O governo deve anunciar nesta quarta-feira (31) os novos comandantes no Exército, Marinha e Aeronáutica. Uma troca normal, tranquila e harmônica. Eu acompanhei a reunião do ex-ministro da Defesa, Azevedo e Silva, e do novo ministro, Braga Netto, com os três chefes militares que deixaram os cargos.
Eles integravam a equipe de Azevedo e Silva, que sai do comando da pasta. É uma questão de renovação. Agora, o presidente Jair Bolsonaro vai receber uma lista com os nomes dos mais altos na hierarquia e escolher os nomes que o ministro da Defesa referendar. Tudo segue normal.
Uma grata surpresa
Mas talvez a mudança mais importante no governo, nessa jogada do presidente que mexeu em seis peças para reforçar a equipe ministerial e dar mais dinamismo em certas pastas, é a vinda da deputada Flávia Arruda (PL-DF) para a Secretaria do Governo.
Casada com o ex-governador e ex-senador José Roberto Arruda, ela aprendeu a fazer política no sofrimento do marido, que foi preso quando era governador do DF e renunciou quando era senador. Ela fazia campanha com ele. Pelo menos é o que dizem os que a acompanham dentro da Câmara. Embora esteja no primeiro mandato, Flávia tem uma boa capacidade de articulação dentro da Casa legislativa.
Como parlamentar, assumiu a presidência da Comissão Mista do Orçamento. Na terça-feira (30), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, disse que o trabalho dela foi o mais rápido e eficiente que ele já viu na história.
Eu acho que a indicação dela para a Secretaria do Governo foi em nome do tal presidencialismo de coalizão. Entra uma ministra política para um ministério que não tem orçamento. Portanto, não se pode dizer que a indicação da deputada foi fisiologismo. O que aconteceu na realidade é a busca de uma coalizão com a base de apoio do governo. Ela é do PL e muito ligada ao presidente da Câmara, Arthur Lira.
Flávia Arruda também dará mais agilidade à Secretaria de Governo. Durante o governo Bolsonaro esse cargo já foi ocupado por dois generais. No governo Michel Temer foram três políticos que comandaram a pasta, inclusive, o ex-deputado Geddel Vieira Lima, que foi preso acusado de corrupção.
A deputada vai ocupar o lugar que era do general Ramos, que saiu para ocupar a Casa Civil, apesar de o trabalho dele ter sido muito eficaz e trazido resultados. A tarefa principal de Flávia será fazer a ligação política entre o Executivo e o Legislativo.
Índios lucram com cultivo de grãos
O pessoal da cidade grande fica ouvindo intelectuais falando sobre os indígenas brasileiros, querendo colocá-los em uma redoma. Uma espécie de laboratório, para ficar espiando, como se fosse um zoológico.
Alguns de vocês faturou R$ 20 milhões ao ano? Pois o povo paresi, do oeste do Mato Grosso, fatura isso plantando soja, feijão, milho e arroz. São 18 mil hectares, o que equivale a 1,55% do território deles.
Percebam essa riqueza humana que temos nos indígenas brasileiros. Isso contribui para a riqueza do agronegócio, que cuida das contas externas brasileiras e da nossa segurança alimentar.
A espantosa resiliência brasileira
O Caged, que é o cadastro de empregados e desempregados, mostrou que tivemos um saldo positivo de 401 mil novos postos de trabalho formais em fevereiro. Com janeiro são 660 mil novas vagas no ano.
Não é para a gente ficar embasbacado com a riqueza e a resiliência brasileira de se levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima? Agora nós temos que cuidar daqueles que são obrigados a ficar em casa e assim ficam sem renda, porque não podem sair de casa para buscar alimentar a família.
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