Não vejo motivos plausíveis para tanto alvoroço em torno da decisão do Presidente Bolsonaro de mudar o comando da Petrobrás. Primeiramente, porque o cargo é político e não precisa ser, necessariamente, preenchido por especialista do mercado, mas sim por profissional com a devida qualificação para exercê-lo e que seja de inteira confiança do chefe do Executivo. Em segundo lugar, porque o Presidente não afirmou em momento algum que presente promover mudanças na política de preços da estatal, nem tampouco interferir em seus planos de negócios ou no sistema de governança e compliance que adota para inibir desvios de recursos financeiros como ocorreu em passado recente. A situação que estamos atravessando é conjuntural. Como é sabido, alguns países produtores de petróleo reduziram estrategicamente os níveis de produção para forçar aumentos de preços no mercado internacional. E de certa forma estão conseguindo. Por outro lado, o consumo foi drasticamente reduzido em decorrência da pandemia do cononavirus e também dos reajustes ocorridos. Em consequência, espera-se que o boicote termine em breve e os preços voltem a cair, atingindo novamente o ponto de equilibro entre oferta e demanda. Portanto, não há razão para pânico, o mercado já voltou a reagir positivamente. Nos próximos dias a situação estará normalizada. Chega de barulho. Vamos todos colaborar para que o esforço que está sendo feito pelos Poderes da República para colocar o país no caminho da prosperidade seja corado de pleno êxito. Nosso foco é o Brasil. BSB, 23 de fevereiro.
Por: José Leite Coutinho.
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