Sociais-democratas derrotam conservadores de Merkel por margem estreita

A margem é pequena, mas projeções a partir do resultado parcial das urnas na Alemanha mostra que sociais-democratas alemães venceram as eleições nacionais deste domingo (26), pondo fim a 16 anos de governo conservador sob Ângela Merkel.

Segundo dados da agência Reuters, menos de 2% devem separar os vitoriosos social-democratas de centro-esquerda (SPD), com 26% dos votos, do bloco conservador com a União Democrata Cristã (CDU) e a União Social-Cristã (CSU), com 24,5%. Desta vez, o partido de Ângela Merkel (CDU), teve 8,8% menos votos do que na eleição de 2017.

Como não haveria maioria dos blocos principais em nenhum dos casos, é provável que seja formada uma aliança tripartite liderada pelos vencedores, um acordo que pode levar meses e deve incluir os Verdes, que tiveram expressiva votação e os liberais do Partido Democrático Liberal (FDP).

Para chegar à maioria parlamentar e definir a formação do Gabinete, ambos os partidos, CDU e SPD terão de busar coalizões. O SPD, do atual vice-chanceler e ministro das Finanças Olaf Scholz, indicado pelos social-democratas para ser o novo chanceler da Alemanha, ficou com 205 cadeiras de um parlamento que conta com 730 representantes, o que exige 161 aliados em uma coalizão que teria o partido como o protagonista.

Desde o final da década de 1950 não acontece na Alemanha de a coalizão ter de ser feita entre três partidos, uma costura que pode levar a meses de negociação.

Serão fieis da balança para possíveis coalizões que representem maioria o partido dos Verdes, que conseguiram 116 cadeiras e se tornaram a terceira maior força eleitoral da Alemanha, e a FDP, que teve 91 representantes eleitos, seguido da AfD, com 84 cadeiras, mas que foram descartados por ambos os partidos vencedores para um futuro governo de coalizão. Os ultradireitistas da Alternativa para a Alemanha (AfD) obtiveram 11% do total dos votos.

Na Alemanha, mesm o partido vitorioso nas eleições pode não fazer seu chanceler caso não consiga a maioria das cadeiras do Parlamento. Isso ocorreu nas eleições de 1969, 1972, 1976 e 1980, quando partidos que não venceram a eleição conseguiram costurar coalizões.

Confira a matéria na Gazeta do Povo

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