Prefeitura de SP repassa R$ 33 milhões para escolas e agremiações de samba, mesmo sem Carnaval

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A prefeitura de São Paulo, sob o comando de Bruno Covas (PSDB-SP), determinou repassar R$ 33 milhões para escolas de samba, blocos e “cordões” carnavalescos que operam na cidade; mesmo o Carnaval 2021 tendo sido cancelado em virtude da pandemia da Covid-19.

A tomada de decisão ocorreu, bem antes, em novembro do ano passado, quando a Secretaria Municipal do Turismo e a SPTuris assinaram um contrato de apoio institucional às entidades, garantindo o repasse de verba para cerca de 46 agremiações paulistas. Para justificar que o envio do dinheiro não foi em vão, em nota, a prefeitura alegou que “estão sendo estudadas alternativas para aplicação (da verba) nos desfiles de 2022.”

“A Prefeitura de São Paulo esclarece que o Carnaval de São Paulo teve seu cancelamento anunciado nesta sexta-feira, 12 de fevereiro. O contrato firmado com a SPturis, ainda em 2020, é de R$ 33 milhões e neste momento estão sendo estudadas alternativas para aplicação nos desfiles de 2022”, diz a íntegra da nota.

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De acordo com a gestão municipal, em novembro de 2020, quando o termo foi assinado, ainda existia a perspectiva de realizar o carnaval, em 2021, nos meses de maio e julho. Porém, Covas cancelou em definitivo os eventos da na cidade em fevereiro, mas os valores continuarão sendo repassados em sete parcelas. A última será paga em abril.

Mesmo sem Carnaval, o presidente da União das Escolas de Samba de São Paulo (UESP), Alexandre Magno, defendeu a manutenção dos repasses, para, segundo ele, “garantir a sobrevivência do setor nesse momento de pandemia”.

“A UESP defende que seja mantido os ‘investimentos dos cachês artísticos’ e, sobretudo, a realização de atividades alternativas para fim de prestação de contas, pois não se pode desprezar a importância da ‘cadeia produtiva do carnaval’, que é um sistema que abastece a mesa de milhares de famílias de nossas comunidades, já que gera milhares de empregos diretos e indiretos no comércio, serviços, indústria e nas organizações do terceiro setor”, acredita Magno.

E completa:

“Estamos conversando com a Prefeitura, no sentido de defendermos a tese de criarmos alternativas, ainda em 2021, que não exponham pessoas ao contágio do vírus, ou seja, realizações de atividades que não tenham por finalidade a aglomeração de pessoas. Porém, entendemos que o carnaval 2022 precisa de um novo olhar. Mediante esta afirmação, é precoce afirmar como se darão as tratativas de 2022, já que, necessitamos, ainda, de encontrar respostas para a manutenção do contrato de 2021 que, por hora, defendemos”, finalizou.

Confira a matéria no Jornal da Cidade

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