A Anvisa aprovou o uso emergencial. Mas o imunizante da AstraZeneca ainda precisa vir da Índia e pode ser que demore. Já a Coronavac tem 50,39% de eficácia, dentro dos parâmetros de aprovação, mas menor que a de Oxford. A Anvisa determinou que haja um acompanhamento para que a agência reguladora tenha conhecimento dos resultados e possíveis reações adversas das vacinas. Principalmente, dados detalhados sobre os idosos que pertencem ao grupo prioritário de imunização.
A primeira vacinada, uma enfermeira, participou das fases de testes, mas recebeu placebo. Foi feito um evento transmitido, em São Paulo, para divulgar os primeiros imunizados com a Coronavac, no domingo (17).
Somando as duas doses do imunizante do Butantan, o valor fica três vezes maior que o de Oxford. Por dose, essa custa em média US$3 a US$4, lembrando que ainda tem o custo de deslocamento da Índia para o Brasil.
O ministro da Saúde, Eduardo Pazzuelo, anunciou que a distribuição das vacinas da Coronavac para os estados começa às 7 horas de segunda-feira (18).
Agora nós sabemos qual é o dia D e a hora H, o primeiro é 20 e o segundo 10 horas. Quando não se sabe o dia é colocado D para que o planejamento siga, a mesma lógica é aplicada para o horário.
Portanto, em todo o Brasil a vacinação contra a Covid-19 começa na quarta-feira (20), às 10 horas. Exceto em São Paulo, porque o governador Dória já começou a imunizar a população – ávido por fazer propaganda política.
Colapso na saúde em Manaus
A Procuradoria Geral da República pretende investigar a prefeitura de Manaus (AM) para apurar quem são os responsáveis pela situação sanitária da capital. Como se sabe, nos hospitais da região falta oxigênio e os números de infectados pela doença estão altos.
O governo municipal é que será investigado porque o STF decidiu, no início da pandemia, que a prioridade dos cuidados de combate ao coronavírus era de governadores e prefeitos.
Desde julho os hospitais manauenses estão cheios. Uma das causas do aumento de números de Covid-19 na capital são as aglomerações das festas de fim de ano. Além disso, surgiu uma nova cepa que ao que tudo indica é mais contagiosa – embora seja menos letal.
Há algumas versões circulando pela internet. Entre elas, uma afirma que há oxigênio, mas o governador não quis comprar porque era de empresas de adversários políticos. Outra diz que o governo está devendo a fornecedora atual do insumo.
Aviões da FAB estão levando oxigênio para a capital para que a situação seja amenizada. O governador de Manaus deu algumas entrevistas agradecendo ao presidente pelo apoio, mas isso não vai acabar com a investigação da PGR.
Agora temos a vacina. Mas precisamos ter mais cuidado com períodos como esses de fim de ano porque vem aí o carnaval.
Alexandre Garcia
Colunas sobre política nacional publicadas de domingo à quinta-feira. *Os textos do colunista não expressam, necessariamente, a opinião da Gazeta do Povo.
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