Saiba como Bukele, um dos mais jovens presidentes do mundo, destituiu todos os ministros da Suprema Corte

“Juízes não têm como função criar leis nem políticas públicas, muito menos administrar a economia, a saúde, a educação e a segurança pública”. (Marcelo Rocha Monteiro – “Sereis como deuses: O STF e a subversão da Justiça”).

Mirem-se em El Salvador. De lá vêm as boas-novas! Como uma espécie de milagre feito pelo povo, o país que sempre foi chamado de “República das Bananas”, em face da corrupção reinante em seu território, de repente resolveu dar uma guinada de cento e oitenta graus em direção contrária e chutou os “canhotas-socialistas”, todos, da administração do país! Sem golpe. Sem brigas. Pelo voto. Tudo dentro da lei e da ordem democrática.

El Salvador era dominado e controlado pelos partidos “Alianza Republicana Nacionalista” (ARENA, direita- fake) que corresponde ao PSDB e a ex-guerrilha de esquerda “Frente Farabundo Martí para a Libertação Nacional” (FMLN), que corresponde ao PT. Os dois se revezavam no poder, como no Brasil, aplicando sobre o povo o esquema da “Tesoura-Marxista”, onde um partido funciona como oposição-falsa e o outro controla o poder. Depois há um revezamento entre eles. Tanto a Arena quanto a FMLN alternaram-se no poder em El Salvador entre 1989 e 2019.

“Aqui demoramos 30 anos para jogar fora o regime que nos mantinha na miséria, corrupção, insegurança e desesperança”, disse Nayib Bukele.

Mirem-se em El Salvador, pois tudo começou assim:

“Os salvadorenhos elegeram (em 2019) o mais jovem presidente do mundo. Seu nome é Nayib Bukele. Tem 39 anos e, quando coloca o boné de rapper voltado para trás, parece ainda mais novo. É também o mais popular: seus níveis de aprovação chegaram a 93%. E não caíram muito mais do que isso. Bukele está mudando rapidamente o país, tristemente célebre pela miséria e violência. Já atraiu hostilidade simultânea de parte da imprensa tradicional, de órgãos de defesa dos direitos humanos e do ditador Nicolas Maduro.” (Dagomir Marquezi – Revista Oeste, Edição 52).

Nayib Bukele, assim como Jair Bolsonaro, eram motivo de chacota dos donos do poder quando se candidataram a Presidente. Lá como cá, nenhum dos dois ganharia. Cá, Bolsonaro perdia até para o cabo Dalciolo. Lá, Nayib Bukele, segundo os institutos de pesquisa, era só uma piada.

Pobres Institutos de Pesquisas. Pobre imprensa que ainda não percebeu que sua voz mentirosa e tendenciosa não ecoa e nem é mais ouvida pelo povo. Triste imprensa que não tem qualquer autoridade, pois sua credibilidade foi sufocada pela Internet; pela comunicação rápida das redes sociais, que desmente tudo aquilo que o jornalismo militante divulga e falseia.

E o povo, como um furacão, soprou fortemente com seus títulos eleitorais e seus votos. E Lá venceu Nayib Bukele. E Cá venceu Bolsonaro.

Vitorias esmagadoras, históricas, vitórias que puseram fim ao monopólio exercido durante as últimas décadas pelos partidos de esquerda.

Eis o que disse o jornal espanhol “El País”, de orientação esquerdista, e com edições em vários países do mundo, inclusive no Brasil, em 04 de fevereiro de 2019, destilando veneno:

“No aspecto político, o novo presidente também não terá vida fácil e a paralisia ameaça sua chegada ao poder. Bukele deverá fazer política em uma Assembleia dominada pelos dois partidos hegemônicos em El Salvador – Arena e FMLN – na qual sua nova formação – GANA – quase não tem peso. O novo presidente tem dois anos para tentar transferir seu sucesso midiático nas eleições para a Assembleia, que serão realizadas em 2021. Enquanto isso, terá de viver dos rendimentos deixados pela esperança angariada na noite do domingo”.

Releiam as últimas palavras do jornal esquerdista El País: “…enquanto isso, terá de viver dos rendimentos deixados pela esperança angariada na noite do domingo”. Lá, Bukele seria paralisado e dominado pela Assembleia Legislativa. Ele e seus eleitores viveriam apenas da esperança de mudança. Cá, Bolsonaro também sofreria e sofre o mesmo processo.

O tenebroso cenário não assustou nem um, nem outro. Contra os dois governantes se juntaram deputados, senadores, a imprensa militante e o Supremo. A favor dos governantes o povo que os elegeu.

Bukele, primeiramente confrontou a imprensa militante. A Globo de lá se chama “El Faro” que começou a ser investigada por suas ligações com o poder que durou 30 anos. Tudo igualzinho ao Brasil.

E a gritaria de sempre começou. A imprensa, liderada pela rede “El Faro”, os artistas, os ativistas, as Ongs e todos os que “se acham a consciência do mundo” e nunca podem ser investigados, contra-atacaram se fazendo de vítimas e com o mimimi de sempre:

“A Fundação Gabo me enviou uma carta assinada por mais de 500 jornalistas e escritores alarmados com os ataques de Nayib Bukele à imprensa em El Salvador”, informou o Relator Especial para a Liberdade de Expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), Edison Lanza”.

Os ataques a Bukele que a imprensa chama de “denúncias” são todos verdadeiros, segundo os “inocentes e probos jornalistas”. As respostas de Bukele a imprensa contra esses ataques são todos falsos, são abusos de poder, gritam cinicamente os jornalistas.

“Alguns jornalistas dizem que este governo ataca a imprensa; estamos comprometidos com a liberdade de expressão, mas alguns vão publicando uma série de mentiras e o que fazemos é negá-las. Isso não é uma violação da liberdade”, disse o presidente.

Em El Salvador, assim como no Brasil, é tudo igual. Os comunas-socialistas dominam toda comunicação oficial, mas não perceberam que sua influencia e credibilidade se aproxima de zero.

Bukele confrontou a Assembleia Legislativa e a Suprema Corte e suas medidas drásticas que em face da pandemia do coronavírus levaram “alguns” (os mesmos de sempre: imprensa, os que perderam as eleições…) a acusá-lo de autoritarismo e de querer acumular muito poder a ponto de colocar em risco a jovem e frágil democracia do país.

O mesmo discurso articulado pelos “que se acham donos” do Brasil e que foram defenestrados do poder por Jair Bolsonaro.

Disse Bukele:

– “Pedi a Deus e ele me disse para ser paciente”.

Ele se referia ao fato de ser impedido de governar, pois deputados e senadores de maioria canhota, assim como no Brasil, faziam requerimentos ao Supremo e vetavam todos os seus atos. Ele pediu ao povo que confiasse e votasse pela substituição de toda Assembleia Legislativa, que lá corresponde ao senado/câmara do Brasil, e que os novos eleitos se comprometessem em retirar todos os juízes do Supremo assim que assumissem.

As eleições ocorreram em 28 de fevereiro de 2021.

E o povo, novamente, como um furacão, soprou fortemente com seus títulos eleitorais e seus votos. E varreu do mapa todos da Assembleia Legislativa que faziam oposição e impediam Bukele de governar.

Em 1º de maio de 2021 a nova Assembleia Legislativa de El Salvador tomou posse.

Em 02 de maio de 2021 destituiu todos os juízes da Suprema Corte e o Procurador Geral, acusados de compactuar com a oposição, através de um simples ato legislativo. E no mesmo dia empossou os novos Juízes do Supremo e o novo Procurador. Tudo dentro da lei. Tudo dentro da Constituição. Tudo dentro da democracia. Simples assim. Quem pode contestar?

Disse Bukele pelo Twitter na madrugada de 02 de maio, alertando aos críticos de sempre:

“Aos nossos amigos da comunidade internacional: Queremos trabalhar com vocês, negociar, viajar, nos conhecer e ajudar onde pudermos. Nossas portas estão mais abertas do que nunca. Mas com todo o respeito: Estamos limpando nossa casa. … e isso não é da sua conta”.

Mirem-se em El Salvador e vamos também limpar nossa casa em 2022.

Confira a matéria no Jornal da Cidade

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