Roger Abdelmassih é atacado por preso em hospital penitenciário na Zona Norte de SP

Roger Abdelmassih é atacado por preso em hospital penitenciário na Zona Norte de SP

Ex-médico condenado por estupro foi atacado por outro detento que teve irmã estuprada. Segundo a SAP, detento foi contido e Abdelmassih não ficou ferido.

O ex-médico Roger Abdelmassih, condenado por estupro de pacientes, foi atacado por um detento na quarta-feira (21) no Centro Hospitalar do Sistema Penitenciário, no Carandiru, na Zona Norte de São Paulo. Ele está está internado no local desde 10 de setembro, quando foi transferido da penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo.

Segundo o secretário da Administração Penitenciária (SAP), Nivaldo Restivo, o ataque ocorreu no começo da tarde após um preso, que teve a irmã estuprada recentemente, chegar ao hospital para ser medicado por causa de uma fratura no fêmur.

“Quando soube que Roger estava na mesma ala do hospital penitenciário, ele invadiu o quarto, pulou sobre Roger e o atacou com as mãos”, afirmou Restivo.

A SAP informou que funcionários do hospital perceberam e controlaram o preso e Roger não ficou ferido.

Roger passou por exame de corpo de delito, que não apontou nenhuma lesão.

Abdelmassih está preso desde que o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) revogou a prisão domiciliar e determinou que ele voltasse a cumprir pena em Tremembé, em 31 de agosto. Mas, por motivos de saúde, conseguiu a transferência para o hospital na capital.

Roger Abdelmassih deixa P2 em Tremembé rumo a hospital penitenciário — Foto: Tiago Bezerra/TV Vanguarda
Roger Abdelmassih deixa P2 em Tremembé rumo a hospital penitenciário — Foto: Tiago Bezerra/TV Vanguarda

Idas e vindas da prisão

O ex-médico estava em prisão domiciliar desde 19 de abril por ser considerado integrante do grupo de risco de contrair o coronavírus. A decisão que concedia o benefício a ele foi revogada no dia 28 de agosto pelo TJ-SP e ele voltou para a prisão três dias depois.

Ex-médico deixou sua casa na Zona Oeste de SP no início da tarde do dia 31 de agosto — Foto: Reprodução/TV Globo

Ex-médico deixou sua casa na Zona Oeste de SP no início da tarde do dia 31 de agosto — Foto: Reprodução/TV Globo

Para os desembargadores que integram a 6ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, “a pandemia causada pelo vírus Covid-19 não autoriza, por si só, a antecipação da progressão no regime prisional” e o ex-médico cumpre pena de 173 anos de prisão em regime fechado, não tendo direito à progressão de regime para o aberto no momento.

O TJ atendeu a um recurso do Ministério Público, afirmando que não há nenhum cuidado que o ex-médico precise que não possa ter na cadeia. O MP alegou que recomendação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) citada na decisão pela juíza, que aborda medidas preventivas à propagação da Covid-19 nas prisões, não pode ser usada para autorizar a “soltura desenfreada de presos”.

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Segundo o MP, a penitenciária onde Abdelmassih cumpria pena não tinha nenhuma morte confirmada pela doença e a decisão de conceder prisão domiciliar a Abdelmassih não considerou a possibilidade de ele ficar isolado dentro da penitenciária onde cumpria pena.

Para os desembargados, a pena de 173 de prisão pelos crimes sexuais aos quais Abdelmassih foi condenado e o fato de ele já ter simulado uma doença não autorizam a progressão da pena.

Roger Abdelmassih está preso em um hospital penitenciário


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