A Alemanha Socialista de Hitler

Adolf Hitler

Se você é uma pessoa intelectualmente honesta, preste bem atenção nessa verdade: qualquer um que afirme ser o nacional socialismo de Hitler um regime de direita é um criminoso ou um inocente útil a serviço da criminalidade esquerdista.

E quem chama o regime socialista de Hitler de “nazismo”, colabora, quer saiba ou não, com a criminalidade esquerdista, pois propaga a ilusão de o socialismo de Hitler ser algo diferente dos outros socialismos, quando é, em sua estrutura, métodos e mentalidade, a mesmíssima coisa.

Os conservadores deveriam buscar uma linguagem mais clara, abandonando a novilíngua imposta pela esquerda. “Nazismo” é novilíngua.

Um historiador conservador, ou seja, honesto, deveria escrever livros inteiros e dar aulas se referindo a esta parte da história como o socialismo de Hitler, o socialismo hitlerista ou o socialismo nacionalista.

Sempre que se escreve o nome do Mal por extenso, evita-se a contração que mascara a realidade e suas filiações. Exemplo: O Holocausto de Hitler é uma obra da esquerda, assim como o Holodomor de Stálin e os genocídios de Mao.

Uma das grandes vitórias da desinformação esquerdista foi a de ter vendido a mentira de que o socialismo de Hitler é um fenômeno da direita.

O nacional socialismo exibiu todos os aspectos de qualquer outra nação dominada pelo esquerdismo:

– Distorção da linguagem;

– Desarmamento da população;

– Supressão da imprensa;

– Dominação dos meios de produção;

– O estado tirando os filhos dos pais;

– Fechamento das fronteiras para aprisionar a própria população;

– Demonização do capitalismo;

– Instauração de um terror onde todos se denunciam;

– Substituição da bandeira nacional pela bandeira do partido;

– Criação de uma simbologia totalitária, traduzida em bandeiras, quadros e estátuas que se alastram pelo país;

– Criação de ficções para substituir a história;

– Escolha de um espantalho como inimigo comum.

O que vale para pessoas, vale para nações: se pensa, discursa, planeja, mancomuna e age como esquerdista, é esquerdista.

Mas o quê o nazismo precisaria ter tido para ser considerado de direita? Ora, precisaria ter representado e aplicado os valores da direita:

– Direito da população se armar;

– Direito de ir e vir;

– Imprensa livre;

– Bandeira nacional em vez da bandeira do partido;

– Valorização da família;

– Livre mercado;

– Respeito à linguagem;

– Defesa da propriedade privada;

– Educação em vez de doutrinação.

O nacional socialismo, assim como as outras formas de esquerdismo, são exatamente o oposto de tudo o que a direita defende e aplica nos países nos quais chega ao poder.

Para quem deseja se aprofundar nesse tema, vou detalhar o problema e citar algumas obras.

Sabe por que é tão importante para a esquerda manter o mito de que o nacional socialismo é de direita?

Porque quando são lembrados de que o comunismo só produziu tragédias nas dezenas de países onde foi implantado, eles têm apenas dois períodos históricos desastrosos “de direita” para contrapor como “argumento”: o da Itália Fascista e o da Alemanha de Hitler, sendo este último o carro-chefe da mistificação.

Tiremos dos esquerdistas esses dois mitos, e sobra a eles apenas o que são: os verdadeiros totalitários, com suas URSS, Albânia, Coréia do Norte, Cuba, Venezuela e… a Alemanha de Hitler e a Itália Fascista.

Ou seja, o professor de história esquerdista perde seus dois grandes trunfos doutrinatórios em sala de aula. Agora, falemos do nacional socialismo apenas, uma vez que estabelecendo a verdade de ele ser uma pura expressão da esquerda, o fascismo é desmascarado junto.

Mas há uma polêmica sobre se a Alemanha de Hitler era de direita ou de esquerda, certo? Errado. Muito errado. Não há polêmica nenhuma. Os esquerdistas sabem que estão mentindo, mas precisam mentir, pois a luta precisa continuar. Mas vamos à verdade. Há quatro caminhos para se chegar a ela.

Caminho 1 – É o da constatação do óbvio. O próprio partido que Hitler dominou se chama “Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei” – “Partido do Trabalhador Alemão Nacional Socialista”, nome mais esquerdista que esse não consigo imaginar. Além disso, o nacional socialismo produziu uma gama de material panfletário de esquerda, a exemplo do broche com o martelo e a foice, símbolos máximos e inconfundíveis do esquerdismo, cunhado por Hitler por conta do Dia do Trabalho de 1934 (“Tag der Arbeit”).

Mas suponhamos que a pessoa não tenha muito tino e perspicácia para se ater ao óbvio, e caia na conversa esquerdista de “que o nome do partido e todo esse material de coleção não provam nada” (o que é uma forma de dizer que a realidade nada prova…); nesse caso, avancemos…

Caminho 2 – É o da comparação. Tanto o nacional socialismo quanto o socialismo tradicional aplicam as mesmíssimas estratégias de dominação: partido único, supressão da imprensa, controle de fronteira, novilíngua, desestruturação da família, escola com partido, controle da sexualidade, incentivo à delação nas relações cotidianas, desarmamento da população, desapropriações, controle estatal e criação da figura do “contrarrevolucionário”.

Se você pegar qualquer livro respeitado do tema, por exemplo “Ascenção e Queda do Terceiro Reich”, de W. Shirer, e substituir “nacional socialismo” por “comunismo”, não saberá mais se Shirer descreve a estrutura da Alemanha de Hitler ou a da União Soviética comunista, uma vez que tudo é igual.

Mas suponhamos que a pessoa, de novo, não tenha tino e perspicácia para ver a obviedade dessa verdade. Ainda assim, resta outro caminho…

Caminho 3 – É o do estudo. Já no clássico e muito respeitado “Hitler”, de Joachim Fest, de 1973, há um longo relato de como o Nacional Socialismo disputava a massa esquerdista alemã com outros partidos socialistas; e o que Hitler escreveu criticando o marxismo se devia não a uma aversão à massa socialista, mas ao fato de querer essa massa para seu partido.

Tanto é verdade que, embora criticasse os marxistas, Hitler discursava nesses termos: “Nós somos socialistas, e o capitalismo é nosso inimigo; e vamos arrasá-lo em todas as suas formas”. Esse discurso foi em 1927, e está citado no livro “The Big Lie…”, de Dinesh D’Souza.

Mas se, de novo, faltar tino ou perspicácia para ver o óbvio, podemos fazer uma última tentativa…

Caminho 4 – É o da inferência. Estudiosos que têm alguma reputação a manter, ou têm um certo orgulho intelectual, não têm coragem de afirmar a escandalosa mentira de que “O Nacional Socialismo foi de direita”. Não fazem isso porque passariam, diante de seus pares, por estúpidos ou desonestos, e a vaidade impede tal exposição.

Então, o que fazem? Dizem que “o nacional socialismo não foi um verdadeiro socialismo”, mas um “falso socialismo”. Essas duas aspas são do respeitado historiador Jan Kershaw.

Mas espere, não é a própria esquerda que vive destruindo países para depois dizer que ali não foi aplicado o verdadeiro socialismo, a exemplo da Venezuela?

Do fato de os historiadores esquerdistas mais respeitados precisarem falar em “falso socialismo” – e não em “direitismo” – infere-se que tudo orbita no universo esquerdista da destruição.

Marco Frenette

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