O deputado Paulo Eduardo Martins resumiu as cenas de violência que vimos neste fim de semana, nas manifestações organizadas pela esquerda radical contra o presidente Bolsonaro: “O quebra-quebra da esquerda com bandeira de revolução, pessoas feridas e bens depredados não será considerado um ‘ato antidemocrático’. Isso demonstra a guerra de valores em que vivemos”.
É sempre a mesma coisa! Uma manifestação enorme e pacífica a favor de Bolsonaro é rotulada de “ato antidemocrático” pela mídia se um infeliz puxar no meio da multidão uma faixa pedindo a volta dos militares, mas uma manifestação com inúmeros vândalos comunistas é descrita como “ato pela democracia”, apesar de “casos isolados” de violência. Quem a imprensa acha que ainda consegue enganar?
O que chama a atenção nisso tudo também é a postura dos “isentões” tucanos. Foram eles que apanharam dos comunistas do PCO. Tucanos sempre descem do muro pelo lado esquerdo, e normalmente caem no colo de um petista. Dessa vez caíram nos murros dos comunistas. Não obstante, dão um jeito de dourar a pílula, de passar pano para a natureza de seus primos carnívoros. Foi o caso do governador João Agripino Doria:
Repudio atos violentos de minorias que usam agressões para tentar impor suas ideias. Sou um democrata e sempre defendi manifestações pacíficas. Não será um extremo que vencerá o outro extremo. O Brasil merece mais que isso. O caminho é da racionalidade e do bom senso. Minha solidariedade aos militantes do PSDB e todos os brasileiros de bem que saíram às ruas e sofreram agressões nesse sábado. A polícia de SP está investigando e punirá os delinquentes fantasiados de manifestantes.
Essa mensagem é a essência tucana: a esquerda “democrata” que sai ao lado de comunistas, apanha deles, tudo para combater o “outro extremo”, onde há basicamente famílias trabalhadoras, patriotas e que respeitam as leis. Trata-se de uma falsa equivalência de quem parece gostar de apanhar de comuna mesmo, pelo visto.
Para combater a “ameaça fascista”, os tucanos estão dispostos a se aproximar dos verdadeiros fascistas, os vermelhos defensores de ditaduras socialistas. Falta qualquer senso de proporções ou de prioridade a essa turma “moderada”. Foi o ponto de Leandro Ruschel: “Enquanto um dos chefes da revolução socialista que segue DESTRUINDO a América Latina é solto, mesmo após ter ficado claro o seu papel no maior esquema de corrupção da história, com desvios multibilionários, os militantes de redação investigam ‘rachadinha’ de gabinete”.
O intuito salta aos olhos: destruir a verdadeira direita para voltar aos tempos em que tucanos eram a única alternativa à extrema esquerda. Janaina Paschoal comentou: “Pessoas que almejam ser a terceira via, mas não são, instigam aliados a se unir à turma Lula, para derrubar Bolsonaro. Depois, creem que será fácil ocupar o lugar de Bolsonaro contra Lula. O povo pode parecer bobo, mas não é! Está ficando feio”.
Está ficando muito feio. Mas os “isentões” juram que estão lutando pela democracia, tolerância e liberdade, contra a corrupção e o autoritarismo, tudo isso ao lado de defensores agressivos de tiranos corruptos. Tucano é um bicho muito estranho mesmo.
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