Quadrilhas determinaram que população deveria votar em ao menos três “candidatos”. Tribunais de defesa da democracia não se pronunciaram
Criminosos ameaçam moradores e candidatos em locais dominados pelo tráfico ou pelas milícias, informou reportagem do telejornal local RJTV, da TV Globo Rio.
Aos moradores, os bandidos não só proíbem o uso de materiais de campanha de candidatos não alinhados, como os ameaçam e intimidam para que votem nos escolhidos pela bandidagem. Já os candidatos que não fecham acordos com os criminosos são ameaçados de morte se fizerem campanha nos locais dominados.
A polícia civil intimou três candidatos: Marcello Siciliano (PP) e Marcelo Diniz (Solidariedade), que concorrem a uma cadeira na Câmara de Vereadores do Rio, e o professor Lenine Ramos (PSDB), que disputa a Prefeitura de Queimados. Segundo o secretário da Polícia Civil do RJ, Allan Turnowsky, “só eles estão podendo fazer campanha em determinados redutos.”
De acordo com a reportagem, a polícia informou que 672 colégios eleitorais, que reúnem 2 milhões de eleitores, situam-se em áreas dominadas pelo crime em todo o estado.
Para certos membros do Supremo Tribunal Federal, o presidente ir a manifestações é um ataque à democracia e merece discursos inflamados. Já o fato de 2 milhões de eleitores não poderem exercer o seu mais básico direito de escolha não rendeu uma só linha de vossas excelências no Twitter.
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