Postura de ‘isentão’ de ACM Neto pode levá-lo a perder uma eleição que estava ganha.
No início do ano, o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, parecia não ter adversário na corrida para o governo da Bahia. Em alguns momentos ele chegou a abrir 25 pontos percentuais de diferença para o segundo colocado Jerônimo Rodrigues do PT.
Mas, com a polarização da campanha entre Jair Bolsonaro (direita) e Lula (esquerda) a postura “isentão” de ACM Neto começou a pesar e sua campanha, quando todos previam uma vitória no primeiro turno, começa a subir no telhado.
A pesquisa mais recente feito pelo Instituto Atlas Intel mostra que essa diferença gigante caiu para apenas sete pontos, o ex-prefeito de Salvador tem 39,7% enquanto o petista Jerônimo Rodrigues tem 32,6%.
O bolsonarista João Roma (PL) aparece em terceiro com 10,5%, porém numa curva francamente ascendente e com uma rejeição menor que seus adversários – o que mostra um grande potencial de crescimento.
Cabe registrar que candidatos bolsonaristas costumam dar viradas espetaculares como aconteceu em 2018 na eleição para Governador no Rio e em Santa Catarina. Na eleição para o Senado em São Paulo – onde as pesquisas mostravam o saudoso Major Olímpio em quarto lugar um dia antes das eleições – e ele foi o mais votado com 9 milhões de votos.
O fenômeno político observado por especialistas desde 2018 é que o eleitorado tem rejeitado os candidatos que tentam trafegar na faixa central evitando tomar posições claras na vã tentativa de tentar agradar todos os espectros, o que se convencionou chamar de candidato isentão.
ACM Neto apostou nessa linha, mas vai ter que rever os seus conceitos rapidamente.
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