O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), disse nesta segunda (30) temer uma investida do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinando restrições ou até prisão contra ele assim que acabar seu mandato.
Bolsonaro afirma sofrer uma pressão muito grande e que a prova disso foi sua inclusão “sem provas” no inquérito das fake news. “Está uma pressão muito grande. Quando a gente fala em voto impresso passou a ser crime. Quando fala em tratamento precoce passou a ser crime. E o ministro do Supremo, Alexandre de Moraes, me colocou no inquérito da fake news. Inquérito fim do mundo. Inquérito sem participação do Ministério Público. O que eles querem é aguardar o momento para me aplicar uma sanção restritiva. Quem sabe quando eu deixar o Governo lá na frente. Isso não é um trabalho que se faça. Você não pode ficar ameaçando os outros. Não pode um ministro apenas ser dono do inquérito. Se está fazendo comigo, imagina o que está fazendo com outras pessoas”, disse durante entrevista à Rede Fonte de Comunicação Goiás.
O presidente também criticou medidas recentes como as prisões de deputados, jornalistas e presidentes de partidos políticos. “Não podemos admitir que um deputado federal, preso até agora, não interessa o que ele falou, bem como um jornalista preso e um presidente de partido preso também. Não justifica isso daí”, criticou.
“A liberdade de expressão está na nossa democracia. (…) Nossa liberdade está sendo ameaçada por causa de um ou dois aqui de Brasília. Não podemos submeter a um ou dois. Isso não é uma ditadura. Quando se fala em ditadura normalmente é o presidente da República que quer impor. No nosso caso é zero. Você não acha um ataque meu ao Supremo Tribunal Federal ou Parlamento como um todo”, concluiu.
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