O ministro decano do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, pediu nesta segunda-feira (30) um “ambiente mais civilizado” e o estabelecimento de “canais de diálogo diretos” como solução para acabar com a crise entre os Poderes Executivo e Judiciário.
Na opinião do ministro, a inexistência de interlocução sem intermediários e muita desinformação criaram um “círculo de desinteligência”. Muitas vezes, segundo Gilmar Mendes, uma declaração que nem foi feita é usada por “mexeriqueiros” para alimentar o conflito.
O ministro Gilmar Mendes fez essas declarações durante entrevista ao Jornal Gente da Rádio Bandeirantes.
Ele contou ter ouvido Bolsonaro reclamar que é vítima de um “cerco, de uma conspirata”. Uma evidência disso, na compreensão do presidente, seria a prisão de apoiadores, como a do ex-deputado e presidente do PTB Roberto Jefferson.
Gilmar Mendes revelou que na conversa com Bolsonaro indicou a ele, sem intermediário, as razões para a medida, lembrando as ameaças do ex-deputado a integrantes do STF, divulgadas em vídeos nos quais ele inclusive oferecia sugestões de atos de violência contra a presença de “fiscais” em ihrejas evangélicas.
Para o ministro, a demora do Senado para analisar a indicação do ex-ministro da Justiça e da André Mendonça ao Supremo se deve à crise entre os Poderes. Desde 13 de julho, o ex-advogado-geral da União e ex-ministro da Justiça espera a marcação da sabatina no Senado.
Ele elogiou André Mendonça, sua qualificação e contou que o indicado à vaga do ministro aposentado Marco Aurélio tem diálogo fácil com os atuais ministros do STF.
Sobre o 7 de Setembro, Gilmar Mendes lembrou que é normal haver manifestações no Dia da Independência, e espera que sejam pacíficas.
O decano do STF foi entrevistado no Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes, pelos jornalistas Pedro Campos e Cláudio Humberto.
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