Copom volta a aumentar os juros. Governo planeja mudar regras do seguro-desemprego

Selic volta a subir depois de quase seis anos e vai a 2,75%| Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Para começar este resumo de notícias. Depois de quase seis anos, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central colocou fim ao ciclo de redução e manutenção da taxa básica de juros. Na reunião desta quarta-feira (17), foi definido um aumento de 0,75 ponto percentual na Selic, que agora passa de 2% para 2,75% ao ano. O aumento contrariou as expectativas do mercado, que esperava uma alta de apenas 0,5 ponto percentual. O fim do ciclo de reduções já havia sido aventado por integrantes do comitê em janeiro, devido às chances de entrave nos sinais de recuperação econômica, com o recrudescimento da pandemia e o fim do auxílio emergencial.

PIB. A expectativa do governo é que a economia volte a crescer em 2021. Apesar de reconhecer que as incertezas são elevadas devido à continuidade da pandemia, o Ministério da Economia estima que o Produto Interno Bruto (PIB) vai avançar 3,2%.

Combustíveis. Ainda na esfera econômica, um dos calcanhares do governo Bolsonaro tem sido o preço dos combustíveis. O presidente reclamou que alguns estados aumentaram o ICMS do produto. Mas como é cobrado o tributo? Fernando Jasper explica.

Utilidade pública  

Seguro-desemprego. Para financiar a reedição do programa que permite a suspensão de contratos e redução da jornada de trabalho, o governo federal estuda mudar permanentemente as regras do seguro-desemprego. A ideia é reduzir o valor das parcelas e endurecer as regras de acesso para a maior parte dos trabalhadores. Em troca, deve ampliar as situações em que será possível dispor do benefício. Confira como é hoje e o que pode mudar.

Novas vacinas. O novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, participou de um evento para entrega de 500 mil doses da vacina contra a Covid-19 produzidas pela Fundação Oswaldo Cruz. Na ocasião, ele disse que o distanciamento social reduz a circulação do vírus. Segundo a Fiocruz, o Brasil passa pelo “maior colapso sanitário e hospitalar da história”, com a maioria dos estados com taxas de ocupação de leitos UTI SUS iguais ou superiores a 80%. E se o Brasil sofre com a demora, no Chile, 5 milhões de pessoas foram vacinadas duas semanas antes do previsto.

Atualização. O Brasil registrou entre terça (16) e quarta-feira (17) mais 2.648 mortes por Covid-19 e 90.303 novos casos da doença, segundo o boletim do Ministério da Saúde. Ao todo, o Brasil já contabiliza 11.693.838 diagnósticos positivos, com 284.775 óbitos e 10.287.057 recuperados.

Política e economia

Vetos do governo. Na sessão em que analisou uma série de vetos do presidente Jair Bolsonaro, a Câmara dos Deputados manteve 19 deles. Entre eles está o aplicado ao Marco Legal do Saneamento, no trecho que determinava possibilidade de renovação sem licitação por 30 anos de contratos de serviço feitos por empresas estatais. Também foram mantidos vetos em trechos da Lei Anticrime, porém, ainda não foi dessa vez que a análise desses vetos foi concluída. Entre os vetos derrubados pelo Congresso está o que anulava dívidas tributárias das igrejas.

Eleições 2022. Com a possível volta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao cenário eleitoral, o PT vê uma nova chance de aglutinar forças políticas. Entre os alvos principais estão o empresariado, governadores e militares, como revela Wesley Oliveira. No PSDB, a queda de braço entre o governador de São Paulo, João Doria, e o deputado federal Aécio Neves pode mudar o cenário eleitoral para 2022. Quer saber mais? Baixe o nosso e-book Dossiê 2022, com análise de 29 especialistas e que antecipa os temas que vão influenciar o debate da eleição presidencial.

Giro pelo mundo. O governo da Argentina determinou que, a partir de abril, grandes empresas que atuam no país terão de repassar mensalmente dados detalhados sobre preços e estoque de produtos considerados essenciais. Isabella Mayer de Moura conta por quê. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chamou o presidente russo, Vladimir Putin, de assassino e disse que ele pagará por tentar influenciar as eleições norte-americanas.

Confira a matéria na Gazeta do Povo

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