A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) divulgou a percepção de que o Brasil enfrenta “gargalos” na contratação de mão de obra.
A entidade realizou levantamento mostrando que 77% das empresas estão com dificuldade de recrutar força de trabalho.
A indústria reclama que estão faltando profissionais e também qualificação de mão de obra, e que está elevado o valor de remuneração pretendido pelos interessados.
Apesar dos indicadores apontarem níveis altos de desemprego, nas indústrias de calçados, confecções, náutica, farmacêutica e até restaurantes relatam diferentes níveis de dificuldade para preencher vagas novas ou reabertas. A avaliação é que os trabalhadores podem ter migrado para outras cidades ou atividades no último ano.
Segundo a pesquisa da CBIC, mais de 65% das empresas dizem que está muito difícil contratar mestre de obras, que faz a gestão da construção. Na sequência, aparecem carpinteiro, com 55% das menções, e pedreiro, com 46%.
A maioria das empresas (63%) só não relatam dificuldades de contratar serventes, que são considerados mão de obra não qualificada.
O presidente da CBIC, José Carlos Martins, diz que o problema está relacionado ao crescimento do mercado e aos novos sistemas construtivos, profissionais que o mercado não encontra por falta capacitação aos trabalhadores.
Empresários brasileiros temem que se repitam os problemas de escassez de mão de obra verificados nos Estados Unidos, durante a pandemia.
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