Joaquim Barbosa, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), resolveu “dar o ar da graça”, quase sete anos após pedir aposentadoria da Corte.
Barbosa, que é filiado ao Partido Socialista Brasileiro (PSB), almeja, agora, ser candidato à Presidência da República, em 2022, para, segundo ele, “tirar” o presidente Jair Bolsonaro “do poder”.
O relator do “Mensalão” diz que gostaria de ter o “peso” de seu nome à esquerda para derrubar o atual presidente nas urnas. E, para atingir o propósito determinado, ele não descarta apoiar eventual candidatura do ex-presidente e ex-presidiário, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), “mesmo duvidando que o petista saia candidato”.
Para quem não se lembra, em 2012, durante a Ação Penal 470, o “Mensalão, o ministro votou pela condenação dos principais agentes políticos do Governo petista no maior escândalo de corrupção do país conhecido, até então. Ele teria sido o herói nacional em favor da ética e moralidade na política, mas, dois anos depois, o sucesso de Barbosa, junto à sociedade e elite jurídica foi motivo apenas de desconsolo. Ao invés, de “chutar o pau da barraca”, como a opinião pública sedenta de vingança clamava contra corruptos em geral e contra o PT em particular, Barbosa preferiu sair “na surdina” do Tribunal, alegando desconforto com os colegas da Corte, problemas de saúde e sob as vaias da plateia, claro.
A Gestão de Barbosa no Supremo viveu, aliás, um paradoxo: ao mesmo tempo que foi um crítico feroz dos sistemas judicial e políticos do país, o ex-presidente do STF não apresentou ou aprovou uma única proposta que corrigisse as distorções e deformações elencadas por ele mesmo. Na análise de pessoas que acompanharam, por sinal, a carreira dele como procurador da República (em que passou dez de vinte anos em licença), o trabalho dele no Supremo e no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) têm igual relevância…
Em 2014, no Twitter, ao final de onze anos na Corte, Barbosa saiu como um covarde, como foi seu trabalho limitado em todas as instituições pelas quais passou. Resumiu em uma frase a despedida do STF: “Alívio, finalmente”. Para a população brasileira, o suplício apenas começava, mas, então, se levantavam outros e melhores heróis…
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