Um terço dos governadores brasileiros não respondeu a um pedido de informações e esclarecimentos da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre a instalação dos hospitais de campanha para tratamento da Covid-19 no país.
No dia 12 de março, a subprocuradora-geral Lindôra Araújo enviou ofícios aos 27 govenadores do Brasil, questionando quantos hospitais foram instalados em cada local, quantos foram construídos, quais nem chegaram a entrar em funcionamento e as unidades ativas atualmente.
Os gestores estaduais também foram indagados sobre data e motivo do fechamento dos hospitais desativados, destinação de insumos e equipamentos.
A PGR quer verificar eventuais falhas no atendimento à saúde da população contaminada com o novo coronavírus, principalmente, em função dos recursos aplicados.
O órgão avaliará caso a caso e recomendará aos procuradores que proponham ajustes ou, se houver indícios de irregularidades, a abertura de investigações sobre os gestores.
O prazo inicial para responder aos questionamentos da PGR encerrou dia 19, mas vários governadores pediram uma prorrogação, que foi concedida.
A “farra do Covidão” ficou bem conhecida no país, depois que várias denúncias de irregularidades na administração dos recursos federais vieram à tona no Brasil. Em agosto de 2020, nove entes federados já eram investigados.
A PGR, agora, fará a análise das informações enviadas pelos estados e também avaliará as providências em relação aos que não prestaram as informações.
Lista dos governadores que não encaminharam as informações:
1. Waldez Góes (PDT), do Amapá;
2. Camilo Santana (PT), do Ceará;
3. Renato Casagrande (PSB), do Espírito Santo;
4. Ratinho Júnior (PSD), do Paraná;
5. Wellington Dias (PT), do Piauí;
6. Fátima Bezerra (PT), do Rio Grande do Norte;
7. Eduardo Leite (PSDB), do Rio Grande do Sul;
8. Coronel Marcos Rocha (PSL), de Rondônia; e
9. Antonio Denarium (PSL), de Roraima.
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