Ex-senador e ex-ministro não é alvo na 79ª fase da Operação Lava Jato
A Polícia Fedeal deflagrou na manhã desta terça-feira (12) a 79ª fase da Operação Lava Jato, cumprindo aa mandados de busca e apreensão, noi âmbito da investigação de pagamentos de propina na Petrobras e Transpetro e operações de lavagem de dinheiro com imóveis e obras de arte.
São três mandados cumpridos no Rio de Janeiro, dois em Brasília, dois em São Luis do Maranhão, dois em São Paulo e um em Angra dos Reis.
Os mandados são cumpridos nos endereços de Márcio Lobão e Edison Lobão Filho, filhos do ex-senador Edison Lobão, que foi ministro de Minas e Energia do governo Dilma Rousseff (PT). Ele não é alvo da operação desta terça. As ordens judiciais visam apreender mais de 100 obras de arte dos investigados.
Em Sao Luis, agentes da PF e auditores da Receita Federal realizam buscas no Sistema Difusora de Comunicação, que, pertence ao ex-senador Edison Lobão Filho (MDB), está sob controle do senador Weverton Rocha (PDT-MA) )desde as eleições de 2016.
Propinas e lavagem
As investigações apuram fraudes em licitações por meio de pagamento de R$ 12 milhões em propinas a executivos da Petrobras e Transpetro entre 2008 e 2014.
A propina era paga em espécie, e a lavagem do dinheiro acontecia por meio da compra de obras de arte e imóveis.
Uma das transações investigadas foi a compra de um apartamento de alto padrão em 2007 por R$1 milhão e vendido menos de dois anos depois por R$3 milhões, em uma valorização que, de acordo com a PF, não correspondia com as condições do mercado financeiro da época.
Na lavagem de dinheiro com obras de arte, segundo a PF, a diferença entre o valor pago e o declarado variava de 167% a 529%.
Em uma fase anterior da operação, segundo a PF, já foram encontradas obras de arte na casa de um dos investigados que apresentavam variações significativas entre o preço de aquisição declarado e o valor de mercado, em patamares de até 1.300%.
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