Concentração de poder, corrupção, aparelhamento do Estado, enfraquecimento econômico, implantação da agenda progressista como o aborto e a desconstrução da família e limitação das soberanias dos países. Esses são alguns dos legados dos governos de esquerda da América Latina.
Venezuela, Cuba, Brasil, Bolívia e Argentina são bons exemplos do “tsunami vermelho” que parasitou no Continente.
E quem estava por trás disso tudo? O “invisível” Foro de São Paulo.
Criada pela dupla Fidel e Lula no início da década de 90, o “Foro” possui mais de 130 instituições e partidos de esquerda, com cerca de 30 países-membros.
Até as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), uma organização criminosa, envolvida com o narcotráfico, integra o Foro.
Durante quase 30 anos teve praticamente reuniões a cada dois anos, em mais de 10 países.
Para quem é cético sobre a influência do Foro de SP, vou dar um dado interessante: na sua fundação, em 90, somente dois países eram governados pela esquerda, um deles era Cuba. Já na primeira década do século XXI, em 15 países a esquerda estava à frente. Em celebração de 30 anos do Foro, Lula escreveu uma carta e destacou o que muita gente já sabia:
“Tornou-se uma referência para partidos de esquerda de todo o mundo, além de contribuir para promover mudanças de governos e políticas no continente a partir de 1998”.
O fato é que o Foro conduzia as discussões sobre as macropolíticas dos países da América Latina e Caribe, articulando financiamento e capital humano para eleições dos vizinhos, fortalecendo revoltas internas e fomentando grandes obras.
A principal estratégia é unificar a América Latina, criando condições políticas e econômicas para implantar um grande bloco de nações socialistas, com moeda única e forças armadas conjuntas, por exemplo. O próprio Lula recentemente comentou sobre esse bloco.
Mesmo parecendo quase morto há pouco tempo, a esquerda sempre se reinventa, especialmente porque tem neste momento o domínio cultural, como as universidades, a imprensa e o entretenimento. Isso condiciona a visão de mundo das pessoas a esse prisma ideológico, o que facilita a vitória em uma eleição, por exemplo.
Em 2019, Caracas sediou o último encontro do Foro. Mesmo parece tímido na sua atuação, hoje esta organização continua mais viva que nunca. A volta da esquerda ao poder em muitos países, incluindo a Colômbia – que neste caso nunca foi governada pelos “vermelhos”- , denota que as garras dos articuladores do Foro (Como de José Dirceu) estão muito afiadas. O Brasil é a bola da vez. A nossa eleição vai definir os rumos do continente, podendo ser (infelizmente) um elemento importante para a perpetuação da esquerda no poder. Vamos deixar?
Be the first to comment on "Foro de São Paulo: uma estratégia da esquerda para se perpetuar no poder na América Latina"