O ministro da educação incomoda muita gente.
É odiado pela Rede Globo e causa ojeriza em toda a esquerda.
É o mais detestado pelo establishment.
E o que isso significa?
Muito simples. Weintraub está no caminho certo, trabalhando por uma complicada reconstrução na pasta mais sensível do governo, aquela que foi responsável por todo o aparelhamento do sistema e pela verdadeira esculhambação que destruiu nossas universidades.
Pois bem, neste final de semana, o jornalista Lauro Jardim, exímio produtor de ataques contra o governo, “exonerou” Weintraub.
Iniciou produzindo uma notícia falsa. Foi imediatamente desmentido. Não voltou ao assunto. Nem tampouco “conferiu” a informação, conforme sugeriu o ministro.
Na sequência, alucinado, garantiu:
“Weintraub selou hoje seu destino no governo”.
Eis o texto:
“A participação de Abraham Weintraub há algumas horas em uma manifestação de apoiadores de Jair Bolsonaro na Esplanada dos Ministérios irritou de modo definitivo e irreversível o Palácio do Planalto.
Sem máscara (obrigatória por lei no Distrito Federal), Weintraub voltou a abrir o verbo, quase nos mesmos termos usados na reunião ministerial de 22 de abril:
— Já falei minha opinião, o que faria com esses vagabundos.
Sua fala foi gravada e passou a circular nas redes sociais. Ministros do STF entenderam a frase como uma nova afronta — e ela soou mais forte ainda porque ocorreu horas depois de a sede do Supremo ter sido atacada por manifestantes que clamavam pelo fim da democracia.
O Palácio do Planalto chegou à conclusão de que não dá mais para segurar Weintraub no cargo.
Há tempos os militares do entorno de Bolsonaro insistem com o presidente que Weintraub só atrapalha o governo. Mas o seu estilo desaforado nas redes sociais sempre lhe garantiu uma sobrevida, apesar do seu pífio desempenho como ministro.
Demorou, mas Weintraub hoje cruzou a linha até para os padrões bolsonaristas.”
As afirmações de Lauro Jardim são meros “achismos”, totalmente inconsequentes e com um propósito bem claro. Desestabilizar o governo. Derrubar o ministro. Esse é o sonho.
Ele afirma que a participação de Weintraub numa manifestação popular “irritou de modo definitivo e irreversível o Palácio do Planalto”. Pura balela de quem não entende que esse é um governo popular e não admite a popularidade que vem sendo alcançada justamente por Weintraub.
Os “vagabundos” da vez, citados pelo ministro, são os governadores que estão usando a pandemia para assaltar os cofres públicos.
Não houve nenhuma “afronta” aos ministros do STF.
Ademias, se o desempenho de Weintraub como ministro fosse ‘pífio’ não estaria incomodando tanto o terrível ‘mecanismo’.
Gonçalo Mendes Neto. Jornalista.
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