Fim da CPI: hora de separar o que é narrativa e o que é realidade

As chuvas vieram e a crise de energia elétrica está sendo amenizada. Os reservatórios do Sudeste estão crescendo, é uma benção que cai do céu essa água que também atende a agricultura, recuperando a produtividade. Consequência disso é o preço da energia elétrica voltar a ser normal, sem a bandeira vermelha. Dessa forma, nem a energia elétrica e nem a produtividade da produção de alimentos vão pesar na inflação.

Aliás, a nossa inflação está chegando perto de 10%, mas o preço dos alimentos na Europa e nos EUA está duplicado. O preço da energia na Europa está triplicado. É a consequência da pandemia e dessa história de fecha emprego, se fecha em casa, fecha a sua empresa e aí tem um preço a pagar.

Água para quem mais precisa

Mas além da chuva, está chegando água para uma região que não tem. Nesta quarta-feira (20), em Sertânia (PE), o presidente Jair Bolsonaro vai entregar uma obra, o Ramal do Agreste, que vai beneficiar 68 municípios. Entre eles, Arcoverde, Pesqueira, Caruaru, Gravatá, Toritama, Garanhuns, Riacho das Almas, entre outros. São 70 km de uma obra com vazão de 8 mil litros de água por segundo.

E por coincidência, nesta terça-feira (19), o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, anunciou o projeto de um canal de 300 km, chamado Canal do Sertão Baiano, que vai beneficiar 44 municípios, aproveitando não só o São Francisco, como o Itapicuru, Vaza Barris, Jacuípe, Tatuí e outros rios da região. Isso é vida, economia e renda para uma região que passou décadas sendo lembrada apenas na hora da eleição e depois esquecida.

Fim melancólico da CPI

Hoje é dia de a CPI ler o relatório, que agora vai para o Ministério Público separar o que é narrativa, o que é ficção e o que é realidade. Infelizmente, a realidade que a gente esperava que fosse investigada não foi.

O nosso dinheiro, que foram bilhões para governadores e prefeitos, a CPI não investigou como foi usado, só foi atrás de tentar culpar Bolsonaro pela culpa que é de um sujeito chamado “coronavírus”. E se há responsabilidade é de que laboratório saiu esse vírus.

A comissão teve tristes momentos, como os depoimentos das médicas Mayra Pinheiro e Nise Yamaguchi. Teve momentos risíveis quando trouxeram aquela médica que depois descobriram ser cantora. Momentos duros para a CPI quando o ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, e o deputado federal Osmar Terra (MDB-RS) depuseram e derrotaram todas as narrativas do tal G7 e o melhor momento: quando Luciano Hang dominou a CPI — ele foi um maestro, relator, assistente, foi tudo.

Apoio total às cooperativas

Jantei com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e falamos sobre cooperativas. Ele me disse que o apoio do BC é total às cooperativas de produção e de crédito, que tem por base o agronegócio.

Ele chegou a me contar que houve até ciúmes da atenção que o Banco Central está dando ao cooperativismo. Isso porque tudo no cooperativismo funciona na base da confiança, pois os associados são parte da instituição, tendo parte no lucro, são donos também, têm suas cotas partes.

O associado é o produtor numa cooperativa de produção e também uma espécie de banqueiro numa cooperativa de crédito. Conto isso porque acho que as cooperativas no Brasil ainda tem um grande futuro.

Confira a matéria na Gazeta do Povo

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