Confira detalhes sobre a vida do bispo salesiano; para título de Santo, dois milagres ainda precisam ser analisados em Roma
Em homenagem à memória de Dom Antônio de Almeida Lustosa e aos seus 46 anos de morte, uma missa será transmitida virtualmente na próxima sexta-feira (14), às 17h. A celebração poderá ser acompanhada pelo facebook do Instituto Josefino, com participação do padre Abimael, da paróquia de Nossa Senhora do Sagrado Coração, da Aerolândia. O processo de canonização de Dom Lustosa está na segunda fase, quando são analisadas as “virtudes históricas” do bispo salesiano pela Congregação da Causa dos Santos no Vaticano.
Após a aceitação desses documentos, o religioso precisa passar pelo reconhecimento de dois milagres, um para beatificação e o outro para canonização. Somente com este último, Dom Lustosa poderá ser referido pelo título de Santo. O processo de canonização foi instaurado pelo então arcebispo de Fortaleza, Dom Aloísio Lorsheider, em 14 de agosto de 1993. Em 2001, a arquidiocese concluiu a parte local com o levantamento histórico e o parecer sobre a fidelidade teológica dos escritos do bispo diocesano.
Segundo o membro da Comissão de Canonização e Beatificação de Dom Lustosa, padre Abimael Nascimento, a conclusão dos documentos necessários para finalizar os processos foi enviada à Roma em 2019. “Faltavam os relatos das dioceses que ele trabalhou em Uberaba, Minas Gerais, de 1925 a 1928, e em Corumbá, no Mato Grosso do Sul, de 1929 a 1931”, explica.
Após a realização da pesquisa histórica dos documentos, o material apurado foi enviado para o Postulador, pessoa responsável por ajudar na solicitação e organização dos materiais em favor da causa de beatificação e canonização, conforme a Igreja Católica Romana, na Itália. “Tendo comprovação do milagre, Antônio será beatificado e, com o segundo pode vir a ser canonizado. Podendo ser chamado, então, de Santo Antônio de Almeida Lustosa”, declara o padre.
História
Dom Lustosa nasceu em 11 de fevereiro de 1886, em São João Del Rei, Minas Gerais, sendo consagrado bispo no mesmo dia de 1925, aos 39 anos. Descobrindo a vocação para o sacerdócio aos 18 anos, em 29 de janeiros de 1905, ingressou na Congregação Salesiana, logo depois incorporou o Instituto Dom Bosco, realizando votos de castidade, pobreza e obediência.
Em Fortaleza, trabalhou como arcebispo por 22 anos. Na capital cearense, desenvolveu obras guiadas na fé e na caridade, com caráter religioso e social. Dentre as ações, há a fundação do Hospital São José, para pobres e tuberculosos, assim como a criação das Escolas Comunitárias, para crianças, adolescentes e adultos da periferia.
Também integrou o Instituto do Ceará, a Academia Cearense de Letras e a Academia Paraense de Letras. Colaborou com jornais da época e escreveu séries de poesias, biografias e livros religiosos. Em seus últimos dias de vida, morou no seminário Salesiano da Carpina, em Pernambuco , onde faleceu no dia 14 de agosto de 1974.
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