O ex-presidente Lula, pasmem, gosta menos de Sergio Moro que de Jair Bolsonaro. Na terça-feira (15), ele deu razão ao presidente dizendo que não houve intervenção na Polícia Federal como disse o ex-ministro.
Para mim, Moro se sentiu melindrado porque Bolsonaro chamou a atenção dele naquela reunião ministerial, que depois foi divulgada. Esse foi o motivo para ele ter deixado o governo.
Imitando Moro, Lula disse “ai, eu vou sair porque o Bolsonaro quer indicar o diretor da Polícia Federal”. O ex-presidente terminou falando que o presidente da República tem todo direito de indicar quem quiser.
É o que eu costumo dizer. O presidente foi eleito para governar o país, ser o representante do Estado brasileiro e ser o chefe do Executivo. A Polícia Federal é um órgão do poder Executivo, portanto, Bolsonaro é chefe da PF.
Claro que a PF é subordinada ao ministro da Justiça, mas o presidente da República é o chefe direto dos ministros. Ou seja, ele é chefe de todos os demais funcionários do poder Executivo. Só o ministro do Supremo Celso de Mello que não entende isso…
Recuperação econômica em curso
O índice IBC-BR do Banco Central mostra que a economia do Brasil teve uma recuperação no mês de julho. Segundo o BC, houve um crescimento de 2,15% no PIB.
Depois dessa divulgação do boletim desta semana, o BC estima que a queda vai ser de 5,11%; uma queda de 0,20 pontos percentuais em relação à semana passada. O FMI estima que PIB brasileiro, em 2020, irá despencar 9,1%.
Só a zona do Euro vai ter uma queda de 8% neste ano. Estima-se que a Inglaterra tenha um tombo maior que esse. Ou seja, o Brasil está despontando na recuperação. O país tem condições de mostrar para o mundo o que é preciso para uma recuperação econômica depois da pandemia.
A OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), que reúne a elite da economia mundial, convidou o Brasil para coordenar um grupo de recuperação econômica global. É pouco isso? Logo, logo, a OMS vai querer saber como o país fez para acabar com a pandemia.
Congresso italiano inchado
Como em todo o mundo, os italianos com cidadania que moram aqui no Brasil estão respondendo a um referendo que pergunta se esses querem ou não encolher o Parlamento da Itália.
O país europeu tem 60 milhões de habitantes e tem 630 deputados e 315 senadores. Passou da hora de enxugar o Parlamento. Imaginem se fizessem um referendo perguntando a mesma coisa.
Eu acho que ter três senadores por estado é um número razoável, mas o restante não. Poderíamos pensar em um sistema eleitoral de voto distrital e baixar o número de 513 para 350 deputados federais.
Alexandre Garcia
Colunas sobre política nacional publicadas de domingo à quinta-feira. *Os textos do colunista não expressam, necessariamente, a opinião da Gazeta do Povo.
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