Argentinos votam em eleições primárias no domingo. Entenda como funciona o PASO

Em 14 de novembro 2021, os argentinos vão as urnas para renovar a metade da Câmara de Deputados e um terço do Senado. Mas antes disso, no próximo domingo (12), devem escolher as candidaturas que farão parte dessas eleições nas Primárias Abertas, Simultâneas e Obrigatórias, também chamadas de PASO.

Essas eleições, como seu próprio nome indica, ocorrerão em todo o país e serão obrigatórias para os maiores de 18 e menores 70 anos. Elas servem como um “funil” para a eleição principal, que terá apenas os candidatos mais votados de cada partido.

Em jogo estarão 127 cadeiras para deputados em todo o país e de 24 senadores em 8 províncias (3 cadeiras cada): Córdoba, Corrientes, Tucumán, Chubut, Santa Fé, Catamarca, Mendoza e La Pampa.

Na Câmara dos Deputados, o detalhamento das cadeiras que serão renovadas de acordo com o distrito é o seguinte: Buenos Aires: 35, Cidade de Buenos Aires: 13, Córdoba: 9, Santa Fe: 9, Mendoza: 5, Entre Ríos: 5, Tucumán: 4, Chaco: 4, Catamarca: 3, Corrientes: 3, Jujuy: 3, La Pampa: 3, Misiones: 3, Neuquén: 3, Salta: 3, San Juan: 3, San Luis: 3, Santa Cruz: 3, Santiago del Estero: 3, Formosa: 2, La Rioja: 2, Río Negro: 2, Chubut: 2 e Tierra del Fuego: 2.

Neste domingo cada partido político apresentará diferentes candidatos para cada cargo e os cidadãos (sem necessidade de filiação ao partido) escolherão quais candidatos representarão definitivamente cada força política em 14 de novembro, tendo o partido de obter pelo menos 1,5% dos votos válidos para participar do pleito definitivo.

Expectativas do governo

A coalizão do governo Alberto Fernández, Frente de Todos, crê que terá vantagem de 4 ou 6 pontos percentuais na província de Buenos Aires, de acordo com as últimas pesquisas divulgadas pelo jornal La Nación. Algumas províncias do norte e da Patagônia também sinalizam uma vitória do governo.

Já a oposição, abrigada na coligação Juntos por el Cambio, deve se sair melhor em Santa Fe, Mendoza e Córdoba.

Esta eleição será um teste para o governo de Fernández que tem enfrentado críticas severas sobre o enfrentamento da pandemia e da crise econômica que o país atravessa há anos.

O entorno do presidente argentino crê que uma vitória permitirá encarar a segunda metade de seu mandato com ânimo renovado e melhor imagem.

Neste ano, para evitar o contágio da pandemia, a Câmara Eleitoral Nacional elaborou em conjunto com o Ministério da Saúde e o Ministério do Interior um protocolo que exime do voto quem tenha Covid-19 ou tenha tido estreito contato com um caso positivo, ou que tenham indicação médica de não ir votar por ser de grupo de risco. Casos suspeitos também estão isentos. Todos devem justificar posteriormente a ausência em até 60 dias.

Uma pessoa suspeita de Covid-19 poderá votar se quiser, mas deverá consultar sua sessão sobre como obedecer a uma série de exigências sanitárias.

No encerramento das campanhas eleitorais tanto do partido no poder, como da coligação de oposição, não houve distanciamento social. Os discursos se realizaram quase como antes do início da pandemia do coronavírus, com a exceção do uso de máscaras.

Confira a matéria na Gazeta do Povo

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