Em uma operação conjunta, chamada Arquimedes, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal vem investigando o que pode ser o maior esquema de extração e transporte ilegal de madeira da Amazônia.
Até o momento, foram identificadas 61 madeireiras suspeitas de operar em um mercado irregular, mas o número pode aumentar conforme o prosseguimento das investigações.
Segundo os documentos obtidos e analisados pelos investigadores, os donos das madeireiras pagavam propina para agilizar licenças de uso de áreas de manejo, impedir fiscalizações, e conseguir que áreas protegidas fossem classificadas como áreas com permissão de uso para extração de madeira, além da falsificação de documentos que informavam origem falsa das madeiras retiradas de áreas de preservação e de reservas indígenas.
Conforme averiguado até o momento, os pagamentos de propina eram feitos a engenheiros florestais, empresários e servidores do Ipaam (Instituto de proteção Ambiental do Amazonas).
A operação está em sua segunda fase, sendo que a primeira ocorreu em 2017. Na segunda fase, o ex-diretor de Ipaam, Fábio Rodrigues Marques, foi preso.
No total, foram 23 mandados de prisão preventiva, 6 mandados de prisão temporária e 109 mandados de buscas e apreensões. O Ministério Público Federal já apresentou 24 denúncias à justiça e, inclusive, já houve condenação.
Confira:
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