A Polícia Federal, que desde o dia 1º. de janeiro de 2023 passou a cumprir ordens ilegais e servir como polícia política do governo (antes disso estava servindo apenas ao STF), invadiu há pouco a residência de um advogado que está tratando de um caso junto à essa mesma polícia e a esse mesmo STF. O caso é o das “joias do Bolsonaro” – policiais e juízes, além de incriminar o suspeito, querem agora incriminar também o advogado do suspeito. Seria um recado aos advogados brasileiros em geral? Tipo: “Cuidado com os clientes que vocês aceitam. Se algum deles estiver na nossa lista negra, quem pode se complicar é você. Vamos fazer busca e apreensão na sua casa às 6 horas da manhã, levar seu computador e celular e soltar a Rede Globo em cima da sua vida”. Não se sabe. O que se sabe é que já existem no Brasil, além de outros casos de duplicidade legal, dois tipos de advogados. A maior parte não tem problemas. São os que não cuidam da área política, ou então trabalham para o governo Lula e a sua gente – estes, aliás, estão sempre ganhando todas na justiça brasileira. A segunda classe de advogados reúne os que defendem acusados de “atos antidemocráticos” ou, pior ainda, de “bolsonarismo”. Estes são tratados como se tivessem cometido os crimes de que os seus clientes são acusados.
Imaginem se a PF tivesse invadido a casa do advogado Cristiano Zanin, que defendia Lula nos seus processos por corrupção e lavagem de dinheiro
A invasão da casa do advogado de Bolsonaro foi feita, é claro, com uma ordem judicial. Mas e daí – que diferença faz? No Brasil de hoje, por lei aprovada no Supremo, o judiciário não se limita a julgar e a polícia a investigar. Viraram uma coisa só, e acrescentaram às suas funções o papel de Ministério Público – de maneira que investigam, acusam e julgam ao mesmo tempo. Este parece ser o sistema jurídico ideal para a OAB, o grupo “Prerrogativas” do ministro Flávio Dino, que surgiu para defender as prerrogativas de Lula e dos corruptos enrolados com a operação Lava Jato, os “garantistas” etc. etc. etc. Não dizem jamais uma sílaba de protesto diante das sistemáticas violações aos direitos dos advogados que defendem os perseguidos pelo sistema Lula-STF. É uma surpresa, na verdade, que ainda não tenham lançado uma “Carta Aos Brasileiros de Apoio aos Inquéritos Policiais em Defesa do Estado Democrático de Direito”. A mídia, então, está à beira de participar das batidas da Polícia Federal.
Imaginem se a PF tivesse invadido a casa do advogado Cristiano Zanin, que defendia Lula nos seus processos por corrupção e lavagem de dinheiro – o que iriam dizer a OAB, a imprensa e o Papa Francisco? Mais: e se tivessem feito uma busca e apreensão nas residências de algum dos advogados do indivíduo que quis assassinar o ex-presidente da República com uma facada no estômago? Ou o “caso das joias” é mais importante que tentativa de homicídio? No Brasil de 2023 há realmente duas categorias de advogados. Os que estão do lado certo têm direito a tudo. A mulher do hoje ministro Zanin, para ficar num exemplo só, tem catorze causas do STF do marido; ninguém acha nada demais. Os que estão do lado errado têm direito à invasão de suas casas pela polícia.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/jr-guzzo/sem-limites-stf-e-lula-querem-intimidar-advogados-que-apoiam-bolsonaro/
Em texto forte, jornalista cita Moraes ao detonar a descriminalização do porte de droga
O respeitado jornalista Adrilles Jorge não tem papas na língua. Sempre fala o que pensa, doa a quem doer.
Em artigo forte, publicado na Revista Oeste, ele detonou a descriminalização do porte de maconha e citou diretamente o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Abaixo o artigo na íntegra:
Sessenta gramas de maconha dão cerca de 60 cigarros de maconha. Sessenta “baseados”, segundo a linguagem de maconheiro. São 60 baseados que o ministro Alexandre de Moraes acha tranquilo que um usuário tenha para não ser tachado de traficante. O voto do ministro é para liberar geral o consumo da droga, até agora acompanhado por outros três ministros. Libera o consumo, mas não o trágico, entenda-se. Uma substância ilegal seria legal para consumir mas não legal para vender. Traduzindo: você poderia livremente se matar com veneno, comprando o veneno. Mas o vendedor do veneno, se portar mais de 60 doses do veneno, pode ser criminalizado. Assim, o policial deveria usar uma balança para pesar a quantidade de droga de cada um. “É usuário ou traficante, meu chapa?”, perguntaria o tira, com a balancinha. Se o traficante transportar a droga no varejo, 60 baseados por vez, tá tranquilo, segundo Alexandre.
Maconha não é veneno, é droga de menor potencial lesivo, dirão os liberais ortodoxos e maconheiros. Os próprios ministros resolvem o problema relativista e já dizem que liberação de maconha seria a porta aberta pra liberar as demais drogas. Ah, o álcool seria uma droga até pior que a maconha e ainda é celebrada e cultuada. Medir qual veneno a médio e longo prazo seria mais destrutivo não me parece um bom argumento para a liberação de qualquer droga. Ambos, maconha e álcool, corroem a longo prazo o poder cognitivo de seus viciados. Derretem o miolo de seus adictos. Sim, não são todos que se viciam. Estaria liberada, pois, a liberdade da roleta russa sócio coletiva. Ah, sim, o argumento liberal ortodoxo: o Estado não tem o direito de ditar o que um cidadão consume ou usa no próprio corpo. O argumento conservador: a liberdade só pode ser plena quando há consciência e percepção razoável da realidade em redor. A uma criança, por exemplo, não é dada a liberdade irrestrita, porque por óbvio ela pode enfiar o dedo numa tomada ou beber um copo de veneno, por querer experimentar algo novo de posse de sua liberdade de provar o que desconhece. Não há informação suficiente na população, sobretudo na população mais carente e menos alfabetizada no Brasil, do poder lesivo das drogas sobre o corpo e a psique e a vida geral de uma pessoa. Mais: a liberdade de um que se vicia implica na complicação da vida de outros: parentes, amigos e sociedade lesados pela miséria humana de um viciado, que chega a não só destruir a própria vida como a de outros em redor.
Não parece ser do interesse de nenhum dos iluministros fazer uma propaganda anti droga. Só liberar. O argumento da liberação de consumo é de que o viciado não é um problema criminal, mas um problema de saúde pública. Não é bem assim. O viciado em drogas TORNA-SE um problema de saúde pública justamente por causa da facilitação do consumo de drogas que já existe hoje. Praticamente ninguém vai preso hoje no Brasil por usar droga. A liberação total proposta pelo Supremo é quase um estímulo ao uso de drogas. Reflitam: um adolescente, pouco informado sobre o assunto, que vê o próprio ministro do supremo dizer que é “ok” portar e usar até 60 baseados, sem nenhum senão ou propaganda contra o uso da droga, vai achar que, se a própria Justiça libera, não há problema em usar drogas. É a liberdade absoluta aberta pela Justiça sem nenhuma preocupação social com saúde pública.
Liberdade ideológica de aprisionar as pessoas a um princípio de libertinagem que destrói vidas, famílias e corrói toda a sociedade, diga-se. Nenhum país que tenha liberado as drogas teve bons resultados. O tráfico de drogas aumentou. O consumo de drogas aumentou. O desespero social, familiar, individual aumentou em todo país que houve liberação de drogas. O crime organizado não diminuiu onde houve liberação de drogas. A liberação de drogas obedece a um critério liberal, de liberdade irrestrita sem um critério moral, sem consciência social. Ideologia pura de um tribunal puramente ideológico. Pior: a liberação das drogas obedece a uma ideologia que tem resultados pavorosos, em todos os níveis. Liberar veneno em forma de um prazer artificial que se prova mortal é liberar a autodestruição de quem não tem informação suficiente pra saber que sua liberdade de se drogar pode levar à sua ruína.
E para não variar: não é da responsabilidade do Supremo legislar sobre descriminalização ou uso de drogas. Para não variar, o Supremo usurpa poderes do Legislativo. O Supremo se vicia mais e mais na mais inebriante das drogas: o vício pelo poder. Legisla, julga, executa. E quem paga pelo vício do Poder Supremo e absoluto é a sociedade, é o país, é você, é seu filho, a quem um dia um traficante poderá um dia oferecer sessenta cigarros de maconha ou qualquer outra droga — livremente.
TSE toma medida extrema e ‘raríssima’ contra advogado que pediu anulação do julgamento de Bolsonaro
A perseguição do “sistema” ao ex-presidente Jair Bolsonaro, parece que tem o condão de alcançar qualquer um que ouse sair em sua defesa.
Parece que é exatamente isso que aconteceu com o advogado Anildo Fábio de Araujo.
O ministro Benedito Gonçalves aplicou contra ele uma multa de R$ 26,4 mil, por ter pedido a anulação do julgamento que tornou o ex-presidente inelegível.
Benedito também ordenou, na última quarta-feira (9), que Anildo Fábio de Araújo seja “bloqueado” temporariamente do sistema de peticionamento do TSE, até o pagamento total da multa.
Ainda determinou que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) seja comunicada do caso para a adoção de eventuais providências disciplinares.
Resta saber se a OAB concorda com a penalidade.
A medida extrema de bloquear um advogado do sistema do TSE por “abuso do direito de petição” é inusitada. Um caso raro.
Em sua decisão, Benedito Gonçalves diz que Araújo praticou litigância de má-fé, ou seja, acionou a Justiça de forma irresponsável.
O discurso “policiofóbico” de Lula no Rio de Janeiro
Na última quinta-feira (10), num ato deseducado e insensato, Lula criou um desconforto para o Governador Claudio Castro. No palco ainda estava o prefeito nervosinho do Rio, Eduardo Paes. Foi a primeira vez que o pai da lacração se manifesta sobre a violência policial desde os episódios recentes em terras paulistas.
Na verdade, Lula estava comentando a morte de Thiago Menezes Flausino, o menino de 13 anos que veio a óbito na Cidade de Deus.
Lula virou-se para o Governador do Rio e deu as costas para o público para dizer:
“A gente não pode culpar a polícia, mas temos que dizer que um cidadão que atira num menino que já estava caído não estava preparado do ponto de vista psicológico para ser policial”.
Disse ainda:
“É preciso criar condições para que a polícia seja eficaz e pronta para combater o crime. Não estou jogando a culpa em nenhum governador. O governo federal tem que assumir a responsabilidade de ajudar os governadores no combate à violência, porque o crime organizado está tomando conta do país”.
Enfim, a lacração do Lula é sintetizada numa única frase – uma pérola:
“A polícia precisa estar preparada para saber diferenciar o que é um bandido e o que é um pobre que anda na rua”.
Num momento em que o Governador não economiza esforços para combater a criminalidade organizada mais bem armada do Brasil, essa declaração infeliz do presidente se revela mais como um discurso “policiofóbico”, digno daqueles que pretendem enfraquecer ainda mais a atividade policial – um discurso irresponsável – uma narrativa que inverte os fatos e simplesmente ignora outros.
Não fosse o Governador Cláudio Castro e os esforços de toda a classe policial, as polícias do Rio de Janeiro já estariam sendo sucateadas desde que esse novo governo assumiu o país.
Ora Lula, há 16 anos que o seu partido, o Partido das Trevas, governa o Estado da Bahia. Será que o senhor conhece os números da letalidade dos bandidos em confronto com a polícia por aquelas bandas?
Pois então, as polícias da Bahia mataram mais pessoas em confrontos do que todas as forças policiais dos Estados Unidos juntas, no ano de 2022.
Quem está dizendo isso é o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que aponta 1.464 mortos em intervenções das polícias da Bahia em 2022 – e o Mapping Police Violence, dos EUA, que registraram 1.201 pessoas mortas por todas as forças de segurança dos EUA, no mesmo período. Vale registrar que são duas instituições de altíssima confiabilidade, o Fórum Brasileiro de Segurança Pública dispensa comentários e o Mapping Police Violence representa 18 mil corporações policiais, aproximadamente.
Então Lula, será que o policial baiano também não sabe diferenciar um bandido de um pobre trabalhador?
É óbvio que a polícia baiana sabe a diferença entre os dois estereótipos, assim como a polícia carioca também. O problema não está na desqualificação do nosso agente policial, ao contrário, está no poder bélico do crime organizado, cujos soldados do crime enfrentam nossos agentes de segurança com um pesado armamento de guerra altamente sofisticado.
No Rio de Janeiro são realizadas diversas operações policiais simultâneas, diariamente, em diversos pontos da cidade. Na Bahia não é muito diferente disso. São muitos confrontos, muito mais do que em todo os EUA.
A diferença é que nos EUA o policial é reconhecido como herói.
A respeito daquele policial morto em São Paulo, dias antes, por um tiro fatal realizado à longa distância por um atirador do crime organizado, não houve uma palavra de apoio sequer.
Era só um policial.
Enfim, mais uma vez fica registrado que a polícia é a última barreira entre a ordem social e o caos. O povo está fechado com a polícia e a recíproca é verdadeira. Lula tentou constranger o Governador Cláudio Castro, mas o Estado vem fazendo a sua parte. A pergunta que não quer calar é: como que esse arsenal bélico entrou no país?
Se o governo fosse eficaz nas suas fronteiras combatendo o tráfico de armas, o crime organizado não teria todo esse poder bélico e, consequentemente, o embate entre policia e bandidos seria menor, aí sim, gerando uma taxa de letalidade de criminosos bem menor.
Fica a dica, Lula.
NOTÍCIAS BANÂNICAS
FONTE: JBF https://luizberto.com/noticias-bananicas/
AO VIVO: CPI do MST… Chegou a hora de Stédile (veja o vídeo)
A CPI do MST finalmente chegou ao dia “D”.
Nesta terça-feira (15), o líder do MST, João Pedro Stédile irá prestar o seu depoimento sobre as acusações criminosas imputadas ao movimento.
Esbulho possessório, uso de recursos públicos com desvio de finalidade, trabalho escravo e extorsão são alguns crimes com indícios fortíssimos de terem sido cometidos pelo MST em quatro décadas de existência.
Chegou a hora da verdade e Stédile estará frente à frente com a CPI que pode desmascarar de vez toda a sua farsa.
Apresentação: Berenice Leite
Comentários: Emílio Kerber
Veja o vídeo:
Agora querem que réus do 8 de janeiro confessem o que não fizeram
A Procuradoria-Geral da República está analisando uma proposta da OAB para haver acordo com 1.156 réus, daqueles 1.390 que tinham sido presos depois do 8 de janeiro. Que acordo seria esse? A pessoa tem de confessar o crime, tem de ser réu primário e não pode ter antecedentes criminais. Mas como assim, confessar o crime? A pessoa está convicta que não praticou nenhum crime. Segundo a própria PGR, são pessoas que não tiveram participação direta, pessoal, nas invasões: não entraram no Palácio do Planalto, no Supremo, no Congresso Nacional. Então, por que foram presos? Afinal, a Constituição protege a liberdade de expressão, o direito de manifestação, a liberdade de reunião sem armas.
Havendo acordo, e se o ministro Alexandre de Moraes concordar, vai tudo para o arquivo. Eles já são réus, mas o processo acaba. Eu acho que o acordo ainda deve prever que essas pessoas se comprometem a não acionar o Estado brasileiro, pedindo indenização por abuso de autoridade, por prisão indevida. Talvez incluam isso para dar um descanso ao Estado brasileiro. O Supremo está votando as denúncias contra mais 70 investigados; seria um total de 1.360 réus. Parece que o Estado brasileiro está sentindo que foi muito longe, mas não deveria ter ido. Essas pessoas poderiam apenas voltar frustradas para casa, e ponto final. E a PGR e o STF poderiam pegar aqueles que realmente invadiram e promoveram o vandalismo.
Haddad reclama do poder da Câmara dos Deputados
Na segunda-feira o podcast do Reinaldo Azevedo entrevistou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e ele disse que “a Câmara dos Deputados está com um poder muito grande e não pode usar esse poder para humilhar o Senado e o Executivo. Ela está com um poder que nunca vi na minha vida, tem de haver uma moderação, que tem de ser construída”. É o Poder Executivo se queixando da Câmara dos Deputados, e é uma queixa injusta. Em primeiro lugar, porque a Câmara é o poder direto do povo, ali estão os representantes do povo, enquanto no Senado estão os representantes dos estados. O Poder Legislativo é o primeiro dos poderes, segundo a Constituição, e, o mais importante, é o exercício da democracia.
Em segundo lugar, este é um poder que está sem poder, porque a inviolabilidade do mandato já foi tratorada, e o trabalho legislar não está só com o Congresso: o Supremo legisla também, como acabamos de ver, neste julgamento sobre a quantidade que o sujeito pode ter de maconha consigo para não ser preso. Isso deveria caber ao Congresso Nacional, aos representantes do povo. O ministro da Fazenda não está vendo isso. De qualquer forma, ele ligou para o presidente da Câmara, Arthur Lira, para se explicar, dizer que não estava criticando a Câmara. Eu não sei como explicar uma coisa que está tão clara assim.
Ultraliberais e direitistas superaram a esquerda na primária argentina
Não tem como não falarmos da eleição argentina, em que Javier Milei surpreendeu todo mundo. Ele é um ultraliberal, se intitula “anarcocapitalista”. É o povo que não aguenta mais. Interessante, é que em primeiro lugar ficou Milei; em segundo lugar, a direita, com Patricia Bullrich e Horácio Rodríguez; e só em terceiro lugar veio o partido do governo, com Sergio Massa, ministro da Economia, que está com 115% de inflação, com dólar a mais de 600 pesos. Só podia dar nisso a esquerda, o peronismo, o kirchnerismo no poder.
E quando vemos as relações Brasil, Argentina e Mercosul, vemos que haverá uma inversão. Antes era Fernández contra Bolsonaro, um oposto à ideologia do outro. Veio o Lula, Fernández ainda está lá, mas logo vai sair. Entrando Javier Milei, será Lula contra Milei, totalmente contrário às ideias do petista. E o Brasil ficará sozinho no Mercosul, porque nesta terça-feira assume o novo presidente do Paraguai, até o presidente Lula está na posse. Santiago Peña é um jovem de 44 anos, economista, com doutorado em Nova York; é do Partido Colorado, conservador, trabalhou no FMI, é muito parecido com Roberto Campos Neto, nosso presidente do Banco Central. E no Uruguai está Luis Lacalle Pou, então o Brasil ficará sozinho a partir de outubro, quando vier a eleição argentina. Tudo indica que Milei está se encaminhando para uma consolidação, ainda mais se ele conseguir o apoio de Patricia Bullrich, da direita. Vai ter de haver muito entendimento aí.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/alexandre-garcia/oab-pgr-acordo-reus-8-de-janeiro/?#success=true
Esquerda é grande derrotada em primárias argentinas
Há luz no fim do túnel argentino? Talvez a esquerda não tenha conseguido aparelhar o suficiente as instituições a ponto de tornar irrelevante ter eleições, como em outros países vizinhos. Talvez falte ao kirchneerismo ministros poderosos e aliados. Mas o fato é que a turma lulista no país de los hermanos foi a maior derrotada nas primárias deste fim de semana.
O economista libertário Javier Milei, candidato presidencial pela frente “A Liberdade Avança” e o mais votado nas eleições primárias realizadas neste domingo (13) na Argentina, afirmou em discurso festivo para apoiadores após o pleito, que definiu quem vai concorrer à chefia do governo em 22 de outubro, que pretende “dar fim” ao kirchnerismo e ao que chamou de “casta” política do país.
Milei recebeu mais de 30% dos votos em termos nacionais e convocou a população a se unir a essa “verdadeira expressão de mudança” e a uma “nova revolução liberal” que visa acabar com a ala do peronismo representada pelo falecido ex-presidente Néstor Kirchner (2003-2007) e pela atual vice-presidente e também ex-presidente Cristina Kirchner (2007-2015).
“Para que esta seja uma festa completa, quero dizer a esse terço dos argentinos que decidiu que A Liberdade Avança será a expressão que mudará a Argentina que estamos diante do fim do modelo de castas”, bradou o candidato libertário em alusão não apenas ao peronismo, mas também à oposição “Juntos pela Mudança” (de centro-direita e que tem entre seus líderes o ex-presidente Mauricio Macri).
A Argentina vem sofrendo com uma inflação acima de 100% ao ano, e o “reformista” Macri fracassou em reverter o quadro sombrio pintado pela esquerda. Com o lulista Fernandez no poder, a coisa voltou a piorar de forma acelerada. Não obstante, em vez de apontar para a desgraça que o país mergulhou por conta da corrupção e das velhas ideias ultrapassadas da esquerda, nossa imprensa prefere chamar Milei de “extrema direita”.
Para nossos jornalistas, qualquer coisa à direita dos tucanos já é ultraconservador. Milei, no fundo, é um liberal com viés libertário, alguém que defende a redução drástica do estado e seu intervencionismo, a abertura comercial, o direito do indivíduo ter contas em dólares etc. Quem é contra isso tudo quer, no fundo, manter o atual sistema podre e corrupto, em que os indivíduos, cada vez mais pobres, são subjugados pela casta política no poder.
A mídia achava que Milei estava “desidratado”, que não chegaria tão forte assim, pois os jornalistas vivem numa bolha e confundem torcida com análise. Os argentinos cansaram dos esquemas corruptos da esquerda, e temem uma economia cada vez mais destruída. A reação do sistema é dobrar a aposta, falar que vai usar a polícia contra quem fizer transações em dólares no país, uma vez que a fuga para o dólar é questão de sobrevivência. A informalidade é o ar rarefeito que o povo precisa respirar pela asfixia estatal.
Milei, um economista liberal, compreende isso muito bem. Ter o diagnóstico correto não garante, claro, a execução de um plano de mudança, que depende de vários outros fatores. Mas é o primeiro passo. Com um mapa totalmente equivocado da situação, qualquer candidato mais à esquerda vai intensificar os problemas atuais. Resta saber se Milei será mesmo o próximo presidente. A única chance de reverter a tendência nefasta de agora é o país dar uma guinada à direita.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/rodrigo-constantino/esquerda-e-grande-derrotada-em-primarias-argentinas/
Gasolina sobe, diesel dispara e esquerda silencia
A crise de desabastecimento está forçando a Petrobras a cair na realidade e tomar medidas drásticas e inevitáveis.
Abicom e varejistas têm relatado dificuldades de abastecimento, com o desestímulo à importação
O jornalista Cláudio Dantas fez o alerta em suas redes sociais:
“Crise de desabastecimento força Petrobras a cair na real. Gasolina sobe R$ 0,41 por litro nas distribuidoras; diesel dispara R$ 0,78. Silêncio na esquerda.”
Prenúncio de dias horríveis pela frente.
A incômoda e fascinante fé inabalável do bolsonarismo
Se tem uma coisa que incomoda intelequitual (apud Millôr Fernandes) é quando ele está diante de um fenômeno irracional. Ou ainda: de um fenômeno cuja racionalidade ele não compreende – e por isso chama de irracional. De fanatismo. De idiotia. É o caso da fé inabalável de muitas muitas muitas (muitas) pessoas em Jair Bolsonaro. Isso apesar de joias, da inabilidade política e das palavras desastradamente sinceras – para citar uns poucos problemas do ex-presidente.
É que intelectuais, mesmo aqueles que esbravejam contra todas as formas de controle, no fundo se veem como os únicos atores verdadeiramente racionais e livres nessa ou em qualquer outra tragédia. Por outro lado, eles veem políticos e eleitores (o resto) como peças de xadrez dispostas no tabuleiro frio de uma análise política igualmente fria. Como bispos sujeitos apenas aos movimentos que só eles, os intelectuais, determinam. Sendo que, na vida, o cavalo não anda apenas em L, os peões podem, em tese e com autorização do STF, se reunir para pedir a queda do próprio Rei e as torres por vezes desmoronam.
Por isso é que os intelectuais perdem agora a oportunidade de testemunhar, contemplar, estudar e admirar (!) algo que considero, não sem uma boa dose de exagero, fascinante. Assustador, sim, mas fascinante: a fé inabalável de pessoas simples e não tão simples, pobres e não tão pobres, estudadas e não tão estudadas, e boas e não tão boas, em Bolsonaro. Um homem do qual você pode até não gostar e eu tenho birrinha, mas que por algum motivo ainda canaliza esperanças de uma vida melhor. Esperança que não me cabe julgar.
Por que Bolsonaro é essa figura? Esse farol ou flautista de Hamelin? Não tenho a menor ideia e os intelectuais também não – mas não confessam nem se importam. É que investigar o fenômeno dá trabalho. Demanda tempo e paciência para lidar com aqueles que os intelectuais, no conforto de suas proverbiais torres de marfim, veem como inferiores. “Essa gente de mão calejada e que fala ‘pra mim fazê’”, dizem eles com desprezo. Muito mais fácil, portanto, é colocar todos no mesmo balaio da ignorância incurável e do fanatismo, quando não do interesse financeiro mesquinho.
Mas já parou para pensar que a fé inabalável em Jair Bolsonaro, apesar de todos os pesares e da repugnância cínica que aprendemos a nutrir por qualquer espécie de fé, talvez represente uma fé inabalável no outro? Eu já. E por isso digo ainda que talvez a fé inabalável em Jair Bolsonaro seja também a única fé mundana que restou a pessoas desconfiadíssimas de todos os que, no passado, lhes estenderam a mão prometendo mundos e fundos. Mas saíram com os bolsos cheios dos fundos e com o poder maléfico de subjugar os mundos.
A dimensão política do amor
E aqui eu que:
(i) tenho nojinho de nota de rodapé;
(ii) faço cara feia para citações;
(iii) quero matar quem inventou as regras da ABNT;
e (iv) só me considero intelectual na hora de lavar a louça (“Agora não dá, amor. Tô lendo um Kantizinho aqui”),
proponho uma hipótese que jamais será submetida ao escrutínio das ciências humanas corrompidas pela fé inabalada (óh! ironia das ironias!) no próprio intelecto. Mas tudo bem.
É que, em política, me parece que o intelectual geralmente despreza ou rejeita o imensurável papel do amor. Não no sentido erótico, né? Mente poluída, a sua! Tendo por referência “Os Quatro Amores”, de C. S. Lewis, estou pensando sobretudo no afeto e na caridade. O primeiro por um às vezes inconfessável senso de identificação com o ser amado – no caso, Bolsonaro. E caridade porque… Porque sim, ué. Afinal, desde quando caridade tem explicação racional com direito a definição dicionarizada, citação com carimbo do MEC, titulação em pergaminho e bibliografia para impressionar ingênuos?
Daí porque posso até me incomodar, e me incomodo, com o que vejo como idolatria a um político. a um homem cheio de falhas e fraquezas, como todos nós. Mas logo o incômodo passa. Porque prefiro admirar, cheio de curiosidade, uma lealdade política que, sincera e humildemente, não compreendo. Sem falar nessa paisagem interessantíssima que margeia os caminhos que nos trouxeram até aqui: da corrupção do PT até a descristianização da política, passando pelo compartilhamento livre de informações falsas e verdadeiras por meio das redes sociais. Ah, e tem ainda o tédio gerado por uma abundância de tudo (comida, luxo, liberdade) – e da qual muita gente não se dá conta. Mas enfim.
Mas, enfim, só queria dizer mesmo que, com essa postura arrogante e desconectada do amor fraterno que nos une (e nos une mesmo!), e sem jamais levar em conta a caridade que nos torna insuportavelmente humanos, os intelectuais “de direita” acabam por repetir os erros dos seus pares à esquerda. Que se distanciaram das pessoas normais e se recolheram ao papel comicamente insignificante de satisfazer desejos teóricos de militantes que vivem como se suas vidas fossem teses identitárias.
FONTE: GAZETA DO POVO https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/polzonoff/a-incomoda-e-fascinante-fe-inabalavel-do-bolsonarismo/
Apagão nacional: 10 estados e o DF registram falta de energia elétrica
Queda de energia começou por volta das 8h da manhã desta terça-feira
Desde às 8h00 da manhã, diversas cidades em várias regiões do Brasil registram falta de energia elétrica. Há relatos de apagão no Distrito Federal, Piauí, Bahia, Acre, Amapá, Maranhão, Pernambuco, Alagoas, Minas Gerais, Ceará, Santa Catarina e Paraíba.
Concessionárias de energia se manifestaram e responsabilizaram o Sistema Integrado Nacional (SIN).
Até o momento da publicação da reportagem, não houve manifestação do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) ou da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Nas redes sociais, o assunto “apagão” alcançou o topo do termo mais comentado. Há relatos de falta de energia em comércios, universidades e hospitais.
Cotada para Caixa fez a emenda que jogou no lixo a Lei das Estatais
A Caixa Econômica Federal deve ser parte integral do pacotão de cargos que o governo Lula (PT) negocia com o centrão em troca de apoio no Congresso. O banco, presidido por Rita Serrano, vai abrir espaço para acomodar o PP, um dos maiores partidos da Câmara dos Deputados. A candidata mais cotada é Margarete Coelho, diretora de Administração e Finanças do Sebrae, e ex-deputada autora da “emenda Mercadante”, que praticamente revogou a Lei das Estatais para permitir a indicação do petista à presidência do BNDES. A Lei proibia por três anos a nomeação de políticos para cargos de direção, para proteger as empresas e os cofres públicos.
‘Contorno’
A emenda permitiu que o presidente Lula (PT) afrouxasse a quarentena imposta a políticos para presidência ou direção de empresas públicas.
Agradou
Coelho agrada a bancada do PP na Câmara, além do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), colega desde os tempos de Parlamento.
Aliados
No governo, Margarete não deve sofrer resistências. Transita bem até entre governistas, como Marcelo Freixo (PT), hoje chefe da Embratur.
Outro plano
Além da ex-deputada Margarete, o PP considera como opção Danielle Calazans, secretária de Planejamento do Rio Grande do Sul.
Maioria é contra Estado e big techs regularem redes
Pesquisa do Instituto Sivis divulgada na segunda-feira (14) aponta que a maior parte da população brasileira discorda da regulação dupla das redes sociais, tanto pelo Estado, quanto pelas empresas conhecidas como “big techs”: 41,7% se dizem a favor, enquanto 58,3% acreditam que a regulação deve ser feita apenas pelas empresas (17,1%) ou pelo governo (10,4%), ou não deve haver regulação (30,8%). Entre os parlamentares ouvidos, só 29,5% concordam com a regulação dupla.
Um ou outro
Entre membros do Congresso, 21% afirmam que apenas empresas deveriam regular conteúdos; para 2,9%, só o Estado regularia o setor.
Muitos não sabem
Para 29,5% dos parlamentares brasileiros, a regulação das redes sociais não deveria existir e outros 17,1% não sabem ou não responderam.
Percepção
A pesquisa “Percepções sobre Liberdade de Expressão – População e Congresso” ouviu 1.128 brasileiros entre maio e junho deste ano.
Nocivo
O ministro aposentado Marco Aurélio Mello (STF) disse à coluna que decisão do STF sobre indenização imposta a veículo de comunicação por veiculação de entrevista que incomodou o ex-deputado Zarattini Filho (PT-SP), viola a liberdade de expressão e é nociva à “sofrida República”.
Outro olhar
A vitória de Javier Milei nas primárias da eleição presidencial da Argentina chegou a ser defendida por autoridades brasileiras, de políticos do Novo e PL ao União Brasil e MDB etc. Já as manchetes…
Fora, mas…
O Tribunal Regional Eleitoral de Roraima cassou o governador Denarium (PP), que este ano ainda emplacou a esposa no Tribunal de Contas estadual. Mas Denarium fica no cargo até recurso julgado pelo TSE.
Fogo na direita
Para Ricardo Salles (PL-SP), o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, (MDB), tentou cooptar o PL para riscar o deputado da disputa de 2024: “Sabe que se eu concorrer ele não vai nem para o segundo turno”.
Turbulência
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), foi acomodada ao lado da deputada Júlia Zanatta (PL-SC), em voo. Pediu para chamar a Polícia Federal após passageira tirar foto com Zanatta e vociferar críticas ao PT.
Incomoda
O deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS) diz que as trocas de deputados na CPI do MST são manobras do Planalto para “destruir e desmantelar a CPI”. O governo entrou em ação para defender criminosos, diz ele.
Sem nexo
Lulistas tentaram enxertar as joias sauditas presenteadas a Bolsonaro na CPMI do 8 de Janeiro, sem sucesso. O presidente da CPMI, Arthur Maia (União-BA), diz que sequer vai pautar requerimentos sobre o assunto.
Casa do Povo
Em campo para supostamente articular a aprovação do novo fiscal de Lula, Fernando Haddad (Fazenda) criticou a Câmara, que “está com um poder muito grande e ela não pode usar esse poder para humilhar…”, diz.
Pensando bem…
…a Fazenda do ministro não planta nada.
Maioria é contra Estado e big techs regularem redes
“Percepções sobre Liberdade de Expressão” é uma pesquisa nacional
Pesquisa do Instituto Sivis divulgada na segunda-feira (14) aponta que a maior parte da população brasileira discorda da regulação dupla das redes sociais, tanto pelo Estado quanto pelas empresas conhecidas como “big techs”: 41,7% se dizem a favor, enquanto 58,3% acreditam que a regulação deve ser feita apenas pelas empresas (17,1%) ou pelo governo (10,4%), ou não deve haver regulação (30,8%). Entre os parlamentares ouvidos, só 29,5% concordam com a regulação dupla. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
Entre membros do Congresso, 21% afirmam que apenas empresas deveriam regular conteúdos; para 2,9%, só o Estado regularia o setor.
Para 29,5% dos parlamentares brasileiros, a regulação das redes sociais não deveria existir e outros 17,1% não sabem ou não responderam.
A pesquisa “Percepções sobre Liberdade de Expressão – População e Congresso” ouviu 1.128 brasileiros entre maio e junho deste ano.
Marco Aurélio diz que pena do STF a jornal é inibição
Para ele, controle de informação é inaceitável em um Estado Democrático
Ao Diário do Poder, o ministro aposentado e ex-presidente do STF, Marco Aurélio Mello, comentou decisão recente da Suprema Corte, que contraria relatoria assinada por ele em observância à plena proteção constitucional da liberdade de imprensa. Após pedido de vista, o ministro Alexandre de Moraes foi seguido pela maioria do colegiado, que sentenciou um veículo de comunicação a indenizar em R$700 mil, o ex-deputado federal Zarattini Filho (PT-SP), por veiculação de entrevista que atribuía ao parlamentar responsabilidade por atentado ocorrido no aeroporto de Guararapes, em Recife (PE).
Relator do processo iniciado em 2017, o ministro Marco Aurélio disse que baseou seu voto no princípio da autonomia por parte das linhas editoriais. “Eu votei pela independência que tem que haver dos meios de comunicação. Como eu disse no voto, o jornal reproduziu, como tinha que reproduzir, uma entrevista. Agora, se o entrevistado agrediu, no campo da honra, o cidadão, que ele [entrevistado] respondesse. Agora, condenar o jornal é preocupante. Uma condenação dessas implica, acima de tudo, em inibição. A sociedade não quer veículos de comunicação inibidos”, comentou.
Divergente do entendimento adotado pelos colegas, o ex-presidente do Supremo considera que: “o jornal atuou como tinha que atuar. O voto vencedor assentou numa visão, para mim, incorreta”.
Perguntado sobre recorrentes decisões que, aparentemente, conflituam com princípios constitucionais, Mello avalia que: “o cenário não é sadio. Só dá mesmo para sobrepor à uma inverdade a, própria, verdade. Agora, não dá para controlar [a veiculação de informações]. Isso é impensável num Estado Democrático de Direito. Não há clima para uma visão totalitária”, arrematou. Clique aqui e confira a íntegra da tramitação.
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