Quem são os novos ministros empossados por Bolsonaro e qual o perfil de cada um
Presidente Jair Bolsonaro deu posse a novos ministros em cerimônia que contou com a participação dos antigos titulares.| Foto: Clauber Cleber Caetano/PROuça este conteúdo
Nove ministros tomaram posse no governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), nesta quinta-feira (31), em substituição aos antigos titulares, que foram exonerados para se candidatar nas eleições de outubro. Em geral, os novos ministros já faziam parte do próprio ministério ou eram de órgãos ligados a essas pastas. Saiba quem são eles e conheça um pouco do currículo de cada um:
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações
O ministro Paulo César Rezende Alvim assumiu a vaga deixada por Marcos César Pontes. Alvim é engenheiro civil formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e mestre em Ciência da Informação pela Universidade de Brasília (UnB). Atuou também na Secretaria de Ciência e Tecnologia da presidência da República; Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio; Governo do Distrito Federal; Financiadora de Estudos e Projetos (Finep); Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia; e Sebrae Nacional.
Desde 2019, exercia o cargo de secretário de Empreendedorismo e Inovação do Ministério da Ciência, responsável pelas políticas que ajudam a tirar ideias do papel e fomentam a inovação no país.
Ministério do Desenvolvimento Regional
O ministro Daniel de Oliveira Duarte Ferreira tomou posse no lugar de Rogério Marinho. Ferreira, de 40 anos, é engenheiro civil pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e, desde 2008, servidor efetivo do governo federal. Trabalhou de 2008 a 2010 na Controladoria-Geral da União.
Em 2010, foi aprovado no concurso de analista de infraestrutura do atual Ministério da Economia e atuou no antigo Ministério das Cidades. Trabalhou por seis anos na Secretaria Executiva da pasta. Depois disso, assumiu como diretor do Departamento de Produção Habitacional da Secretaria Nacional de Habitação do Ministério do Desenvolvimento Regional. Era secretário-executiva do MDR antes de virar ministro.
Ministério do Turismo
O ministro Carlos Alberto Gomes de Brito substituiu Gilson Machado. Atual diretor-presidente da Embratur, Brito é formado em Administração de Empresas e em Administração com ênfase em Marketing, além de MBA em Marketing e Publicidade. Oriundo da iniciativa privada, ingressou no Embratur em junho de 2019, para exercer a função de diretor de gestão interna. Com a transformação da Embratur em Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo, passou a exercer o cargo de diretor de Gestão Corporativa.
Ministério da Cidadania
O ministro Ronaldo Vieira Bento assume o cargo no lugar de João Roma. Bento, de 45 anos, é natural de Salvador (BA), casado e pai de três filhos. Mestre em Direito, é policial federal e primeiro tenente da reserva do Exército.
Servidor público de carreira do Executivo Federal desde 2005, atuou como coordenador do Conselho Estadual de Segurança Pública Portuária e como membro titular do Conselho de Transparência Pública e Combate à Corrupção do governo federal. Foi ouvidor-geral no Ministério da Justiça e Segurança Pública e chefe da Assessoria Especial de Assuntos Estratégicos do Ministério da Cidadania, contribuindo para a implantação de políticas públicas, como o Programa Auxílio Brasil e o Brasil Fraterno-Comida no Prato.
Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos
A ministra Cristiane Rodrigues Britto deixou a Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres para substituir Damares Alves. É bacharel em direito e pós-graduada em direito eleitoral, com atuação principal no ramo do direito partidário. É ainda especialista em marketing político e membro fundador da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político.
Ajudou a criar a formatar importantes projetos da pasta, como o programa Mães do Brasil, o programa Mulher Segura e Protegida, o Plano Nacional de Enfrentamento ao Feminicídio, o projeto Mais Mulheres na Política e o projeto Qualifica Mulher.
Ministério do Trabalho e Previdência
O ministro José Carlos Oliveira assumiu o posto no lugar de Onyx Lorenzoni. Servidor público de carreira do INSS, Oliveira ingressou no órgão por meio de concurso público, em julho de 1985. É formado em Administração pela Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP) de São Paulo. Estava na Presidência do INSS desde novembro de 2021.
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
O ministro Marcos Montes Cordeiro assumiu o lugar de Tereza Cristina. Ele era secretário-executivo do ministério desde 2019. Natural de Sacramento (MG), Cordeiro tem 72 anos e é médico anestesista e médico do trabalho, formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), em 1975. Possui pós-graduação em Medicina do Trabalho, especialização em Anestesiologia, pela Universidade de Campinas e residência médica, todas pela Universidade de Campinas (Unicamp).
Foi prefeito de Uberaba (MG) por dois mandatos consecutivos, de 1997 a 2004, presidiu a Associação dos Municípios da Microrregião do Vale do Rio Grande e foi vice-presidente da Associação Mineira de Municípios. Também foi secretário estadual de Desenvolvimento Social e Esportes de Minas Gerais e secretário municipal de Turismo de Uberaba. Foi deputado federal por três mandatos seguidos, de 2007 a 2018.VEJA TAMBÉM:
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Ministério da Infraestrutura
O ministro Marcelo Sampaio Cunha Filho substitui Tarcísio Gomes de Freitas. Ex-secretário-executivo do ministério, Cunha Filho é engenheiro civil e coordenava ações voltadas à governança, integridade, estratégia, organização e sistemas de gestão e de tecnologia da informação.
Foi subchefe adjunto de Gestão Pública da Subchefia de Articulação e Monitoramento da Casa Civil da Presidência. Atuou por mais de três anos como diretor de informações e gestão estratégica de Transporte na Secretaria de Política Nacional de Transportes do Ministério dos Transportes. Tem mestrado em Planejamento de Transporte especificamente na Avaliação de Vulnerabilidade de Infraestrutura de Transporte, pela Universidade de Brasília (UNB).
Secretaria de Governo
O ministro Célio Faria Júnior tomou o posto de Flávia Arruda. Era chefe do gabinete pessoal do presidente Jair Bolsonaro. É servidor público federal, economista, especialista em Planejamento, Orçamento e Gestão Pública. Foi da assessoria de Relações Institucionais da Marinha do Brasil e encarregado da Divisão do Fundo Naval na Comissão Naval Brasileira em Washington (EUA). Participou da equipe de transição do governo Bolsonaro e foi nomeado assessor-chefe da Assessoria Especial do Presidente da República antes de chefiar o gabinete pessoal.
Ministério da Defesa
O general do Exército Paulo Sérgio Nogueira vai substituir o general Braga Netto nesta sexta-feira (1º). Nascido em Iguatu (CE), Nogueira tem 60 anos. Entrou no Exército em 1974, na Escola Preparatória de Cadetes do Exército, em Campinas (SP). Em 1977, ingressou na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), em Resende (RJ). Foi instrutor na Aman em três oportunidades, sendo em uma delas comandante do curso de Infantaria.
Em 1994, foi subcomandante do 2º Batalhão de Infantaria de Selva, em Belém (PA). Comandou o 10º Batalhão de Infantaria Leve-Montanha, em Juiz de Fora (MG). Como oficial general foi chefe do Estado-Maior do Comando Militar do Oeste, em Campo Grande (MS); comandante da 16º Brigada de Infantaria de Selva, em Tefé (AM); chefe do Estado-Maior do Comando Militar da Amazônia, em Manaus (AM); comandante da 12ª Região Militar, também em Manaus; subchefe de Assuntos Internacionais e subchefe de Organismos Americanos do Ministério da Defesa, em Brasília; e comandante do Comando Militar do Norte, em Belém (PA).
Foi promovido a general-de-exército em 31 de março de 2018. Tem mais de dez condecorações e medalhas em seu currículo militar. Assumiu o comando do Exército em março do ano passado.
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