O ministro Luís Roberto Barroso, em mais um espasmo de onipotência do Supremo Tribunal Federal, vetou o novo piso salarial para os enfermeiros, estabelecido por lei que o Congresso Nacional aprovou. Mas o Congresso não é um dos três poderes da República, independente dos outros dois, e o único autorizado a fazer leis neste país, de acordo com as sagradas “instituições” que o STF defende com os seus inquéritos, a sua polícia e as suas operações de busca, apreensão e quebra de sigilo às 6 horas da manhã? A resposta é: não, o Congresso brasileiro, eleito pela população como seu representante, não tem o direito de aprovar as leis que conseguem o voto da maioria dos parlamentares. Depende do STF. Se o STF está de acordo, então a lei vale. Se o STF não aprova a lei, a lei não vale.
Acaba de acontecer mais uma vez, e mais uma vez presidente da Câmara dos Deputados fica quietinho – diz que “entende” a decisão do STF em vetar o novo piso, como se coubesse a ele dar-se a apreciações deste tipo, em vez de fazer valer a decisão legítima e legal da casa que preside. É óbvio, com mais essa reação de subserviência automática por parte do Congresso, que o STF vai continuar governando o Brasil. Isso é o exato contrário de democracia – é desordem. O ministro Barroso, com o seu decreto, se mete a decidir sobre a situação financeira dos serviços de saúde e a remuneração da enfermagem. Quem lhe deu licença para fazer isso? O STF tem de cuidar, unicamente, do cumprimento da Constituição; tem de decidir se isso ou aquilo é ou não é constitucional. Todas as vezes que fizer alguma coisa fora ou além disso, estará impondo uma ditadura ao país. É simples. Ninguém pode julgar uma decisão do STF; se os ministros se dão o direito de resolver toda e qualquer questão, então os ministros viram ditadores. Decidem até quanto devem ganhar os enfermeiros; se podem decidir isso, e o que mais lhes der na telha, então decidem tudo.
O STF, ultimamente, tem mostrado uma estranhíssima obsessão com o respeito às regras mais rigorosas de integridade fiscal. Vetam reduções de impostos que beneficiam diretamente a população, pois isso, na sua opinião – que ninguém pediu, porque não é da sua conta – poderia deixar o poder público com dificuldades para pagar os seus compromissos. Não pensam, jamais, que o Estado possa se comportar com mais competência e, em consequência, precisar de menos dinheiro. Pior: nunca, jamais e em tempo algum, o STF se preocupou com austeridade fiscal. Ao contrário, é dos principais causadores da gastança alucinada do Estado brasileiro, ao concordar sistematicamente com toda e qualquer exigência salarial das castas mais vorazes do serviço público – a começar pelo que diz respeito aos gastos da própria justiça. Os enfermeiros não podem ter um piso salarial de 4.750 reais, decidiu o ministro Barroso; é muito caro. Os Estados e Municípios, coitados, terão muita dificuldade para pagar. Os hospitais privados e os planos das mega empresas de seguro médico estariam correndo risco de morte. Mas juízes podem ganhar 100.000 reais num mês, ou muito mais, com os “penduricalhos” e “atrasados”, e o STF acha isso a coisa mais justa e normal do mundo. Se o Estado tem dificuldade para pagar isso, problema “deles” – ou melhor, problema do pagador de impostos, que é quem vai ter de meter a mão no bolso para encarar essa conta.
É óbvio, com mais essa reação de subserviência automática por parte do Congresso, que o STF vai continuar governando o Brasil
A Justiça brasileira é uma das mais caras do mundo; pode estar gastando, com o aparelho todo, em volta dos 120 bilhões de reais por ano. Isso, em termos proporcionais ao PIB, é quase dez vezes mais do que gasta a justiça dos Estados Unidos; é várias vezes mais do que gastam os países europeus A população que paga essa barbaridade recebe, em contrapartida, uma das piores justiças do mundo, comparável ao que existe de mais tenebroso no universo subdesenvolvido. O povo brasileiro, por sinal, está convencido disso: só 16%, segundo uma pesquisa recente do jornal O Estado de S. Paulo, tem respeito pelo STF. O ministro Barroso, enquanto isso, decide sobre o salário dos enfermeiros.
FONTE: Gazeta do Povo https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/jr-guzzo/enfermagem-nao-podem-ter-piso-salarial-mas-na-gastanca-do-judiciario-ninguem-mexe/
Campanha de Lula vê atos do 7 de setembro como dia “D” para Bolsonaro
Os articuladores da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vão acompanhar com atenção os atos de 7 de setembro, vistos como o dia “D” da campanha de Jair Bolsonaro (PL). Eles aguardam o desenrolar das manifestações da próxima quarta-feira para saber se o candidato à reeleição terá ganhos ou perdas na disputa presidencial.
Integrantes da campanha petista avaliam que os apoiadores do presidente deverão aderir ao movimento e que as imagens que serão produzidas darão o tamanho da força de mobilização de Bolsonaro. O foco maior está no evento que ocorrerá na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro.
Para aliados de Lula, o tom do discurso de Bolsonaro no 7 de setembro será o principal termômetro do restante da campanha eleitoral. A análise é que caso as manifestações sejam percebidas como ataques às instituições democráticas, como ocorreu no ano passado, isso acabará desgastando a candidatura de Bolsonaro.
Até o momento, a campanha de Lula ainda não definiu se haverá algum tipo de mobilização da chapa petista nas redes sociais antes, durante e após os atos.
O ex-presidente estará no estado do Rio de Janeiro na semana do bicentenário da Independência, mas só depois das manifestações. Ele pedirá votos para si e seus aliados.
Pesquisa Ipec divulgada na última terça-feira (30) mostrou Lula numericamente à frente de Bolsonaro entre os eleitores do Rio. De acordo com o levantamento, o candidato do PT tem 39% das intenções de voto, ante 36% do atual presidente. Eles estão tecnicamente empatados dentro da margem de erro da pesquisa, que é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
Lula fará comício e encontro com evangélicos no Rio
Diante do cenário apontado pelas pesquisas no Rio de Janeiro, a campanha de Lula prepara para o dia 8 de setembro um comício na capital do estado. Inicialmente, o ato deveria ocorrer no último dia 30, mas articuladores petistas avaliaram que o evento após o feriado de Independência teria mais visibilidade.
Enquanto as manifestações de Bolsonaro irão ocorrer na zona sul do Rio, o comício de Lula está sendo organizado em Nova Iguaçu, na baixada fluminense. A região é tida como estratégica, pois é onde o palanque de Lula no estado, liderado pelo candidato ao governo Marcelo Freixo (PSB), enfrenta mais dificuldades.
A agenda tem o objetivo de ampliar a vinculação de Freixo à imagem de Lula numa região mais pobre do estado. A expectativa do partido é de reunir cerca de 20 mil pessoas no comício.
Na manhã de sexta-feira (9), Lula e o candidato a vice Geraldo Alckmin participarão de um encontro com lideranças evangélicas em São Gonçalo (RJ), no Centro Cultural Seven Music.
Em outra frente, a campanha de Lula prepara para o dia 10 de setembro, sábado, uma mobilização das candidaturas de esquerda em todos os estados. Até o momento, a expectativa é de que o ex-presidente participe de um comício na periferia de São Paulo ao lado do candidato ao governo pelo PT Fernando Haddad. Contudo, integrantes do partido afirmam que essa organização não será uma resposta aos atos convocados pelo presidente Bolsonaro.
Lula desmobilizou atos de aliados no 7 de setembro
Inicialmente, lideranças de esquerda chegaram a discutir a possibilidade de convocação de atos contrários a Bolsonaro para o 7 de setembro. Contudo, Lula defendeu que a militância do PT e dos demais partidos aliados deveriam evitar confrontos e embates com os apoiadores do presidente. Além do PT, a coligação de Lula tem o apoio de partidos como PSB, Psol, Rede, PCdoB, PV, Solidariedade, Avante e Agir.
“Não vamos fazer manifestação nem nenhuma convocação para o 7 de setembro. É uma data cívica, 200 anos da Independência. E nós vamos participar como sempre, acompanhando as atividades”, diz Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT.
Além do risco de confrontos entre militantes, a campanha de Lula quer evitar possíveis comparações, como no ano passado, quando as manifestações em defesa do governo superaram, em número, os atos organizados pelos movimentos de esquerda. À época, o governo de São Paulo estimou que o ato pró-Bolsonaro na Avenida Paulista reuniu 125 mil pessoas, enquanto a manifestação da oposição teria contado com apenas 15 mil participantes.
Apesar disso, é esperado que o tradicional Grito dos Excluídos, conjunto de manifestações criado em 1995 por alas da Igreja Católica, ocorra em diversas regiões do país no dia do bicentenário da Independência do Brasil.
Campanha de Bolsonaro mobiliza apoiadores
O presidente Bolsonaro chamou seus apoiadores para irem às ruas no feriado de 7 de setembro durante a convenção do PL que oficializou sua candidatura no final de julho. “Convoco todos vocês agora para que todo mundo, no 7 de setembro, vá às ruas pela última vez. Vamos às ruas pela última vez”, disse Bolsonaro na ocasião.
Desde então, aliados do presidente têm se mobilizado para repetir a mobilização do ano passado. A expectativa é de que Bolsonaro participe dos atos convocados para Brasília e para o Rio de Janeiro. Além disso, o presidente deve discursar por vídeo na manifestação de São Paulo.
Metodologia da pesquisa citada
A pesquisa Ipeca foi encomendada pela TV Globo e realizada entre os dias 27 e 29 de agosto de 2022. Foram entrevistados 1.200 eleitores de 37 cidades do Rio de Janeiro. O levantamento foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob os protocolos RJ-06010/2022 e BR-00063/2022.
FONTE: Gazeta do povo https://www.gazetadopovo.com.br/eleicoes/2022/7-de-setembro-campanha-de-lula-ve-atos-como-dia-d-de-bolsonaro/
Quais são os principais desafios nas regiões do país e o que os presidenciáveis propõem
Apesar de haver problemas comuns de canto a canto do país em maior ou menor grau, relacionados, por exemplo, à falta de infraestrutura, ao desemprego, à violência, à educação e à saúde, há desafios mais acentuados conforme a realidade de cada uma das regiões brasileiras.
Os quatro principais candidatos à presidência da República – Jair Bolsonaro (PL), Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) – têm abordado em suas campanhas propostas para solucionar parte dos problemas mais comuns de cada região.
Veja a seguir os temas que estão em alta nas diferentes regiões e quais são as propostas dos presidenciáveis relacionadas a eles que estão presentes em seus planos de governo ou que foram abordadas em entrevistas e demais manifestações públicas dos candidatos.
Destaca-se que as propostas dos postulantes ao Palácio do Planalto mencionadas aqui não são necessariamente direcionadas apenas a uma região; a reportagem buscou apresentar as proposições que mais se assemelham aos temas que estão em alta nas diferentes regiões.
Nordeste
Região onde há mais pessoas em situação de pobreza e extrema pobreza, o Nordeste possui a maior taxa de desemprego do Brasil: são 12,7% de desempregados enquanto a média no país é de 9,1% segundo o último levantamento da Pnad Contínua do IBGE. A região é a que mais depende de programas sociais e abriga quase metade dos beneficiários do Auxílio Brasil em todo o país – dos atuais 20,2 milhões de beneficiários do programa de renda, 9,4 milhões residem no Nordeste.
Para Leandro Gabiati, doutor em ciência política e diretor da Dominium Consultoria, sendo a região brasileira mais pobre, o Nordeste necessita principalmente de políticas econômicas que incentivem a geração de emprego para diminuir a pobreza e gerar mais oportunidades.
“Precisa inicialmente de uma presença mais forte do Estado pensando no desenvolvimento econômico. Assim como há a Zona Franca de Manaus, poderia se pensar em maiores incentivos à instalação de indústrias para atrair investidores que costumam optar por locais com maior infraestrutura”, aponta.
Outro problema a ser enfrentado na região, em conjunto com estados e municípios, é a recuperação de aprendizagem na educação básica após o longo período de escolas fechadas devido à pandemia. Um estudo feito por pesquisadores do Insper no ano passado mostrou que alunos de estados do Nordeste estão entre os que tiveram mais prejuízos com aulas a distância devido à falta de acesso à internet e a dificuldades no recebimento de atividades escolares.
O que os candidatos propõem:
- Bolsonaro:Criar políticas para a redução da taxa de informalidade; manter Auxílio Brasil de R$ 600 a partir de janeiro de 2023; ampliar a oferta de saneamento básico; fortalecer programas de qualificação profissional; priorizar investimentos na educação básica.
- Lula: Renegociar dívidas de famílias e empresas; estimular crédito a pessoas físicas e empresas; implantar programa de recuperação educacional [das perdas decorrentes da pandemia]; centralizar enfrentamento da fome e da pobreza; renovar e ampliar o Bolsa Família.
- Ciro Gomes: Renegociar endividamento de famílias; pagar benefício de R$ 1 mil mensais a pessoas que tenham renda mensal de até R$ 417; tornar ensino fundamental progressivamente integral nos próximos quatro anos para reduzir atraso escolar provocado pela pandemia.
- Simone Tebet: Criar programa permanente de transferência de renda com piso de R$ 600; adotar política de desenvolvimento regional para estimular potencialidades das regiões (além do Nordeste, também Norte e Centro-Oeste); pagar poupança mensal a trabalhadores informais que recebem o Auxílio Brasil; priorizar a recomposição da aprendizagem dos alunos decorrente da pandemia.
Norte
Ações para combater o desmatamento ilegal e incêndios florestais em todo o território nacional constam nos planos de governo de todos os presidenciáveis, já que o tema tem pautado o debate nos últimos anos, inclusive ultrapassando as fronteiras do país. Nesta seara, a Amazônia é tratada com mais ênfase por todos os candidatos.
Um artigo recente do Centro de Pesquisa em Ciência, Tecnologia e Sociedade do Ipea, vinculado ao governo federal, menciona um estudo feito por análise de imagens de satélite entre 1991 e 2016 que concluiu que o desmatamento pode já ter feito a floresta amazônica atingir um estado de desequilíbrio irreversível, capaz de transformá-la em savana em algumas décadas. Estudos independentes recentes mostram que o desmatamento aumentou nos últimos anos.
Outro estudo mencionado no artigo do Ipea concluiu que a Amazônia já libera quantidades de carbono na atmosfera maiores do que aquelas que o bioma é capaz de capturar.
O desenvolvimento socioeconômico é outra necessidade central da região que, junto ao Nordeste, concentra os municípios com os menores índice de desenvolvimento humano (IDH) do país. “O grande desafio para a região Norte é pensar em políticas que preservem e ao mesmo tempo desenvolvam; não adianta apenas preservar e não desenvolver. É pensar a Amazônia com desenvolvimento sustentável, que incentive a ocupação do território, a geração de PIB e o crescimento”, diz Gabiati.
Outro problema é o aumento da violência. Segundo o 16º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado em junho, a região registrou aumento de 7,9% em mortes violentas enquanto todas as demais registraram queda. O Amazonas foi o estado que obteve o maior aumento nos homicídios, com 46,8% a mais em relação ao ano anterior; seguido do Amapá, com 30,2%.
“Há problemas que são comuns em praticamente todos os cantos do país, como é a questão da violência. Mas no caso das regiões Norte e Nordeste há um ponto adicional: grupos criminosos ligados ao narcotráfico têm se movimentado para lá e disputado posições violentamente com seus rivais”, explica Paulo Kramer, doutor em Ciência Política.
Outros problemas da região que estão em alta são conflitos fundiários, questões ligadas a povos indígenas e embates relacionados ao garimpo ilegal.
O que os candidatos propõem:
- Bolsonaro: Conciliar a preservação ambiental com o desenvolvimento econômico; fortalecer fiscalização de crimes ambientais; proteger direitos dos povos indígenas e quilombolas; estimular agronegócio e mineração integrados à sustentabilidade econômica, social e ambiental.
- Lula: Fortalecer o Sistema Nacional de Meio Ambiente e a Funai; combater o uso predatório dos recursos naturais; cumprir metas de redução de emissão de gás carbono assumidas pelo país; proteger direitos dos povos indígenas, quilombolas e populações tradicionais; aperfeiçoar regulação minerária e combater a mineração ilegal.
- Ciro Gomes: Reduzir o desmatamento e a emissão de gases danosos à atmosfera; viabilizar o crescimento econômico sustentável de forma soberana em relação aos demais países; implementar zoneamento econômico e ecológico para defender ecossistemas brasileiros.
- Simone Tebet: Combater o desmatamento; recuperar áreas degradadas; assegurar oferta de infraestruturas sociais e econômicas que garantam melhoria das condições de vida da população; fortalecer fiscalização contra crimes ambientais; acelerar o cumprimento das metas de redução de gases de efeito estufa.
Sudeste
O Sudeste é outra região a conviver com altos índices de desemprego – é, atualmente, a segunda com a maior taxa de desocupação do país, de 9,3%. Atualmente 5,9 milhões de habitantes de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo figuram na pobreza ou extrema pobreza e são dependentes do Auxílio Brasil.
No campo da segurança pública, Rio de Janeiro e São Paulo figuram no “top 5” de estados com maior número de mortes violentas segundo a última edição do Atlas da Violência. No Rio de Janeiro, que possui mais de 1,4 mil favelas dominadas pelo crime organizado há outro agravante: devido a sucessivas decisões recentes do Supremo Tribunal Federal (STF), o estado convive com pesadas restrições às operações policiais dentro das comunidades. Como mostrado pela Gazeta do Povo, isso resultou na migração de lideranças do tráfico de outros estados para o Rio de Janeiro e tem aumentado a violência dos confrontos.
A região também tem sido um dos polos de amplo debate sobre a flexibilização das armas. Os quatro estados da região são responsáveis por 26,1% das armas com registros ativos em acervos dos chamados CACs – sigla para caçadores, atiradores e colecionadores.
O que os candidatos propõem:
- Bolsonaro: Fortalecer ações de combate ao crime organizado por meio de novas tecnologias; aumentar integração entre instituições federais e órgãos estaduais e municipais de segurança; preservar e ampliar mecanismos que assegurem acesso dos cidadãos à arma de fogo.
- Lula: Aprimorar Sistema Único de Segurança Pública (Susp); combater o “superencarceramento” e à violência policial; substituir o “atual modelo bélico de combate ao tráfico” por “estratégias de enfrentamento e desarticulação das organizações criminosas; revogar decretos que flexibilizaram acesso a armamento;
- Ciro Gomes: Implantar o Susp; impulsionar o combate ao crime organizado por meio do uso de novas tecnologias; redesenhar política sobre drogas; aprimorar gestão prisional para elevar o percentual da população carcerária que venha a se ressocializar.
- Simone Tebet:Revogar decretos do atual governo que flexibilizaram acesso a armamento; recriar o Ministério da Segurança Pública; revisar e atualizar o Código de Processo Penal e a Lei de Execução Penal.
Centro-Oeste e Sul
O Centro-Oeste tem uma economia essencialmente agropecuária, e a região Sul também possui um papel bastante significativo nessas atividades. Por isso ambas enfrentam desafios semelhantes ao Norte no sentido de avançar em medidas de redução do impacto ambiental. Vale destacar que ações para a redução desses impactos em todas essas regiões são bastante relevantes do ponto de vista econômico.
Discussões sobre o desmatamento ilegal e mudanças climáticas têm fomentado políticas e acordos globais que influenciam diretamente na agenda dos mercados privados. Na prática, países passam a restringir importações de locais com problemas ambientais, o que poderia impactar a condição socioeconômica das populações locais.
“O Centro-Oeste e o Cerrado, um dos principais biomas brasileiros, têm sido afetados por esse avanço da fronteira agrícola. Por um lado temos algo muito positivo, que é a inserção de terras que não eram produtivas e que agora são muito produtivas, mas por outro temos a questão da degradação ambiental”, afirma Leandro Gabiati.
Devido à violência no campo, estados do Centro-Oeste têm apostado em medidas diversificadas para coibir crimes em regiões rurais afastadas das forças de segurança. Uma dessas medidas foi uma mudança na lei nacional de controle de armas que entrou em vigor em 2019 e passou a permitir que produtores rurais portassem armas de fogo em toda a extensão de suas propriedades.
Em falas recentes, os candidatos Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB), que são contrários à flexibilização de políticas sobre armamento, declararam ser favoráveis ao maior acesso a armas especificamente nesses ambientes.
A região Sul também tem sido palco relevante do debate sobre flexibilização do acesso a armas. Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul estão entre os estados com maior número de CACs do país. A região, na qual vive cerca de 14% da população brasileira, possui 31,8% das armas com registros ativos em acervos dos CACs.
O que os candidatos propõem:
- Bolsonaro: Conciliar a preservação ambiental com o desenvolvimento econômico; fortalecer fiscalização de crimes ambientais; ampliar medidas de combate à violência no campo; preservar e ampliar direito fundamental à legítima defesa por meio de acesso a armamento.
- Lula: Reduzir emissão de gás carbônico; investir na transição energética; recuperar terras degradadas por atividades predatórias; fortalecer a produção agropecuária.
- Ciro Gomes: Estimular o agronegócio; flexibilizar acesso a armamento a moradores de áreas rurais apenas dentro de suas casas.
- Simone Tebet: Impulsionar a expansão da agricultura de baixo carbono e a integração lavoura-pecuária-floresta; acelerar o cumprimento das metas de redução de gases de efeito estufa; promover iniciativas para pagamento por serviços ambientais; flexibilizar acesso a armamento apenas a moradores de áreas rurais.
FONTE: Gazeta do Povo https://www.gazetadopovo.com.br/eleicoes/2022/candidatos-a-presidencia-propostas-para-cada-regiao-do-brasil/
Bolsonaro critica ação autoritária após suspensão de decretos sobre armas
O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, fez uma série de críticas ao que chamou de ação autoritária e disse que “abusos podem ser cometidos sob o pretexto de enfrentar abusos” na noite de segunda-feira (5). Bolsonaro não citou o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), mas as postagens foram feitas horas depois da suspensão de trechos dos decretos sobre armas do governo federal.
Na decisão, Fachin afirmou que as liminares foram concedidas por causa do início da campanha eleitoral e o risco da ocorrência de violência política.
Já Bolsonaro afirmou em um dos tweets que “uma ação autoritária nunca é assim chamada por seu autor. Pelo contrário, ela aparenta combater supostas ameaças para que seja legitimada. Assim, abusos podem ser cometidos sob o pretexto de enfrentar abusos. Esse é o mal das aparências, elas favorecem os verdadeiros tiranos”.
Na sequência, o presidente também disse que “o pior dos discursos jamais será mais grave do que a menor das violações de direitos, mesmo fantasiada de justiça. Na história, perseguições sempre foram fundamentadas desta forma e promovidas gradativamente. O final inevitável deste caminho autoritário é a completa tirania”. Ele fez referência às críticas que recebe pela forma como ele se expressa em algumas ocasiões.
Na semana passada, por exemplo, o jurista Ives Gandra da Silva Martins reprovou o ativismo judicial por parte do STF, as decisões da Corte favoráveis à oposição, salientou que os empresários alvo de operação da Polícia Federal não comentaram crime, mas também disse a falta de liturgia do cargo por parte de Bolsonaro contribui para a tensão com o STF. Ele citou declarações ofensivas e xingamentos a ministros feitos pelo presidente. O jurista afirmou que considera essa questão uma falha de Bolsonaro.
FONTE: Gazeta do Povo https://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/bolsonaro-critica-acao-autoritaria-apos-suspensao-de-decretos-sobre-armas/
Vacinação contra Covid-19 aumenta risco de inflamação cardíaca em adolescentes do sexo masculino, diz estudo
Um estudo realizado na Tailândia levanta suspeitas de que vacinas de mRNA contra a Covid-19 (como a Pfizer e a Moderna) elevam em cerca de duas mil vezes os sinais de inflamação no coração de adolescentes do sexo masculino. Embora pesquisas anteriores já mostrassem a inflamação no músculo cardíaco ou no revestimento do coração (miopericardite) como efeito colateral das vacinas e como sequela da própria Covid-19, a conclusão mais recente é que, entre os homens, há uma faixa etária em que a miopericardite vacinal apresenta mais riscos do que a adquirida após a infecção natural pelo coronavírus. O estudo tailandês também aponta que o risco é maior após a segunda dose.
Suspeitas nesse sentido começaram a surgir em fevereiro de 2021, com relatos de inflamação do coração após a inoculação com a vacina de mRNA da Pfizer entre militares de Israel. As primeiras estimativas, com bastante incerteza, variavam na faixa de um caso em 3.000 a um em 5.000. Na época, também já se desconfiava que o problema ocorria especialmente após a segunda dose.
Meses depois, em junho do ano passado, o professor de epidemiologia e bioestatística na Universidade da Califórnia em São Francisco, Vinay Prasad, e mais quatro médicos sugeriram aos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos seis ações em resposta a esses alarmes preliminares, mas foram ignorados.
Entre as medidas sugeridas, estavam: dar somente uma dose; isentar os previamente infectados da vacinação; dar uma segunda dose mais diluída; banir ao menos para o grupo a vacina da Moderna, mais concentrada que a da Pfizer; exigir mais evidências antes de dar a dose de reforço (terceira) para rapazes; parar imediatamente de recomendar as doses para todos os adultos que tiveram a variante ômicron e se recuperaram, até que se fizessem estudos específicos nesse grupo.
Na época, Rochelle Walensky, diretora dos CDC, afirmou que “não vimos um sinal [de inflamação cardíaca pós-vacina] e procuramos intencionalmente por ele nas mais de 200 milhões de doses que demos”. Atitude semelhante de dispensar o risco, e às vezes fazer escolhas metodológicas que diluem o problema (como misturar os adolescentes aos idosos nas análises), foi vista também em muitas autoridades e comentaristas a respeito do risco de coágulos sanguíneos no caso das vacinas da Johnson & Johnson (Janssen) e da AstraZeneca/Oxford.
Prasad explica que a resistência à ideia da imunidade natural (adquirida após infecção) colocou mais homens jovens em risco, pois para esse grupo pegar a doença após duas doses tem risco maior de miocardite que pegá-la após uma única dose, ao menos em se tratando da vacina mais concentrada da Moderna. “O propósito de falar da miocardite não é criticar as vacinas — que são um bem tremendo —, mas levar a sério os sinais de segurança de forma que possamos personalizar estratégias apropriadas de vacinação de acordo com as idades e maximizar a eficácia e minimizar o dano”, comenta o especialista. “Isso é medicina introdutória.”
A Administração de Alimentos e Drogas dos Estados Unidos (FDA), responsável pela aprovação da vacina, deu à Pfizer até 2024 para produzir os dados completos da miocardite após a segunda dose em jovens de cinco a 15 anos, e até dezembro de 2022 para fazer o mesmo a respeito da terceira dose na faixa etária de 16 a 30 anos.
Cabe ressaltar que as novas vacinas para Covid-19, em diferentes estudos, se mostram claramente menos perigosas que a doença que buscam atenuar em diversos grupos, especialmente os idosos. Depois dos programas de vacinação, foram observadas quedas drásticas na quantidade de leitos hospitalares ocupados, além de quedas nas mortes causadas pela doença de coronavírus. Nesse sentido, os debates a partir da nova pesquisa devem englobar a necessidade de atualização da análise risco-benefício, além da revisão da vacinação obrigatória para que adolescentes possam frequentarem escolas e universidades.
Estudo tailandês
Embora a amostra do estudo realizado na Tailândia não seja grande – foram 99 garotas e 202 garotos, com idades entre 13 e 18 anos –, a grande vantagem da pesquisa é a metodologia prospectiva. Ou seja, os cientistas acompanharam os jovens em longo prazo, desde antes da segunda dose, monitorando diferentes sinais cardíacos, tanto os sinais elétricos dos batimentos quanto os sinais químicos no sangue. O estudo é pioneiro na metodologia aplicada a esse problema, o que não foi feito por nenhuma das grandes agências de saúde do Ocidente.
Como resultado, 3% dos garotos apresentaram sinais de inflamação no músculo cardíaco ou no revestimento do coração após a segunda dose. Antes, as estimativas para a incidência desse problema nessa faixa etária eram de 13 casos a cada um milhão de vacinações completas (com duas doses). A nova estimativa é, portanto, mais de duas mil vezes mais alta.
Somente os meninos apresentaram sinais cardíacos preocupantes após a segunda dose no estudo. Foram sete deles, sendo que em quatro esses sinais foram subclínicos, ou seja, sem manifestações mais condutivas à atenção dos médicos, como dor no peito. Dois foram hospitalizados. Um foi internado com arritmia e ficou sob observação.
Outros resultados já eram conhecidos de investigações anteriores: a miopericardite vacinal não costuma matar (nenhum participante morreu), e a hospitalização foi necessária pelo período de menos de uma semana em dois casos (média de 4,5 dias).
A pesquisa tem seis autores associados a quatro instituições sediadas na capital Bangkok: o Hospital Bhumibol Adulyadej, o Departamento de Medicina Tropical Clínica da Universidade Mahidol, o Departamento de Patologia Tropical da Universidade Mahidol e o Hospital Samitivej Srinakarin. Suyanee Mansanguan assina a primeira autoria, Chayasin Mansanguan lidera o estudo.
Cardiologistas mostram preocupação
Anish Koka, cardiologista na Filadélfia, afirma em publicação própria que nenhum especialista gostaria de ver o próprio filho com os níveis de inflamação cardíaca no sangue observados no estudo da Tailândia. “Dado o risco teórico de arritmias cardíacas malignas, imagino que a maioria dos cardiologistas seguiriam as atuais diretrizes para a miocardite e aconselhariam contra atividade cardíaca intensa por alguns meses”, comenta. “A morte súbita cardíaca em atletas jovens é obviamente uma complicação medonha que é muito real, e é provável que alguma porção das mortes súbitas cardíacas venha da miocardite subclínica”, como a observada nos quatro pacientes sem dor no peito do estudo.
Para Ellen Guimarães, cardiologista e eletrofisiologista que atua em Goiânia, o estudo tailandês é importante porque é o primeiro a fazer uma análise em série de marcadores de lesões cardíacas. Esses marcadores são substâncias liberadas pelo coração quando ele sofre danos, como a troponina. O valor elevado de troponina encontrados nos garotos “não é um achado comum”, disse a médica à Gazeta do Povo. Mas ela sugere cautela: em relação às anormalidades nas medidas de sinais elétricos do coração, “temos que nos policiar, já que eletrocardiograma de criança e adolescente tem peculiaridades que não são verdadeiramente alterações anormais”.
Em todo caso, o acompanhamento a longo prazo é importantíssimo, pois as inflamações do coração pós-vacinação, mesmo que leves, podem gerar cicatrizes no músculo cardíaco “que são substrato para arritmias cardíacas e morte súbita”, alerta Ellen.
FONTE: Gazeta do Povo https://www.gazetadopovo.com.br/ideias/vacinacao-contra-covid-19-aumenta-risco-de-inflamacao-cardiaca-em-adolescentes-do-sexo-masculino-diz-estudo/
Boric perdeu, mas não desistirá de uma Constituição à esquerda para o Chile
No domingo (4), os chilenos rejeitaram de forma acachapante (mais de 60% dos votos) uma nova proposta de Constituição para o país, criticada como “excessivamente progressista” por conter medidas como a ampliação dos gastos do Estado (na criação de sistemas nacionais de previdência social e de saúde, por exemplo) sem detalhar de onde viriam os recursos para custear isso, tratamento jurídico diferenciado aos povos nativos chilenos e previsão constitucional para o aborto.
A atual Carta Magna, que entrou em vigor durante o regime do ditador Augusto Pinochet (1973-1990) e sofreu modificações desde a volta da democracia, passou por mudanças em 2019 para prever o (agora fracassado) novo processo constituinte, e uma dessas alterações estabelece claramente que, se a rejeição ao novo texto saísse vencedora das urnas, a Constituição atual permaneceria vigente.
Ou seja, uma nova Carta Magna exigiria um processo de elaboração partindo novamente do zero. O presidente de esquerda Gabriel Boric já havia sinalizado durante a campanha do referendo que buscaria esse caminho se o “não” vencesse.
“Se a alternativa da rejeição [à nova Constituição] vencer, o que vai acontecer é que teremos que prolongar esse processo por mais um ano e meio (…). Tem que haver um novo processo constituinte”, destacou Boric em julho, em entrevista à emissora de televisão local Chilevisión. “Tudo terá que ser discutido novamente, do zero.”
Boric argumentou na ocasião que quase 80% dos cidadãos chilenos “votaram claramente que querem uma nova Constituição” no plebiscito de outubro de 2020, optando por “uma nova Constituição escrita por um órgão especialmente eleito para esse fim”, alegou o presidente.
Boric está sendo investigado porque a oposição denunciou que ele fez campanha a favor do “sim” e desrespeitou o princípio da prescindência, que estabelece que nenhum funcionário público chileno pode usar recursos públicos ou seu horário de trabalho para favorecer uma opção eleitoral.
O texto que foi votado no domingo havia sido elaborado por uma assembleia constituinte de maioria esquerdista, eleita após os protestos de 2019 e 2020 contra o governo de centro-direita de Sebastián Piñera (2018-2022).
No domingo à noite, após a vitória do “não”, Boric deixou claro que não vai desistir de uma nova Constituição para o Chile. “Prometo fazer tudo de minha parte para construir, junto com o Congresso e a sociedade civil, um novo itinerário constituinte”, declarou o presidente.
“O povo do Chile se pronunciou e o fez em voz alta e clara. Os chilenos e chilenas exigiram uma nova oportunidade para nos encontrarmos e devemos atender a esse chamado”, afirmou Boric.
Nesta segunda-feira (5), ele se reuniu com os presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, Álvaro Elizalde e Raúl Soto, respectivamente, já para discutir um novo processo constituinte.
Elizalde, que é do Partido Socialista, legenda que apoia Boric, disse após o encontro que a expectativa é “avançar rapidamente nesse processo, ouvindo as diferentes perspectivas e propostas dos diferentes partidos políticos, das bancadas, dos movimentos sociais e das organizações da sociedade civil”.
“Temos que tirar lições do que aconteceu e, acima de tudo, temos que cumprir o mandato que os cidadãos nos confiaram através de um diálogo inclusivo”, argumentou.
Entretanto, não se sabe qual seria o formato desse processo (são especuladas quatro opções: uma comissão de peritos, uma convenção mista composta por parlamentares e especialistas, a eleição de uma nova assembleia constituinte ou que o texto seja elaborado pelo Congresso chileno), nem se Boric terá condições políticas de levar essa ideia adiante.
A direita chilena controla metade do Senado e mais de 40% da Câmara. Com as dificuldades econômicas que o Chile enfrenta, apenas 37% da população aprova o trabalho do presidente esquerdista – não por coincidência, uma porcentagem praticamente igual às dos que votaram no “sim” no domingo.
O presidente do partido conservador União Democrática Independente, o senador Javier Macaya, disse que a oposição não é contrária a revisões na atual Constituição nem a uma nova Carta Magna, mas que esta precisa representar um “consenso social” e não a agenda de um determinado campo político.
“Dissemos desde o primeiro dia: a vitória do ‘não’ é a vitória do bom senso e não de um setor político. Um texto que nos dividia foi rejeitado. Hoje, o compromisso é com uma nova oportunidade para o Chile, um novo pacto social e uma boa Constituição que una nosso país”, escreveu no Twitter.
FONTE: Gazeta do Povo https://www.gazetadopovo.com.br/mundo/boric-perdeu-mas-nao-desistira-de-uma-constituicao-a-esquerda-para-o-chile/
Fachin quer acabar com a “violência política” com uma canetada
O ministro Edson Fachin, do STF, decidiu suspender alguns trechos de decretos do presidente da República para restringir o uso de armas no período eleitoral. Foi ele que restringiu, também, ações da polícia do Rio de Janeiro nos morros durante a pandemia – e deu no que deu, as favelas viraram refúgio de bandidos e facções criminosas do país inteiro.
Fachin disse que a medida tem o intuito de evitar violência política. “O risco de violência política torna de extrema urgência o provimento cautelar. A campanha exaspera o risco de violência”, foram as palavras dele. Pois a violência que vimos está completando quatro anos nesta terça-feira e não foi com arma de fogo, foi com faca. Aconteceu em Juiz de Fora (MG), pelas mãos de Adélio Bispo, que, desesperado por não acreditar nas pesquisas em que Jair Bolsonaro perdia para todos, e com um álibi na Câmara dos Deputados, tentou matar Bolsonaro. Eu não sei se Fachin é capaz de tirar todas as facas da campanha eleitoral.
O ministro também fala em “recentes e lamentáveis episódios de violência política” para justificar a decisão. O único episódio de que eu lembro foi uma briga de duas pessoas por causa do uso eleitoral de dependências de uma associação de funcionários da Itaipu. Não foi violência política nas ruas, não foi violência coletiva. Violência coletiva mesmo eu vi em Curitiba, quando arrancaram a bandeira nacional do mastro, pisaram em cima e tocaram fogo. Violência coletiva eu vi quando hordas correram pelas ruas de São Paulo, quebrando vitrines, botando fogo em lixo, destruindo paradas de ônibus. Não sei se o ministro Fachin pretende evitar isso e de que maneira.
Depois de quase dez anos, o Museu do Ipiranga será reaberto
Quero registrar também que nesta terça-feira ocorre a reabertura do Museu do Ipiranga, que fica lá junto ao Monumento do Ipiranga, ao mausoléu onde estão os corpos de dom Pedro I e das duas imperatrizes, e onde ele proclamou a independência, por onde passa o Riacho Ipiranga.
O museu estava em reforma desde 2013 e está uma beleza agora, realmente muito bonito. A abertura será só para autoridades, no fim do dia; na quarta, dia 7, vai abrir para aqueles que trabalharam na recuperação, e suas famílias. À noite, fora do museu, haverá um grande espetáculo com projeções na fachada e a participação do maestro e pianista João Carlos Martins, um herói brasileiro. Para o público mesmo, só abre no dia 8 de setembro. Faz tanto tempo que visitei o Museu do Ipiranga que está na hora de ir de novo para ver como ficou a reforma.
FONTE: Gazeta do Povo https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/alexandre-garcia/fachin-decreto-armas-violencia-politica/
Bolsonaro amplia vantagem para Lula no Paraná: 48,6% a 28%
Presidente abriu mais de três pontos de vantagem sobre o rival petista
O Instituo Paraná Pesquisas realizou levantamento no Estado do Paraná e detectou a ampliação da vantagem do atual presidente Jair Bolsonaro (PL) em relação a Lula (PT), seu principal adversário.
Segundo a pesquisa, Bolsonaro tem agora 48,6% das intenções de voto dos paranaenses, contra 28% do petista, o que representa um crescimento de três pontos percentuais em relação ao levantamento anterior, de junho.
Na pesquisa anterior, Bolsonaro tinha 47% e aumentou para os atuais 48,6%, enquanto Lula caiu de 30% para 28,8%.
A pesquisa indica também que Ciro Gomes (PDT) segue em terceiro, com 6,5%, e Simone Tebet (MDB) tem 4,3% das intenções de voto. Os demais candidatos não chegam a 1%.
O Paraná Pesquisas entrevistou pessoalmente 1.410 eleitores de 62 municípios paranaenses, entre os dias 31 de agosto e 5 de setembro, e registrou a pesquisa sob nº BR-03754/2022, na Justiça Eleitoral.
Veja os números para presidente no Estado do Paraná:
FONTE: Diário do Poder https://diariodopoder.com.br/eleicoes-2022/bolsonaro-amplia-vantagem-para-lula-no-parana-486-a-28
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