Um tipo particular de autoproclamado “democrata” ganhou destaque nos últimos dias: aquele que despreza a voz do povo quando ela diz o que tais pessoas não gostariam de ouvir. Assim foram, por exemplo, as reações de formadores de opinião diante do referendo de 4 de setembro no qual os chilenos rejeitaram, por ampla margem, uma Constituição que refletia mais os delírios esquerdistas e pautas identitárias que a opinião da maioria da população. Mas isso foi apenas uma prévia do que estava por vir nas comemorações do bicentenário da Independência do Brasil, em 7 de setembro.
Como o apocalipse golpista profetizado por adversários políticos e jornalistas não se concretizou, restou-lhes criticar aspectos secundários das manifestações que tiveram a presença do presidente da República, Jair Bolsonaro. Ironicamente – ou não –, coube justamente àquele que tais políticos e formadores de opinião descrevem como a encarnação da democracia e da moderação desferir o ataque mais virulento aos brasileiros que foram às ruas no Sete de Setembro. “Foi uma coisa muito engraçada o ato do Bolsonaro. Parecia uma reunião da Ku Klux Klan. Só faltou o capuz. Não tinha negro, não tinha pardo, não tinha pobre, trabalhador”, afirmou o ex-presidente, ex-presidiário, ex-condenado e candidato Lula em comício na cidade fluminense de Nova Iguaçu, no dia 8.
Foi a racistas homicidas que Lula equiparou os milhões de brasileiros presentes às manifestações pacíficas da última quarta-feira – e que certamente incluíram negros, pardos, trabalhadores e pobres
A pretensão lulista de descrever com exatidão os participantes de atos tão multitudinários – e desprezá-los por não se encaixar em determinado perfil – é o de menos. A comparação feita por ele é que salta aos olhos pela agressividade. A Ku Klux Klan é um grupo supremacista branco que, historicamente, não se limitou a defender e promover o racismo nos Estados Unidos; estamos falando, aqui, de verdadeiros assassinos. No auge do grupo, ocorrido em fins do século 19 e início do século 20, a KKK foi responsável por ao menos 4 mil mortes no sul dos EUA, muitas delas com requintes de crueldade, sem falar em outras agressões, inclusive estupros, cometidas tanto contra negros quanto contra brancos que ajudassem ex-escravos ou simpatizassem com a causa dos direitos civis. Foi a racistas homicidas, portanto, que Lula equiparou os milhões de brasileiros presentes às manifestações pacíficas da última quarta-feira – e que certamente incluíram negros, pardos, trabalhadores e pobres.
Para “democratas” da estirpe de Lula, pessoas como os chilenos que disseram “não” à nova Constituição e os brasileiros que apoiam Bolsonaro não são dignas de terem sua voz ouvida, porque não se ajoelham diante de certas pautas ou de certas pessoas. Não são “o povo”, são algo à parte, alienígena… e perigoso, contra quem vale tudo – afinal, há como tolerar racistas homicidas? O Lula que derrama lágrimas por um militante petista assassinado por um apoiador de Bolsonaro, em outro lamentável episódio de violência política, é o mesmo que desumaniza milhões de brasileiros, equiparando-os a abjetos supremacistas brancos, e o mesmo que elogia um ex-vereador de seu partido por ter atirado um empresário na direção de um caminhão em movimento.
Não basta, para um autêntico democrata, apenas condenar a violência política quando ela atinge extremos como os que temos visto ultimamente, consequência desse processo de desumanização do adversário a que nos referimos dois meses atrás, por ocasião da morte do tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu (PR). O verdadeiro democrata compreende e aceita que haja quem pense de forma diferente; o verdadeiro democrata reconhece o valor e a legitimidade da voz do povo nas ruas e nas urnas mesmo quando ela lhe desagrada; pode manifestar sua frustração com o desfecho diferente do desejado, mas jamais desqualificar essa voz como se a democracia só existisse quando é a própria posição que prevalece. Essa desqualificação já é sinal de um grave déficit democrático, mas a doença se revela ainda mais séria quando vem acompanhada de tentativas de transformar em párias ou criminosos quem pensa de forma diferente, como acaba de fazer Lula.
FONTE: Gazeta do Povo https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/lula-ku-klux-klan/
Advogados apresentam notícia-crime contra Lula por associar 7 de Setembro à Ku Klux Klan
Um grupo de 63 advogados do Movimento Direita Brasil apresentou, neste sábado (10/9), uma notícia-crime à Zona Eleitoral de Nova Iguaçu no Rio de Janeiro contra o candidato e ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em virtude de uma fala do petista associando as manifestações de 7 de Setembro à Ku Klux Klan, movimento racista e antissemita criado nos EUA.
A ação é contra a fala de Lula proferida, no dia 8 de setembro, em um comício em Nova Iguaçu (RJ): “Foi uma coisa muito engraçada o ato do Bolsonaro. Parecia uma reunião da Ku Klux Klan. Só faltou o capuz. Não tinha negro, não tinha pardo, não tinha pobre, trabalhador”.
Segundo os advogados, a fala do candidato se enquadra nos crimes tipificados nos artigos 323 e 325, do Código Eleitoral (Lei nº 4.737/65), bem como viola artigo 20, §2º do Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos (PIDCP).
“Será proibida por lei qualquer apologia ao ódio nacional, racial ou religioso, que constitua incitamento à discriminação, à hostilidade ou à violência”, prevê o artigo do PIDCP.
No documento obtido pela Gazeta do Povo, o grupo destacou que os comentários de Lula foram “ofensas de proporções inimagináveis, covardes com intuito de fomentar o ataque aos valores patrióticos e desestabilizar o processo eleitoral com discurso de ódio, comparando o povo do seu País ao grupo radical”.
Os advogados alegaram ainda que a fala de Lula cria “uma verdadeira separação de povos” ao afirmar que “quem vota pela reeleição de Bolsonaro é branco e da elite e quem vota no candidato Luiz Inácio Lula da Silva é o preto e pobre”.
Bolsonaro acionou TSE contra Lula
A coordenação jurídica do presidente Jair Bolsonaro (PL) entrou com representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que a campanha de Lula (PT) remova das redes sociais vídeos em que o petista compara os atos de 7 de setembro pró-Bolsonaro com uma reunião da Ku Klux Klan (KKK).
A defesa de Bolsonaro alega que Lula extrapolou o “palco da crítica política” ao comparar “um evento cívico-democrático, em que se comemorava, ordeiramente, o Bicentenário da Independência do Brasil, a uma reunião de um dos movimentos mais reprováveis da história da humanidade que, sob ideais reacionários e extremistas, defendeu ideologias como a supremacia branca, o nacionalismo branco e a anti-imigração.”
FONTE: Gazeta do Povo https://www.gazetadopovo.com.br/eleicoes/2022/advogados-apresentam-noticia-crime-contra-lula-por-associar-7-de-setembro-a-ku-klux-klan/
Brasil inova com manipulação genética para criar soja mais nutritiva
Um parecer da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), do início deste mês, reconheceu como não transgênica uma soja que sofreu edição genômica para desativar alguns fatores antinutricionais, tornando o grão mais digerível e nutritivo tanto para seres humanos como para frangos e suínos. Mais do que mera decisão protocolar, o posicionamento consolida uma visão mais moderna da regulamentação das pesquisas genéticas no País, com reflexo direto na velocidade com que os avanços chegam à campo.
“A biossegurança está preservada. Mas por não ser considerada transgênica, essa soja não precisa passar por um complexo processo de regulamentação que encarece muito a biotecnologia na agricultura. Por outro lado, se fosse por um programa clássico de melhoramento, eu teria que cruzar variedades por uns dez anos para conseguir esse atributo. Agora, com essa técnica que ganhou o Prêmio Nobel em 2020, eu simplesmente pego esse gene e coloco na minha variedade mais produtiva”, comemora Alexandre Nepomuceno, chefe-geral da Embrapa Soja, em Londrina (PR).
A técnica de edição gênica mencionada por Nepomuceno se chama Crispr (Repetições Palindrômicas Curtas Agrupadas e Regularmente Interespaçadas) e foi aprimorada pelas cientistas Emanuelle Charpentier, francesa, e Jennifer Doudna, americana. No caso brasileiro, utilizando uma espécie de tesourinha para cortar a fita do DNA, os pesquisadores conseguiram desativar o fator antinutricional da lectina em uma cultivar de soja altamente produtiva. Até aqui, para desativá-la, era feito um processamento térmico que encarecia os custos de produção. O que a CTNBio fez foi declarar se esse grão editado deveria ser considerado transgênico ou convencional.
Processo imita o que já acontece na natureza
Desde 2018, uma resolução normativa da CTNBio estabelece critérios para consultas envolvendo as chamadas “Técnicas Inovadoras de Melhoramentos de Precisão”, onde se encaixa a edição genética pela ferramenta Crispr. Até aqui, a CTNBio ainda não havia sido provocada a se manifestar sobre nenhuma técnica envolvendo a soja, principal commodity agrícola do País.
Ao decidir que não há transgenia, e, portanto, o grão é convencional, a CTNBio age em linha com agências reguladoras de vários outros países, como Austrália, Japão, China e todas as Américas, com exceção da Venezuela e Bolívia. “No caso dos transgênicos, tem outra espécie colocada na soja e no milho. Nas plantas editadas, você manipula o DNA da própria espécie e imita o que já acontece na natureza, seja por acaso ou por meio do melhoramento clássico”, pontua Nepomuceno. Essa legislação mais assertiva, segundo o pesquisador, favorece a democratização do uso da biotecnologia na agricultura, abrindo espaço para atuação de pequenas e médias empresas nas pesquisas para agregar valor ao agronegócio.
Quem também vê novos horizontes com as decisões recentes da CTNBio é o pesquisador Luiz Sergio Almeida Camargo, da Embrapa Gado de Leite, de Juiz de Fora (MG). Antes do parecer sobre a soja, a CTNBio já havia entendido como não transgênico o processo de edição genômica para bloquear a expressão de um gene da miostatina em bovinos. Com o gene dessa proteína suprimido, há um desenvolvimento duplicado da musculatura, resultando em animais “bombados”, com maior rendimento de carne.
No ano passado, os cientistas brasileiros da Embrapa Agroenergia já haviam conseguido licença para tocar adiante as variedades de cana Flex I e Flex II, que tiveram genes silenciados para resultar em menor rigidez da parede celular da planta e maior concentração de sacarose, respectivamente. A CTNBio também já deu sinal verde a uma tilápia da empresa americana AquaBounty editada geneticamente para render 20% mais de filé.
Decisão é incentivo para financiamentos às pesquisas
“É uma nova perspectiva porque a CTNBio sinaliza que deve seguir essa mesma linha, desde que eu prove que não coloquei nenhum gene de fora e não estou causando nenhum mal ao animal, que é uma coisa que já existe na natureza. Você vai fazer uma pesquisa e vê perspectiva de que ela venha a ser usada”, diz Camargo. Ele destaca ainda um benefício adicional, que é o incentivo para investir nessas pesquisas, porque o criador terá mais segurança de que a tecnologia de ponta não esbarrará num complexo sistema de licenciamento.
Ainda que haja menos entraves regulatórios para expansão da técnica do Crispr, os resultados não são imediatos. Permanece o ritual científico de testes e retestes em laboratório antes de levar os experimentos a campo, em diferentes regiões, para confirmar a obtenção dos efeitos esperados. Mesmo assim, vários anos de espera e milhões de reais devem ser economizados.
Promissora no setor produtivo de plantas, animais e microrganismos, a edição de genomas é esperança também na busca da cura de doenças genéticas e do câncer em humanos. Das 50 mil mutações genéticas associadas a doenças, 32 mil são passíveis de edição. No Brasil, a manipulação de células-tronco embrionárias é regulamentada pela Lei de Biossegurança, e só permite o uso dessas células para fins de pesquisa ou terapia, desde que elas sejam inviáveis e obtidas por fertilização in vitro.
Tecnologia Crispr não deve “aposentar” transgênicos
Seria a edição genômica uma tecnologia substituta para a transgenia? Nepomuceno diz que não. “Tem coisa que não vamos conseguir fazer com a edição gênica. E aí o transgênico vai continuar sendo importante, mas vai ficar na mão de meia dúzia de empresas que têm dinheiro para pagar a regulamentação absurda que é. Características complexas, como a própria produtividade e a tolerância à seca, talvez a gente não consiga com o Crispr. Nós estamos tentando acertar um gene que afeta vários outros genes ao mesmo tempo. Se funcionar, estamos feitos. A ciência é assim”.
Em relação aos transgênicos, o chefe-geral da Embrapa Soja é crítico da regulamentação restritiva adotada em alguns países, inclusive o Brasil. Depois de 20 anos de transgenia nas lavouras, não há registro científico de que os OGMs tenham causado mal à saúde humana. Os ganhos são evidentes. O milho Bt, resistente a pragas de difícil manejo, aposentou o uso de inseticidas. A soja resistente ao glifosato evita igualmente a necessidade de múltiplas aplicações de herbicidas.
Mesmo assim, o processo regulatório de registro e licenciamento se mantém complexo e chega a custar 100 milhões de dólares por variedade transgênica. Isso acaba restringindo a tecnologia a poucos players e a grandes culturas comerciais, limitando outros potenciais benefícios à população. E os royalties ficam para poucas empresas, geralmente multinacionais.
Transgenia tem conquistas que não avançam devido a regras severas
“Nós fizemos muitas coisas bacanas em transgenia na Embrapa, não só em commodities. Mas essa polêmica, na prática, fez om que ninguém investisse em biotecnologia em outras espécies que não commodities. Você não vê transgenia em maçã, em uva, em alface, onde poderia usar essa tecnologia para agregar valor. Nós tínhamos um projeto na Embrapa de uma alface com mais ácido fólico, que talvez nunca vá para o mercado por que é transgênica. Mas as pessoas se esquecem que os transgênicos estão entre nós desde antes de entrarem na agricultura. A insulina, desde o final da década de 70, o hormônio humano de crescimento, as vacinas, as bolinhas azuis do sabão em pó”, destaca Nepomuceno.
A adoção dos transgênicos nas lavouras brasileiras, no final dos anos 90, foi atrasada por posicionamentos político-ideológicos como os do governo do Paraná, à época comandado por Roberto Requião, que chegou a proibir o cultivo dos OGMs no estado e mesmo a exportação pelo Porto de Paranaguá. Atualmente, os transgênicos respondem por 95% da área cultivada com soja e mais de 90% do milho e algodão brasileiros.
Reconhecendo a importância dos transgênicos, o presidente da CTNBio, Paulo Augusto Vianna Barroso, pondera que ainda é necessário uma série de avaliações “para verificar se o que foi modificado não pode resultar em organismos que possam gerar danos ao meio ambiente, à saúde humana e à saúde ambiental”.
Para CTNBio, riscos da edição genômica se equiparam aos do melhoramento clássico
Quanto às técnicas de edição genômica, os riscos, diz Barroso, são de mesma monta dos riscos gerados pelo melhoramento genético convencional. “O que CTNBio fez foi ajustar as suas avaliações ao risco potencial do tipo de manipulação. Não deixamos de fazer avaliações criteriosas sobre o organismo editado. Essas avaliações incluem a espécie, o tipo de alteração, a técnica utilizada, o uso pretendido, o resultado obtido e detalhes bastante aprofundados sobre a alteração da sequência do DNA. Caso se verifique que o organismo cumpre todos os requisitos que o tornem passível de ser obtido por técnicas clássicas de melhoramento, a CTNBio autoriza que o organismo editado possa seguir no processo de avaliação de segurança e efetividade usando os mesmos critérios estabelecidos por outras instituições do governo para organismos convencionais”.
Barroso reforça que normas similares às brasileiras para edição gênica “já foram adotadas por dezenas países, incluindo Japão, EUA, Canadá e Austrália”. “Até que a CTNBio dê seu parecer se esse organismo tem risco similar ou não aos organismos convencionais, todo o processo de manipulação deve ser realizado seguindo estritamente as normas da CTNBio para OGMs”, acrescenta.
FONTE: Gazeta do Povo https://www.gazetadopovo.com.br/agronegocio/soja-crispr-brasil-consolida-nova-visao-de-pesquisas-geneticas/
Ministro do TSE proíbe Bolsonaro de usar imagens do 7 de setembro em propaganda eleitoral
Após um pedido da Coligação do candidato e ex-presidente Lula, encaminhada neste sábado (10/9), o ministro Benedito Gonçalves, do Tribunal Superior Eleitoral, proibiu o presidente da República, Jair Bolsonaro, de promover ou usar qualquer material gráfico, fotografias ou vídeos do desfile de 7 de setembro na campanha eleitoral. A decisão vale para os atos que ocorreram em Brasília e no Rio de Janeiro e ainda será submetida ao plenário do TSE.
O ministro mencionou que as imagens feitas pela TV Brasil de Bolsonaro no desfile em carro aberto, e depois, na tribuna de honra, “foram realizadas com recursos públicos e está sendo explorada para a produção de material de campanha”.
Segundo Gonçalves, “o caráter oficial do evento exige de qualquer agente público ou político redobrada cautela para que não descambe em propaganda eleitoral antecipada”.
O magistrado determinou à TV Brasil que exclua três trechos da transmissão disponível no Youtube em 24 horas e estabeleceu pena diária de R$ 10 mil à emissora e ao PL em caso de uso das imagens em qualquer rede. Enquanto não for realizada a edição, o ministro determinou que o vídeo que já conta com mais de 400 mil visualizações saia do ar.
Na decisão, Gonçalves mencionou que no vídeo publicado “a festividade do Bicentenário da Independência é deixada de lado, enquanto Bolsonaro faz uma defesa veemente de seu governo e, enfatizando uma de suas principais pautas de campanha, conclama os espectadores a lutar por sua liberdade, que estaria “em jogo” juntamente com “o futuro”.
“A jurisprudência do TSE orienta que, em prestígio à igualdade de condições entre as candidaturas, a captura de imagens de bens públicos, para serem utilizadas na propaganda, deve se ater aos espaços que sejam acessíveis a todas às pessoas, vedando-se que os agentes públicos se beneficiem da prerrogativa de adentrar outros locais, em razão do cargo, e lá realizar gravações”, explicou o magistrado.
O ministro enviou a decisão para ser discutida no plenário do TSE.
Imagens na campanha
As imagens do desfile de 7 de setembro já foram usadas em alguns comerciais, inserções e vídeos de redes sociais na campanha à reeleição de Bolsonaro. No Youtube, consta um vídeo do presidente publicado neste sábado (10/9) comparando as manifestações na época do PT e a atual manifestação do 7 de setembro com a frase “hoje temos um novo Brasil sendo construído”.
No vídeo, aparece o presidente discursando após o desfile cívico e falando: “Hoje vocês tem um presidente que acredita em Deus, que defende a família, somos uma pátria majoritariamente cristã, que não quer a legalização das drogas e do aborto, que não admite a ideologia de gênero e deve a lealdade ao seu povo”.
Mais ações contra o ato de 7 de setembro
Na última sexta-feira (9), o ministro Benedito Gonçalves atendeu um pedido protocolado pelo PDT por supostos abusos de poder econômico e político em razão do 7 de setembro e abriu uma investigação para apurar a conduta do presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu vice Walter Braga Netto.
“Em primeira análise, a petição inicial preenche os requisitos de admissibilidade”, afirmou Gonçalves, que é corregedor-geral eleitoral. O PDT pediu que o TSE declare a inelegibilidade de Bolsonaro e Braga Netto para essas eleições e nos próximos oito anos.
Além da ação na Corte eleitoral, Bolsonaro também é alvo de um pedido de investigação pelos atos de 7 de Setembro no Supremo Tribunal Federal (STF). O relator, ministro Ricardo Lewandowski, encaminhou o pedido para análise da Procuradoria-Geral da República (PGR), como é de praxe. Cabe à PGR analisar se há indício para abrir uma investigação.
FONTE: Gazeta do Povo https://www.gazetadopovo.com.br/eleicoes/2022/ministro-do-tse-proibe-bolsonaro-de-usar-imagens-do-7-de-setembro-em-propaganda-eleitoral/
Edimburgo recebe cerimônia e exposição do caixão de Elizabeth II
Após seis horas de viagem com paradas para a admiração do público, desde o Castelo de Balmoral, onde Elizabeth II faleceu na última quinta-feira (8), o caixão da rainha chegou à capital da Escócia, Edimburgo. Uma semana de despedidas começa com um cortejo guiado pelo rei Charles III nesta segunda-feira (12).
O corpo da rainha se encontra no Palácio de Holyrood, onde Elizabeth costumava passar o início do verão. No começo da tarde, o caixão será levado à Catedral de Santo Egídio, onde ficará por 24 horas.
Uma cerimônia religiosa será feita na catedral. A coroa da Escócia, de ouro maciço, será colocada sobre o caixão, conforme prevê o plano dos eventos que sucedem a morte da monarca.
Em seguida, Charles III deverá receber a primeira-ministra escocesa, Nicola Sturgeon, para uma reunião oficial. No começo da noite, a família real iniciará um velório.
Na terça-feira (13), o corpo da rainha será levado de avião para Londres, onde ficará por mais 24 horas. Em seguida, será levado para o Castelo de Westminster, para mais um velório de cinco dias, onde são esperadas autoridades de diferentes partes do mundo.
FONTE: Gazeta do Povo https://www.gazetadopovo.com.br/mundo/edimburgo-recebe-cerimonia-e-exposicao-do-caixao-de-elizabeth-ii/
LULA, O AGRO FASCISTA E A PALHAÇADA DO ARROZ ORGÂNICO
Ninguém precisa de mais nenhuma informação para saber que Lula seria o pior presidente possível para o Brasil, nas atuais e provavelmente em quaisquer circunstâncias; o pior de todos os que estão concorrendo nas eleições de outubro e pior do que ele próprio já foi, com certeza, quando ficou por lá durante oito anos. Cada dia de campanha faz com que Lula piore – é só o homem falar, sobre praticamente qualquer assunto, para ficar provado que o projeto de país que existe hoje em sua cabeça é a mais completa coleção de propostas condenadas a dar errado, ou malignas, ou simplesmente cretinas, que um candidato jamais apresentou numa disputa eleitoral pela presidência da República.
É uma coisa impressionante. Tudo o que Lula promete fazer é contrário aos interesses da maioria, ou já foi experimentado e acabou em fracasso, ou é mentira; não sobra nada. Pior que tudo, porém, parece ser a sua paixão cada vez mais descontrolada pelo absurdo puro, simples e enfurecido. O que estaria acontecendo com ele? O último alvo de sua ira é o agronegócio brasileiro – e aí, por mais informação que já se tenha sobre a desgraça anunciada que são os seus planos gerais para o Brasil, vale a pena pensar mais um pouco. Lula acaba de dizer que o agronegócio é “fascista” e “direitista” e, portanto, um inimigo a ser destruído neste país. Isso mesmo: o agro, hoje o setor de maior sucesso na economia brasileira, é “fascista”. Coloca-se, então, a pergunta básica: Lula é ainda pior do que você pensa?
O candidato do PT não apenas disse isso, mas quis provar que tinha razão; apresentou, aí, fatos, números e raciocínios que achou serem coerentes, para demostrar o papel a seu ver essencial que o MST tem para a prosperidade da agricultura brasileira. Ele sim, o MST, é o futuro do nosso campo – e não os produtores rurais fascistas que transformaram o Brasil no segundo ou terceiro maior fornecedor de alimentos do mundo. Aconteceu, é claro, o que sempre acontece quando o sujeito diz uma estupidez e decide se exibir como quem sabe o que está falando – sobra apenas a estupidez. Em sua denúncia contra o “fascismo” do agro, que segundo ele destrói o meio ambiente e envenena a população com “agrotóxicos”, Lula disse que a solução é o MST que, ao mesmo tempo, produz alimentos, protege a natureza e cuida da saúde do povo.
A prova, segundo ele, é a produção de arroz orgânico colhida pelo MST em sua última safra nas terras que invadiu: 12.000 toneladas. O ex-presidente achou que isso é um feito monumental – “uma coisa extraordinária”, nas suas exatas palavras. No mundo dos fatos, porém, essas 12.000 toneladas não significam absolutamente nada. São, na verdade, um certificado do miserável fracasso do MST como produtor de alimentos. É extremamente simples. O Brasil produziu, na mesma safra, entre 10 e 11 milhões de toneladas de arroz – ou seja, não longe de mil vezes mais. Que diabo você vai fazer com 12.000? Não dá para alimentar o Brasil, que consome mais de 30.000 toneladas de arroz por dia, nem por 12 horas, calculou a Gazeta do Povo. E isso: você se levanta amanhã para trabalhar e ao voltar para a cama, à noite, o país terá comido o dobro de todo o arroz orgânico que o MST produziu durante um ano inteiro.
São essas as soluções de Lula para o nosso país; ele, que fala sem parar que vai salvar o Brasil “da fome”, está propondo, na prática, criar por aqui a maior fome que o mundo já conheceu desde que o faraó foi punido por Deus com as dez pragas do Egito. O fato é que ele não tem a menor ideia do que diz; se quisesse provar que o MST é uma calamidade na hora de alimentar o povo brasileiro, não conseguiria nada melhor do que essa história do arroz orgânico. A declaração sobre essa “coisa extraordinária”, muito a propósito, foi feita na “sabatina” da Rede Globo em que Lula foi homenageado com a revelação de que “não deve nada à justiça” – essa sim, uma coisa tão extraordinária que acabou saindo dali direto para o programa de propaganda eleitoral do PT.
Ninguém se lembrou, naturalmente, de pedir ao candidato a menor explicação sobre o número fenomenal que havia acabado de revelar ao mundo; os apresentadores da “sabatina” ouviram o anúncio das 12.000 toneladas de arroz orgânico com a mesma cara de incompreensão opaca com que se ouve a exposição de um teorema de álgebra polinomial. Já os devotos mais excitados da candidatura Lula ficaram fora de si diante das primeiras observações de que o arroz orgânico de Lula é apenas mais uma explosão nuclear da sua ignorância ilimitada, pretensiosa e invasiva – e que aparentemente piora com a passagem do tempo. “É arroz orgânico, e não o arroz comercial produzido pelo agro”, exclamaram com a mesma agitação irada do candidato. “Não se pode comparar as duas coisas quando se fala em produção.” Querem comparar com o que, então? Arroz é comida, orgânico ou não orgânico; serve exatamente para a mesma finalidade – ir para a panela. O problema com o arroz do MST não é ser orgânico. É ser pouco. No mundo das realidades, a safra colossal de Lula é uma miséria – um punhadinho de grãos que não vai encher barriga de ninguém.
O agro “fascista” e o arroz orgânico do MST são a prova mais recente do Lula que existe de verdade – não o ídolo oculto da “Carta aos Brasileiros”, dos banqueiros de esquerda e do consórcio de veículos antigoverno, mas um poço de rancor contra tudo o que dá certo e que não é dele, nem do “Estado”, o deus do qual agora está falando sem parar. A sua agressão aos agricultores e aos pecuaristas brasileiros, na verdade, revela quem é o verdadeiro vira-lata da política brasileira – é ele mesmo, e não os que acusa o tempo inteiro de ficarem embasbacados com o julgamento do Brasil pelos estrangeiros.
É Lula, hoje, o primeiro a ficar de joelhos e dizer “sim, meu senhor”, quando um holandês qualquer diz que a Amazônia está pegando fogo, ou que o produtor brasileiro envenena com “agrotóxicos” tudo o que produz, da soja à goiabada de tacho. É ele o primeiro a tomar como a santa palavra de Deus Nosso Senhor Jesus Cristo qualquer bobagem dita pelo sub-do-sub-do-sub-do-sub de qualquer organização internacional idiota que lhe passa pela frente, a qualquer hora do dia ou da noite. É ele o primeiro a ficar contra o Brasil, automaticamente, quando ONGs, governos, empresas, “cientistas” e desocupados estrangeiros atacam os produtores rurais do seu próprio país.
O Brasil, quando se vai aos fatos concretos, reduziu em 25% o total de seus incêndios e queimadas nos dois últimos anos; não é discurso, são dados da NASA, obtidos pelo satélite AQUA M-T e usados internacionalmente para monitorar focos de fogo. Quem está com problemas dramáticos, neste preciso momento, não é o Brasil. É a Europa, e especialmente a França — justo a França, onde o presidente diz que a floresta brasileira “está em chamas”, e que é preciso “internacionalizar” a Amazônia. De janeiro para cá foram queimados 700.000 hectares de florestas na Europa; é o pior número desde 2006, segundo o sistema europeu de monitoramento de incêndios florestais, o EFFIS. Na França a destruição é a pior em quase 20 anos; calcula-se que os incêndios franceses causaram a emissão de 1 milhão de toneladas de carbono, o equivalente à poluição de quase 800.000 veículos.
Mais: os incêndios na Europa estão causando mortes, evacuação de casas, intoxicação respiratória e problemas dentro das cidades – que ficam perto das florestas queimadas. Outra coisa: dos 280 ingredientes ativos que estão presentes nos defensivos agrícolas utilizados hoje no Brasil, a maioria é empregada também nas lavouras dos Estados Unidos, Canadá, Austrália e Japão. Onde está, então, a “comida envenenada” que esses fascistas produzem? “A legislação ambiental brasileira é exemplar”, diz, enfim, o embaixador da União Europeia no Brasil, Ignacio Ybáñez. Tudo isso é o contrário, exatamente, do que Lula está dizendo sobre o agronegócio brasileiro; ele e a verdade, como acontece praticamente o tempo todo, estão em lados opostos.
A ira de Lula contra o agronegócio não tem nada a ver com a preservação da natureza. Ele detesta o agro não por causa das florestas, dos índios e do mico-leão-dourado, mas porque o agro é um sucesso que transformou o Brasil em superpotência agrícola – e provou que o capitalismo, e não a “reforma agrária”, é o único sistema capaz de levar o progresso, a geração de renda e o avanço social para o campo brasileiro. Isso Lula não perdoa, nem admite – e por isso parte para as acusações de “fascismo” e outras alucinações. Obviamente, ninguém à sua volta vai lhe dizer uma palavra sobre o assunto; Lula é cercado pela mais espetacular coleção de puxa-sacos jamais formada em torno de um político brasileiro, e a única reação que obtém no seu círculo íntimo é a obediência. Se mudar de conversa, ao longo da campanha, é porque ele próprio chegou à conclusão que a mudança lhe interessa. Pode ser que aconteça. Mas o que falou não pode mais ser apagado.
FONTE: Jornal da Besta Fubana https://luizberto.com/lula-o-agro-fascista-e-a-palhacada-do-arroz-organico/
Câmara recebe projetos sobre aumento nos salários para STF, MPU e DPU
A Câmara dos Deputados vai analisar os projetos de lei sobre os reajustes salariais para os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), para os servidores da Corte, dos servidores do Ministério Público da União (MPU), do procurador-geral da República, e também dos membros Defensoria Pública da União (DPU). Os cinco projetos trazem o pedido de aumento de 18% e preveem que o pagamento será feito em quatro parcelas entre 2023 e 2024. As proposições foram apresentadas na quinta-feira (8) e agora vão tramitar pelas comissões da Câmara.
Se o reajuste for aprovado pelo Congresso e sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), o subsídio dos ministros do STF passará de R$ 39.293,32 por mês para R$ 46.366,19. O salário do procurador-geral da República – que chefia o MPU – será o mesmo do que o de um integrante do Supremo. Já o vencimento do defensor público-geral federal – número 1 na hierarquia da DPU – passará de R$ 34.694,99 para R$ 40.940,09.
Os exemplos citados são dos subsídios para os postos mais altos dos respectivos órgãos. Mas, como mencionado, também foi pedido reajuste de 18% nos respectivos salários dos servidores do STF, MPU e DPU.
Além desses, os deputados também vão analisar o projeto sobre o reajuste para os servidores do Tribunal de Contas da União (TCU). O pedido feito em maio foi de aumento de 13,5%.
Os projetos informam que os reajustes têm o objetivo de repor as perdas com a inflação desde o último aumento de cada categoria.
FONTE: Gazeta do Povo https://www.gazetadopovo.com.br/republica/camara-recebe-projetos-sobre-aumento-nos-salarios-para-stf-mpu-e-dpu/
Ao pedir proibição de imagens de 7/9, coligação do PT confirma sucesso dos eventos
Na última sexta-feira (9), estive almoçando com o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno. Ele me disse que ainda não havia sido tomada a decisão de o presidente Jair Bolsonaro (PL) interromper a campanha para ir aos funerais da rainha Elizabeth II. Agora está decidido: ele vai.
Aliás, a campanha de Bolsonaro teve neste sábado (10) uma proibição, por parte de um ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que, atendendo a um pedido da coligação formada por PT, PV, PCdoB, PSOL, REDE, PSB, Solidariedade, Avante, Agir e Pros, suspendeu uma propaganda que usava imagens daquele oceano de gente nos eventos do dia 7 de setembro.
Interessante que toda aquela gente foi para a rua no Brasil inteiro por convocação do presidente Bolsonaro. Ou seja, o mérito é dele, mas não pode mostrar. Acontece que a propaganda que não entrou parece estar bombando nas redes sociais – tem uma parte linda em que aparecem crianças dizendo “vote em mim”.
Claro que, com esse pedido ao TSE, a coligação adversária passa recibo do sucesso do dia 7. Está reconhecendo que foi muito grande e que, por isso, está pedindo para proibir. O PL, que é o partido de Bolsonaro, não iria proibir se quisessem mostrar qualquer tipo de manifestação pública da outra coligação. Aliás, eu acho que até deveriam mostrar o povo que estava nos comícios em Taboão da Serra (SP), em Nova Iguaçu (RJ), que foram bem diferentes do 7 de setembro.
Piso da enfermagem nas mãos do STF
Eu queria falar um pouco sobre a lei que instituiu um piso salarial para a enfermagem. No Congresso Nacional, para se aprovar um projeto, o texto passa por comissões, estuda-se, faz audiências públicas, ouvem-se as partes, são feitos cálculos, em que são verificados os recursos disponíveis para isso. Depois, a matéria vai a plenário da Câmara e do Senado. Se a redação muda em uma Casa, volta de novo para a anterior. E, após muita discussão, se por fim é aprovado, o projeto vai para o presidente da República, que, por sua vez, pode sancionar, vetar integralmente ou vetar partes.
O presidente sancionou o piso da enfermagem, que foi publicado em Diário Oficial e entrou em vigor. Mas aí, a confederação dos hospitais entra no Supremo Tribunal Federal (STF), cai nas mãos do ministro Luiz Roberto Barroso, e o ministro suspende a lei bem no dia do pagamento da folha. Seriam R$ 4.750 para enfermeiros, 70% desse valor para técnicos de enfermagem e 50% para auxiliares.
Agora o caso foi para o plenário do Supremo, e a votação está em 5×2 – os dois votos a favor dos enfermeiros são de André Mendonça e Kassio Nunes Marques. Vamos ver no que é que pode dar isso, mas eu acho o seguinte: um homem, ou onze, não pode derrubar decisões que foram tomadas por 81 senadores, 513 deputados e um presidente da República com 58 milhões de votos. Ainda mais porque nenhum dos ministros do Supremo teve voto. Nenhum tem representação popular direta. Contrariou a Constituição? Não, porque passou pela Comissão de Constituição e Justiça para se verificar isso. Então para mim é incompreensível o que está acontecendo.
Não acredito mais em pesquisas eleitorais
Para encerrar, vou contar o que fiz nas eleições de 2018. Mais ou menos nessa época, 30 dias antes das eleições, eu anotei todos os resultados de pesquisas eleitorais. É por isso que eu não acredito mais em pesquisa. Não vão me tapear pela segunda vez. Tem uma dezena de agências fazendo pesquisa, e os resultados estão semelhantes àqueles de 2018.
Não vejo por que alguém vá se valer de pesquisa para decidir o voto, ainda mais em uma eleição em que os dois principais candidatos são muito conhecidos. Acho que nunca nesse país foi tão fácil escolher, porque um deles foi presidente por oito anos e mandou na presidência por mais seis, totalizando 14 anos. E o outro, no dia da eleição, vai ter três anos e nove meses de presidente. Então está muito fácil escolher, porque é bem conhecido o que já fizeram os dois principais candidatos.
FONTE: Gazeta do Povo https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/alexandre-garcia/ao-pedir-proibicao-de-imagens-de-7-9-coligacao-do-pt-confirma-sucesso-dos-eventos/
Ministra Rosa Weber toma posse na Presidência do STF nesta segunda
Cerimônia tem início às 17h e terá transmissão em tempo real pela TV Justiça e pelo canal do STF no YouTube
A ministra Rosa Weber assumirá na próxima segunda-feira (12), às 17h, a Presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ela é a terceira mulher a ocupar o mais alto posto do Poder Judiciário brasileiro, depois das ministras Ellen Gracie (aposentada) e Cármen Lúcia. O ministro Luís Roberto Barroso será empossado como vice-presidente.
Gaúcha de Porto Alegre (RS), a ministra Rosa Weber ingressou na magistratura em 1976, como juíza do Trabalho substituta, e chega ao cargo de presidente do STF e do CNJ após 46 anos de magistratura. Ao ser eleita, a ministra afirmou que pretende desempenhar a função com serenidade e apoio dos demais ministros, sempre na defesa da integridade e da soberania da Constituição e do regime democrático.
Carreira
Rosa Weber graduou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em 1971. Foi juíza do trabalho de 1976 a 1991 e integrou o Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS) de 1991 a 2006. Presidiu o TRT-4 no biênio de 2001 a 2003. De 2006 a 2011, exerceu o cargo de ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST), até ser nomeada para o STF, sendo empossada em 19/12/2011. Ela presidiu o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de 2018 a 2020 e é autora de diversos artigos.
Vice-presidente
O ministro Luís Roberto Barroso, que assumirá a vice-presidência do STF, é natural de Vassouras (RJ). É doutor em Direito Público pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e professor titular de Direito Constitucional na mesma universidade. Foi também procurador do Estado do Rio de Janeiro. O ministro integra o Supremo Tribunal Federal (STF) desde 26/6/2013.
Transmissão ao vivo
A sessão solene de posse no STF terá transmissão ao vivo pela TV Justiça, Rádio Justiça e pelo canal do STF no YouTube. (Com informações da Comunicação do STF)
FONTE: Diário do Poder https://diariodopoder.com.br/justica/ministra-rosa-weber-toma-posse-na-presidencia-do-stf-nesta-segunda
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