Idosos, doentes graves, mães de crianças e um autista: as atrocidades nas prisões do 8/1

Da esq. à dir.: idoso que perdeu 20 kg na prisão; Iraci Nagoshi, de 70 anos; e Alessandra Randon, mãe de duas crianças menores de 12 anos. Eles estavam entre os presos do 8 de janeiro.| Foto: Reprodução/Instagram

dossiê entregue à Organização das Nações Unidas (ONU) por parlamentares brasileiros em julho traz uma lista dos casos mais graves de afrontas aos direitos humanos de grupos vulneráveis nas prisões do 8 de janeiro.

Entre eles estão os relatos sobre vários idosos, portadores de doenças graves, um autista que nem sequer participava das manifestações, além de mães de crianças menores de 12 anos. Alguns dos casos levados à ONU foram revelados por reportagem de julho da Gazeta do Povo.

Até agora, no total, 138 pessoas detidas em janeiro continuam em regime fechado. No caso dos membros de grupos vulneráveis, mesmo sete meses após as prisões, nem todos foram soltos. Além disso, alguns continuam sendo constrangidos por medidas provisórias abusivas.

“Embora alguns dos acusados ​​tenham sido liberados, é preciso ressaltar a gravidade das medidas provisórias impostas a essas pessoas, pois muitos estão tendo dificuldades para conseguir emprego devido à rigidez das restrições, como a impossibilidade de se ausentar do distrito, confinamento noturno e comparecimento semanal ao tribunal”, afirmam os parlamentares.

No dia 7 de agosto, o ministro do STF Alexandre de Moraes liberou mais noventa presos – 37 mulheres e 53 homens. Todos passarão a usar tornozeleira eletrônica e precisarão comparecer semanalmente a tribunais.

Catador autista que não participou da manifestação ficou 7 meses preso

Um dos exemplos graves é o do catador de materiais recicláveis Jean de Brito Silva, de 27 anos. Laudo médico atesta que Brito tem deficiência intelectual moderada e autismo. O diagnóstico o torna comprovadamente incapaz criminalmente. Ele ficou preso por mais de seis meses, mesmo sem ter participado da manifestação – Brito estava no local do evento catando materiais recicláveis no momento em que foi detido.

Mesmo após ser liberado, Brito é obrigado a usar tornozeleira e se apresentar todas as segundas-feiras às autoridades da Comarca de Juara (MT), lugar onde reside.

Mães de crianças menores de 12 anos foram presas ilegalmente

Os parlamentares contam que várias mães com filhos menores de 12 anos ainda se encontram presas. Segundo o Código de Processo Penal, em seu artigo 318, essas prisões são irregulares: “o juiz poderá substituir a prisão preventiva por prisão domiciliar”, afirma a lei, quando o acusado de um crime for uma “mulher com filho de até 12 (doze) anos incompletos”.

O casal Alessandra Randon e Joelton Oliveira, preso no 8/1, tem um filho de 3 anos de idade e outro de 8 anos. As crianças ficaram sob os cuidados de uma irmã de 20 anos, que precisou largar a faculdade de odontologia para cuidar dos irmãos. Eles estavam vivendo de doações. Alessandra só foi libertada em julho, e Joelton continua preso.

Em julho, o senador Eduardo Girão (Novo-CE) publicou em seu Instagram um vídeo do reencontro de Alessandra com seus dois filhos.

Outro caso é de uma empresária de 41 anos, mãe de dois filhos menores de 12 anos. Ela comprovou que seu ônibus, que vinha do Rio Grande do Sul, chegou a Brasília só às 19h30 do dia 8 de janeiro – isto é, depois dos ataques. Mesmo assim, ficou presa por quatro meses e continua sendo obrigada a usar uma tornozeleira eletrônica.

Idosos diabéticos, hipertensos e com doenças graves estavam presos até o último dia 7

Um homem idoso e sem antecedentes criminais, diabético e hipertenso, ficou preso até o último dia 7. Ele é pai da advogada Gabriela Ritter, presidente da Associação dos Familiares e Vítimas do 8 de Janeiro (Asfav).

Segundo Gabriela, ele perdeu 20 kg na prisão. Além disso, um problema de saúde o impediu de urinar por dias, e ele ficou na fila de emergência para uma consulta com um urologista. Na mesma cela, também segundo relato da filha dele, havia um homem com câncer.

O momento do reencontro entre pai e filha pode ser visto nesta postagem de Instagram.

Um idoso com uma doença de próstata também passou dias sem poder urinar, segundo o relato dos parlamentares. Outro homem da mesma faixa etária apresentou um quadro de convulsões em sua cela.

Algumas pessoas tiveram de ser transferidas da cela onde estavam para uma espécie de “asilo judicial” por estarem mentalmente confusas, como Maria do Carmo da Silva e Joanita de Almeida, de acordo com o documento entregue à ONU. Ambas também só foram liberadas no último dia 7.

Diabética e idosa, Dona Iraci ficou sete meses sem acesso aos seus remédios

Iraci Nagoshi, professora de 70 anos, também foi finalmente liberada no último dia 7. A defesa diz que ela ficou meses sem seus remédios para diabetes, perdeu peso, teve crises de ansiedade e sinais de depressão. Seu caso foi revelado por reportagem da Gazeta do Povo.

Uma senhora de 72 anos que é amiga de Iraci e estava junto com ela no dia 8 de janeiro também foi presa, mas conseguiu a liberação há alguns meses. Ambas estão usando tornozeleira eletrônica.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/idosos-doentes-graves-maes-de-criancas-e-um-autista-as-atrocidades-nas-prisoes-do-8-1/?#success=true

PF prende comandante-geral da PM do DF por suposta omissão nos atos de 8 de janeiro

Coronel Klepter Rosa Gonçalves
Coronel Klepter Rosa Gonçalves foi preso pela PF em operação contra a cúpula da PM-DF por atuação nos atos de 8 de janeiro.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal, coronel Klepter Rosa Gonçalves, foi preso na manhã desta sexta (18) pela Polícia Federal por envolvimento e suposta omissão na contenção aos protestos do dia 8 de janeiro, que levaram à invasão e depredação das sedes dos Três Poderes.

A prisão faz parte da Operação Incúria, que cumpre sete mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão.

Klepter assumiu o cargo de comandante-geral da PM-DF após a exoneração e prisão do então comandante, Fabio Augusto Vieira, nomeado pelo interventor Ricardo Capelli em decorrência da decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de decretar intervenção federal na segurança pública por conta dos atos de 8 de janeiro.

Na operação desta sexta (18), além do comandante-geral da PM-DF, também foram presos o ex-comandante Vieira; o ex-comandante de operações (DOP), Jorge Eduardo Naime Barreto; o ex-chefe interino do DOP, Paulo Ferreira de Souza Bezerra; Marcelo Casimiro Rodrigues, ex-comandante do 1º Comando de Policiamento Regional; major Flávio Silvestre de Alencar e tenente Rafael Pereira Martins, que atuaram na operação do dia 8 de janeiro, de acordo com a petição a que a Gazeta do Povo teve acesso. A PF não detalha oficialmente os alvos da operação.

Naime, Alencar e Martins já estão detidos desde o dia 7 de fevereiro, quando foram alvos da quinta fase da Operação Lesa Pátria, e tiveram a manutenção da prisão pedida pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Os mandados foram pedidos pelo Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos da PGR, coordenado pelo subprocurador Carlos Frederico dos Santos, e aceitos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A PM-DF informou que a Corregedoria da corporação acompanha o andamento do caso. Os alvos da operação desta sexta (18) negaram as acusações (veja mais abaixo).

O governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), disse que foi pego de surpresa pela prisão de Kepler, e afirmou que não foi ele quem escolheu o comandante-geral, em referência à nomeação feita por Capelli em Janeiro. Ainda de acordo com ele, “determinação judicial a gente não comenta, tem de entender. Essa foi uma decisão do Alexandre de Moraes que nos pegou de surpresa”.

“Vou acionar o secretário de Segurança [Pública do DF]. Ele vai me indicar um nome, e vamos nomear. As coisas estão andando de forma natural”, comentou durante uma cerimônia em Brasília pela manhã, em registro do Metrópoles.

Já o ministro Flávio Dino, da Justiça, ainda não se pronunciou sobre a operação. Os ministérios da Justiça e da Defesa também não se pronunciaram.

Se comprovadas as acusações, os citados podem responder por crimes como omissão; abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável, contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima; deterioração de patrimônio tombado; entre outros relativos ao não cumprimento dos próprios deveres do ofício.

PM-DF teria se omitido de conter invasões, diz PGR

Segundo a PGR, as provas já identificadas e reunidas durante os últimos oito meses de investigações “apontam para a omissão dos envolvidos”. Os militares da PM-DF “concorreram para a prática das condutas criminosas [invasão e depredação] abstendo-se de cumprir os deveres de proteção e vigilância que lhes são impostos [pela legislação], diz a petição com 196 páginas.

“Houve clara sabotagem dos altos oficiais da PMDF, que poderiam ter concebido, facilmente, um plano eficaz de defesa dos edifícios públicos”, ressaltou o subprocurador.

O relatório de Santos aponta que o efetivo policial escalado para a operação por Klepter e Bezerra era de “200 homens e mulheres sem qualquer experiência policial, postos de maneira covarde pelos mais altos oficiais da PMDF para conter milhares de insurgentes dispostos a confrontos físicos”.

Ainda de acordo com o subprocurador, em comunicado da PGR, foi constatada uma “profunda contaminação ideológica de parte dos oficiais da Polícia Militar do DF ‘que se mostrou adepta de teorias conspiratórias sobre fraudes eleitorais e de teorias golpistas’. Há ainda menção a provas de que os agentes – que ocupavam cargos de comando da corporação – receberam, antes de 8 de janeiro de 2023, diversas informações de inteligência que indicavam as intenções golpistas do movimento e o risco iminente da efetiva invasão às sedes dos Três Poderes”.

A procuradoria aponta que os denunciados conheciam previamente os riscos e “aderiram de forma dolosa ao resultado criminoso previsível, omitindo-se no cumprimento do dever funcional de agir”.

Em outro trecho da petição, a PGR aponta que a PM-DF tinha agentes de inteligência infiltrados no grupo de manifestantes que estava acampado em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, informando “com dias de antecedência, sobre os atos preparatórios para invasões aos edifícios-sedes dos Três Poderes e sobre as intenções golpistas do movimento”.

“Detinham capacidade de contenção do curso causal que se dirigia aos resultados lesivos [protesto que resultou na invasão aos prédios públicos], mas, dolosamente, deixaram de exercer seus deveres legais”, continuou a PGR na petição.

A capacidade de conter as invasões é expressa em outro trecho, que cita que o tenente Rafael Pereira Martins e o efetivo que comandava “permaneceram inertes” durante a tomada do prédio do STF, “permitindo a concretização do ataque ao órgão da cúpula do Poder Judiciário brasileiro”.

Ainda segundo a procuradoria, foi descoberta uma troca de mensagens ao longo de sete meses entre os alvos da operação, com teor supostamente antidemocrático, com a difusão de informações sobre o segundo turno das eleições presidenciais de 2022, antes e depois do resultado. “Os mais altos oficiais da PM-DF trocaram arquivos com conteúdo inverídico sobre fraudes eleitorais, e trataram de possíveis meios ilegais de assegurar a permanência de Jair Bolsonaro na Presidência da República”, completou.

Os documentos e as trocas de mensagens obtidas pela PGR contrariam a versão apresentada pelos integrantes da cúpula da PM-DF, de que o sistema de inteligência do DF falhou ao não avisar a corporação sobre o risco de invasão dos prédios dos Três Poderes.

Defesas negam acusações contra os militares

Ao Metrópoles, a defesa do coronel Vieira disse que recebeu “com estranheza” a prisão do militar, “em especial o pedido de prisão preventiva, que não encontra suporte nos fatos e não tem justificativa jurídica idônea possível”.

A defesa de Naime afirmou que “discorda do posicionamento do órgão acusador e provará, em resposta à acusação, a inexistência de qualquer conduta omissiva ou ato de conivência praticado em 8 de janeiro de 2023”.

“Pelo contrário, apesar de estar no gozo de uma dispensa-recompensa, o coronel foi convocado para se dirigir à Praça dos Três Poderes, quando o tumulto estava em estágio bastante avançado, ocasião na qual atuou nos estritos termos legais, objetivando não só proteger e zelar o patrimônio público, como também efetuou diversas prisões de vândalos”, disse em comunicado.

Já a defesa de Bezerra informou que o coronel “tem colaborado com as investigações” e que ele “sempre se colocou à disposição das autoridades para todos os esclarecimentos necessários”.

“[O coronel] havia assumido o departamento operacional interinamente e a apenas cinco dias da manifestação, tempo insuficiente para se inteirar de tudo o que se passava no Distrito Federal naquele momento. Não participou de qualquer reunião de alinhamento para planejamento tampouco teve acesso aos relatórios de inteligência e às análises de risco sobre as manifestações”, completou em nota.

Os demais militares mencionados nesta reportagem e alvos da denúncia da PGR também foram procurados, mas não se manifestaram.

Mais informações em breve.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/republica/pf-mandados-policiais-militares-df-atos-8-1/

Apagão e politização

Apagão
Sete estados ficaram completamente sem luz durante o apagão de terça (15), confirma relatório do ONS.| Foto: André Coelho/EFE

Às 8h30 de terça-feira, quase todas as unidades da Federação, à exceção de Roraima, ficaram sem energia elétrica em maior ou menor grau. Em alguns locais, o abastecimento foi restabelecido em menos de uma hora; em outros, foi preciso esperar até seis horas, com todos os transtornos, particulares e coletivos, decorrentes de tamanho período sem eletricidade. O blecaute e seus desdobramentos mostram que o Brasil pode não ter ficado literalmente no escuro, até porque tudo se deu durante o dia, mas que vivemos um verdadeiro apagão moral nos principais escalões do poder.

Já causa enorme estranheza que, até o momento de publicação deste editorial, não se saiba ao certo onde ocorreram as falhas determinantes para a queda de energia no Norte e Nordeste – quanto aos estados do Sul e Sudeste, já se sabe que houve um desligamento proposital para evitar danos ainda maiores. O ex-diretor-geral do Operador Nacional do Sistema (ONS) Luiz Eduardo Barata disse ao jornal Folha de S.Paulo que o órgão tem condições de saber quase instantaneamente a origem de apagões como o de terça-feira. “Depois, óbvio, você vai ver o que aconteceu a mais, mas a causa você sabe imediatamente. Digo isso sem medo de errar”, afirmou Barata. Até o momento, no entanto, fala-se apenas em uma linha no Ceará, mas que o próprio diretor atual do ONS diz ser uma falha insuficiente para causar tamanho estrago. Além disso, ao contrário de outros apagões, o de terça ocorreu em um momento de baixa demanda por energia e reservatórios cheios nas hidrelétricas.

Petistas correm para apontar a privatização da Eletrobras como causa do apagão, mas quem mais trabalhou para prejudicar a empresa foi exatamente a esquerda

Seja fruto de incompetência ou uma decisão deliberada, tamanha demora para se identificar ao certo a origem do apagão foi rapidamente aproveitada pelo petismo e seus aliados de esquerda, que fizeram o que melhor sabem fazer: não explicar nada e politizar tudo. Oportunistas novatos e experientes escolheram como alvo da vez a Eletrobras – ou melhor, a sua privatização, ocorrida no governo de Jair Bolsonaro. A primeira-dama Janja, o senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP) e a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR) se manifestaram nas mídias sociais; muito mais irresponsável foi o ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, que associou o blecaute à privatização de forma mais sutil, afirmando que a desestatização trouxe instabilidade ao sistema elétrico e “tirou a possibilidade de um sistema harmônico na área elétrica”. O também petista Wadih Damous, que comanda a Secretaria Nacional do Consumidor, notificou a Eletrobras, afirmando que ela “tem a obrigação de esclarecer ao povo brasileiro o que aconteceu e qual foi a causa desse apagão”, quando na verdade as investigações cabem ao ONS.

Se Silveira ao menos ainda teve capacidade de oferecer algum argumento, ainda que pífio, para suas ilações a respeito da Eletrobras, outros oportunistas simplesmente apelaram à falácia conhecida como post hoc ergo propter hoc, na qual se cria uma falsa relação de causalidade entre dois fatos que apenas se sucedem no tempo. Se o apagão ocorreu depois da privatização, então a privatização é a causa do apagão – é disso que os petistas querem convencer o país, como já fizeram em outras ocasiões. Para isso, no entanto, é preciso esconder o fato de que o país já teve grandes blecautes nos tempos de Eletrobras estatal – um no segundo mandato de Lula e três no primeiro mandato de Dilma Rousseff.

Dilma, aliás, tem no currículo uma das canetadas que mais prejudicaram o setor elétrico em geral e a Eletrobras em particular, a MP 579, que barateou a conta de energia elétrica em um primeiro momento, mas que levou à desorganização completa da área. Também foi a esquerda, por meio de sindicatos, que recorreu ao STF em 2019 para forçar a Eletrobras a continuar carregando nas costas subsidiárias quebradas, das quais pretendia se desfazer – o então ministro Ricardo Lewandowski atendeu o pedido, em decisão posteriormente revertida pelo plenário. Ao deixar de lado a investigação técnica e partir para a politização, o petismo aponta um dedo para a Eletrobras, mas tem outros mais apontados para si.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/apagao-politizacao-privatizacao-eletrobras/

Moraes autoriza quebra dos sigilos bancário e fiscal de Bolsonaro e de Michelle

Bolsonaro e Michelle
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou nesta quinta-feira (17) a quebra dos sigilos bancário e fiscal do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

O magistrado atendeu a um pedido feito pela Polícia Federal na semana passada, informaram o portal g1 e a GloboNews. No último dia 11, a PF deflagrou a Operação Lucas 12:2 para investigar o recebimento de presentes oficiais pelo governo Bolsonaro, entre eles os conjuntos de joias sauditas, que não foram incorporados ao patrimônio da União.

A PF suspeita que os investigados teriam usado a estrutura do governo para “desviar bens de alto valor patrimonial, entregues por autoridades estrangeiras em missões oficiais a representantes do Estado brasileiro, por meio da venda desses itens no exterior”.

Mais cedo, Moraes também autorizou o pedido de cooperação internacional feito pela PF para solicitar aos Estados Unidos a quebra de sigilo bancário das contas que os investigados no caso das joias sauditas possuem na Flórida.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/republica/moraes-autoriza-quebra-dos-sigilos-bancario-e-fiscal-de-bolsonaro-e-de-michelle/

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Luís Ernesto Lacombe

O apagão da imprensa

O apagão da imprensa
| Foto: Alberto Sanchez/Pixabay

Você sabe quais são os critérios que deveriam ser usados para determinar o que é notícia e o que não é? E, na hora de definir como uma história real será contada, o que deve ser levado em conta? E o espaço que essa história vai ocupar? Primeira página? Manchete em letras garrafais? Uma notinha? Metade de uma edição do principal telejornal do país? Ou uma reportagem curta, de um minuto e meio? Com essas questões em mente, uma rápida olhada nos principais veículos de informação do Brasil vai nos levar, inevitavelmente, a uma conclusão desesperadora: o que chamávamos de imprensa, agora, está ao lado de quem tem empurrado o Brasil para o precipício.

As joias, as joias do Bolsonaro… Praticamente, só se fala nisso. O que pergunto é: o espaço dedicado ao assunto não é exagerado? Esta deve ser mesmo a pauta principal? Não estou dizendo que o assunto não deva virar notícia, mas onde estão as perguntas fundamentais, necessárias, inescapáveis? Pesca probatória deve ser admitida? Prisões ilegais? Inquéritos que servem a tudo o que for do interesse de quem está no poder também? Apodrece a imprensa que publica coisas assim: “Embora seja necessária apuração maior, os investigadores afirmam não ter dúvida do envolvimento de Bolsonaro”. Exala mau cheiro o jornalismo morto, quando aceita que o ministro da Justiça anuncie sentença sobre caso ainda em “investigação” e defina quando deve ser a hora de prender o criminoso escolhido a dedo.

O país está entregue ao caos total. Está no escuro, no breu. Se o jornalismo não tivesse morrido, se pudesse ressuscitar, mas como?

Apurar, investigar, desde que dentro da lei, não tem problema algum. Fizeram isso com Lula? Os 11 contêineres que levou do Alvorada, as 23 caixas com joias e obras de arte, incluindo o crucifixo que havia desparecido do Planalto, o relógio que recebeu do presidente da França em 2005, isso tudo já está regularizado… Lula pode tudo. A ele todas as facilidades, a ele tudo de bom é garantido. Se ele faz uso político da Petrobras, a imprensa compreende. Se, com ele, os preços dos combustíveis sobem ou descem, é sempre bom. No governo Bolsonaro, se os preços dos combustíveis subiam, era ruim. Quando caíam, também era ruim. A inflação, com Bolsonaro, era uma desgraça universal. Com Lula, a imprensa cria a “inflação seletiva”, que só existe para os mais ricos.

A imprensa destruiu o debate público, o debate que realmente importa. Afastou-se das perguntas, da desconfiança, da dúvida. Afastou-se da verdade e, portanto, da liberdade. O que deveria ocupar os jornais, as revistas, os canais de televisão e de rádio, os portais de notícias, tudo isso passa a ser secundário, passa a ser desconsiderado, descartado. E Lula pode relançar, sem questionamentos sérios, o velho PAC, com quase 3 mil obras que as gestões petistas anteriores não concluíram. De novo, ele aposta no que não tem como dar certo, o “Estado indutor”, usando estatais e bancos públicos. De novo, ele aposta na contabilidade criativa… E ainda veta vários pontos do projeto aprovado no Congresso que facilitaria a vida dos pagadores de impostos. A imprensa não está nem aí para o crescimento do país. Déficit primário disparando, as dívidas se multiplicando, a inflação atacando, nada disso é pauta.

O importante agora é invisível. A bolsa de valores tem uma série histórica de quedas seguidas, os investidores estrangeiros saem em massa do país, e a imprensa finge que não vê. O ministro da Casa Civil pode se esforçar para recuperar as empreiteiras envolvidas na Lava Jato. Lula e a imprensa decidiram que o problema não é a corrupção, é o combate a ela. Estão aplaudindo o procurador do MPF que reduziu em quase R$ 7 bilhões a multa da J&F estabelecida em acordo de leniência… Decisiva para o país é a “investigação” sobre as joias do Bolsonaro.

Fundamental também é não investigar aquilo que pode atingir Lula, o PT, seus aliados… Enterre-se a CPMI do 8 de Janeiro, mesmo que em depoimento tenham revelado que naquele dia a Força Nacional de Segurança estava no Ministério da Justiça e não entrou em ação, 150 homens inertes… Flávio Dino pode esconder à vontade as imagens das câmeras do Palácio da Justiça. A imprensa não tem interesse por elas, também não quer saber da CPI do MST. As provas de que dinheiro dos pagadores de impostos financiou crimes do grupo podem ser destruídas. O Centrão está nessa com Lula, em troca de mais emendas parlamentares, ministérios, talvez mais duas pastas possam ser criadas, já que temos tão poucas, apenas 37.

Os maus se juntaram. Quem quer dinheiro? A imprensa do Lula já garantiu uma boa verba em publicidade estatal. Agora vão jorrar mais R$ 200 milhões para turbinar as redes sociais do petista. Quatro empresas devem ser contratadas para cuidar da imagem do governo na internet. O show de mentiras e disparates está autorizado. E Lula, o Centrão e a imprensa velha e velhaca defendem a censura. Ai de quem usar a verdade contra eles. A ditadura é assim, tão linda. O importante são eles, o que eles pensam, o que eles dizem. O resto é o resto e deve ser extirpado. É o país entregue ao caos total. É o país no escuro, no breu. Se o jornalismo não tivesse morrido, se pudesse ressuscitar, mas como? Não, não há energia comprada da Venezuela que possa dar fim ao apagão da imprensa.

Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/luis-ernesto-lacombe/o-apagao-da-imprensa/

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Guilherme Macalossi

Delação e depoimento: Mauro Cid e Delgatti Neto criam a tempestade perfeita

Delação e depoimento: Mauro Cid e Delgatti Neto criam a tempestade perfeita
| Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Não faz uma semana, a Polícia Federal batia à porta do general Mauro Cesar Lourena Cid, do advogado Frederico Wassef e de outros supostos partícipes no esquema de desvio de joias que teria como finalidade enriquecer ilicitamente Jair Bolsonaro. Os fatos novos se avolumaram rapidamente. Em sua última edição, a revista Veja trás a informação de que Mauro Cid pretende confessar seus crimes, apontando o ex-presidente como mandante e beneficiário último.

Vem uma delação premiada pela frente? É uma pergunta perfeitamente cabível. Cid, é sabido, tornou-se personagem de uma penca de escândalos para além desse em que relógios das marcas Rolex e Patek Philippe eram literalmente “passados no cobre”, para ficar com a expressão popular. Ele foi em cana por outra razão: acusado de fraudar o sistema de registro de vacinação do Ministério da Saúde. De lá veio a apreensão de seu celular e o restante é história.

Quando o renomado jurista Cezar Roberto Bitencourt assumiu sua defesa, ficou claro que a estratégia de Cid mudaria radicalmente. O próprio advogado deu a letra quando, em entrevista para a jornalista Camila Bomfim, afirmou que “Na verdade, ele é um militar, mas ele é um assessor. Assessor cumpre ordens do chefe. Assessor militar com muito mais razão. O civil pode até se desviar, mas o militar tem por formação essa obediência hierárquica. Então, alguém mandou, alguém determinou. Ele é só o assessor. Assessor faz o quê? Assessora, cumpre ordens”. As palavras fazem sentido.

Quem era o chefe de Cid? A quem ele assessorava? Quem lhe dava ordens? As perguntas de Bitencourt são, por óbvio, meramente retóricas, e é muito fácil deduzir qual é a resposta comum a todas elas. “O dinheiro era do Bolsonaro”, disse o advogado para a Veja, em referência aos valores obtidos com a venda dos objetos.

Concomitantemente ao agravamento do caso das joias, as coisas também se complicaram para Bolsonaro na CPMI do 8 de janeiro. Curiosamente, uma investigação que ele e seus apoiadores desejavam e defenderam ardorosamente. Imaginavam que, no seu curso, se daria o fim do governo Lula.

Na sessão de quinta-feira (17), o hacker Walter Delgatti Neto envolveu diretamente o ex-presidente numa suposta trama golpista. Dentre suas acusações está a de que lhe foi pedido para que criasse um código-fonte fake de maneira a mostrar que era possível trocar votos na urna eletrônica. Também afirmou que o ex-presidente lhe prometeu indulto, e que mandaria prender o juiz que o prendesse. Segundo o Delgatti Neto “eles haviam conseguido um grampo, que era tão esperado à época, do ministro Alexandre de Moraes”, e que “ele (Bolsonaro) precisava que eu assumisse a autoria desse grampo”.

Ainda que gravíssimas, as falas do hacker ainda carecem de robusta comprovação. Antes de comparecer à CPMI, ele prestou depoimento na Polícia Federal, e esta sexta-feira (18) deverá retornar para uma nova oitiva. O que se sabe até aqui, e isso nem Bolsonaro nega, é que Delgatti Neto e ele efetivamente se encontraram.

Os aliados de Bolsonaro especialmente o senador Sergio Moro, se esforçaram em destacar o currículo de processos criminais que o hacker enfrenta. É evidente que não se trata de um sujeito probo e de reputação ilibada, e exatamente por isso sua relevância como testemunha. A estratégia de desmoraliza-lo, entretanto, apenas escancarou que tipo de gente era recebida para tratar com o presidente da República.

As duas situações caminham em paralelo e em ritmo acelerado de agravamento. No caso das joias, com uma possível delação de Mauro Cid no horizonte de curto prazo. Já na CPMI, todo um conjunto de acusações novas a partir do depoimento do hacker, o que pode levar também a novas linhas investigativas. Os últimos dias foram ruidosos e tonitruantes para Bolsonaro e seu entorno, que vão vendo as margens se estreitando por todos os lados numa tempestade perfeita. Ao fundo, o que se ouve não são os trovões, mas o badalar incessante de um pêndulo exclamando tic-tac, tic-tac, tic-tac.

FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/guilherme-macalossi/delacao-e-depoimento-mauro-cid-e-delgatti-neto-criam-a-tempestade-perfeita/

Moraes toma medida extrema, mas Bolsonaro já tinha uma “carta na manga”

Foto Reprodução/Internet
Foto Reprodução/Internet

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta quinta-feira (17) a quebra do sigilo bancário e fiscal do ex-presidente Jair Bolsonaro e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. 

A medida foi solicitada na semana passada pela Polícia Federal (PF) no âmbito da investigação da Operação Lucas 12:2, que apura o suposto funcionamento de uma organização criminosa para desviar e vender presentes recebidos pelo ex-presidente de autoridades estrangeiras.

Porém, Bolsonaro já tinha uma “carta na manga”…

Há cerca de uma semana, ele colocou seu sigilo à disposição espontaneamente, numa verdadeira demonstração de que não tem o que temer. Certamente, Moras não contava com uma atitude corajosa como essa.

Uma verdadeira “jogada de mestre” de Bolsonaro contra as narrativas…

A “caçada” ao ex-presidente está sendo cruel… 

Recentemente todas as ações, manobras e tramas do “sistema”, que começaram muito antes das eleições de 2022, foram documentadas para que ninguém esqueça o que aconteceu e para que o tempo não “apague” essas lembranças.

Tudo está no polêmico livro “O Fantasma do Alvorada – A Volta à Cena do Crime”.

O livro, que na verdade é um “documento”, já se transformou em um arquivo histórico, devido ao seu corajoso conteúdo.

São descritas todas as manobras do “sistema” para trazer o ex-presidiário Lula de volta ao poder, os acontecimentos que desencadearam na perseguição contra Bolsonaro e todas as ‘tramoias’ da esquerda.

Eleição, prisões, mídia, censura, perseguição, manipulação e muito mais… Está tudo documentado.

Obviamente, esse livro está na “mira” da censura e não se sabe até quando estará a disposição do povo brasileiro…

Não perca tempo. Clique no link abaixo:

A verdade não pode ser esquecida!

FONTE: JCO https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/50886/moraes-toma-medida-extrema-mas-bolsonaro-ja-tinha-uma-equotcarta-na-mangaequot

O Teatro Stalinista da CPMI… Entenda mais uma infâmia da esquerda

Foto Reprodução/YouTube
Foto Reprodução/YouTube

Quer entender a infâmia da esquerda? Não precisa ler “Os Demônios” de Dostoiévski ou “O Comunista Nu” do Skousen; e nem assistir ao “Trotsky” de Alexander Kott ou “A Sombra de Stalin” de Agnieszka Holland.

Basta assistir no Youtube ao espetáculo teatral da CPMI do 8 de janeiro, na sessão com a presença do Hacker 13 (ótimo apelido dado ao depoente pela deputada Júlia Zanatta).

A peça teatral foi dividida em dois atos. No primeiro ato, ocorrido de manhã, o estelionatário profissional (segundo definição do senador Sérgio Moro) respondeu aos parlamentares da base desgovernista, os quais levantavam a bola para ele cortar com a sanha de um desesperado no corredor da morte.

No segundo ato da peça, ocorrido à tarde, foi a vez dos parlamentares de direita fazerem perguntas. Então, o Hacker 13 usou de seu direito constitucional de ficar em silêncio.

Foi um interessante embate entre a esquerda e a direita dentro de um picadeiro montado pelos stalinistas para incriminar Carla Zambelli e o presidente Bolsonaro.

Não vou comentar o conteúdo da peça. Vou apenas sugerir que assistam com o espírito de quem vê uma boa série, onde há todos os elementos da condição humana.

Embora todas as sessões da CPMI tenham seus graus de comicidade e delinquência, esta com o Hacker 13 foi soberba: a esquerda encarnou perfeitamente, e com muita facilidade, a canalhice e o cinismo; enquanto a direita lutou com coragem contra a mentira e na defesa da verdade.

Marco Frenette. Escritor e jornalista.

Veja o vídeo:

FONTE: JCO https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/50878/o-teatro-stalinista-da-cpmi-entenda-mais-uma-infamia-da-esquerda

STF manda prender cúpula da PMDF pelos atos do dia 8

Eles são acusados de abolição violenta do Estado de Direito e golpe de Estado

Coronel Klepter Rosa Gonçalves, comandante geral da Polícia Militar do DF – Foto: Rinaldo Morelli/CLDF

Sete mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão são cumpridos na manhã desta sexta-feira (18) contra integrantes e ex-integrantes da cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal.

Os mandados são cumpridos pela Polícia Federal e pela Procuradoria Geral da República (PGR), que solicitou a medida.

A prisão dos oficiais da PMDF receberam a denominação de “Operação Incúria”, com base em denúncia do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos da PGR, chefiado pelo subprocurador Carlos Frederico Santos.

O subprocurador sustenta que o atual comandante-geral da PM do DF, Klepter Rosa Gonçalves, e Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues se omitiram para não impedir o vandalismo contra as sedes dos Três Poderes motivados por suposto alinhamento ideológico com os manifestantes.

Eles são acusados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e por infringir a Lei Orgânica e o Regimento Interno da PM.

FONTE: DP https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/distrito-federal/ttc-distrito-federal/stf-manda-prender-cupula-da-pmdf-pelos-atos-do-dia-8

Pesquisa: Maioria não acredita em prisão de Bolsonaro

Números são próximos, mas os que não acreditam na prisão de Bolsonaro prevalecem

43% dos entrevistados não acreditam na prisão de Bolsonaro. Foto: Isac Nóbrega/PR

A Genial/Quaest divulgou nesta sexta-feira (18) uma pesquisa que mostra que a maioria dos entrevistados não acredita que o ex-presidente Jair Bolsonaro será preso.

Apesar dos que não creem na prisão de Bolsonaro aparecer em maior número, o levantamento do instituto mostra proximidade entre os que acreditam na prisão do ex-presidente.

De acordo com o levantamento, 43% dos entrevistados acreditam que Bolsonaro não vai ser preso. Outros 41% acreditam que o ex-presidente será preso. Os que não opinaram somam 16%.

FONTE: DP https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/xwk-brasil/maioria-dos-brasileiros-nao-acredita-em-prisao-de-bolsonaro-diz-pesquisa

Economista alerta para o pior patamar da Bolsa de Valores desde 1984 (veja o vídeo)

Foto: Agência Brasil
Foto: Agência Brasil

O tsunami vem aí: Enquanto a esquerda comemora uma popularidade duvidosa do governo Lula, uma verdadeira bomba pode estar prestes a explodir na cabeça dos brasileiros, como mostra reportagem especial do canal Fator Político BR. 

Em entrevista exclusiva, o economista Alex Andre mostra de forma técnica os motivos da queda histórica da bolsa de valores, o pior patamar desde 1984. O especialista explica em detalhes os motivos da queda do Ibovespa e enumera os fatores externos e internos que estão nos levando a essa situação crítica:

“Um dos motivos da queda do Ibovespa é o reajuste de combustíveis. Com o reajuste, a inflação pode aumentar, e isso vai pesar no bolso dos consumidores, tudo começa a ficar mais caro, até porque o modal rodoviário é o principal responsável pelo fator logístico do Brasil. Então, desde o pãozinho aos transportes, tudo acaba sendo contaminado pelo aumento do diesel”, ressaltou. 

Segundo Alex Andre, a conjuntura internacional e o cenário político no Brasil também são responsáveis pelos números do Ibovespa:

“O desempenho da China está frustrando investidores. O PIB e a balança comercial da segunda maior economia do mundo estão desacelerando. Temos também inflação na Europa e uma economia resiliente nos EUA. Além disso, no Brasil, existem os fatores políticos. Todo esse impasse entre Arthur Lira, presidente da Câmara, e Fernando Haddad, ministro da Fazenda, posterga uma definição sobre o arcabouço fiscal e a reforma tributária, isso prejudica a economia. Além disso, o novo PAC do governo Lula coloca em dúvidas as contas públicas”, ressaltou. 

Será que pesquisas encomendadas sustentam a realidade das ruas?

Veja o vídeo:

FONTE: JCO https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/50863/economista-alerta-para-o-pior-patamar-da-bolsa-de-valores-desde-1984-veja-o-video

Hacker agiu para ganhar perdão pelos seus crimes

O hacker apresentou sinais de jogo combinado com parlamentares governistas, cujas “levantadas de bola” foram prontamente respondidas.

Esperto e inteligente, como são os estelionatários, o presidiário Walter Delgatti e seu advogado ativista perceberam que o depoimento à CPMI seria a chave para tirar o hacker da cadeia. A estratégia foi agradar os inimigos de Jair Bolsonaro no PT, no governo e no Supremo Tribunal Federal, ansiosos por pretextos que levem o ex-presidente à prisão. A expectativa do hacker é que, em retribuição aos serviços prestados, ele se livre de penas mais duras. No fim, o governo celebrou a goleada.

Script cumprido

O hacker apresentou sinais de jogo combinado com parlamentares governistas, cujas “levantadas de bola” foram prontamente respondidas.

Matou a pau

O jogo pareceu de fato combinado quando questionamentos da oposição foram ignoradas. Afinal, ele já havia conseguido o que queria.

Como música

As palavras de Delgatti soaram como música aos ouvidos de inimigos de Bolsonaro como o presidente Lula e seu julgador Alexandre de Moraes.

Contagem regressiva

Ainda que tudo seja mentira, levará um tempo bem superior ao da política até que isso fique claramente demonstrado. Será tarde demais.

Carlos Viana, Davi Alcolumbre e Jayme Campos votaram com o governo em 100% das vezes neste ano

Governistas levam a melhor nas ‘emendas pix’

Dos cinco parlamentares que mais destinaram recursos via transferência especial, conhecida como “emenda pix”, três votaram 100% das vezes com o governo Lula no primeiro semestre deste ano. Todos são do Senado. O recordista é Jayme Campos (União-MT), que é unânime no apoio ao Planalto, e já abiscoitou R$54,44 milhões em emendas. O valor foi levantado com base em ferramenta disponibilizada a partir desta sexta (18) no site do Partido Novo, para ampliar a transparência das emendas.

Olha ele aí

Com R$53,38 milhões liberados, Davi Alcolumbre (União-AP) virou lulista desde criancinha. Levou a prata. Votou 100% com o Planalto.

Ligações

Filho da ex-ministra de Dilma Kátia Abreu, Irajá (PSD-TO) já emplacou R$52,27 milhões em emendas. Votou com Lula em 86% das vezes.

Menos é mais

Messias de Jesus, R$50,84 milhões, votou 78% em favor do governo. Carlos Viana (Pode-MG), R$49,09 milhões, 100% Lula.

Silêncio ou cegueira

Arrancou risadas dos presentes, a recusa do hacker Walter Delgatti de reconhecer até o próprio advogado, sentado ao seu lado, em uma foto reveladora do seu envolvimento com o presidente Lula.

Ministro pedinte

O ministro Carlos Fávaro (Agricultura) levou invertida do relator da CPI do MST, Ricardo Salles (PL-SP), ao citar fala da “boiada”: “quando era senador cansou de ir ao meu Ministério da Boiada pedir favor”.

Coisa ruim

A quase acertada adesão do Progressistas e do Republicanos ao governo Lula deixou consternado o deputado Carlos Jordy (PL-RJ) para quem esses partidos estão “sentando no colo do capeta”.

Farc e MST

O deputado Evair de Melo (PP-ES) pediu quebra do sigilo de João Pedro Stédille após revelar na CPI do MST e-mail do líder invasor combinando agenda com os narcoterroristas das Farcs, da Colômbia.

Perdigoto

O senador Rogério Carvalho (PT-SE) se irritou com a acusação de cuspir no deputado Marco Feliciano (PL-SP): “quando eu estou falando sai saliva e eu não consigo controlar”, se justificou. Só falta usar babador.

Estranha venda

Levantou suspeitas a venda de R$950 milhões em ações do Nubank do seu CEO e fundador, David Vélez. A ação do banco despencou mais de 5% num só dia, mas banqueiro saiu do episódio com o bolso forrado.

Origem da denúncia

O infectologista Francisco Cardoso disse à coluna que as denúncias em torno da hormonização infantil no hospital da USP surgiram a partir da criação de um ambulatório especializado no assunto.

Empurra

Apesar da promessa do governo Lula de aprovar o novo marco fiscal até o final de agosto, o prazo não deve ser cumprido nas próximas duas semanas de trabalho. Já tem lulista prometendo para o “2º semestre”.

Pensando bem…

…guardar segredo da PF para “contar tudo” em CPI tem toda pinta de obstrução de Justiça.

FONTE: DP https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/hacker-agiu-para-ganhar-perdao-pelos-seus-crimes

Não é só a PM que deve proteger a sede dos poderes, diz Ramagem

Parlamentar lembra que GSI e MJ mantinham tropas de prontidão, mas não acionaram

Deputado Delegado Ramagem cobra responsabilização de GDias e Flávio Dino (Foto: Tomaz Silva/ABr)

O deputado federal Delegado Ramagem (PL-RJ) comentou sobre a prisão da cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal, nesta sexta-feira (18), denunciados por envolvimento com os atos de vandalismo ocorridos em Brasília no início do ano.

O parlamentar, que também é delegado da Polícia Federal, lembra que a PM tem responsabilidade pela falha na segurança, mas não é a única “muito menos principal”.

O GSI (Gabinete de Segurança Institucional) e o Ministério da Justiça têm competência legal de acompanhar riscos, prevenir crises, ameaças institucionais, defesa da ordem e do patrimônio público federal”, afirmou Ramagem.

O deputado ainda lembrou que “o GSI e o Ministério da Justiça possuíam tropas de prontidão, mas decidiram não empregar no 8 de janeiro”. Ramagem termina a análise da operação com a pergunta “Quando GDias e Flávio Dino serão presos?

FONTE: DP https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/xwk-brasil/nao-e-so-a-pm-que-deve-proteger-a-sede-dos-poderes-diz-ramagem

A manobra que viabilizou a queda do hacker e onde deve ser mantido o foco após tantas narrativas fracassadas

Foto reprodução
Foto reprodução

Quem ficou preocupado com a primeira parte da CPMI ontem, onde Delgatti valida a intenção de vincular Bolsonaro aos ataques do dia oito, não leu meu último texto.

Uma instrução clara da defesa governista orientou o advogado do Hacker para que respondesse tudo no primeiro bloco e negasse tudo no segundo. Era para ter dado certo, mas quando a oposição descobriu a ordem de perguntas, manobrou para que Sérgio Moro respondesse a última parte, convencendo um parlamentar de Centro a abrir mão da sua vez.

Moro descaracterizou o personagem de herói rebelde que a esquerda queria levantar, e pegou Delgatti de calça curta, por ter sido orientado a responder todos os parlamentares do primeiro bloco.

Os vídeos da segunda parte, onde ele cala, e os depoimentos de Flávio e André mostram contradições nos depoimentos dados a polícia federal,  enterram o depoimento do Hacker. Tanto que a Polícia Federal foi obrigada a chamar o Hacker de novo para comparar as declarações. Mostrar o advogado do depoente vendendo livros para o Lula no intuito de pagar o Hacker, foi tão vergonhoso que a esquerda decidiu mudar a estratégia e focar na possível delação de Cid que entregaria Bolsonaro. Delação essa que nunca vai existir.

Faltou a oposição completar o bolo com detalhes importantes no segundo bloco da CPMI, como o dinheiro pago a Chiclete, parceiro de Delgatti por um tal de Daniel Raw Sanches. Faltou também a exposição dos diálogos das interceptações do Supremo, como também questionamentos sobre o arquivamento do inquérito que ligava Palloci ao financiamento dos hackers. Um trabalho de pesquisa simples, que bateria ainda mais na base, e deixaria eles sem fôlego para qualquer outra alegação baseada em narrativa.

Esqueçam as preocupações sobre a as manchetes de prisão do presidente. O material exposto é muito frágil para especulação, e acho que nem Moraes prenderia Bolsonaro com tão pouca evidência.

Foco na queda da bolsa, na alta dos combustíveis, na omissão de Dias e nas dificuldades de Lula de governabilidade.

Dessa vez, as especulações caíram bem antes dos três dias.

FONTE: JCO https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/50887/a-manobra-que-viabilizou-a-queda-do-hacker-e-onde-deve-ser-mantido-o-foco-apos-tantas-narrativas-fracassadas

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