Ignorantes, perversos e gananciosos: os engenheiros do caos que foi implantado no Rio Grande do Sul

Eduardo Leite - Foto: Agência Brasil

Diante das notícias que tenho acompanhado, referentes ao atual estado do sistema de saúde do Brasil e, em particular, do Rio Grande do Sul (RS), julgo que, dentre os responsáveis por esse caos projetado (que tenho chamado de “holocausto global planejado”), há três grupos de pessoas:

1. Há aqueles realmente obtusos, que não sabem nem mesmo fazer uma pesquisa, sendo incapazes de ler e compreender artigos em inglês (a maior parte da bibliografia relevante sobre o assunto está em inglês) e, mesmo, em português. E isso não está relacionado ao grau de instrução: abundam portadores de título de curso superior (e pós-graduação) que sequer sabem conduzir uma pesquisa, ficando reféns das narrativas criadas pela mídia mainstream (a qual nunca é acusada de propagar fake News e tampouco tem suas postagens deletadas pela Big Tech), que eles simplesmente reproduzem acriticamente;

2. Há aqueles motivados por idiossincrasias políticas, particularmente de esquerda, especialmente aquela sob novos paramentos: o “globalismo”. À exemplo do que ocorre com a esquerda tradicional, que causou mais de 100 milhões de mortes ao longo do século XX, a “nova” esquerda também não se importa com a perda de vidas humanas individuais;

3. Há aqueles que lucram inconcebivelmente com o sofrimento e com a morte: a Big Pharma.

Às vezes é difícil discernir entre os indivíduos dos grupos 1 e 2. Mas creio que a maioria daqueles que hoje defendem o lockdown, a obrigatoriedade do uso de máscaras e tentam impedir o tratamento precoce estão nesses dois grupos. Nos meus textos mais recentes, aqui no JCO e em “A Verdade”, tenho abordado particularmente a situação de minha cidade e estado natais, Porto Alegre/RS.

Tenho tentado esclarecer especialmente quais são as razões para a irracionalidade (e, mesmo, perversidade) de medidas como lockdown e impedimento do tratamento precoce.

Embora seja penoso ter que voltar ao assunto, creio que urge mantermos a verdade flagrante. Pelo menos enquanto ainda podemos fazê-lo.

Mas vejamos algumas notícias recentes, sobre Porto Alegre e sobre o RS. Em uma lemos que “RS está com 103% de ocupação” de suas UTIs. A outra relata que em POA o índice é de 109.5% de ocupação.

Ou seja, tanto POA em particular quanto o estado em uma perspectiva abrangente esgotaram sua capacidade.

Mas, cabe perguntar, como alguns indivíduos são responsáveis por essa crise humanitária?

Ora, primeiramente há o negacionismo daqueles que rejeitam o tratamento precoce. Por exemplo, o judiciário proibiu a secretaria de saúde de POA de prescrever e oferecer o tratamento precoce à população (especialmente para aquela em situação de vulnerabilidade social, carente de assistência médica pública).

Qual foi a “justificativa” do judiciário? Ora, que não haveria “comprovação científica” para o tratamento precoce. No entanto, há uma profusão crescente de estudos que atualmente esclarecem, de forma iniludível, a eficácia do tratamento precoce para evitar tanto o colapso do sistema de saúde quanto os óbitos.

Fiz referência a uma brevíssima bibliografia sobre a eficácia do tratamento precoce aqui:

Veja-se, por exemplo, o estudo (https://ivmmeta.com/) que esclarece que a ivermectina tem cerca de 90% de eficiência inclusive na profilaxia.

Em suma, pululam os estudos solidificando cada vez mais a necessidade de que o tratamento precoce seja prescrito. Mas, sujeitos que ou ignoram a Ciência ou agem motivados por ideologias hediondas, simplesmente ignoram tais estudos (conduzidos por pesquisadores altamente relevantes familiarizados com os critérios metodológicos de cientificidade).

Resultado? UTIs sobrecarregadas e pessoas sofrendo e morrendo. Portanto, não surpreende que POA esteja com 109.5% de ocupação de suas UTIs, com mais de duas mil mortes atribuídas à Covid-19. E aqui nos perguntemos: uma parte dessas vidas não poderia ter sido salva pelo tratamento precoce?

Vejam: não estamos falando de um tratamento “miraculoso”, mas de fármacos com altíssima probabilidade de evitar o agravamento da doença, a hospitalização e, claro, os óbitos. Como diz o provérbio popular, “para quem está se afogando jacaré é tronco”. Ou seja, mesmo que houvesse risco ainda seria o caso de pensarmos no tratamento precoce. Não obstante, os riscos são mínimos e a possibilidade de sucesso é imensa.

Aliás, toda medicação pode causar reações graves para a saúde. Medicações de fácil acesso, como paracetamol, dipirona, etc, seriam evitadas por muitos se seus consumidores lessem a bula (especialmente a parte referente aos efeitos colaterais e reações adversas). Ou seja, todo medicamento pode, eventualmente, causar prejuízo à saúde (algumas bulas de medicamentos comuns são assustadoras).

Nesse sentido, nos perguntemos: a negação de um tratamento com elevadíssima probabilidade de eficiência (evidenciada cientificamente) ocorre por ignorância ou por motivações perversas (especialmente políticas)?

Como se não bastasse impedir o acesso a um tratamento com notável probabilidade de sucesso, os mesmos que aderem a essa negação também impõem uma medida não apenas comprovadamente ineficiente, mas também danosa: o lockdown.

Com efeito, desde o início de 2020 diversos pesquisadores de relevância internacional, dentre os quais está, inclusive, um pesquisador laureado com o prêmio Nobel, têm insistido que o lockdown é uma medida inútil do ponto de vista da saúde. Hoje, sabe-se, ele é inclusive prejudicial à saúde (física e mental). Inicialmente se enfatizou tanto sua ineficiência quanto seus efeitos deletérios sobre a economia (com a estagnação econômica que ele causa).

Hoje, após quase um ano, sabemos de seu efeitos nefastos sobre a saúde. Recentemente o estudo “Stay-At-Home Orders are Associated with Emergence of Novel Sars-Cov-2 Variants”, revelou que o lockdown pode aumentar em 10.5% o número de óbitos. Que dizer do agravamento de doenças seja pela falta de diagnóstico seja pela falta de tratamento? E quanto às desordens mentais, especialmente a depressão, oriunda dos sentimentos de isolamento, de falta de perspectiva em relação ao futuro, etc?

O fato é que sujeitos socialmente isolados têm padrões de sono irregulares, enfraquecimento do sistema imunológico, mais inflamações, mais stress. Sabe-se que, inclusive, o isolamento aumenta a probabilidade de infartos e derrames. Crianças isoladas mostram, na vida adulta, saúde mais debilitada.

E tudo isso é agravado pela obesidade e falta de atividade física, bem como pelo consumo de psicoativos, o qual aumentou durante a pandemia. E o que dizer dos problemas sociais, como o aumento de agressões a crianças, mulheres e idosos durante o isolamento? E quanto aos suicídios?

Em suma, o lockdown é uma medida que viola gravemente direitos fundamentais, como vida (saúde) e liberdade. Trata-se, como sugeri noutro texto, de uma espécie de “holocausto”, cujos “engenheiros” deveriam ser julgados por tribunais como “Corte Interamericana de Direitos Humanos” (CIDH) e “Tribunal Penal Internacional” (TPI).

Diante da incoerência e ditadura vigente no RS, ontem (10/03) houve uma significativa manifestação na frente da sede do governo estadual. Aos poucos as pessoas estão se apercebendo da necessidade da “desobediência civil” para a proteção dos direitos fundamentais (vida, liberdade, propriedade privada, etc). Tal como ocorreu com outros movimentos totalitários, às vezes o mal ascende aos poucos, violando gradualmente os direitos fundamentais, até que tenhamos uma situação de crise humanitária, como a que nesse momento parece viger no RS.

Mas, nas placas levantadas na manifestação em POA lia-se, por exemplo: “lockdown mata”, “qualquer trabalho que provê o pão de cada dia é essencial”, “onde estão os leitos de UTI?”, etc.

Tais frases expressam o que eu venho dizendo desde o início da pandemia. Mas, dentre as frases, podemos reiterar aquela que coloca uma questão fundamental: “onde estão os leitos de UTI?”

Como escrevi anteriormente, o RS recebeu, em 2020, R$ 40.9 BILHÕES (Portal da Transparência/Localiza SUS/Senado Federal). Tal valor foi concedido pelo governo federal para que o RS investisse no fortalecimento do sistema de saúde do estado, o que inclui, obviamente, o aumento de UTIs.

No entanto, qual não foi a surpresa dos gaúchos quando escutaram seu governador, Eduardo Leite (PSDB), declarar, em rede de televisão, que “leito de UTI não é cura …. leito de UTI não é solução do Covid …. nos leitos de UTI aqueles que vão para os leitos de UTI 60% não voltam … 60% das pessoas que vão efetivamente para os leitos de UTI … morrem.

Mesmo que tivéssemos a capacidade infinita não significaria salvar todas as vidas. 60% das pessoas que estivessem contaminadas e agravadas morreriam mesmo assim”.

Não há dúvidas de que nem todos aqueles que vão para uma UTI sobrevivem. No entanto, como pode alguém decidir não investir em UTIs “apostando” na morte da maioria daqueles que nelas ingressam? Não apenas ele decidiu quais são os produtos essenciais nas prateleiras de supermercados: ele decidiu quais pessoas são essenciais.

Façam o seguinte experimento: usem essa frase do governador para explicar a alguém, que esteja sofrendo e à espera de um leito de UTI, que o investimento em UTIs “não é solução”. Mais: digam que ela pode estar nos 60% e ser uma “perda” de investimento. Qual seria a reação dela e de seus familiares?

Aliás, imagine essa situação acontecendo com você ou com pessoas que você ama e estima.

Abordei essa afirmação hedionda aqui:

Trata-se, em meu juízo, de uma gestão desumana a que nesse momento está sendo levada a efeito no RS. E agrava a situação o fato de tais políticas terem como propósito, mediante a “engenharia do caos”, desestabilizar o governo do presidente Bolsonaro. Em torno de 14 mil mortes são atribuídas à Covid-19 no RS. Sem falar nas colateralidades, nas mortes indiretas.

Acrescente-se a essa equação macabra as milhares de empresas fechadas e os milhares de desempregados/desocupados e teremos uma ideia do quadro tenebroso que temos diante de nós. Tal “quadro” expressa a visão de mundo dessas pessoas, um mundo anti-humano, uma distopia medonha.

Mas, ao que parece, vidas humanas não importam quando o propósito é levar adiante idiossincrasias políticas torpes. Em verdade, vidas não importam quando o objetivo é causar danos ao governo do presidente Bolsonaro.

Quanto ao grupo 3, daqueles que aumentam exponencialmente suas fortunas, aqui está a chamada “Big Pharma”, ou seja, o complexo da indústria farmacêutica. Para a “Big Pharma” o uso de medicamentos baratos, como hidroxicloroquina e ivermectina, não é interessante economicamente. Seus interesses não são tão políticos, mas econômicos.

Seu interesse está na vacinação e em medicações que podem gerar bilhões em lucros. Nesse sentido, eles investem expressivamente em projetos que lhes possam assegurar ganhos bilionários, o que abarca médicos, clínicas, periódicos de medicina, governos, organizações, etc. Desse modo, não tenho dúvidas de que muitas manifestações contrárias especificamente ao tratamento precoce são motivadas (subsidiadas) pela intervenção da “Big Pharma”, a qual não poderia alcançar lucros bilionários se o tratamento precoce fosse generalizado.

Ou seja, se as pessoas ficarem curadas com medicamentos baratos a indústria farmacêutica “perderá” a oportunidade de lucrar bilhões. Não há dúvidas de que eles farão todo o possível para impedir o tratamento precoce e o uso profilático de fármacos baratos. A “Big Pharma” não busca a saúde, mas o lucro com a doença. Uma população doente é altamente lucrativa para esse grupo.

Então, creio que esses três grupos, por motivos distintos, têm contribuído para o agravamento do caos que está expresso, de forma paradigmática, no RS. Precisamos estar cientes de que esses grupos não estão promovendo a saúde, tampouco a vida. São ignorantes, perversos e gananciosos, revelando vícios (ignorância, egoísmo, malignidade … ) danosos à promoção dos direitos humanos.

Não apenas danificam a humanidade, mas impedem sua promoção.

Confira a matéria no Jornal da Cidade

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