariado em relação ao futuro da economia brasileira está em baixa, exceto na indústria da construção. O ânimo dos consumidores, que vinha melhorando, agora pende mais para a cautela.
Um dos principais indicadores, o Índice de Confiança Empresarial (ICE), medido pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), registrou queda em setembro. É o quarto mês consecutivo em uma faixa de confiança moderadamente baixa, entre 94 e 95 pontos. Considera-se que há otimismo em relação à economia quando o índice supera os 100 pontos.
Os resultados são heterogêneos entre os setores, destaca o superintendente de estatísticas do Ibre/FGV, Aloisio Campelo Jr. “A percepção atual dos setores de serviços e construção indica certa resiliência, enquanto na indústria e no comércio as avaliações sugerem uma fase de desaceleração”, diz.
Em setembro, a confiança empresarial aumentou apenas entre 21 dos 49 segmentos pesquisados pela FGV. No mês anterior, o índice havia subido em 25.
Campelo também lembra que as expectativas vêm se tornando menos otimistas, exceto na construção. O segmento prevê um volume de negócios favoráveis para os próximos meses. Dois fatores que podem estar contribuindo são os programas Minha Casa, Minha Vida e o Novo PAC.
Um dos fatores que mais preocupam, na avaliação do superintendente do Ibre/FGV, é o pessimismo das empresas em um horizonte de seis meses. “É uma variável que costuma antecipar decisões de investimentos e contratações nos meses seguintes”, afirma.
Dificuldades na indústria se refletem em falta de confiança
A confiança da indústria caiu em setembro pelo terceiro mês consecutivo, segundo o Ibre/FGV. É um resultado das dificuldades enfrentadas pelo setor ao longo do ano, diz o economista Stefano Pacini.
A elevada taxa de juros, o forte endividamento das famílias e o alto nível de estoques, dada a redução da demanda interna principalmente nos segmentos produtores de bens de consumo, vêm limitando o crescimento do setor. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nos oito primeiros meses do ano a produção industrial ficou praticamente estagnada (queda de 0,1%) em relação ao mesmo período de 2022.
Outro levantamento, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostra que a confiança do empresário do setor diminuiu em setembro, interrompendo uma sequência de quatro meses seguidos de alta. Segundo a entidade, os industriais estão preocupados com a percepção de piora das condições da economia brasileira e de seu negócio.
O otimismo está mais fraco e menos disseminado na indústria. No mês passado, a confiança recuou em todos os portes de empresa, em todas as regiões e em 21 dos 29 setores pesquisados pela CNI.
A situação passou da confiança para a falta de confiança em segmentos como produtos de metal, serviços especializados para a construção, veículos automotores, produtos de material plástico e móveis.
Comércio vive momento de cautela com menor confiança de consumidor
Outra atividade econômica que registrou queda em setembro foi o comércio. A piora, de acordo com o economista Rodolpho Tobler, do Ibre/FGV, foi tanto nas avaliações sobre o momento atual quanto nas expectativas em relação aos próximos meses.
“A dificuldade de manter a trajetória positiva dos últimos meses parece estar relacionada à desaceleração da confiança dos consumidores e também pelo tempo que o efeito da melhoria das variáveis macroeconômicas, como a redução de juros, vai levar para se refletir na atividade do setor”, diz o economista.
Um cenário parecido é detectado por pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A entidade aponta que, apesar da chegada de datas importantes para o setor, como Dia das Crianças, Black Friday e Natal, o cenário ainda é de cautela. Muitas empresas estão altamente endividadas e, inclusive, inadimplentes, o que limita os investimentos.
Só quatro em cada dez comerciantes estão sentindo melhoria nas vendas, que nos sete primeiros meses do ano cresceram 1,5% sobre igual período de 2022, segundo o IBGE.
“As operações dos negócios, de forma geral, ainda sofrem para impulsionar as vendas, principalmente nos segmentos mais dependentes das vendas a prazo”, diz a economista Izis Ferreira, da CNC.
Depois da trajetória de alta, o momento é de acomodação nos serviços
A confiança no setor de serviços caiu em setembro pelo segundo mês seguido, destaca o Ibre/FGV. Mas a retração pode ser compreendida como um sinal de acomodação depois de o setor passar por uma trajetória de alta ao longo do ano, afirma Pacini.
Nos sete primeiros meses de 2023, o setor registra um crescimento de 4,5%, mostram dados do IBGE. Serviços prestados às famílias (5,6%) e transportes (5,1%), este motivado pela safra recorde, são as atividades que mostraram maior vigor até julho.
“A situação atual é de melhores condições de negócios em relação aos meses anteriores e de manutenção da demanda que vem sendo recuperada aos poucos, reforçando a resiliência do setor. O grande desafio é em relação aos próximos meses. Apesar de sinais positivos no ambiente macroeconômico, a maior parte dos segmentos ainda demonstra cautela em suas expectativas”, diz Pacini.
Ele avalia que, para as datas de fim de ano, a perspectiva de melhora dos aspectos macroeconômicos pode ter impacto positivo em parte do setor, especialmente nos serviços prestados às famílias.
Construção: mais otimista, porém enfrenta desafios
A construção é o único dos setores de atividade econômica a registrar aumento na confiança empresarial, de acordo com o Ibre/FGV. Setembro registrou a terceira expansão seguida e marcou o maior nível em 11 meses.
O avanço nos últimos meses não vem ocorrendo de maneira uniforme, destaca a coordenadora de projetos de construção do instituto, Ana Maria Castelo. “Em setembro, foram as empresas do mercado imobiliário que se mostraram menos confiantes em relação à situação dos negócios correntes e dos próximos meses”, destaca.
Dois fatores que pesam, segundo ela, são a falta de mão de obra qualificada e o acesso ao crédito. Isso ocorre mesmo diante de uma percepção mais positiva em relação à demanda futura.
Castelo destaca que a atividade no segmento industrial seguiu crescendo, com o indicador superando o patamar da neutralidade, o que reforça a preocupação com a falta de trabalhadores.
Outro sinal de alerta vem de levantamento conjunto feito pela CNI e pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). A sondagem setorial realizada pela entidade mostra que as expectativas para os próximos seis meses são positivas, mas o otimismo e a confiança vêm perdendo força. A intenção de investimento também diminuiu em setembro.
Mercado financeiro também tem menos confiança na economia
Não é só no setor produtivo que as “barbas estão sendo colocadas de molho”. É uma realidade também no mercado financeiro. Pesquisa divulgada no dia 18 pela Genial Investimentos, em parceria com a Quaest, mostra que as avaliações positivas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, caíram entre julho e setembro.
As sinalizações em relação à política econômica voltaram a piorar: 72% dos entrevistados consideram que ela está indo na direção errada, ante 53% em julho.
O principal dificultador é uma política fiscal que funcione. O mercado não acredita na meta do governo de déficit zero em 2024. A mediana das projeções no relatório Focus, do BC, está em saldo negativo de 0,75% do PIB.
Consumidores: sinais de mais cautela no ar
O ritmo de melhoria na confiança dos consumidores perdeu força em setembro, aponta o Ibre/FGV. Segundo a analista Anna Carolina Gouveia, fatores positivos em relação à economia ainda prevalecem, mas há um cenário desafiador para o consumidor, marcado por juros, nível de endividamento e inadimplência elevados.
Outra pesquisa mensal, feita pela Ipsos, mostra que a confiança do consumidor apresentou, em setembro, a segunda retração consecutiva. “As quedas recentes podem refletir a preocupação de como os consumidores enxergam o cenário atual e sugerem que o período de lua de mel com o novo governo pode estar perto do fim”, destaca Marcos Calliari, CEO da Ipsos no Brasil.
Guerra no Oriente Médio pode aumentar falta de confiança
Um novo componente pode reforçar a perda de confiança entre os agentes econômicos: a guerra no Oriente Médio, após os ataques do grupo terrorista Hamas a Israel, no sábado (7). Analistas ouvidos pela Gazeta do Povo apontam que, se o conflito se espalhar, o petróleo pode aumentar de preço, pressionando ainda mais a inflação.
“Em momentos de estresse, como este, há uma fuga dos investidores em direção a ativos mais confiáveis, como o ouro e os títulos do Tesouro americano”, diz o economista-chefe da Suno Research, Gustavo Sung. Uma eventual fuga de capitais jogaria para cima a cotação do dólar, com o provável efeito de aumentar a inflação por aqui.
Outro agravante, de acordo com William Castro Alves, estrategista-chefe da Avenue, é que uma alta mais forte do petróleo tende a tirar tração da economia mundial – o que afetaria, por exemplo, as vendas de commodities.
“Isso é ruim para países produtores, como o Brasil”, diz. Um menor crescimento da economia mundial faz com que a demanda de insumos básicos e matérias-primas seja menor.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/economia/confianca-economia-queda-empresas-mercado-financeiro/
Deputado demite apoiador do Hamas que zombou de mulher sequestrada em Israel
O deputado Márcio Jerry (PCdoB-MA) informou nesta terça-feira (10) que demitiu de sua assessoria o vice-presidente do Instituto Brasil-Palestina, o escritor e palestrante, Sayid Tenório, que zombou de uma mulher sequestrada pelo Hamas, em Israel. Tenório ocupava um cargo na Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara, presidida por Jerry.
Até o último dia 25, ele ocupava um cargo comissionado no gabinete do deputado com salário mensal bruto de R$ 21 mil, informou a coluna de Malu Gaspar, no jornal O Globo. Após chamar a declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre os ataques do Hamas de “fajuta”, o escritor disse que “os palestinos têm o direito de resistir à opressão e ao roubo de terras que Israel pratica há mais de 75 anos”.
Em resposta, um usuário do X (antigo Twitter) repostou um vídeo em que uma mulher é retirada do porta-malas de um jipe e conduzida pelos cabelos para o banco de trás. A refém tem as mãos amarradas e apresenta manchas de sangue na altura das nádegas. “Estuprar civil ajuda no que a Palestina?”, perguntou o usuário da rede social. Sayid retrucou: “Isso é marca de merda. Se achou nas calças”.
“Em face de comentário em rede social feito por Sayid Marcos Tenório em postagem referente a foto de mulher agredida por integrantes do Hamas, manifesto minha total reprovação e veemente repúdio. Trata-se obviamente de uma posição absolutamente individual, que não tem qualquer concordância de minha parte, ao contrário”, disse o parlamentar, em nota.
O comentário foi apagado por Tenório, mas outro perfil recuperou a publicação salva em um print e questionou o escritor: “Apagou o comentário por quê?”. Após a repercussão, Sayid Tenório apagou seus perfis das redes sociais.
Veja a nota do deputado Márcio Jerry na íntegra:
“Em face de comentário em rede social feito por Sayid Marcos Tenório em postagem referente a foto de mulher agredida por integrantes do Hamas, manifesto minha total reprovação e veemente repúdio. Trata-se obviamente de uma posição absolutamente individual, que não tem qualquer concordância de minha parte, ao contrário.
Reitero minha posição de repúdio aos ataques do grupo Hamas a Israel, como também repudio os ataques de Israel ao povo palestino, defendendo mais uma vez a celebração da tão necessária paz.
Comunico ainda que por considerar extremamente grave a manifestação determinei a imediata demissão dele do quadro de minha assessoria na Câmara dos Deputados”.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/republica/deputado-demite-apoiador-do-hamas-que-zombou-de-mulher-sequestrada-em-israel/
Insanidade ou maldade? Deputada petista exalta a selvageria dos terroristas do Hamas (veja o vídeo)
Veja o vídeo:
https://x.com/aguilarvctr/status/1711790927306436959?s=20
Só a insanidade, ou será maldade mesmo, pode explicar que uma pessoa faça a exaltação das ações do grupo terrorista Hamas, qualificando a selvageria utilizada e a matança praticada como “resistência!”.
Tudo se torna ainda mais grave, quando essa exortação parte de uma deputada eleita pelo voto popular.
Foi exatamente o que fez Rosa Amorim, do PT de Pernambuco, que mesmo diante do assassinato de inúmeros civis, crianças, mulheres e alguns brasileiros, mandou essa:
“A resistência é um direito garantido pela ONU e é isso que os palestinos estão fazendo. A ofensiva do Hamas é uma resposta”.
Inacreditável!
Senador se revolta contra “covardia” de Lula e de ministros
O senador Eduardo Girão (Novo-CE) lamentou o sofrimento de israelenses e palestinos durante o conflito iniciado após ataques terroristas do grupo Hamas a Israel no sábado (7).
Ele repudiou as ações do Hamas e criticou o governo Lula por, na avaliação do parlamentar, não ter se manifestado de forma firme contra o grupo.
“Fica um questionamento que, eu confesso, me constrange, assim como aos cidadãos de bem da nossa nação, uma nação pacífica, como é o Brasil, por não ver um ato mais firme deste governo, nem dos seus ministros. E ninguém sabe onde anda o ministro dos Direitos Humanos do Brasil, ante essas atrocidades que todos nós estamos vendo, com famílias sequestradas, crianças, mulheres.
Não se vê uma declaração firme contra essa barbárie que está acontecendo lá. E a gente fica na dúvida: poxa, é porque o grupo Hamas parabenizou o presidente Lula pela eleição no ano passado? É porque alguns deputados ligados ao PT, ao PSOL também, tiveram uma reação a uma iniciativa britânica, em 2021, com relação a sanções mais pesadas em cima desse grupo Hamas?”, questionou.
Girão afirmou que “terrorismo é o que está sendo visto no Oriente Médio neste momento” e enfatizou que os atos de vandalismo ocorridos em Brasília, em 8 de janeiro, não se enquadram na categoria.
“Eu defendo a punição de quem depredou, vandalizou, seja de direita, seja de esquerda, seja infiltrado, tem que ser punido exemplarmente, mas aquilo não é terrorismo. […] Terrorismo é quando acontece morte, é quando acontece estupro, da maneira como aconteceu, com arma de fogo, com terrorismo… É exatamente essa sanha do ódio. Isso sim é o que nós estamos vendo acontecer agora no Oriente Médio, com sofrimento, com a dor de pessoas. E não o que aconteceu no dia 8 de janeiro.”
Deputado manda recado para o STF: “Acabou! A prerrogativa é nossa, nós vamos legislar” (veja o vídeo)
Veja o vídeo:
https://www.facebook.com/watch/?v=1374116903204335
Os parlamentares continuam obstruindo os trabalhos no Congresso, em protesto contra o STF. E o deputado federal Rodolfo Nogueira (PL-MS) revela com exclusividade como está o clima na Câmara:
“Nós não estamos registrando presença. Praticamente todas as comissões estão canceladas.
Estamos trazendo o entendimento que quem legisla é o Congresso Nacional, nossas prerrogativas não podem ser rasgadas.
Estamos vendo um ativismo judicial querendo tomar a frente na criação de leis”, ressaltou.
O deputado criticou ainda a política econômica do Governo Lula:
“É desastrosa! Sabemos que não só o agronegócio, mas outros setores, vão muito mal. Os investimentos estrangeiros praticamente sumiram e isso pode causar uma recessão.
O ex-ministro Paulo Guedes alertava que com os gastos do governo, as contas não iam fechar”, lembrou.
Dino, o “fujão”, se complica de novo…
A situação do ministro Flávio Dino é cada vez mais difícil e conturbada.
Incompetente, mas debochado.
Medroso, mas tirânico.
Nesta terça-feira (10), o ministro da Justiça mais uma vez demonstrou que não respeita o Congresso Nacional e não tolera a convivência democrática.
Flávio Dino não compareceu a uma audiência na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara.
Ele havia sido convocado a depor e, portanto, sua presença era obrigatória.
Meia hora antes da sessão ele justificou a ‘fuga’ de maneira estapafúrdia.
Mandou um ofício, meia hora após o início da sessão, alegando que não iria por causa da operação “Bad Vibes”, realizada em combate à exploração sexual de crianças e adolescentes, e pediu que a sessão fosse reagendada.
O caso será encaminhado para a PGR.
Claramente, Dino tenta ganhar tempo.
Até hoje não conseguiu dar uma explicação plausível para o sumiço das imagens do 8 de janeiro.
Ele tenta sustentar que essas imagens não comprometem as investigações. Porém, presentemente, a palavra do ministro não está valendo nada.
Perdeu a credibilidade e a vergonha.
Só falta perder o cargo e o rumo de casa…
FONTE: JCO https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/52386/dino-o-fujao-se-complica-de-novo
Há brasileiros entre reféns de terroristas do Hamas, confirma Israel
Veja o vídeo:
https://x.com/IDF/status/1711935604705882137?s=20
O porta-voz do Exército de Israel confirmou que há brasileiros entre os reféns capturados pelo grupo terrorista Hamas. Em vídeo postado na rede social X, ex-Twitter, o militar cita algumas das nações que têm cidadãos rendidos.
“Há americanos, britânicos, franceses, alemães, italianos, brasileiros, pessoas da Argentina, Ucrânia e vários outros países”, disse o tenente-coronel da reserva Jonathan Conricus, porta-voz das Forças de Defesa da Israel.
No vídeo (veja abaixo), o militar diz que o governo israelense está comprometido com o resgate dos civis sequestrados.
O Diário do Poder entrou em contato com o Itamaraty para confirmar a informação do Exército israelense, além de questionar a quantidade de eventuais brasileiros sequestrados e se houve contato para a libertação das possíveis vítimas. A reportagem será atualizada assim que houve retorno.
Marcel van Hattem: Lula é cúmplice do Hamas
O deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS) usou a tribuna da Câmara dos Deputados para protestar contra a manobra do Partido dos Trabalhadores (PT) que incluiu entre o pacote de deliberações contra o Hamas, na Câmara dos Deputados, um requerimento de repúdio ao Estado de Israel.
Vice-líder da oposição, o gaúcho pressionou pela anulação de todos os requerimento votados nessa terça-feira (10), visando manter, unicamente, a propositura do deputado Marcos Pereira (Republicanos-SP), que apenas o repudia ao grupo terrorista, mas não teve êxito.
Segundo o deputado, o partido do presidente da República descumpriu o acordo feito no colégio de líderes da Câmara. A bancada do PT só teria apresentado a proposta que inclui o repúdio a Israel em cima da hora da votação, pegando carona no consenso pela aprovação do pacote.
“Eu ouvi [na reunião de líderes] que os requerimentos seriam de repúdio ao Hamas e solidariedade aos civis , mas o PT apresentou um requerimento de repúdio ao Estado de Israel”.
Em recado a Silvio Almeida, van Hattem afirmou: “Esse governo diz que é pelo amor, mas não consegue ter um ministro dos Direitos Humanos chamando o Hamas daquilo que é: uma organização terrorista”.
A fala do gaúcho também expôs a incoerência da base governista em passar pano para o cenário na Faixa de Gaza: “bebês decapitados, mulheres estupradas. Cadê as femininas desse país? Idosos raptados, mortos e as fotos postadas em suas redes sociais”, refletiu.
Para o parlamentar, a leniência do governo federal com a atuação do braço terrorista islâmico faz do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, “cúmplice do Hamas”.
O parlamentar destacou que o governo Lula, atualmente a frente do Conselho de Segurança da ONU, pode mudar o entendimento ‘criminoso’ da Organização sobre o Hamas. “Mas não vai fazer porque o PT se alia ao que há de pior, como fez com a Rússia e a China”.
FONTE: DP https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/lsf-brasil/marcel-van-hattem-lula-e-cumplice-do-hamas
Deputados aprovam com 312 votos repúdio ao terrorismo do Hamas
Com 312 votos a favor e nenhum contrário, a Câmara dos Deputados aprovou um bloco de 16 moções de repúdio contra as mortes e os ataques do Hamas. As deliberações pela aprovação da matéria foram marcadas por acusações entre governistas e oposição.
“Ministros do PT assinaram nota dizendo que o Hamas não é um grupo terrorista, mas vêm posar de bonzinhos quando são assassinadas crianças e mulheres”, disse o deputado André Fernandes (PL-CE)
Guilherme Boulos (Psol-SP), que perdeu assessor por não condenar o Hamas, em posicionamento, atacou o Estado israelense e disse que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, é de direita e atacou civis palestinos.
Marcel van Hattem (Novo-RS) lamentou: “Infelizmente, apesar de muitas moções definirem o Hamas como grupo terrorista, o governo brasileiro não assume essa definição”.
Brasil tem de cuidar para não trazer terroristas escondidos na repatriação
Eu estava preocupado com o critério de repatriação de brasileiros que estão na região conflagrada em Israel, porque muito terrorista poderia alegar ser brasileiro, entrar num avião e vir pra cá. Esse é o perigo, até porque Israel está indo para a retaliação, e este é o momento em que os terroristas estão querendo fugir de lá.
O Hamas chegou a decapitar 40 bebês, segundo relatórios. Mataram as pessoas indiscriminadamente, assim como fizeram os matadores dos médicos no Rio. As pessoas estavam se divertindo numa rave e foram mortas, 250 de uma vez só, inclusive brasileiros, que estavam desaparecidos e cujos corpos foram encontrados agora. Há brasileiros feridos também. Muitos brasileiros vivem em kibutzim, fora os turistas e os brasileiros que são soldados, que foram prestar o serviço militar em Israel por convicção.
A pessoa terá de demonstrar que tem domicílio no Brasil. Mas as autoridades terão de checar, comprovar se é verdade, porque é muito fácil falsificar documentos de residência. Tem de haver um critério muito, muito cuidadoso, tal como os israelenses têm cuidado em relação a brasileiros que chegam lá dizendo que vão fazer turismo.
Comissão da Câmara aprova projeto que proíbe casamento homoafetivo
A Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara aprovou um projeto de lei que proíbe o casamento entre pessoas do mesmo sexo, entre pais e filhos, e entre irmãos. O artigo 226, parágrafo 3.º, da Constituição fala em união “entre homem e mulher”. A Bíblia também diz que Deus fez o homem e a mulher, e ordenou: “crescei e multiplicai-vos”, isso significa macho e fêmea. O resultado da votação na comissão foi de 12 a 5, e o texto vai agora à Comissão de Direitos Humanos. O projeto também é uma reação ao Supremo que, em 2011, disse que a união homoafetiva gera os mesmos direitos que a união heteroafetiva. Tempos diferentes, de ideologia de gênero, que é puramente ideologia, não biologia. Esta é realidade, aquela é um movimento político.
Dino esnoba e desrespeita deputados
O ministro da Justiça, Flávio Dino, foi convocado pela Comissão de Segurança Pública e, como fez em outras comissões, não foi. Ele simplesmente não vai; foi uma vez, se levantou e foi embora, dizendo-se ofendido. Prometeu que voltaria, mas dessa vez ele alegou providências administrativas inadiáveis e ficou despachando em seu gabinete, no Ministério da Justiça. Disseram que a justificativa não procedia, porque ele poderia muito bem ter atravessado a rua e ido à comissão. Agora, o deputado Sanderson, presidente da comissão, diz que vai encaminhar um pedido de impeachment do ministro por crime de responsabilidade, por desacato, por não atender à convocação de uma comissão que tem esse poder. Lá, Dino seria cobrado pelas imagens do 8 de janeiro, pelas razões para não ter acionado a Força Nacional, seria questionado sobre a violência na Bahia, sobre a atuação do Ministério da Justiça e sobre os motivos pelos quais ele faz questão de tirar armas dos que têm armas legalizadas, e não dos que têm armas ilegais. Aqui no Brasil as coisas se invertem a toda hora.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/alexandre-garcia/brasil-repatriacao-israel-terroristas/
Defesa diz que Bolsonaro não teve ganho eleitoral em ‘lives’; TSE suspende julgamento
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começou a julgar nesta terça-feira (10) três ações, do PDT e do PT, que buscam condenar novamente Jair Bolsonaro (PL) à inelegibilidade. Os partidos acusam o ex-presidente de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação no uso dos palácios da Alvorada e do Planalto para realizar transmissões ao vivo, pela internet, em que promoveu sua candidatura à reeleição e fez campanha para outros candidatos.
A sessão foi dedicada às sustentações orais de advogados dos partidos, de Bolsonaro e da Procuradoria-Geral Eleitoral, que se posicionou pela improcedência das ações. O julgamento foi suspenso e só será retomado na próxima terça-feira (17), com a tomada dos votos dos ministros.
Nessa primeira parte do julgamento, o advogado de Bolsonaro, Tarcísio Vieira de Carvalho, disse que as ações não contêm provas que demonstrem a gravidade das “lives” para a disputa eleitoral, nem o impacto que as instalações dos palácios tiveram para um eventual desequilíbrio do pleito, condição necessária para a pena de inelegibilidade.
“O cenário da transmissão foi planejado? O uso das imagens foi fortuito? Os presentes foram convidados por alguém? Qual o quantitativo de espectadores? O evento se deu em que lugar do palácio, na área interna, externa? São pontos duvidosos”, iniciou o advogado.
Depois, ele disse que uma das reuniões, em que governadores e artistas fizeram uma entrevista à imprensa para manifestar apoio a Bolsonaro, se deu na área externa do Palácio do Planalto.
“Nas imagens, não aparece nenhum símbolo da República, não aparece bandeira, brasão, nada disso. Não houve ganhos eleitorais nem se violou isonomia entre candidatos. O que a lei veda é o uso efetivo, concreto, real do aparato estatal em prol de candidaturas”, disse Carvalho.
Ele ainda afirmou que as lives no Alvorada não eram eventos oficiais nem tinham custo significativo. Uma das acusações do PDT foi de que houve gasto com servidores para as transmissões, como seria o caso da intérprete de libras. Isso foi refutado pela defesa de Bolsonaro, que provou que ela participava voluntariamente e de graça, fora do horário do expediente, como ato de “altruísmo” para que surdos pudessem entender a mensagem.
Ele também disse que as lives são instrumento privado do candidato para se comunicar com seu público. “O político tem que ser impopular? Com base em que lei? Foi uma ferramenta democrática e acessível a qualquer candidato engajado”, afirmou.
Antes do advogado de Bolsonaro, o advogado do PT, Ângelo Ferraro, disse na tribuna que houve “evidente desvio de finalidade”, pelo “caráter sistemático do uso das estruturas dos palácios, que se tornaram verdadeiros comitês de campanha”.
“Foram eventos que ocorreram e tiveram como única finalidade atos de campanha. A residência pode servir para arranjos internos, receber interlocutores reservadamente, com objetivo de traçar estratégias e alianças políticas. Jair Bolsonaro se utilizou do cargo de presidente, da máquina pública, às custas do erário, para alavancar sua campanha eleitoral, transformando atos institucionais em verdadeiro comício eleitoral”, afirmou.
A advogada do PDT, Ezikelly Barros, lembrou que a lei eleitoral permite o uso da residência para encontros políticos na campanha, mas não para atos públicos. “A gravação e transmissão das lives eleitorais nas dependências privativas do Palácio do Planalto e da Alvorada caracterizam, sim, o abuso e a conduta vedada, porquanto desequilibraram o pleito, afetaram a normalidade e sobretudo a igualdade de oportunidade de candidatos e candidatas que disputaram”, disse.
O procurador-geral eleitoral, Paulo Gonet, argumentou que as lives não tiveram gravidade suficiente para impactar a eleição e, por isso, as ações devem ser julgadas improcedentes.
Como mostrou a Gazeta do Povo, em 2014, o TSE permitiu que a então presidente Dilma Rousseff (PT) gravasse um “bate-papo virtual” com eleitores pelo Facebook na mesma biblioteca da residência oficial da Presidência. O atual julgamento do TSE mostrará se os atuais ministros seguirão esse precedente ou mudarão o entendimento para condenar Bolsonaro.
Se for punido nas atuais ações, a inelegibilidade terá prazo até as eleições de 2030. O ex-presidente já está impedido de concorrer até lá por uma condenação de junho, em que foi acusado de abuso de poder político por levantar dúvidas sobre a integridade do sistema de votação eletrônico e a imparcialidade do TSE para conduzir as eleições, numa reunião com embaixadores, em julho do ano passado.
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