Foram quatro os mortos nas manifestações que ocuparam o Capitólio nesta quarta-feira (06), nos Estados Unidos.
Uma das vítimas, uma mulher branca, foi baleada à queima-roupa.
Outras três pessoas, dois homens e uma mulher, também brancos, morreram no hospital, em emergências médicas.
Eu poderia aqui falar sobre os motivos da manifestação, a luta pela democracia e um processo eleitoral mais transparente e eficaz e etc.
Mas prefiro falar da hipocrisia:
Enquanto os representantes do supremo americano permaneceram calados, deixando o lugar de fala para as lideranças e instituições políticas (como deve ser), aqui no Brasil todo mundo resolveu “dar o seu pitaco”. Inclusive alguns ministros do STF, que há muito esqueceram seus papéis de analistas e mediadores da lei e se tornaram verdadeiros papagaios de palanque.
Aliados à esquerda, criticaram o protesto nos EUA, com se tivessem o direito a decidir quem pode ou não se manifestar ou o que é ou não é democrático.
Mas não emitiram uma única palavra sobre as mortes dos manifestantes.
E se fossem os manifestantes os adorados e úteis “antifas”? Será que diriam algo?
E se os mortos na manifestação fossem mulheres … Opa, espera aí, mas duas das mortes foram de mulheres, incluindo que levou o tiro. Incluindo a que foi “covardemente assassinada” …
vou repetir … mulher, manifestante, assassinada à queima-roupa!
E os nossos esquerdistas não falaram nada.
Mas não posso deixar de incluir uma última reflexão:
E se fossem os manifestos, pelo BLM – Vidas Negras Importam? E se fossem de pele negra, os homens e mulheres mortos?
Nossos políticos progressistas, representantes da corte suprema, jornalistas da grande mídia sem dinheiro público, blogueiros lacradores, artistas órfãos da Lei Rouanet e toda a rede de celebridades da futilidade, permaneceriam nesse silêncio sepulcral?
Ou pra eles só importam as vidas que podem ser usadas como bandeira política?
Uélson Kalinovski – Jornalista
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