Deu no GLOBO: Em mais uma tentativa de viabilizar sua candidatura à Presidência da República em 2022, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), apresentou a integrantes da cúpula do seu partido um plano para assumir o comando do PSDB nacional, afastar o deputado mineiro Aécio Neves e abrigar dissidentes do DEM, como o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (RJ). O movimento expôs uma divisão no partido e foi visto por alguns tucanos como apressado, já que ninguém na legenda havia sido consultado previamente.
O jornal segue: Deputados do PSDB, alguns ligados a Aécio, pretendem ir ao Rio Grande do Sul pedir ao governador Eduardo Leite que coloque à mesa sua candidatura ao Palácio do Planalto. Ao lado de Doria, o nome de Leite tem sido citado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso como as candidaturas mais fortes da sigla. Tucanos avaliam que Doria estaria se antecipando para expor a cisão na sigla antes da eleição para, com isso, ter certeza de que terá apoio para sua candidatura. E se, eventualmente, não houver consenso, poder justificar uma saída do partido no futuro.
Enquanto isso, deu no Estadão: Em um movimento para tentar conter a crise no DEM após o ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), anunciar que deixará o partido, o ex-prefeito de Salvador e presidente nacional da legenda, ACM Neto, jantou na noite desta terça-feira, 9, em São Paulo com o governador João Doria (PSDB). No encontro, o dirigente sinalizou que a agremiação ainda pode apoiar o governador na disputa presidencial de 2022 e não estará na área de influência do presidente Jair Bolsonaro.
Eduardo Leite, em entrevista para a CNN, disse que não se impõe uma liderança dentro de um partido como o PSDB. Aécio Neves também reagiu e disse que Doria quer vestir o figurino de oposição agora, mas que surfou na onda bolsonarista. O cacique tucano também apontou para os arroubos autoritários de Doria, que é tido como pouco confiável no partido. Vale lembrar que Alckmin já se referiu a ele como traidor, e Marcio França tomou as dores também.
João Agripino Doria é um oportunista ambicioso, que enxerga cada cargo que ocupa como um trampolim para a presidência, sua verdadeira obsessão. Mas não era o Presidente Bolsonaro que só pensava em 2022, Agripino? Segundo a narrativa do tucano, sim, mas isso não passa da tática leninista de acusar no outro o que você mesmo faz. Para quem só pensa nas vidas e na ciência, até que Doria parece um tanto obcecado com a política e a eleição ano que vem…
Enquanto isso, a deputada Joice Hasselmann, que teve 1% dos votos para a prefeitura de São Paulo, disse no Pânico esta terça que será presidente do Brasil. Ela também disse que Paulo Guedes não apita mais nada no governo e liga para ela pedindo favores secretos. Essa mulher sofre de mitomania e egotrip. Os devaneios megalomaníacos narcisistas da Joice mostram sua total falta de senso de realidade, mas não só isso: também mostram como ela “só pensa naquilo”, assim como o Agripino Doria.
Essa turma tem só um projeto de poder, nada mais. Mas estão todos muito iludidos se acham que o povo fora da bolha tucana não está observando tudo com atenção, e nutrindo profundo desprezo e ódio por esse comportamento oportunista e insensível. A resposta virá nas urnas.
Rodrigo Constantino
Economista pela PUC com MBA de Finanças pelo IBMEC, trabalhou por vários anos no mercado financeiro. É autor de vários livros, entre eles o best-seller “Esquerda Caviar” e a coletânea “Contra a maré vermelha”. Contribuiu para veículos como Veja.com, jornal O Globo e Gazeta do Povo. Preside o Conselho Deliberativo do Instituto Liberal. **Os textos do colunista não expressam, necessariamente, a opinião da Gazeta do Povo.
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