Faz hoje sete dias que a cidade de Crateús foi trancada pelo prefeito Marcelo Machado, que fugiu para Fortaleza, para não mostrar sua cara à população que, há 7 dias não sente o gosto de um pãozinho de padaria, não consegue comprar um quilo de carne ou adquirir qualquer alimento.
No sétimo dia da decretação desta perversa e desnecessária medida de lockdown, quando a população esperava o fim das rigorosas restrições; quando a mendicância já batia de porta em porta esmolando o que comer; quando já corriam notícias de que já havia pessoas catando alimento em sacolas de lixo; quando já não havia como adquirir uma banana, um limão ou uma fruta qualquer, ou quando todas as formas de opressão haviam em nós se esgotado, eis que, o prefeito Marcelo Machado, ora transformado em vassalo político do governador, acaba de decretar mais rigor nas medidas restritivas que nada resolvem e nada adiantam.
Ordenou agora a prorrogação do flagelo por mais oito dias. Decretou fechamento das entradas e saídas da cidade, com equipes da Guarda Municipal decidindo quem pode ou não entrar na cidade, medindo a temperatura das pessoas que, caso apresentem febre, serão levadas de imediato ao hospital.
Mas, nem o prefeito ou seu preposto, está à frente destas irracionais e nojentas medidas que infelicitam a população de Crateús.
Marcelo Machado foi se esconder em Fortaleza depois de decretar o impiedoso castigo. Não há lockdown na Capital. Lá, onde se concentra o foco da pandemia, o vírus sinaliza uma trégua.
Antes da fuga de Crateús, Marcelo aglomerou a cidade em torno dos supermercados e demais comércios. Dia seguinte fechou bancos e casas lotéricas, padarias, bodegas e lanchonetes, deixando o povo sem dinheiro e, ainda que, com dinheiro, nada havendo onde comprar.
Ora! Fique em casa! Morrer de fome é melhor que seja em casa.
Toda a cidade comenta que o pior ainda está por acontecer em consequência desse lockdown idealizado por jericos.
As portas da cidade irão se abrir. As portas dos bancos e das lotéricas também. Os famintos, os biscateiros, os informais, as mulheres que vendem cheiro verde no portão da feira, os caminhões com frutas, os de entrega de mercadoria, os que abastecem a cidade com gêneros, as filas nos banco e nas lotéricas, o peso das cidades do nosso entorno em procura de Crateús, a volta das caminhonetas D-20, com carrocerias lotas, os doentes vindos do interior, os aposentados, as clínicas médicas fervilhando de gente, a Policlínica, os postos de saúde…. Tudo voltarão com GOSTO DE GÁS.
Será que Crateús agüenta?
Que a infinita Misericórdia de Deus paire sobre a nossa cidade e nos livre a todos de um mal ainda maior!
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