“O Brasil vai virar Arábia Saudita dos alimentos”, diz uma das figuras mais importantes do mundo

Marcos Troyjo é presidente do novo banco de desenvolvimento (NDB) também conhecido como Banco dos BRICS (Brasil, Rússia, índia, China e África do Sul).

No inicio desta semana, em um seminário na capital do Espírito Santo, ele analisou o cenário internacional e disse que apesar das turbulências está otimista: 

“Esse tipo de cenário internacional que se descortina é muito favorável para o Brasil. O mundo vai precisar de comida e infraestrutura.”

Marcos que é diplomata de carreira e escritor, entende que as condições externas são muito boas para o Brasil. Infelizmente é um cenário ruim para a maioria dos países, mas para o Brasil ela é muito favorável.

“O Brasil vai virar Arábia Saudita dos alimentos. Muitos países do Oriente Médio se transformaram em países de alta renda Catar, Emirados Árabes, Arábia Saudita, Bahrein e Omã, baseados na produção e exportação de combustível fóssil. 

No caso do Brasil a principal fonte é renovável o comércio de alimentos. Num cenário em que países com grande população vão crescer muito, o Brasil está fadado acumular sucessivos superávits comerciais ao longo do tempo.”

Temos ainda o cenário de crescimento lento, mas constante das gigantescas classe-médias da China e da Índia. Troyo entende que o Brasil é a única superpotência agrícola capaz de atender a crescente classe-média da China (com impressionantes 400 milhões de chineses) e da Índia (com 350 milhões). Só para se ter uma ideia a população da América do Sul somada mal chega a 422 milhões. 

Além disso nosso país é uma superpotência ambiental e consequentemente energética, tem dimensões continentais, é um líder regional, tem a quarta maior economia entre os emergentes e a oitava maior economia do mundo.

Segundo o CEO do banco dos BRICS, nosso país tem a matriz energética mais limpa do mundo, tem uma adoção consolidada de combustíveis alternativos e, hoje, de cada cinco pratos de comida servidos no mundo, um é produzido no Brasil e num mundo faminto; isso é o que chamamos de ‘Soft Power’.

Fonte: Jornal da Cidade

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