Poderia escrever aqui um tratado sobre Cuba, derrubando 100% das narrativas plantadas por líderes esquerdistas tupiniquins para tentar convencer os mais incautos de que o comunismo deu certo por lá e que a população só está nas ruas protestando contra o governo por influência dos “imperialistas americanos”.
Poderia, também, fazer uma longa lista de abusos cometidos pela ditadura castrista contra o povo cubano ao longo dos últimos 60 anos, abusos estes que chegaram ao ápice durante a pandemia.
É mais fácil, porém, acreditar nas palavras de quem nasceu sob a ditadura cubana; viu o pai partir fugido, deixando a filha e a esposa grávida para trás para não ser capturado pelo Partido Comunista. E viu, depois, a mãe partir ao encontro do marido, deixando as duas filhas para trás, com os avós.
“Sair sozinho, sem a família, era o único jeito de convencer as autoridades de que você voltaria e, assim, obter autorização de viagem”, revela a cubana naturalizada brasileira Zoe Martínez, que só conseguiu reencontrar os pais sete anos depois de terem vindo para o Brasil, onde pediram asilo político.
Na entrevista em vídeo, que você pode assistir clicando no play da imagem no topo da página, Zoe não conta apenas sua história pessoal, mas também como vivem (ou sobrevivem) seus mais de dez milhões de conterrâneos.
E revela os reais motivos de milhares deles estarem há três dias nas ruas protestando por liberdade, mesmo sob forte repressão da polícia nacional.VEJA TAMBÉM:
Pandemia provocou caos em Cuba
A hoje estudante de Direito, Zoe Martínez, é também youtuber e influenciadora digital. Há anos ela grava vídeos e divulga reportagens ou relatos em suas redes sociais tentando mostrar aos brasileiros qual a real situação da ilha caribenha sequestrada por Fidel Castro, depois por seu irmão Raul e, mais recentemente, por Miguel Díaz-Canel, que Zoe recusa-se a chamar de presidente.
“Ditador não é presidente”, diz ela. Nos últimos dias Zoe fez lives e reproduziu todos os vídeos que cubanos conseguiram publicar antes que o governo derrubasse a internet e interrompesse as comunicações de Cuba com o mundo para impedir que vazassem informações contrárias ao regime.
Nesta entrevista a jovem conta a dramática situação da pandemia em Cuba. Não bastasse a Covid acometer de forma avassaladora uma população faminta e desnutrida, faltam remédios nos hospitais e até luz.
Apagões têm sido responsáveis pela morte de dezenas de pacientes intubados, simplesmente porque os aparelhos são desligados quando cai a energia. Mas não é só pelo caos na saúde que a população resolveu protestar. “Em Cuba existe ‘zero’ liberdade”, diz Zoe Martínez. “É por liberdade que os cubanos estão nas ruas. E não vão sair mais.”
Já os feridos pela violenta repressão policial aos protestos estão, segundo Zoe, sem atendimento nos hospitais.
“Os hospitais não têm nem anti-inflamatórios, os médicos usam gelo para estancar ferimentos”.
Zoe Martínez, cubana naturalizada brasileira
Péssima assistência em saúde; educação que não ensina, apenas doutrina; escassez de tudo, de comida a papel higiênico; alimentação caríssima e super racionada, são outros dos detalhes trazidos por esta jovem cubana na entrevista. Assista, comente e compartilhe!
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