Há hoje no Brasil, uma guerra preocupante e desigual. De um lado, aqueles que dizem falar em nome da “Ciência”, do outro, a Verdade.
Para os que se colocam pela “Ciência”, a verdade é um mero detalhe. Pouco importa se as estatísticas projetam um cenário diferente, ou se os resultados demonstram o oposto do que foi previsto pelos “especialistas”.
O simples fato de você apontar isso, te transforma num negacionista, obscurantista, genocida, etc.
Vejamos por exemplo o estudo da Universidade Federal de Goiás (UFG) que previu (em sua Nota Técnica 3) que o estado, diante de um isolamento social menor que 38% (chamado pelos pesquisadores de “Cenário Vermelho”), teria “um total acumulado de óbitos por COVID-19 entre 1.052 – 1.438 no final de junho, e entre 5.360 – 5.938 no final julho.”
Este que vos escreve, denunciou no dia 03 de julho (através de Nota redigida para a Frente Conservadora de Goiânia), que as previsões da UFG para o dia 31 de Junho estavam grotescamente erradas. O número de óbitos total era de 475, não 1.052 ou 1.438. O número de óbitos diários era de 38, não 67 ou 95. Tudo sob o cenário vermelho.
A imprensa em sua quase totalidade, se silenciou. E o pior, o governador de Goiás utilizou-se de um novo estudo, feito pelo mesmo grupo, para justificar um excêntrico isolamento alternado de 14 dias no estado. Na disputa entre a inquestionável Ciência e a Verdade, a segunda sempre perde.
Um mês depois, e aqui estamos para checar novamente as previsões do estudo UFG. E, surpreendendo absolutamente ninguém, as previsões estão mais erradas ainda. O estudo previu que Goiás teria entre 5.360 e 5.938 no final de julho, sob o cenário vermelho.
O número oficial de óbitos no estado, no entanto, é de 1.701. Ainda que exista margem de erro, uma discrepância desta magnitude é intolerável, principalmente quando o estado baseia suas políticas, que afetam milhões de cidadãos, nesses estudos.
O Governo do Estado de Goiás precisa explicar porque decidiu impor um sacrifício descomunal aos goianos, baseado nos estudos de um grupo que errou de forma vergonhosa suas previsões. Dezenas de vidas prejudicadas, empregos perdidos e sabem-se lá quantos óbitos causados não pelo vírus, mas pelas políticas adotadas para combatê-lo.
Podem dizer que esta decisão foi baseada em tudo, menos em dados científicos.
Esta denúncia de hoje provavelmente será ignorada também. Afinal, hoje nos ensinam que a Ciência tem donos, e que estes donos não podem ser questionados. Mesmo especialistas, não serão ouvidos se não estiverem do “lado certo” da Ciência. Aquele lado onde a Verdade é um mero detalhe. Onde a narrativa é mais importante. Onde se declarar dono do monopólio científico tem mais valor do que enxergar os fatos.
Justiça seja feita, este é um fenômeno que ocorre no País todo. Os “donos” da Ciência nos proíbem de questioná-la. Querem nos fazer esquecer que a Ciência verdadeira consiste justamente em questionar. Um título de Especialista, Mestre ou Doutor, não coloca ninguém acima da verdade.
Confira:
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