Pegue caneta e papel e faça um risco na vertical.
Acima escreva *E* do lado esquerdo e *D* do lado direito do risco.
Agora escreva do lado esquerdo as siglas dos partidos brasileiros que você sabe que são de esquerda (PT, PDT, PSOL, etc…) e do lado direito você escreve a palavra “bolsonaristas”.
Bem no meio do risco escreva PSDB, MDB, PSL, NOVO, DEM… enfim, aqueles que você tem dúvidas quanto ao posicionamento políticoideológico.
Pronto, agora temos um esboço de cenário político para você entender o que está acontecendo.
Os partidos do meio nós chamamos de centrão e eles também são divididos em “alas”, uns mais à direita, outros mais à esquerda; uns mais liberais econômicos, outros mais liberais no comportamento; uns pendendo para apoiar um nome, outros apoiam outro figurão da sigla; vamos usar como exemplo o PSDB: nele nós encontramos uma ala pró João Dória e outra pró Geraldo Alckmin e eles disputam apoio dentro do próprio partido. (Longe de mim defender Geraldo, mas a chegada das investigações da Lava Jato em seu nome acabaram ajudando Doria, eita cara de “sorte” esse João!).
Seguimos…
A mesma regra serve para todas as siglas, porque TODOS têm disputas internas que não chegam até ao público, muitas vezes ficam restritas à alta cúpula e nem os filiados ficam sabendo Brasil afora.
Agora faça o mesmo exercício com os nomes e partidos da tua cidade, tente ler o cenário baseado nos partidos que cada pré-candidato representa e nos seus posicionamentos políticos diante das situações locais e da vida.
Importante também reparar que do lado direito não há nenhuma sigla definida, só há a “ala ideológica” bolsonarista que ainda não se organizou de forma partidária, são muitos conservadores tentando encontrar um partido para se filiarem, mas sem acesso a um puro sangue, portanto, espalhados nas siglas que você escreveu no centro da linha. Mas como identificá-los?
Os conservadores não são os santos, ou candidatos à santidade (se tiver um aí querendo esse posto NÃO VOTE NELE! ELE MENTE E NÃO ENTENDEU NADA SOBRE O QUE É SER CONSERVADOR).
Conservadores também traem, mentem, têm dívidas, brigam, são homossexuais, quebram empresas, se divorciam, são ateus, etc…
A diferença é que eles não acham que o governo precisa criar uma política pública para falar do assunto, muito pelo contrário, ele pensa que o ESTADO não deve intervir na forma que ele vive, que conduz sua empresa, sua vida pessoal, espiritual e a criação de seus filhos.
O conservador, em via de regra, se sente incomodado com a intervenção do Estado em sua vida particular, isso vem de um traço de criação patriarcal onde o homem provém a família e arca com suas consequências (AQUI você entende o motivo das esquerdas tentarem a todo custo terminar com a “família patriarcal”, porque vem dela o sugestionamento de que cada indivíduo é responsável por suas atitudes, independentemente da estrutura ao seu redor, uns demandarão mais esforços, outros menos, mas todos devem fazer o possível para se sustentarem e não interferirem na vida do outro).
O fim da família patriarcal faria com que indivíduos aceitassem serem escravos das decisões do estado, desde que ele “nos proteja e nos sustente”. Conservadores não aceitam esse tipo de intervenção e preferem assumir os riscos de suas existências, para isso contam com altas doses de coragem, expertise em várias áreas que não apenas as humanas e, também, com muita fé.
Saibam escolher seus candidatos aprendendo como se faz a leitura de um cenário político e do que é ser um conservador de fato.
Atenção na escolha do teu vereador e prefeito, afinal, eles são os políticos mais próximos do povo e podem usar seus cargos para serem a base de votos para qualquer candidato na campanha presidencial de 2022.
Atentos e cientes a gente desenlinha esse nó.
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