A juíza Ludmilla Lins Grilo fez uma séria e desmoralizante advertência nas redes sociais:
“Repitam comigo: a Constituição não permite que juízes abram inquéritos criminais. Quem abre é a polícia ou o MP.
Mais uma vez: juiz não pode abrir inquéritos criminais.
Juiz não pode abrir inquéritos criminais.”
Parece que não há dúvida de qual é o alvo da postagem da respeitada magistrada.
Fica, então, a questão: O Supremo Tribunal Federal pode tudo?
Pode, inclusive, violar a Constituição da qual, em tese, é o guardião?
Tudo indica que sim. Ou, pelo menos, os ministros acreditam que sim.
Basta ver o que vem sendo feito no malfadado inquérito da fake news, que, agora, pasmem, vai investigar a maior autoridade do país, o presidente da República.
Pelo menos, é esse o teor do ofício encaminhado pelo ministro Luis Roberto Barroso ao colega Alexandre de Moraes, algo que viola frontalmente o sistema de garantias estabelecido pela nossa lei maior.
Confira:
Como se vê, o objeto da investigação é o pronunciamento de Bolsonaro denunciando fragilidades de nosso sistema eleitoral e clamando pelo voto impresso auditável. Ou seja, o presidente será investigado por defender uma eleição mais segura.
Nesse sentido, a própria juíza Ludmila Lins Grilo fez questão de comentar um vídeo postado pelo TSE onde o tribunal afirma que o sistema já possibilita a auditoria.
“O TSE fez um vídeo dizendo que o boletim de urna, por si só, já possibilita a auditoria, como se não fosse justamente o seu conteúdo que estivesse sob suspeita. O boletim de urna não é a prova, é o INVESTIGADO.”
Assim, as divergências entre Bolsonaro e Barroso parecem irreversíveis.
É o embate anunciado.
Um tem a força do povo. O outro tem a força da toga.
Quem vencerá?
Gonçalo Mendes Neto. Jornalista.
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