“A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.” (Winston Churchill (1874-1965), Herói da Civilização, Primeiro Ministro do Reino Unido de 1940 a 1945, durante a Segunda Guerra Mundial)
“A covardia é a mãe da crueldade.” (Michel de Montaigne (1533-1592), Filósofo renascentista francês.
Sebastião Coelho da Silva é Desembargador do TJDFT (Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, aposentado. Aposentou-se porque, segundo afirmou à época, se recusava a participar dos arbítrios jurídicos do STF, perpetrados, em geral, pelo Tomás de Torquemada brasileiro, Alexandre de Moraes, Inquisidor Geral da infeliz República dita federativa do Brasil.
Aposentado, abraçou a advocacia e passou a defender as vítimas de processos inquisitórios do STF. Digo inquisitórios porque irregulares. Até pelo foro – entre outras irregularidades – a julgá-los, que deveria ser o de primeira instância, jamais o STF, este sempre atuando, contra o mando e espírito da Constituição Federal, como tribunal penal de quarta instância. Mas que tribunal penal, por Júpiter! Coisa mais medíocre e arbitrária as nações civilizadas e democráticas não apresentam.
Ao defender um dos acusados, Sebastião Coelho, do alto de sua dignidade não hesitou e lavou a alma das pessoas de bem deste País afirmando, na cara daqueles togados nos cantos escuros do gabinete presidencial:
“Eu quero dizer, com muita tristeza, que nessas bancadas aqui, nesses dois lados, estão as pessoas mais odiadas desse país. Infelizmente. Quantas fotos tenho com ministros dessa Corte? Vossas excelências têm que ter a consciência que são pessoas odiadas desse país. Essa é uma realidade que alguém tem que dizer e vossas excelências têm que saber disso.”
Falou por mim, ínclito desembargador! Penso que falou por todos os brasileiros que pensam e entendem o que se passa neste País: a construção célere de uma ditadura, enquanto os que as constroem dizem que estão defendendo a democracia. É a farsa de sempre, já usada mundo afora: da defunta Alemanha Oriental à Coréia do Norte, passando por Cuba, Venezuela, Nicarágua, …
Foi mais longe o Desembargador Sebastião Coelho, ao dirigir-se a Alexandre de Moraes, Inquisidor Geral da República:
“A defesa entende que vossa excelência é suspeito para julgar esse caso e vossa excelência pode fazê-lo a qualquer momento, porque a suspeição é de foro íntimo. O julgador pode a qualquer momento dizer ‘eu sou suspeito por tudo o que aconteceu’. Apelo que vossa excelência o faça antes de iniciar o julgamento propriamente dito”, afirmou o desembargador aposentado.
Anteriormente, o Desembargador Sebastião Coelho também já havia acusado Alexandre, o Mínimo, de “inflamar o Brasil”, em razão do seu discurso de posse como presidente daquele puxadinho safado do STF, o TSE.
Termino citando Gilbert Keith Chesterton:
“Homens corajosos são vertebrados: têm a maciez na superfície e sua firmeza está no meio. Mas esses covardes modernos são crustáceos: sua dureza está toda na casca e sua moleza está dentro.”
A dureza dos crustáceos do STF está na toga que intimida os covardes, como o atual Presidente do Senado que, temeroso de ver prejudicados interesses seus e de sua família, deixa o Brasil afundar sob o tacão autoritário do STF e do seu Inquisidor Geral.
Assistam ao vídeo sobre o assunto em tela:
Finalmente, Pacheco encara de frente o STF e contraria frontalmente tendência de julgamento
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), parece que está tentando se redimir…
Nesta quinta-feira (14), ele anunciou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para criminalizar o porte e posse de substância ilícita em qualquer quantidade.
Essa PEC contraria a tendência de um julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o porte de maconha.
O texto da PEC deve ser apresentado até amanhã (15), em busca das assinaturas de pelo menos um terço dos senadores.
A proposta incluirá um novo inciso no artigo 5º da Constituição. Além disso, segundo Pacheco, a questão também será objeto de uma revisão da Lei Antidrogas, de 2006, com o objetivo de modernizá-la e reafirmar a gravidade do crime de tráfico ilícito de entorpecentes, equiparado a crime hediondo.
Para Pacheco, é necessário abordar tanto a repressão ao tráfico quanto a descriminalização do porte para uso, seja de maconha ou qualquer outra droga, por meio de uma política pública discutida no Congresso.
“Câmara dos Deputados e Senado Federal, nós definimos as leis no país, e obviamente que esse é um poder que deve ser reconhecido por todos os demais Poderes e por todas as demais instituições. E em relação a esse tema das drogas, especialmente da maconha, que é objeto de uma discussão no âmbito do Supremo Tribunal Federal, já somos capazes de colher o que é o anseio senão da unanimidade, mas da maioria do Senado Federal, e imagino ser também da Câmara dos Deputados em relação a isso“, disse Pacheco.
Cara a cara, senador diz dura verdade a general ‘traidor’: “O senhor é um covarde” (veja o vídeo)
O Exército Brasileiro nunca esteve numa situação tão vexatória e desacreditada junto à sociedade.
E nesta quinta-feira (14), coube ao senador Jorge Seif externar ao general Gustavo Henrique Dutra de Menezes esse sentimento do povo brasileiro.
Já vimos, na história, traidor sair de fininho, envergonhado.
Já vimos traidor, como Judas, se enforcar.
O General Dutra assumiu orgulhoso a traição.
Entra para a história como o militar que emporcalhou a própria farda.
Veja o vídeo:
A pior decisão de Lula que pode abalar de vez a nossa economia (veja o vídeo)
Taxar os ricos era uma promessa de campanha de Lula e agora finalmente ele está botando o projeto em prática.
Em entrevista exclusiva ao canal Fator Político BR, o economista Eduardo Cavendish explica os riscos de mais essa perigosa iniciativa do presidente, que pode prejudicar frontalmente nossa economia:
“É uma medida ruim, afinal, quem eles chamam de super ricos pode levar seus investimentos para o exterior.
Quem tem dinheiro sempre vai conseguir achar outras estruturas.
Isso já aconteceu em outros lugares do mundo, e eles estão insistindo nesse erro por aqui também”, frisou.
Veja o vídeo:
O tour de Lula em Cuba vai encontrar fome, pobreza, tortura e opressão
Em sua viagem a Cuba, nesta sexta-feira (15), Lula encontrará ainda mais opressão e pobreza do que da última vez que esteve na ilha, em 2020. Antes de ir para a Assembleia Geral da ONU, em Nova York, o petista tem uma agenda confirmada em Havana, no dia 16 deste mês, com o ditador Miguel Diaz-Canel, onde também participa da Cúpula do G77 – grupo que conta hoje com 134 países do chamado Sul Global, grande parte deles não considerados democracias. No tour pelo país, Lula poderá contemplar uma Cuba tão repressiva quanto a dos primeiros anos do castrismo, com a população sofrendo pela escassez de itens básicos, como energia, alimentos e remédios.
Após os protestos de julho de 2021, que reuniram milhares de cubanos nas ruas contra a situação política e econômica do país, o regime apertou ainda mais o cerco às liberdades individuais e de expressão no território. Somente nos sete primeiros meses de 2023, o número de presos políticos triplicou na ilha, segundo a ONG Prisioners Defenders. Foi uma média mensal de 17 presos, três vezes mais do que o que se costumava registrar entre 2018 e meados de 2021.
A maioria dos 1.047 presos políticos cubanos são civis, sem filiação a movimentos políticos. A ONG também denuncia que cidadãos detidos por manifestações contra o regime recebem sentenças judiciais ou têm a liberdade limitada por promotores, sem direito à defesa, o que fere o direito ao devido processo legal. Pessoas que professam alguma religião também relatam que perseguições, ameaças e cerceamento à liberdade de culto estão em alta no país.
Torturas e assassinatos
As táticas de intimidação da ditadura de Miguel Díaz-Canel incluem violações de direitos humanos como a recente convocação de uma menina de três anos de idade para depor no caso do pai, Idael Naranjo, condenado a dez anos de prisão por ter participado dos protestos de 11 de julho de 2021.
Às prisões arbitrárias, somam-se outras ações repressivas, como ameaças, agressões, multas, proibições de viagens ao exterior, além de idosos e doentes em extrema pobreza sendo privados de assistência adequada. De acordo com o Observatório Cubano de Direitos Humanos (OCDH), somente em julho ocorreram 338 ações de repressão contra a população civil.
Embora Cuba alegue não aplicar há duas décadas a pena de morte prevista no Código Penal desde a revoução, observadores de direitos humanos apontam que a afirmação é falaciosa e que a morte misteriosa de opositores da ditadura segue ocorrendo. Segundo a ONG Cuba Archive, desde 2021, o país teve cerca de 21 assassinatos extrajudiciais. De 1959 para cá, foram mais de 4 mil execuções, sendo 3 mil delas sem o devido processo legal.
Jornalistas e ativistas
Um dos relatórios mais recentes sobre os direitos humanos na ilha, publicado no fim de agosto pela organização Artigo 19, que defende a liberdade de expressão, também mostra uma rotina de agressões do regime contra jornalistas independentes e ativistas no primeiro semestre de 2023. Segundo o documento, foram 41 casos de agressões a jornalistas e 47 a ativistas cubanos no período, a maior parte registrada na capital, Havana. Entre os perpetradores estão estatais, como o Departamento de Segurança do Estado (DSE), a Polícia Nacional Revolucionária (PNR), a Empresa de Telecomunicações Etecsa, as Forças Armadas Revolucionárias (FAR), o Ministério do Interior (Minint) e o Escritório Provincial do Partido (BPP). “Os ataques com o objetivo de inibir e limitar o trabalho investigativo, jornalístico e de ativismo na ilha são realizados pelo Estado de maneira sistemática”, afirma o relatório.
Fome e crise na saúde
Com uma inflação no mercado informal estimada em 500%, os cubanos amargam uma severa escassez de alimentos, medicamentos e combustíveis, nos últimos anos. Recentemente, camponeses da província de Guantánamo denunciaram a falta de insumos, como fertilizantes, para a produção de alimentos e o atraso no pagamento de safras, enquanto o regime exige produtividade. A situação de insegurança alimentar tem levado comerciantes a denunciarem o aumento de furtos de alimentos básicos, como arroz, açúcar, grãos em geral e carne. Com uma cesta básica que garante a subsistência das famílias por no máximo dez dias no mês, estima-se que apenas metade da população do país se alimente de forma adequada.
Já a escassez de energia, que tem gerado filas em postos de combustíveis nos últimos meses, também afeta indústrias locais e o transporte na ilha, além do fornecimento de serviços básicos, como água potável e eletricidade.
Nos últimos meses, a ilha também padece de um sério déficit de 250 medicamentos – aproximadamente 40% da tabela total –, graças à paralisação de fábricas produtoras de remédios, após problemas nos maquinários, além da dificuldade na aquisição de matérias-primas. O problema afeta de forma especial os aposentados, que são os mais dependentes desse tipo de item e não conseguem acessar o mercado paralelo, com seus cerca de 10 dólares por mês.
Escassez de dinheiro
Em agosto, o vice-presidente do Banco Central de Cuba (BCC), Alberto Quiñones Betancourt, afirmou em um programa televisivo que a escassez de dinheiro é “crítica” no país. Isso porque o regime iniciou um processo de bancarização das operações financeiras, o que reduziu as cédulas em circulação na ilha. Como a maior parte da população usa dinheiro em espécie, em decorrência das limitações tecnológicas, muitas pessoas acabaram sem recursos para o próprio sustento. A falta de saldo no BCC resultou em mais de seis mil trabalhadores sem salário na província de Guantánamo, em julho.
Falta de professores
Nesta segunda-feira (4), o ano letivo se inicia em Cuba, mas a falta de docentes, sobretudo nas províncias de Havana, Sancti Spíritus, Mayabeque e Matanzas preocupa o regime, e a solução encontrada tem sido “importar” professores de outras regiões para suprir as mais carentes de profissionais. A escassez de professores está ligada aos baixos salários do setor educacional e ao crescente fluxo de pessoas tentando fugir da ditadura para outros países.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/ideias/o-tour-de-lula-em-cuba-vai-encontrar-fome-pobreza-tortura-e-opressao/?#success=true
Relatório da PF põe freio em sanha do sistema para condenar Bolsonaro pelos atos de 8 de janeiro
A intenção é expurgar Jair Bolsonaro da vida pública. Nesse sentido, o primeiro passo foi dado com a sua inelegibilidade.
Isso, no entanto não afetou sua popularidade. Pelo contrário, a percepção é de que o ex-presidente está cada vez mais forte nesse quesito.
Diante disso, a condenação pelos atos de 8 de janeiro seria o golpe fatal.
Porém, um relatório produzido pela Polícia Federal serviu como um verdadeiro freio para tal objetivo.
A notícia foi dada pelo jornalista Paulo Cappeli.
Eis o texto:
“Uma resposta dada por Jair Bolsonaro no WhatsApp pode livrá-lo da acusação de tramar contra Alexandre de Moraes para tentar um golpe de Estado.
Em relatório apresentado ao ministro do STF, a Polícia Federal (PF) citou o referido ‘zap’ como um indício de que Bolsonaro não teria participado do suposto plano, que também levou à condição de investigados o ex-deputado Daniel Silveira e o senador Marcos do Val.
No documento produzido pela Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado, a PF enfatizou uma troca de mensagens entre Bolsonaro e Do Val, de 2 de fevereiro deste ano. Na ocasião, o senador mandou ao ex-presidente prints de conversas dele próprio com Daniel Silveira e com Alexandre de Moraes.
Nos diálogos, Marcos do Val era incitado por Daniel Silveira a ingressar numa ‘missão’ que poderia ‘salvar o Brasil’. O senador, por sua vez, avisava a Alexandre de Moraes sobre a suposta trama criminosa.
Ao ler os prints enviados por Do Val, Bolsonaro respondeu apenas: ‘Coisa de maluco’.
A falta de interesse de Bolsonaro no assunto e a crítica feita pelo ex-presidente chamaram a atenção dos investigadores. Obtido pela coluna, o relatório foi remetido a Alexandre de Moraes no âmbito do inquérito que corre no STF. Nele, a Polícia Federal descreveu três cenários possíveis.
No primeiro, a PF vislumbrou ‘a possibilidade de que Daniel Silveira, para conferir importância e credibilidade inexistentes à sua malfadada orquestração de um golpe de Estado, estivesse se utilizando do nome de Jair Bolsonaro’.
No segundo, avaliou ‘a possibilidade de que eventuais encontros entre Do Val, Silveira e Bolsonaro — se de fato existentes — hajam tratado de assunto diverso do revelado nos prints encaminhados (orquestração de um golpe de Estado)’.
E, na última hipótese, a Polícia Federal cogitou a possibilidade de ter havido ‘atuação de caráter absolutamente ambíguo de Marcos do Val, que parecia valer-se de prints de conversas com as mais altas autoridades da República para, colocando-as umas contra as outras, angariar prestígio pessoal e político’.
Se nenhum batom na cueca surgir ao longo do inquérito, a resposta dada por Bolsonaro a Do Val tende a favorecer o arquivamento do caso.
Os cenários foram descritos pela PF antes da delação de Mauro Cid. Novas informações, claro, podem alterar o rumo das investigações.”
De fato, parece insano imaginar que quem ficou quatro anos como mandatário do país, iria tentar um ‘golpe’ depois de ter deixado o poder.
Finalmente a conduta de Dino nas invasões de 8 de janeiro vem à tona em discussão entre ministros do STF (veja o vídeo)
Parece que a sociedade não tem a menor dúvida do envolvimento delinquente do ministro Flávio Dino na facilitação da depredação dos prédios públicos no dia 8 de janeiro.
Porém, esse envolvimento pode ser bem maior e atingir Lula.
Não é a toa que Dino deu um verdadeiro sumiço nas câmeras de vigilância do ministério da Justiça.
O general Paulo Chagas, comentando o assunto, fez a seguinte observação:
“Eu não tinha dúvida de que as falhas no dispositivo de segurança das instalações federais invadidas no ‘8 de janeiro’ foi uma armadilha montada pelo governo para capturar manifestantes.
Agora, diante da reação do Alexandre de Moraes aos comentários de André Mendonça, passo a ter certeza!
por que Flávio Dino ainda esconde os vídeos???”
De fato, finalmente essa questão chegou ao plenário do Supremo Tribunal Federal. Se a discussão avançar, Dino fatalmente será pego.
Isso parece óbvio.
Veja o vídeo:
Advogada chora, mas STF condena réu do 8/1 e impõe de novo pena de 17 anos
O Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu, na noite desta quinta-feira (14), o terceiro julgamento de um réu acusado pelos atos de 8 de janeiro. Matheus Lima de Carvalho Lázaro, de 24 anos, morador de Apucarana (PR), foi condenado a 17 anos de prisão, com multa de R$ 44 mil, além de mais R$ 30 milhões, a serem divididos com outros réus que vierem a ser condenados pela invasão e depredação das sedes dos Três Poderes.
Assim como os outros dois outros condenados pela Corte no caso, ele foi considerado culpado por cinco crimes: tentativa de golpe de Estado, de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, associação criminosa, dano ao patrimônio da União e deterioração do patrimônio tombado.
Em todos os casos, a maioria dos ministros seguiu o voto do relator, Alexandre de Moraes, ao considerar que o objetivo comum da multidão que vandalizou o Congresso, o Palácio do Planalto e o STF era depor o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e restringir ou impedir o exercício do poder pelo Legislativo e o Judiciário.
A defesa de Matheus
Matheus foi preso na Praça do Buriti, a cerca de 4 quilômetros da Praça dos Três Poderes. Ao defendê-lo na tribuna, a advogada Larissa Araújo chegou a chorar algumas vezes. Disse que ele não havia prova de que ele teria invadido e depredado o Congresso, que ele não sabia exatamente o que significava uma intervenção militar, e que apenas comunicava por mensagens com sua esposa o que presenciava a depredação da sede do Legislativo por outros manifestantes.
“Muitas pessoas foram pegas, mas qual o critério desse processo? Se eu perguntar, eu acredito que nenhuma de Vossas Excelências sabe me dizer. Ninguém sabe dizer porque não tem. ‘Fui com sua cara, boto você para fora, não fui, você fica preso’”, disse, apontando suposta aleatoriedade nas prisões de quem estava presente na Esplanada dos Ministérios após as invasões.
Depois, disse que estava com “medo”, alegando dificuldades para defender o cliente, sem possibilidade de ter audiências no gabinete de Alexandre de Moraes e ter seus pedidos de soltura analisados pelo ministro.
“A OAB nunca se manifestou para defender a gente. Eu não gosto de política, sempre falo para todo mundo. Então meu choro aqui não é por partido, é pelo meu trabalho, que é tão desvalorizado que nem sei para quê que estou falando aqui, se ninguém vai me ouvir. Ó que engraçado. Provavelmente é o que todos dizem lá dentro [da prisão]: ‘as sentenças já estão prontas’. Quem duvida disso? E hoje mais uma vez confirmei e acredito que já estejam mesmo”, disse, referindo-se à provável condenação dos réus.
Ministros foram unânimes na condenação
Os ministros, no entanto, foram unânimes na condenação. À exceção de Kassio Nunes Marques, que assim como nos outros casos, votou pela condenação a apenas dois delitos menores (dano e deterioração), os demais seguiram Moraes para condenar pelos crimes mais graves, contra o Estado Democrático de Direito e associação criminosa.
Moraes iniciou o voto dizendo que o caso de Matheus era o que tinha mais provas. Para isso, apresentou fotos e mensagens que ele enviou para a mulher acima da marquise do Congresso, e no interior de um dos palácios, não identificado.
“É pra quebrar, pra dá desordem, pro exército vim, mor. Mô, cabou pacificamente, não existe isso. Eles tão quebrando… Quebraram… A mídia agora vai… Vai filmar as partes que quebraram. Eles tão só quebrando as partes que eles tão entrando, entendeu? Aqui tem… Tem quadro que vale milhões. Eles não tão quebrando, amor. Eles tão quebrando pra invadir, depois que eles tão invadiram, eles tão ficando dentro”, disse, em áudio.
“Porque tem que quebrar tudo, pra ter reforma, pra ter guerra amor. Guerra… Pro Exército entrar… entendeu? A gente tem que fazer isso aí pro exército entrar, e todo mundo ficar tranquilo. O Exército tem que entrar pra dentro”, afirmou no mesmo áudio.
“É melhor nós quebrar tudo aqui agora e em um ano praticamente, no máximo, ou menos que isso, eles arrumam, com o dinheiro que é nosso, que eles rouba. Melhor nóis quebrar tudo agora, do que… do que eles tomarem o país, e virar uma Venezuela, e quebrar o país. Melhor nós quebrar só Brasília, do que eles quebrar o país inteiro, entendeu?”, falou em outro áudio.
Moraes e Gilmar Mendes destacaram que o objetivo dos manifestantes era provocar um clima de conflito para forçar o governo a decretar uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), executada pelas Forças Armadas, de modo que os militares assumissem o poder.
“Não há nenhuma dúvida do robusto conjunto probatório. Aqui ficou mais acentuada ainda a associação criminosa, desde o Paraná, há 60 dias em frente o quartel, aqui tem alimentação, tem orientação, se dirige, tem que quebrar tudo, intervenção militar, tirar o presidente democraticamente eleito para o país não virar uma Venezuela… Não há dúvidas de que o réu veio do Paraná para Brasília para participar dos atos criminosos”, disse Moraes.
Próximos passos do STF
O STF ainda deve julgar outros 229 réus acusados pelos mesmos crimes, todos flagrados nas invasões. Mais de mil outros réus estão com as ações penais paralisadas, porque poderão aceitar um acordo proposto pela Procuradoria Geral da República para confessar, pagar multa e evitar uma condenação criminal. Tratam-se dos acusados que estavam acampados no QG do Exército e foram denunciados por incitar as Forças Armadas a criar animosidade com os poderes e também pelo crime de associação criminosa.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/republica/stf-condena-reu-8-janeiro-pena-17-anos/
Mentiras e totalitarismo
É um bando de Pinóquios. Eles mentem, mentem mais, e mais, porque uma mentira puxa outra, que puxa outra… Cada mentira é o elo de uma corrente, e são muitas correntes intermináveis, que prendem todo mundo, quem conta as mentiras, quem as ouve, quem é vítima delas e não reage.
Mentira… No Brasil, o português que falamos não para de incorporar sinônimos dessa palavra: lorotagem, lorota, lampana, lenda, potoca, maxambeta, goma, rodela, broca, moca, mariquinha, balela, pomada, patranha, gamela… Daria para encher páginas e páginas. Um glossário sem fim para um sem-fim de mentiras.
A mentira é um pecado venial, de natureza leve, mas que “se torna mortal quando lesa gravemente as virtudes da justiça e da caridade”. Não pecar será sempre o caminho. Santo Agostinho dizia: “Nós nunca mentimos, porque somos filhos da luz”… Jesus Cristo repreendeu os mentirosos: “O vosso pai é o diabo, nele não há verdade. Quando ele fala mentira, fala o que é próprio dele, pois ele é mentiroso e pai da mentira”.
Eles mentem para criar inquéritos, para condenar, anular condenações, provas… E têm a cara de pau de estabelecer uma perseguição, a repressão, como se fosse um combate à mentira
A maquinação dos filhos do diabo tem sempre uma colagem macabra de mentiras. As mais recentes seriam: o ser humano provoca as mudanças climáticas, as mudanças climáticas provocam terremotos. Por isso, governo mundial é tudo de bom… Os ditadores são, no fundo, bonzinhos injustiçados. Por isso, eu os recebo e abraço… Tribunal Penal Internacional? Nem sei o que é…
Um avião novinho, grande, luxuoso é fundamental. Quase 40 ministérios formam o suprassumo da administração pública. Gastos são sempre investimentos, todo tipo de gasto do governo. O PAC é incrível. O déficit também. Impostos vão nos salvar. Mais impostos, por favor. Trabalhadores, os sindicalistas vão cuidar de vocês.
E as diabruras avançam… Invadir propriedade, pública ou privada, não é crime. Não há vândalos entre comunistas e socialistas, nunca, em situação alguma. Golpistas e terroristas só há do outro lado. Comunismo, aliás, sempre dá certo… e tem tudo a ver com democracia, com liberdade.
Eles mentem e omitem. Interditam o debate, proíbem questionamentos, tudo em prol das narrativas, das mentiras. As imagens são claras, mesmo quando já não existem. Eles dizem que mente quem pede investigação de verdade. E eles mentem para criar inquéritos, para condenar, anular condenações, provas… E têm a cara de pau de estabelecer uma perseguição, a repressão, como se fosse um combate à mentira.
“Todos são iguais perante a lei” virou balela, potoca, escolha uma palavra nas opções dispostas no segundo parágrafo. Goma, broca… No país da mitomania, os filhotes do diabo dizem que fake news é crime. A Suprema Corte americana passa a funcionar conforme o que eles disserem. Os mitômanos, claro, fazem tudo pelo sigilo da verdade.
O psicólogo canadense Jordan Peterson deixa claro por que a turma no poder no Brasil não se livrará jamais das mentiras: “Um Estado totalitário é governado pela mentira. E a mentira é o princípio da governança. E todo mundo que mente é cúmplice da manutenção do Estado. Num Estado totalitário, as pessoas mentem o tempo todo, sobre absolutamente tudo, e para todo mundo, incluindo elas mesmas”.
Assim estamos sendo acorrentados, na mentira multiplicada por mentira, e de novo, e de novo, à décima potência, à centésima potência. O resultado é o deboche institucionalizado, é o totalitarismo. Mas a verdade, a mais pura verdade, é que todo poder emana do povo. Acredite nisso. Ninguém pode aceitar ser empurrado para o inferno das mentiras.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/luis-ernesto-lacombe/mentiras-e-totalitarismo/
O STF podia fazer algo em favor do Brasil e proibir Lula de sair do país – e falar o que não deve
Ficou na moda, na Justiça brasileira de hoje, apreender passaportes e proibir acusados de viajarem para o exterior. Não tem servido para grande coisa, mas talvez os tribunais superiores e supremos de Brasília pudessem aproveitar o embalo para fazer algo concreto em favor do país: proibir o presidente Lula de sair do Brasil, pelo menos até o fim deste ano.
Eles não decidem sobre tudo e sobre todos? Obrigam as pessoas a pagarem de novo o imposto sindical. Estabelecem quantas gramas de maconha o sujeito pode carregar consigo. Condenam a dezessete anos de cadeia réus que, pela lei, não podem ser julgados por eles. Então: já que tudo serve, bem que os ministros poderiam confinar o presidente dentro dos limites do território nacional.
O problema é que as coisas que o presidente diz estão colocando o país que ele representa num papel cada vez mais ridículo na frente do mundo.
Não é só para segurar um pouco o que ele, a mulher e o seu cortejo estão gastando com o cruzeiro de volta ao mundo que fazem há oito meses, non stop, com o dinheiro do pagador de impostos. Já torraram, nesse período, entre 25 e 30 milhões de reais, em treze viagens ao exterior; acabam de voltar da Índia, e já estão indo para Cuba. Mas a vantagem principal não estaria aí. Lula deveria ser proibido de sair do Brasil para se interromper a sangria desatada de declarações cretinas que ele começa a fazer assim que põe o pé fora do país.
O problema não é que isso faz mal para o próprio Lula – o prejuízo, aí, é só dele. O problema é que as coisas que o presidente diz estão colocando o país que ele representa num papel cada vez mais ridículo na frente do mundo. É verdade que pouca coisa do que ele diz chega ao conhecimento do público mundial; suas viagens são assunto só para jornalista brasileiro ou, talvez, para uma parte da mídia local. Mas o protocolo diplomático exige que Lula apareça ao lado de presidentes, reis e outros peixes graúdos, para os quais não consegue dizer nada de útil, ou compreensível – e que faça declarações públicas. Aí é um desastre serial. Nesta última viagem à Índia ele conseguir ir além dos seus piores momentos.
Lula deveria ser proibido de sair do Brasil para se interromper a sangria desatada de declarações cretinas.
Lula, num único surto, disse que o ditador russo Vladimir Putin, que tem contra si um mandato internacional de prisão por crimes de guerra, não será preso se vier ao Brasil. Aqui vale “a lei brasileira”, disse ele, e o seu governo é que decide as coisas; prender Putin, como manda a lei internacional, seria “desrespeitar o Brasil”. Alguém lhe avisou, então, que ele não podia dizer uma coisa dessas. O Brasil assinou e prometeu cumprir o tratado que criou o Tribunal Penal Internacional, este que expediu a ordem de prisão contra Putin; aliás, o Brasil teve uma brasileira entre os juízes da corte, uma magistrada brasileira, que foi nomeada para o cargo pelo próprio Lula em sua primeira encarnação na Presidência.
Diante do desastre, e como sempre faz, Lula ignorou o que disse e falou o contrário logo depois – não é o seu governo que resolve isso, mas “o Judiciário”. Também como acontece sempre, decidiu falar mais do assunto sobre o qual não entende nada; poderia ter ficado quieto, mas quis se exibir. É claro que ficou muito pior.
Lula confessou, num tom de quem estava mostrando valentia, que “nem sabia desse tribunal”, e que vai “pensar direitinho no assunto”. Por que não pensou antes? Sua ameaça velada, e tola, é sair do tratado. Falou como quem diz: “Me aguardem”. É mesmo? E como ele pode discutir “investimentos”, ou a “crise do clima”, se faz demonstrações públicas de ignorância desse tamanho?
Para completar, disse que “não entende” por que os Estados Unidos ou a China não assinaram o tratado do TPI. Por que não pergunta para eles? Lula terminou sua aula de geopolítica dizendo que quem assinou o tratado foram os “bagrinhos”. Não só reduziu o Brasil à condição de “bagrinho”, mas informou ao mundo que os 123 países que assinaram são de segunda categoria. Entre eles estão a Alemanha, a Inglaterra, a França e o Japão. Não seria preciso passar por este vexame. Bastaria que Lula entregasse o seu passaporte.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/jr-guzzo/o-stf-podia-fazer-algo-em-favor-do-brasil-e-proibir-lula-de-sair-do-pais-e-falar-o-que-nao-deve/
Sebastião Coelho e o naufrágio da magistratura nacional
“Se você sair em busca da verdade, poderá encontrar consolo no final: se sair em busca de consolo, não alcançará nem o consolo nem a verdade, apenas conversa mole e ilusões, para começo de conversa, os quais acabarão no desespero.” (C. S. Lewis, Cristianismo puro e simples)
“Essas são as únicas ideias verdadeiras: as ideias dos náufragos” – pontificou Ortega y Gasset em A Rebelião das Massas, uma frase que o professor Olavo de Carvalho citava frequentemente: “Ortega y Gasset dizia que as únicas ideias que valem são as ideias dos náufragos: na hora em que um sujeito está se afogando, agarrado a uma tora de madeira para não morrer, as coisas nas quais ele ainda acredita nesse momento são sérias para ele; o resto é brincadeira, superficialidade”.
Pois ontem, 13 de setembro de 2023, o país testemunhou a fala de um náufrago. Atuando na defesa de um dos réus nos Processos de Brasília, o ex-desembargador Sebastião Coelho da Silva – que anunciara a sua aposentadoria em 19 de agosto de 2022, insatisfeito com a atuação política de Alexandre de Moraes à frente do Tribunal Superior Eleitoral – rompeu a espessa cortina de silêncio que ora cobre a magistratura nacional para dizer algumas verdades inconvenientes aos ministros do STF. Mal-acostumados pela cultura de elogios em boca própria, por uma imprensa amestrada que lhes envaidece com a imagem de um mundo de fantasia, e pelo estado disfuncional de nossa Nova República, que, na ausência de qualquer sistema de freios e contrapesos, lhes possibilita calar, intimidar e neutralizar os críticos mediante violência política estatal, os ministros decerto não gostaram da fala. E, se já era mal visto na corte – por ter, inclusive, pedido a prisão de Alexandre de Moraes –, agora mesmo é que Sebastião Coelho virava um alvo preferencial do partido da toga. Afinal, sua fala arriscava estragar o roteiro do julgamento-espetáculo cuja finalidade única é consagrar uma narrativa de criminalização de toda uma vertente política.
Encarando de frente os que ele considera como coveiros do direito pátrio, o desembargador e advogado de defesa demonstrou a coragem de dizer o que milhões de brasileiros sentem, mas não podem dizer
Na abertura de sua fala, o desembargador disse ter sido recém-informado de que, no exato dia do julgamento em que atuaria como advogado de defesa de um dos réus do 8 de janeiro, tornara-se alvo de uma reclamação disciplinar aberta pelo Conselho Nacional de Justiça, por ordem do ministro Luís Felipe Salomão, corregedor nacional de Justiça. Salomão – o mesmo que abrira investigação contra a juíza Ludmila Lins Grilo, aposentada compulsoriamente por suas críticas ao STF e ao “Inquérito do Fim do Mundo” – também pediu a quebra do sigilo bancário de Sebastião Coelho, a fim de verificar se ele financiara os atos do dia 8 de janeiro. “É necessária e imprescindível para o esclarecimento acerca de possíveis aportes financeiros a pessoas envolvidas com os acampamentos antidemocráticos que antecederam os atos de caráter terrorista posteriores” – justificou o corregedor.
Em resposta ao ataque político movido pelo CNJ – órgão hoje responsável pela administração forçada de um consenso ideológico no meio jurídico –, Coelho dirigiu-se frontalmente a Salomão: “Eu considero uma intimidação. Digo que Vossa Excelência, ministro Salomão, tentou me intimidar, mas não intimida”. Em seguida, prometeu disponibilizar a sua declaração de Imposto de Renda e os seus extratos bancários, não só para o corregedor, mas, antes mesmo do prazo por ele determinado, também para a imprensa. E defendeu a própria honra, se não mesmo a honra da magistratura nacional, nos seguintes termos: “Não tenho nada a esconder e não me intimido com absolutamente nada. Sou um homem idoso, 68 anos, com alguns probleminhas de saúde. Posso morrer a qualquer momento e não tenho mais tempo para ter medo de nada”.
Não sei qual é o estado de saúde de Sebastião Coelho, ou se ele padece de alguma doença terminal. Mas, quer seja literal ou figurada a proximidade da morte no seu caso, parece-me claro que o homem se exprimiu da perspectiva realista de quem não encara a morte como escândalo, mas, concretamente, como uma possibilidade de rever a própria vida de maneira franca, sem superficialidade, à luz do Juízo Final.
É esse o significado de não ter mais tempo de temer. A postura do desembargador foi completamente sui generis no ambiente jurídico nacional, prenhe de estetismo, e repleto de rapapés, salamaleques e frivolidades. Sebastião não deu nem levou tapinhas nas costas, não cometeu ou aceitou reverências fúteis, não desperdiçou o dom da palavra com bacharelês e retórica afetada e, sobretudo, não sorriu amarelo. Encarando de frente os que ele considera como coveiros do direito pátrio, o desembargador e advogado de defesa demonstrou a coragem de dizer o que milhões de brasileiros sentem, mas não podem dizer. Depois de desmascarar a teoria da conspiração segundo a qual o 8 de janeiro foi uma tentativa de golpe de Estado, apontar a ilegalidade de um julgamento penal de réus sem prerrogativa de foro ter lugar num tribunal constitucional, e denunciar o caráter escandalosamente político e teatral do processo, Sebastião apontou para os ministros da corte e lhes dirigiu estas palavras: “Nessas bancadas aqui, nos dois lados, estão as pessoas mais odiadas deste país (…) Vossas Excelências têm de ter a consciência de que são pessoas odiadas neste país. Essa é uma realidade que Vossas Excelências têm de saber, e alguém tem de dizê-lo diretamente”.
Foram palavras muito arriscadas para se dizer num ambiente contaminado por extremismo ideológico, alienação e húbris. Mas, ilhado após o naufrágio da magistratura nacional, o desembargador aposentado falou como um náufrago, e por isso mesmo deve ser levado a sério.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/flavio-gordon/sebastiao-coelho-e-o-naufragio-da-magistratura-nacional/
Senado vai reagir a possível liberação das drogas no STF
Uma novidade boa para os amantes dos jogos eletrônicos – em geral jovens, mas na verdade há fãs de todas as idades. A ex-ministra do Esporte, Ana Moser, negava que esporte eletrônico fosse esporte. Estava meio sozinha em meio a essa grande moda entre os jovens, que mobiliza milhões de pessoas no mundo inteiro, em grandes eventos que fazem circular muito dinheiro, com jovens que estão ganhando quase tanto quanto jogadores de futebol. Agora o novo ministro, André Fufuca, disse que vai criar uma Diretoria de Jogos Eletrônicos.
Pacheco promete PEC contra legalização da maconha
Outra boa notícia vem para os que estão preocupados com a possibilidade de o Supremo liberar as drogas, dizendo que não é crime ter droga para uso próprio e permitindo transportar até 60 gramas de maconha – a votação já está em 5 a 1, faltando apenas um ministro para formar maioria. Imaginem, uma família brasileira que tenha um viciado em casa. Isso desestrutura a família toda, com todas as consequências que isso tem: a pessoa vai buscar recursos de qualquer jeito pra comprar sua droga, e vai virar traficante também, porque quem pode transportar 60 gramas pode fazer isso várias vezes por dia.
WhatsApp: entre no grupo e receba as colunas do Alexandre Garcia
Está havendo uma reação no Senado, e ela parte, pela primeira vez, de Rodrigo Pacheco (PSD-MG), contrariando o Supremo. Pacheco já havia dado sinais disso ao afirmar que era um absurdo contra a família brasileira liberar o transporte de maconha, que é nociva, prejudicial, afeta para sempre as sinapses, a pessoa parece que vai perdendo o cérebro com o uso da maconha – isso segundo o depoimento das pessoas. Outros dizem que a maconha é porta para outras drogas mais fortes. E o Supremo permitindo tudo isso.
Pacheco, que nisso tem o apoio da maioria dos senadores, disse que vai tramitar uma proposta de emenda constitucional – suponho que a Constituição ainda possa se sobrepor às vontades do Supremo – para incluir, no artigo 5.º da Constituição, que trata dos direitos e garantias individuais, um inciso considerando crime o porte e o transporte de qualquer droga em qualquer quantidade. Então, que tramite logo, assim como a Câmara já aprovou e está no Senado agora o contraponto a outra votação em que os supremos vão estabelecer a insegurança fundiária no agro brasileiro e contrariar o que está escrito no artigo 231 da Constituição: que são indígenas “as terras que tradicionalmente ocupam” – é presente no indicativo, portanto, que “ocupam” no dia da promulgação da Constituição, 5 de outubro de 1988.
Discurso de Magno Malta chama atenção para cuidados com adoção
O senador Magno Malta (PL-ES) fez, na quarta-feira, um discurso candente na tribuna. Ele contou a história da criança que ele adotou, filha de uma traficante que estava presa – ela já cumpriu pena e já se regenerou. Essa menina, hoje com 22 anos, descobriu os irmãos, adotados por um casal italiano; eles tinham sido levados para a Itália e foram vítimas de toda sorte de abusos sexuais, a ponto de uma delas estar num hospício e ter tentado se matar, e o outro estar vagando pelas ruas italianas. Malta pediu ajuda do presidente do Senado para conseguirem o apoio do governo italiano para resgatar esses três irmãos da sua filha adotiva.
Trago este assunto aqui porque o drama pode despertar os juizados. Magno Malta até argumentou no Juizado, mas não adiantou nada, não queriam que as crianças ficassem no Brasil embora houvesse interessados em adotá-las no Brasil. Há muitos casos, sim, que são o contrário disso: os pais e quem quer adotar não têm condições, a criança fica abandonada, ou porque tem características étnicas diferentes e ninguém aqui quer adotá-la, e então vem um casal holandês ou alemão, cheio de boas intenções, e dá um futuro sólido pra essa pessoa. Este é o cuidado que devemos ter com a adoção e eu queria aproveitar essa manifestação do senador Magno Malta, já que eu não vi em lugar nenhum a repercussão desse discurso tão candente. Para a maioria, parece que não é notícia, mas é, sim, um assunto de interesse nacional.
Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/alexandre-garcia/senado-pec-drogas-stf/
Be the first to comment on "A coragem como elemento essencial à salvação do Brasil (assista ao vídeo)"