Governador do Distrito Federal disse que a juíza da 3ª Vara Cívil “dá uma de pavão”, quer aparecer
O governador do DistritoFederal, Ibaneis Rocha (MDB), classificou como “bruto e desnecessário” o ato de uma juíza suspendendo a reabertura de atividades não essenciais no Distrito Federal.
“Não havia razão para essa intervenção”, disse o governador em entrevista exclusiva à Rádio Bandeirantes.
Para Ibaneis, a decisão se deve à vontade de Kátia Balbino de Carvalho, da 3ª Vara Federal Cível, de aparecer para concorrer a uma vaga num tribunal regional federal. “Ela quer governar, mas tem que ir para as urnas e se eleger. Dá uma de pavão, aparecendo”.
O governador explicou que a reabertura de salões de beleza, academias, bares e restaurantes, está em fase de estudos e, como em todos os outros casos, se adotada, obedecerá a protocolos de segurança sanitária.
Ele também elogiou a atuação de Eduardo Pazzuelio como ministro interino da Saúde e defendeu sua efetivação no cargo. “Ajudaria muito no combate à pandemia”, disse ele.
Economia do DF cai 30%
À Rádio Bandeirantes, Ibaneis Rocha afirmou que a pandemia deve provocar uma queda de 30% na economia do Distrito Federal, com alta de 20% no desemprego.
Como forma de acompanhar de perto a disseminação do coronavírus, ele determinou que todos os rodoviários façam testes a partir de hoje.
Sobre o uso obrigatório de máscaras no Distrito Federal, o governador confirmou que apenas três pessoas foram multadas, entre elas o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub .
“Não vou viver de multa. Só é aplicada em casos excepcionais. Weintraub é um deles. A Esplanada tava fechada. Ele foi e insistiu num ato de afronta”.
Caso Queiroz respinga em Bolsonaro
No caso de Jair Bolsonaro, que costuma ir sem máscara a lugares públicos, Ibaneis Rocha revelou ter pedido a interlocutores que o orientassem a não fazer mais isso.
Embora Bolsonaro não seja investigado no escândalo das “rachadinhas”, a prisão de Fabrício Queiroz “já respingou na imagem do presidente”, na opinião do governador.
Ainda na entrevista à Rádio Bandeirantes, ele reputou como “caso inédito na história do STF” a decisão do Supremo de abrir e conduzir o inquérito das fake news.
Na avaliação do governador do Distrito Federal, as investigações deveriam ser tocadas pelo Ministério Público, mas, segundo ele, não há o que fazer: “Depois do STF, só Deus”, concluiu Ibaneis Rocha, entrevistado pelos jornalistas José Paulo de Andrade, Claudio Humberto, Thays Freitas e Pedro Campos, no Jornal Gente.
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