O ex-chefe de gabinete do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente do Incra, ex-secretário da Agricultura e do Meio Ambiente de São Paulo, Chico Graziano, denunciou o Colégio Anglo, mostrando as apostilas de preconceito contra os agricultores e pecuaristas brasileiros.
O preconceito está lá com aqueles chavões antiquados, “o agricultor tem trabalho escravo”, “se mantêm armados para obrigar as pessoas a trabalhar”, “não fazem nada, quem trabalha é o empregado, o escravo”. As crianças que estão comendo vão perguntar: “puxa, a comida que eu estou comendo vem de trabalho escravo?”. Incrível! Supostamente o Colégio Anglo vai dar explicações a respeito disso.
Argentina tenta desviar as atenções da crise interna
A Argentina não aprende, né? Eu cobri a Guerra das Malvinas, fui condecorado pela rainha por causa dessa cobertura, ela me deu a Ordem do Império Britânico. Eu me interessei muito pelo assunto e, obviamente, foi o governo militar de Leopoldo Galtieri, do Almirante Jorge Anaya, que tentou desviar a atenção do público interno. Sempre que o governo está fraco se faz isso: acusa os EUA, acusa o Brasil, acusa a Colômbia para desviar as atenções. A ditadura cubana faz a mesma coisa.
E agora sabe o que os argentinos fizeram? Eles aumentaram 62% do seu território. Foi uma decisão do Congresso, supostamente com base em um órgão ligado às Nações Unidas, e sancionado pelo presidente Alberto Fernández. 62% do território, 1,7 milhão de km a mais, sendo que a Argentina tem um total de 2,7 milhões de km. Se a gente comparar com o Brasil, dá 20% do território brasileiro.
Aumentou em torno das Ilhas Malvinas, as Falklands, da Inglaterra, Geórgia do Sul, da Inglaterra, o continente Antártico, naquela região que já teve tanta discussão diplomática, que teve o árbitro do Papa no Canal Beagle. Os chilenos já protestaram. Isso é para desviar as atenções da tremenda crise interna da Argentina. Estão repetindo a mesma fórmula.
Encontros em prol da harmonia
No Brasil, a harmonia de poderes. Hoje pode acontecer na casa do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Bruno Dantas um encontro entre Paulo Guedes e Rodrigo Maia. Pacificação essa que é intermediada pelos senadores Kátia Abreu, que foi ministra de Dilma, Renan Calheiros, que foi presidente do Senado, José Múcio Monteiro, o presidente do TCU que foi do PFL de Pernambuco. Algo que é bem-vindo, botar uma base entre os dois porque é um interesse do país. As questões pessoais deles não podem prejudicar o país.
Um outro encontro que eu chamei de “Embalos de Sábado à Noite” foi na casa do ex-presidente do supremo Dias Toffoli. Lá estavam o presidente do Senado Davi Alcolumbre, o presidente Jair Bolsonaro e o desembargador Kassio Nunes Marques, piauiense, indicado para o STF. É o presidente Bolsonaro dando uma lição de maestro nessa harmonia de poderes, nessa orquestra.
Porque tem gente no Supremo que trabalha ao contrário. Dá grandes prejuízos para o país por causa de gente do Supremo, que parece que não leu a Constituição, não leu Montesquieu, que fala em harmonia e independência de poderes. É o que foi posto em prática em torno de um jogo do Ceará e Palmeiras – supostamente o encontro foi para ver o jogo. É muito interessante.
No dia seguinte, o filho do presidente Bolsonaro, que é presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, Eduardo Bolsonaro, deputado mais votado do país, reuniu, além do pai dele, o representante do governo dos EUA, o embaixador dos EUA, o embaixador de Israel, o ministro de Relações Exteriores e os embaixadores de Bahrein e dos Emirados Árabes Unidos. O que está em jogo aí? A paz entre árabes e israelenses, a paz entre no Oriente Médio, a paz no mundo. A paz, e aí, bons negócios e bons investimentos. Harmonia.
Alexandre Garcia
Colunas sobre política nacional publicadas de domingo à quinta-feira. *Os textos do colunista não expressam, necessariamente, a opinião da Gazeta do Povo.
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