A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados, sob comando do deputado petista Rui Falcão, promove seminário sobre “As Forças Armadas e a política: limites constitucionais” na quarta-feira (16).
Para o deputado, é preciso identificar os limites e possibilidades de atuação das Forças Armadas dentro de nosso arquétipo constitucional.
“Convém identificar quais os aperfeiçoamentos são exigidos deste Congresso Nacional, em geral, e desta Câmara dos Deputados, em particular, para eliminar dúvidas sobre o papel constitucionalmente adequado das Forças Armadas”, afirmou.
Algumas figuras ligadas diretamente a esquerda foram convidadas para debater o assunto. Entre eles está o ex-presidente nacional da OAB Felipe Santa Cruz, o ex-deputado Federal e o ex-deputado federal e ex-ministro da Defesa Raul Jungmann.
Pelo visto, vai começar um movimento para enfraquecer a atuação das Forças Armadas.
Caos energético: apagão e mega-aumento dos combustíveis
Terça-feira foi um dia de susto. O Brasil ficou seis horas no escuro – não exatamente no escuro, porque tinha a luz do sol, mas ficou seis horas sem energia elétrica. No mesmo dia em que ficamos sabendo que outro tipo de energia, a do combustível fóssil, do diesel e da gasolina, teve grandes aumentos. A Petrobras anunciou aumento de 25,8% no diesel. Imaginem só: o diesel, que transporta a riqueza do país, que movimenta as máquinas do agro que sustenta as contas externas, tem um quarto de aumento, uma quarta parte a mais no preço. E a gasolina subiu 16,2%, mesmo batizada com 27% de álcool. Já estavam falando de falta de abastecimento de diesel em alguns estados. É aquela história de a Petrobras voltar a ser o que era, toda cheia de interesses político-partidários, e abandonar o que não poderia ser abandonado, que é a paridade internacional.
Será que dá para confiar no sistema nacional de energia elétrica? Só Roraima não caiu no apagão porque, graças ao ambientalismo, às questões indígenas etc., o estado ainda não é abastecido pela conexão de eletricidade do Brasil. O presidente Lula agora está falando com a Venezuela para Roraima ficar dependente da Venezuela, quando poderia muito bem fazer um acordo com a vizinha Guiana e explorar rios que são excelentes para hidrelétricas.
O apagão aconteceu pela manhã, quando não há pico de energia, no momento em que a atividade econômica está desacelerando, com demanda 15% abaixo da demanda máxima desse ano. Os reservatórios das hidrelétricas estão todos cheios – a pior situação é o de um com 77%, mas tem reservatório com mais de 90%. Então, também não foi isso. Ficou muito estranho, uma espécie de alerta para a administração da energia.
Depoimento de fotógrafo aumenta suspeita sobre ministro da Justiça
Era muito esperado o depoimento do fotógrafo Adriano Machado, da Reuters, na CPMI do 8 de Janeiro. Ele estava lá dentro, na hora, fotografando todo mundo. Disse que entrou porque isso faz parte da profissão de repórter fotográfico, ele estava tentando encontrar os melhores ângulos; não tinha nada a ver com o assunto, nem com as depredações, ele só tinha de registrar. Perguntado, Machado disse que viu a Força Nacional parada no estacionamento do Ministério da Justiça. E isso fez com que a oposição recrudescesse no pedido de imagens, já que desde 15 de julho o ministro da Justiça não quer atender a esse pedido. Primeiro, empurrou para a Polícia Federal, depois para o Supremo; o ministro Alexandre de Moraes autorizou, mas Flávio Dino forneceu o que veio de apenas duas câmeras, e deixou o resto de fora.
A oposição, agora, está acusando o ministro de omissão, de obstrução, de prevaricação; 15 senadores da comissão foram à Procuradoria-Geral da República falar com a subprocuradora Lindôra Araújo, para saber como podem obrigar o ministro da Justiça a fornecer essas imagens. Ao mesmo tempo, foram ao Superior Tribunal de Justiça pedir um mandado de segurança para obter acesso a essas imagens. O que, afinal, está acontecendo? A Força Nacional estava disponível e não foi usada? Por quê? Essa é a grande questão. A CPMI quer saber se houve negligência, fragilidade, uma sucessão de erros, ou se houve facilitação dentro de uma estratégia de deixar invadir e depois faturar politicamente em cima disso.
O ministro da Justiça, aliás, está sendo um ministro muito poderoso, já que sua pasta é da Justiça e da Segurança Pública. Ele está administrando a Força Nacional, a Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Federal, que está sendo usada como polícia política. Ele está acumulando muita força, numa atuação que está chamando a atenção dos políticos de oposição.
Mais ministérios para acomodar o Centrão
Lula, que esteve no Paraguai para a posse do novo presidente, Santiago Peña, disse que vai tratar do ministério na volta ao Brasil. Diz-se que ele vai acabar criando mais dois ministérios para entregar ao Centrão, porque não achou como tirar atuais ministros para contemplar os dois políticos do Centrão que ele já anunciou como futuros ministros. Ele ficaria com 39 ministros, igualzinho a Dilma Rousseff. É mais um ponto de convergência, que deixa as pessoas de oposição sem saber se este governo é Lula 3 ou Dilma 3.
Conteúdo editado por:Marcio Antonio Campos
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/alexandre-garcia/apagao-aumento-combustiveis/
PROGRAMA SEM LUZ
FONTE: JBF https://luizberto.com/programa-sem-luz/
As principais frases de Lula passando pano para Ortega, Maduro, Chávez e Fidel
Enquanto o mundo tem assistido a um endurecimento de ditaduras latino-americanas nos últimos meses, Lula segue aplaudindo feitos e ideias de ditadores como Daniel Ortega, Nicolás Maduro, Hugo Chávez e Fidel Castro. Na Venezuela, segundo o Tribunal Penal Internacional, o número de presos políticos chega a 113, ao mesmo tempo em que Cuba a ONG Prisioners Defenders contabilizou 14 inimigos do regime presos apenas em julho (no total, o número de presos políticos triplicou na ilha no primeiro semestre deste ano). Já a Nicarágua vem recrudescendo a perseguição religiosa e fechando o cerco à liberdade de expressão, com o incentivo à propagação de fake news favoráveis à ditadura e a expulsão de jornalistas e padres que incomodam Ortega.
Longe de condenar a repressão, o presidente do Brasil deu e continua dando declarações públicas favoráveis a esses regimes, relativizando as ditaduras e negando as violações de direitos humanos ocorridas nesses países. E mais: nunca pediu desculpas pelas declarações passadas.
Confira as principais frases elogiosas de Lula aos ditadores Ortega, Maduro, Chávez e Fidel Castro:
“Eu não sei se a América Latina teve um presidente com as experiências democráticas colocadas em prática na Venezuela. Poder-se-ia até dizer que (a Venezuela) tem excesso (de democracia)”, declarou Lula em setembro de 2005, afirmando que Chávez “era meio demonizado no Brasil” e “comeu o pão que o diabo amassou nos seus primeiros quatro anos de mandato”. “Mas este homem, que apanhou como pouca gente apanhou, hoje, se transforma em um companheiro da maior importância. E o Brasil teve um papel importante, ajudando, conversando, dialogando.”
“Vivi todo o trabalho que o presidente Daniel Ortega fez para consolidar a Nicarágua como país soberano.” – Lula em 2007, em visita à Nicarágua, país onde se orgulha de ter conhecido Fidel Castro.
“Onde vai ser publicada essa foto, [Ricardo] Stuckert? [fotógrafo oficial da Presidência] Vai ter uma pequena manchetezinha. ‘El goviernantes del eixo del mal se encuentran’”, brincou Lula, ao receber o ditador Daniel Ortega no Itamaraty, durante seu mandato em 2010.
“O Chávez era um homem que, eu diria, 80% era coração, 20% era razão, como eu acho que devem ser todos os grandes homens do mundo (…) Chávez sabia, e sabia com muita força, que a razão para ele estar no governo era fazer com que o povo pobre da Venezuela se sentisse orgulhoso, que passasse a ter direitos. (…) As ideias do Chávez vão perdurar por muitos séculos. Porque a América do Sul vive um momento excepcional, e o Chávez tem muito a ver com isso.” – Lula em vídeo gravado em março de 2013, sobre a morte de Hugo Chávez.
“Se um homem público morre sem deixar ideias, quando o seu corpo físico acaba, acaba o homem. Não é o caso de Chávez, que foi uma figura tão forte que suas ideias permanecerão discutidas nas academias, nos sindicatos, nos partidos políticos e em qualquer lugar que exista uma pessoa preocupada com a justiça social e com a igualdade de poder entre os povos no cenário internacional.” – Lula em artigo publicado em março de 2013 no jornal New York Times, sobre a morte de Chávez.
“Fidel foi sempre uma voz de luta e esperança. Seu espírito combativo e solidário animou sonhos de liberdade, soberania e igualdade. Nos piores momentos, quando ditaduras dominavam as principais nações de nossa região, a bravura de Fidel Castro e o exemplo da revolução cubana inspiravam os que resistiam à tirania. (…) Sinto sua morte como a perda de um irmão mais velho, de um companheiro insubstituível, do qual jamais me esquecerei. Será eterno seu legado de dignidade e compromisso por um mundo mais justo. Hasta siempre, comandante, amigo e companheiro Fidel Castro.” – nota de pesar pela morte do ditador cubano, assinada por Lula no site do PT, em novembro de 2016.
“Eu dizia sempre, era o último mito vivo. (…) Fazia mais de 30 anos que éramos amigos, desde antes de eu ser presidente. Fazia muitos meses que eu queria vir a Cuba e ver Fidel, mas não foi possível. Quando soube da notícia, a maneira que encontrei de expressar meus pêsames foi escrever na parede ‘Viva Fidel’. Estou triste, porque se foi o maior homem do século 20” – declaração de Lula em dezembro de 2016, durante o cortejo fúnebre de Fidel Castro em Cuba.
“Temos que defender a autodeterminação dos povos. Sabe, eu não posso ficar torcendo. Por que Angela Merkel [ex-primeira-ministra da Alemanha] pode ficar 16 anos no poder, e Daniel Ortega não? Por que Margaret Thatcher [ex-primeira ministra britânica] pode ficar 12 anos no poder, e [Hugo] Chávez [ex-ditador falecido da Venezuela] não? Por que Felipe González [ex-primeiro ministro da Espanha] pôde ficar 14 anos no poder? – Lula em entrevista ao jornal El País, em 2021.
“Eu tenho tanta coisa para falar. Se eu pudesse (…), eu certamente iria derrotar o Fidel Castro na quantidade de horas que ele falava. Não com a competência dele, com a qualidade dele, mas com a minha rouquidão.” – Lula, em setembro do ano passado, em evento partidário durante a campanha presidencial.
“Eu senti muito orgulho de no dia 19 de julho de 1980 ir participar da comemoração do aniversário da Revolução Sandinista que derrubou um ditador chamado Somoza, de 30 anos. (…) Agora o regime político da Nicarágua é uma coisa que depende deles e o Daniel Ortega sabe, você sabe, o Chávez sabe – que se eu quisesse acreditar em mandato perpétuo, eu teria feito um terceiro mandato quando me propuseram. (…) Se o Daniel Ortega está errando, o povo da Nicarágua que puna o Daniel Ortega. Se o Maduro está errando, o povo que puna.” – Lula, durante o debate presidencial em outubro do ano passado.
“O Brasil vai restabelecer relações diplomáticas com a Venezuela. Nós queremos que ela tenha embaixada no Brasil e que o Brasil tenha embaixada na Venezuela. Vamos restabelecer a relação civilizada entre dois estados autônomos, livres e independentes. O problema da Venezuela a gente vai resolver com diálogo, não com bloqueio. A gente vai resolver com diálogo e não com ameaça de ocupação. A gente vai resolver com diálogo, não com ofensas pessoais (…) Eu vejo muita gente pedindo compreensão a Maduro, e essas pessoas esquecem que eles fizeram uma coisa abominável para a democracia, que foi reconhecer um cara que não era presidente, não foi eleito, que foi Guaidó. Esse cidadão ficou vários meses exercendo o papel de presidente sem ser presidente. E eu fico me perguntando: quem é que está errado?” – Lula ao assumir a presidência pela terceira vez, em janeiro deste ano.
“Desde que o Chávez tomou posse, foi construída uma narrativa contra ele, e eu tive a oportunidade de ver isso, uma narrativa em que você determina que o cara é um demônio. A partir do momento que você cria a narrativa que ele é demônio, a partir daí, você começa a jogar todo mundo contra ele. Foi assim que aconteceu com o Chávez, foi assim que aconteceu comigo.” – Lula no encerramento da cúpula dos presidentes da América do Sul, em maio deste ano.
“Se eu quiser vencer uma batalha, eu preciso construir uma narrativa para destruir o meu potencial inimigo. Você sabe a narrativa que se construiu contra a Venezuela, de antidemocracia e do autoritarismo. (…) Eu vou em lugares que as pessoas nem sabem onde fica a Venezuela, mas sabe que a Venezuela tem problema na democracia. É preciso que você construa a sua narrativa e eu acho que, por tudo que conversamos, a sua narrativa vai ser infinitamente melhor do que a que eles têm contado contra você.” – Lula a Maduro, durante visita do ditador venezuelano ao Brasil, em maio deste ano.
“É culpa dele [Maduro]?, não. É culpa dos Estados Unidos, que fizeram um bloqueio extremamente exagerado. Eu sempre acho que o bloqueio é pior do que uma guerra. Normalmente na guerra morre o soldado que está em batalha, mas o bloqueio mata criança, mata mulheres, mata pessoas que não tem nada a ver com a disputa ideológica que está em jogo.” – Lula, em maio, alegando que Maduro não consegue pagar suas exportações devido às sanções impostas pelos Estados Unidos.
“A Venezuela, ela tem mais eleições do que o Brasil. A Venezuela, desde que o Chávez tomou posse…. o conceito de democracia é relativo para você e para mim.” – Lula defendendo a ditadura de Maduro, em entrevista à Rádio Gaúcha, em junho deste ano.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/ideias/as-principais-frases-de-lula-passando-pano-para-ortega-maduro-chavez-e-fidel/
Aparelhamento político de conselhos profissionais é risco para a democracia
Os conselhos profissionais foram criados para regulamentar e supervisionar o exercício de algumas profissões. Na prática, muitas vezes, atuam para restringir a competição, dificultar a entrada de novos agentes e tornar mais lento e oneroso o processo de inovação no exercício do trabalho.
O risco maior, entretanto, ocorre quando esses conselhos profissionais são capturados por interesses partidários. Neste caso, comprometem a integridade de sua função e, também, a própria democracia. Com eleições marcadas para 14 e 15 de agosto, os Conselhos Regionais de Medicina (CRMs) estão sendo alvo do aparelhamento ideológico e partidário da extrema-esquerda.
Conforme noticiado pela Gazeta do Povo em julho, o Conselho Federal de Medicina (CFM) é almejado por médicos alinhados à agenda esquerdista. De um lado, entendem que o CFM não deveria ser blindado dos interesses partidários; de outro, querem aumentar a força da indústria farmacêutica. Por causa disso, chapas alinhadas à extrema-esquerda querem garantir o poder dentro dos CRMs, que representam o CFM em nível estadual e decidem as eleições em nível federal. A extrema-esquerda tem experiência em capturar a governança de grupos de representação, como já fez com os grupos estudantis.
O CFM tem sido uma pedra no sapato de interesses esquerdistas na medicina nos últimos anos
A eleição de médicos de extrema-esquerda em âmbito regional abre o caminho para eles chegarem ao conselho federal mais rápido, já que membros do CFM geralmente ocupam vagas no CRM primeiro. É uma estratégia que provavelmente conta com apoio dos partidos de extrema-esquerda – inclusive, com verbas.
As eleições de agosto garantem a gestão de 2023 a 2028. Pela primeira vez, a disputa acontece pela internet. O membro do CFM Raphael Câmara disse à Gazeta do Povo que as eleições podem ser definidas por médicos recém-formados, o que facilita a vida dos alinhados à esquerda, já que as universidades estão recheadas de militantes. “Muitos dos médicos mais novos foram enganados e não têm noção da destruição que o PT fez na época da Dilma em relação à Lei do Ato Médico e na criação do Mais Médicos”, disse Câmara.
O CFM tem sido uma pedra no sapato de interesses esquerdistas na medicina nos últimos anos. O conselho tem resistido em fazer tratamento de transição de gênero em crianças e ao movimento antimanicomial, que pode soltar nas ruas diversos criminosos de alta periculosidade.
Antes vista como uma área técnica – portanto, mais distante das investidas ideológicas –, a medicina agora é uma galinha dos ovos de ouro para os ideólogos. Na coluna passada, denunciamos o desejo do Movimento dos Sem-Terra (MST) em conseguir um curso exclusivo de Medicina para seus membros, sem necessidade de passar por vestibular e bancado pelos pagadores de impostos. A pandemia mostrou como a saúde pública pode ser usada para restringir liberdades, aleijar críticos e controlar a opinião pública como nunca imaginado pelos teóricos do autoritarismo.
A Universidade Federal de Pelotas (UFPel), inclusive, está considerando garantir esse absurdo. É mais um passo para aumentar o poder da esquerda na academia e na sociedade de um modo geral, atraindo mais pessoas para si. Imagine o que médicos formados no curso exclusivo do MST não fariam nos CRMs e no CFM.
Mas, voltando aos conselhos profissionais, esses órgãos devem ser guiados pelas boas práticas de gestão e governança, visando a eficiência, a correta prestação de serviço à população e a boa reputação da profissão que representam. Mas a coisa está tão séria entre os CRMs que há chapas das eleições se pronunciando sobre o assunto.
A pandemia mostrou como a saúde pública pode ser usada para restringir liberdades, aleijar críticos e controlar a opinião pública como nunca imaginado pelos teóricos do autoritarismo
À mídia local do Mato Grosso, a Chapa 2, que concorre ao CRM do estado, fez um pronunciamento dizendo que o “Conselho Regional de Medicina não é lugar para discussão político-partidária”. “Nenhum dos 40 membros que integram a Chapa 2 – Integridade e Inovação – tem a intenção de aparelhar o CRM/MT. A Chapa 2 vem para unir os médicos e fortalecer a classe, com experiência, conhecimento, preparo e renovação”, disse o grupo. A chapa defende que o CRM seja protegido de interesses partidários – independentemente de qual governo esteja no poder.
Por que médicos concorrendo à eleição de um CRM se pronunciaram prometendo apartidarismo se não houvesse risco de o conselho ser capturado por interesses partidários? Chapas de outras regiões do país, como de Brasília, também estão prometendo apartidarismo em sua atuação.
Mas os médicos não são o único alvo dos interesses partidários. Em 6 de agosto de 2004, o jornal Folha de S.Paulo denunciou que Luiz Inácio Lula da Silva, então em seu primeiro mandato, queria fiscalizar os jornalistas e restringir a liberdade de imprensa com seu projeto de lei para a criação do Conselho Federal de Jornalismo (CFJ). O jornal citou críticas de Lula e seu governo ao jornalismo da época, e inclusive mencionou represálias de Lula a quem exercia a profissão sem lhe bajular.
O fato é que a interferência partidária pode levar a decisões que favoreçam um grupo político específico, ou seus interesses de modo geral, em vez da imparcialidade necessária no exercício da função técnica, assim como para a tomada de decisões justas. Com a captura de conselhos profissionais por interesses partidários, o interesse público e a democracia ficam fragilizados.
A invasão dos interesses partidários nos conselhos profissionais também pode desvirtuar esses órgãos de seus objetivos originais. Além disso, as decisões politizadas também destroem a credibilidade dessas organizações, que não devem comprometer seu próprio serviço por interesses obscuros ou eleitorais. Sem dúvidas, existe um claro conflito de interesses entre a gestão profissional e diligente dos conselhos profissionais e seu uso para fins político-partidários.
Por isso, os conselhos profissionais, seja em quais áreas estejam firmados, devem garantir sua independência dos partidos e dos políticos, independentemente de quem esteja no poder. Também devem ser transparentes e prestar contas de suas ações e justificar suas decisões de modo claro para todos.
O uso partidário ou eleitoral de conselhos profissionais viola a Constituição Federal, distorce os fins que justificaram a criação dessas instituições e vai contra o interesse público e os princípios democráticos
Os conselhos profissionais também não devem ser incubadoras de futuros candidatos políticos ou servir de apoio para quem quer se eleger. Eles devem garantir que seus associados prestem o melhor serviço à população. A ideologia já tomou as instituições de ensino, não deveria também dominar as instituições profissionais. Essa mistura entre ideologia e atividades técnicas e profissionais enfraquece nossa jovem democracia e tira a credibilidade de instituições que deveriam cumprir um papel importante na elaboração e fiscalização de políticas públicas e atividades profissionais.
Por fim, os conselhos profissionais também devem incentivar a participação ativa de seus membros e do público em geral, o que pode ajudar a evitar a dominação por interesses partidários. É importante que os conselhos profissionais tenham governança, alternância de poder e transparência de seus atos e decisões. Nenhum órgão de registro, fiscalização e disciplina das profissões regulamentadas está imune ao controle social e ao escrutínio da sociedade.
Precisamos de mais conselhos profissionais geridos de forma correta, transparente, técnica, eficiente e impessoal, e não de mais braços de atuação para partidos políticos e pessoas com interesses eleitorais. O uso partidário ou eleitoral de conselhos profissionais viola a Constituição Federal, distorce os fins que justificaram a criação dessas instituições e vai contra o interesse público e os princípios democráticos de uma sociedade livre e próspera. Se você conhece alguma chapa ou conselho profissional que está capturado por interesses partidários, denuncie ao Ministério Público e à imprensa livre. O Brasil precisa avançar, não retroceder.
Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/paulo-uebel/aparelhamento-politico-conselhos-profissionais-cfm/
Benedito mantém multa pesada a Bolsonaro por motivo surreal
O ministro Benedito Gonçalves, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), decidiu, nesta terça-feira (15), manter a decisão que multou o ex-presidente Jair Bolsonaro e o ex-ministro Walter Braga Netto em R$ 110 mil por descumprimento de decisão e litigância de má-fé.
Em julho, o ministro entendeu que a campanha da chapa Bolsonaro-Braga Netto deixou de retirar das redes sociais imagens das comemorações do 7 de setembro que tinham sido consideradas como propaganda eleitoral irregular no pleito do ano passado.
Conforme a decisão, ambos receberam multas individuais de R$ 50 mil pelo descumprimento, além do acréscimo de R$ 5 mil por terem garantido que os conteúdos foram apagados.
A decisão do ministro foi motivada por um recurso apresentado pelas defesas de Bolsonaro e Braga Netto.
Os advogados sustentaram que não houve descumprimento da decisão e defenderam a reunião de diversas ações sobre a mesma acusação contra a campanha.
“Não há razão legítima para que se acelere o julgamento de uma ou outra ação em detrimento das demais”, argumentou a defesa.
O certo é que todas as condenações de Bolsonaro pelo TSE foram cercadas de polêmicas…
Todas as decisões do TSE contra o ex-presidente, que começaram nas eleições de 2022 e culminaram na inelegibilidade, foram documentadas para que ninguém esqueça o que aconteceu e para que o tempo não “apague” essas lembranças.
Tudo está no polêmico livro “O Fantasma do Alvorada – A Volta à Cena do Crime”.
O livro, que na verdade é um “documento”, já se transformou em um arquivo histórico, devido ao seu corajoso conteúdo.
São descritas todas as manobras do “sistema” para trazer o ex-presidiário Lula de volta ao poder, os acontecimentos que desencadearam na perseguição contra Bolsonaro e todas as ‘tramoias’ da esquerda.
Eleição, prisões, mídia, censura, perseguição, manipulação e muito mais… Está tudo documentado.
Obviamente, esse livro está na “mira” da censura e não se sabe até quando estará a disposição do povo brasileiro…
Não perca tempo. Clique no link abaixo:
A verdade não pode ser esquecida!
EU ACHO É POUCO
Brasileiro só acorda depois de morto.
FONTE: JBF https://luizberto.com/eu-acho-e-pouco/
Governo torra R$800 mil na marcha de sem-terra
O governo federal reservou R$800 mil, só neste ano, para torrar com a Marcha das Margaridas. O despejo do dinheiro no movimento foi via Ministério da Educação, Ministério do Desenvolvimento Agrário e Caixa Econômica Federal. A organização da marcha, que hoje (16) desfila em Brasília, ocupa enorme área de 225 mil m² no coração da capital federal. A instalação conta com segurança particular, cercamento privado, área para acompanhamento, além de palco com som e iluminação para show.
Governo nem aí
O Ministério da Mulher também aparece como apoiador. As pastas foram procuradas, mas não se preocuparam em esclarecer as despesas.
Banco generoso
A Caixa liberou R$350 mil. Diz que o evento “é relevante por promover reflexões sobre vulnerabilidades sociais”. Paga via reembolso.
Apoio institucional
O Serpro também aparece como patrocinador, mas diz que é só institucional. Vai fornecer wi-fi gratuito e divulgar o “Programa Agora”.
Alunos na marcha
O governo federal ainda bancou hospedagem e alimentação de alunos. Há registros de cooptação de estudantes em Pernambuco e Alagoas.
Primarismo de Haddad irrita Lula e retarda aliança
Irritou o presidente Lula (PT) o primarismo político de Fernando Haddad (Fazenda), ao produzir “ruído” desnecessário na articulação política com a Câmara dos Deputados, durante entrevista ao BandNews TV. Com projetos importantes ainda pendentes de votação, como o “arcabouço fiscal”, Haddad fez declaração considerada hostil à Casa e a seu presidente, Arthur Lira (PP-AL). O episódio serviu de pretexto para os partidos do Centrão retardarem a decisão de aliar-se ao governo.
Memória curta
Entre outras tolices, Haddad reclamou do poder de Lira, “nunca visto”. Esqueceu o poder de Eduardo Cunha e de Rodrigo “Botafogo” Maia.
Ora, a democracia
Haddad também mostrou desapreço pela independência dos poderes ao chamar de “humilhação” derrotas democráticas do governo na Câmara.
Contraponto a Lira
O ministro se derramou em elogios ao presidente do Senado, até pela atitude de subserviência de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) ao Planalto.
Apagão de governo
O senador Eduardo Gomes (PL-TO) observou a “bateção de cabeças” do governo Lula, que tascou mega-aumento no diesel no dia de apagão de energia que aciona motores estacionários movidos… a diesel.
Boquirroto fora
Na política, o não dito diz tanto quanto o dito. O presidente da Câmara, Arthur Lira, citou quem foi chamado para discutir a pauta econômica: o relator, líderes e técnicos. Haddad, não.
Carrões
A Marcha das Margaridas, em Brasília, chama atenção pela quantidade de camionetes e carrões circulando por lá. Modelo visto, Range Rover Discovery, tem preço sugerido a partir de R$385 mil.
Me incluam fora dessa
Presidente da CPMI do 8 de Janeiro, Arthur Maia (União-BA) afastou quebra do sigilo de Michele e Jair Bolsonaro, sonho dos lulistas. “Não contem comigo para este tipo de coisa”, descartou o deputado.
Afinidade
O deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS) criticou recusa do governo no envio de apoio humanitário à Ucrânia: “Lula não perde uma oportunidade de mostrar seu apreço ao ditador Putin”, declarou.
Apagão na coletiva
O apagão foi também de gestão incompetente. Mais de oito horas após o apagão que atingiu todo o País, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, apareceu em coletiva sem saber a causa.
Alô, Receita
Há 15 anos que o chefão do MST, João Pedro Stédile, rei das invasões de propriedades alheia, não declara Imposto de Renda. Sabe-se do que ele vive, mas se declara “isento”. Isso jamais foi averiguado.
Autoria
Eduardo Girão (Novo-CE) diz que o governo Lula (PT) “deixou a impressão digital” após agir para não permitir o depoimento na CPMI do comandante da Força Nacional, que sumiu da Esplanada no 8 de janeiro.
Pensando bem…
…o apagão só não é de amor.
FONTE: DP https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/governo-torra-r800-mil-na-marcha-de-sem-terra
Parlamentares representam contra Dino por prevaricação
Senadores e deputados impetraram Mandado de Segurança para exigir a entrega de imagens do 08 de janeiro, em regime de urgência
Um grupo composto por 15 parlamentares, entre deputados e senadores, protocolou junto à Procuradoria Geral da República (PGR) denúncia por prevaricação contra o Ministro da Justiça, Flávio Dino, em virtude da recusa em entregar, de maneira direta, à CPMI do 08 de janeiro, as imagens das Câmeras de Segurança, solicitadas de acordo com sete requerimentos aprovados pelo colegiado, especificando ângulos, horários e locais.
Sobre os tramites alegados por Flávio Dino, envolvendo Polícia Federal e Supremo na cessão das imagens requeridas, os denunciantes consideram que o ministro age “com intuito clara e meramente protelatório” e seguem: “podendo configurar um artifício para obstar o acesso da CPMI à íntegra das imagens. Além disso, não se afigura razoável que o Ministério da Justiça tenha que solicitar as imagens de seu próprio circuito de segurança a um outro órgão”.
Durante coletiva de imprensa, o senador Jorge Seif (PL-SC) ressaltou que a protelação imposta pelo ministro da Justiça vai na contramão de autorização concedida pelo Ministro Alexandre de Moraes que declarou: “não deve haver obstáculos para esse compartilhamento”. A partir dessa autorização, Dino passa a contrariar não só a CPMI, mas também o ministro do Supremo.
A última estratégia adotada em resposta à CPMI foi a entrega de apenas duas câmeras, decisão também reclamada no escopo da denúncia a qual o Diário do Poder teve acesso.
“O envio das imagens foi parcial, de apenas duas das diversas câmeras do Palácio da Justiça e sem observar o intervalo de horários identificados nos requerimentos”, especificou o documento.
Os senadores e deputados também impetraram Mandado de Segurança para exigir o cumprimento das entregas de todas imagens solicitadas ao Ministério da Justiça, em regime de urgência.
Salles revela CNPJ usado pelo MST para receber doações milionárias do governo
Relator da CPI do MST levantou quantia de quase R$2 milhões em doações do governo federal
O MST não tem um CNPJ, mas se utiliza de um. É o que revelou a inquirição do relator da CPI do MST, deputado Ricardo Salles (PL-SP), ao líder nacional do movimento, João Pedro Stédile. O levantamento feito por Salles apurou a soma de R$2 milhões em doações feitas pelo poder público à Associação Brasil Popular (Abrapo), que segundo o relator, detém a administração de diversos setores ligados ao movimento presidido por Stédile. A Associação está inscrita sob o CNPJ 07.696.592/0001-77.
“A Abrapo, sob a rubrica do MST, faz manejo de recursos, administra documentos, conta bancária, detém o registro do site e assume outros compromissos pelo movimento”, afirmou.
Ao declarar desconhecimento sobre a gestão da entidade, Stédile continua a ser inquerido pelo deputado paulista: “O senhor quer convencer esse plenário que, na qualidade de liderança máxima do MST, o senhor não conhece a empresa que recebe os recursos de pagamentos do movimento, o senhor não conhece o grupo de celebração de acordos e percepção de recursos?”.
O questionamento de Salles foi, aparentemente, um dos momentos mais desgastantes para a base do governo. Enquanto o relator contextualizava as questões sobre a associação em tela foi possível ouvir a deputada Gleisi Roffmann (PT-PR) cochichar: “O tempo de liderança precede”, como se combinasse com alguém a interrupção da fala de Salles. Dito e feito: a deputada, logo, ergueu a voz e solicitou ao presidente da Comissão seu tempo de liderança, que foi negado em observância ao direito do relator.
Outro cochicho possível de se ouvir pelos microfones indiscretos da TV Câmara partiu da deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ): “gente, não é possível, vê uma questão de ordem aí”, pressionou colegas e assessores na intenção de tumultuar a fala em curso.
Diante da resposta mal elaborada de Stédile ao dizer que não tem obrigação sobre os valores doados, a deputada Sâmia Bonfim (PSOL-SP) insiste, sem êxito: “tempo de liderança do Psol”, clamou.
O que os companheiros de Stédile tentaram abafar, o relator escancarou: doações que totalizam, no escopo do recorte apresentado, quase R$ 2 milhões.
Confira os valores levantados por Ricardo Salles:
Saiba quem era o piloto da Latam que morreu após passar mal em voo
Com 25 anos de experiência profissional, o piloto Iván Andaur Santibañez morreu após passar mal em voo para o Chile. Ele deixa uma filha
Amante de motocicletas e com 25 anos de dedicação à aviação, o piloto Iván Andaur Santibañez, 56 anos, morreu depois de passar mal durante um voo na madrugada dessa terça-feira (15/8).
De acordo com o jornal Las Últimas Noticias, do Chile, Andaur era apaixonado por motos e, inclusive, tinha um tímida coleção com três modelos, um deles dos anos 1990. O piloto da Latam, que perdeu a esposa há alguns anos, tinha uma filha.
Veja algumas fotos do piloto com a família:
Nas redes sociais, colegas de profissão lamentaram a morte do piloto: “Voa alto, amigo e nosso brigadeiro sênior”.
Uma amiga de Andaur publicou um vídeo em homenagem ao piloto. “A grande tragédia da vida não é a morte. É deixar de rir, de amar, de sonhar. É o que deixamos morrer dentro de nós enquanto estamos vivos. #obrigado”, diz legenda da postagem.
Entenda
Iván Andaur Santibañez passou mal durante um voo que partia do Aeroporto Internacional de Miami, Estados Unidos (EUA), com destino a Santiago, no Chile. Ele pilotava um boeing 787-9 da Latam.
O voo precisou fazer um desvio para a Cidade do Panamá, após ser relatado à autoridade civil do Panamá que um dos capitães estava incapacitado. Foi necessário realizar um pouso de emergência no Aeroporto Internacional de Tocumen.
Em nota, a Latam Airlines prestou condolências à família do piloto e agradeceu os anos de trabalho de Andaur.
“Estamos profundamente comovidos com o ocorrido e apresentamos nossas mais sinceras condolências à família de nosso colaborador. Agradecemos profundamente sua carreira de 25 anos e sua valiosa contribuição; [o funcionário] sempre se destacou por sua dedicação e seu profissionalismo”, diz o comunicado da empresa.
FONTE: METRÓPOLES https://www.metropoles.com/mundo/saiba-quem-era-o-piloto-da-latam-que-morreu-apos-passar-mal-em-voo
Bolsa segue caindo, dólar dispara e atinge maior valor em meses
Em mais um dia de turbulência no mercado financeiro, o dólar voltou a subir e a aproximar-se dos R$ 5, o maior valor em cerca de dois meses. A bolsa de valores caiu pela 11ª vez consecutiva e repetiu a maior sequência de baixas em 39 anos.
O dólar comercial encerrou esta terça-feira (15) vendido a R$ 4,987, com alta de R$ 0,021 (+0,42%). A cotação operou em alta durante toda a sessão e, no ponto mais alto do dia, chegou a R$ 5 por volta das 10h45.
A moeda norte-americana está na maior cotação desde 1º de junho, quando tinha fechado em R$ 5,003. Com o desempenho desta terça, a divisa sobe 5,43% em agosto, mas cai 5,55% em 2023.
No mercado de ações, o dia voltou a ser dominado pelo pessimismo. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 116.171 pontos, com recuo de 0,55%. O indicador está no menor patamar desde 1º de junho.
Fatores internos e externos afetaram o mercado financeiro nesta terça.
Dois fatos ganham destaques: o apagão que atingiu várias regiões do país derrubou as ações de empresas de energia e a crise provocada na articulação entre o governo e a Câmara dos Deputados após declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Que situação…
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