Operação Elona mira um suspeito autointitulado ‘caçador de relíquias’ que retira do Rio Acre materiais arqueológicos
A Polícia Federal deflagrou nesta terça, 5, a Operação Elona, para investigar supostos crimes de venda de materiais arqueológicos, estelionato e alteração de locais, em razão do valor arqueológico. A ofensiva mira um suspeito que se coloca como ‘caçador de relíquias’ e retira do Rio Acre, na altura do estirão da Gameleira, materiais arqueológicos, sem autorização.
Agentes cumpriram mandados de busca e apreensão na residência do suspeito em Rio Branco, onde foi localizado grande parte do material arqueológico sob investigação. Segundo a PF, foi realizada a prisão em flagrante de um indivíduo na posse das relíquias.
Os materiais arqueológicos resgatados foram encaminhados ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que ‘fará a destinação adequada para a conservação dos objetos’, indicou a corporação.
Segundo a divisão técnica do Iphan no Acre, as relíquias seriam ‘garrafas de Stoneware (Grés) do século XIX, além de garrafas de vidro provenientes da Holanda, Irlanda, Inglaterra e Portugal’. “São materiais de diversos tamanhos e tipologias, que foram trazidas para a região na época da Revolução Acreana e, sobretudo, durante os Ciclos da Borracha, possuindo, portanto, mais de 100 anos e, consequentemente, um grande valor histórico”.
As investigações tiveram início a partir de notícia de crime, informando a possível comercialização de materiais arqueológicos na internet em plataformas digitais. A Polícia Federal indicou ainda que as apurações continuarão em andamento para identificar outros envolvidos no esquema.
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