A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira, 19, a Operação Bulk, que investiga tráfico internacional de drogas envolvendo funcionários terceirizados que trabalham no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.
A megaoperação cumpre 23 mandados de prisão preventiva e 24 mandados de busca e apreensão na capital paulista, em Sorocaba, Praia Grande, Guarulhos e também em Portugal. Até o início da manhã, pelo menos 14 pessoas já tinham sido presas – todas funcionárias do aeroporto.
De acordo com a investigação, funcionários que trabalham na área da pista do Aeroporto de Guarulhos atuavam para colocar as bagagens com drogas direto no porão do avião, evitando a fiscalização por raio-x.
A investigação durou 1 ano e dois meses. Foram apreendidos 880 kg de cocaína em nove operações distintas, sendo duas em Guarulhos, duas em Lisboa (Portugal), uma em Frankfurt (Alemanha) e três em Amsterdam (Holanda).
Também são alvos da Operação Bulk os dois principais traficantes de drogas, ligados à facção criminosa paulista Primeiro Comando da Capital (PCC), que aliciavam os funcionários e chefiavam o envio de cocaína do Brasil para a Europa por meio do terminal de Guarulhos.
Segundo informações da PF, um deles está em Portugal e foi solicitada a inclusão do nome dele na lista da difusão vermelha da Interpol.
A Justiça também determinou buscas em 24 endereços e o bloqueio de R$ 53 milhões em bens dos envolvidos, como dinheiro em conta, imóveis, veículos e aplicações financeiras, etc.
Além do crime de tráfico internacional de drogas, os investigados serão indiciados por associação para o tráfico, com penas previstas que variam de 10 a 25 anos de prisão.
Fonte: Diário Poder
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