A tal emenda que será votada em primeiro turno garante aos deputados e senadores a inviolabilidade e a inimputabilidade por suas declarações e manifestações durante o exercício do mandato, cabendo tão somente à Comissão de Ética da Câmara uma possível avaliação e reprimenda para o que se julgar como quebra do decoro parlamentar.
Muito bonito tudo isso, mas de um cinismo atroz e só nos causa ainda mais o desejo de chamar cada um daqueles 364 deputados que votaram contra o Silveira de vagabundo, salafrário e covarde.
Como assim “se vinga”? Se a canalhada que hoje compõe a Câmara tivesse realmente interessada em resguardar seus membros, não teria primeiro colocado a cabeça do Daniel Silveira em uma bandeja e servido para o STF! Teria libertado e posteriormente sim feito tal emenda e, quem sabe, julgado o Daniel Silveira no âmbito da própria casa.
Mas eu vou falar pra vocês o que aconteceu de verdade. Quando entregaram o Daniel Silveira aos urubus, perceberam que criaram um precedente perigosíssimo dando todo o poder ao STF e eles mesmos se tornaram possíveis carniças. Colocaram suas almofadadas bundas na ponta da seringa. Nada é sobre defender o direito de manifestação dos parlamentares, e sim sobre o medo de serem os próximos.
“Opa! O que aconteceu ao Daniel e eu endossei pode acontecer comigo! Melhor eu fechar a porta!” Mas souberam defenestrar o cara.
É disso que trata a tal emenda. Não há mérito embutido nela e sim uma demonstração de covardia que ultrapassa o senso moral. Mérito haveria se no primeiro momento tivessem reagido contra o STF, gostando ou não do Daniel Silveira, sendo ou não oposição a ele. Eles tiveram essa oportunidade nas mãos e se acovardaram.
Agora estão agindo como moleques (e são moleques!) que deixam o coleguinha apanhar, saem correndo e fecham a porta de casa. Que papel ridículo! Que papel idiota!
Nosso parlamento ainda reúne a pior escória que se pode imaginar.
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