Mudanças de opinião da OMS mostram que o órgão é político, não científico

Por alguma razão, tratam tudo da ONU como a Verdade revelada no Sinai, e não como mais um órgão político, com discurso político com interesses políticos

A notícia de que a OMS admitiu que a transmissão entre assintomáticos é “muito rara” mostra que 2020 é mesmo o ano do experimento social – e os ratinhos de laboratório somos você e eu, meu caro leitor – mon semblable, – mon frère! 

A ONU é tratada como a Verdade Suprema pela mentalidade média mundial – mentalidade que inclui todos os palpiteiros com opiniões “científicas” por terem feito faculdade e serem consumidores de notícias. Parece mesmo que uma opinião da ONU tem a mesma relevância de todos os cientistas do mundo– que deveriam concordar entre si obrigatoriamente, ou ao menos é assim que o vulgo que se acha cientista acha que ciência funciona. 

Ou talvez até mesmo a ONU seja o novo arauto de Deus Ele Próprio. Quem somos nós, chamados de “divulgadores de fake news”, para ousar discordar de um órgão técnico, científico como a ONU? Pelo contrário, todas as grandes questões difíceis da humanidade serão respondidas pela ONU. Deus existe? Estamos sozinhos no Universo? Como é o final de Caverna do Dragão? Quem votou no Cabo Daciolo? ONU, o órgão técnico, responderá tudo.

A ONU, além de tudo, também funciona como arauto da paz mundial. Se a ONU defende X, além de X estar certo, também significa que quem não defende X é nazista e causará genocídios, por ser o mal incarnado. ONU e verdade são tratados pela mente média mundial como sinônimos. 

As pessoas parecem se esquecer de que a ONU, bem ao contrário do imaginário coletivo ocidental, é gerida não por anjos, mas por seres humanos. Pior ainda, por burocratas fazendo gestão de políticas públicas. Pior ainda do que o pior ainda: por burocratas fazendo gestão de políticas públicas não-eleitos. Meio que aquilo que o Ocidente inteiro chama dos piores nomes possíveis – sendo “lobby” o mais brando, “ditadura” apenas um ponto no meio do caminho.

Qual o princípio de checagem desta burocracia sem rosto? Pois é. Não o há – mas a ONU considera-se checadora de tudo, atestado do que é verdade e do que deve ser censurado. Qual o contrapeso ao poder da ONU? Tampouco parece o haver – e qualquer iniciativa que questione a ONU, exatamente por isso, é tratada como ditatorial.

Quem elege os tomadores de decisões da ONU? É uma burocracia mais infernal e hermética do que repartição pública brasileira – ou soviética – mas qualquer decisão pública feita com transparência e escrutínio popular é chamada de anti-democrática, justamente por um órgão não-eleito, sem contrapesos e sem consulta popular.

Recentemente, um certo ministro de uma importante Corte de Justiça cujo nome preservaremos no anonimato pois o couro anda comendo solto afirmou que a dita Corte “não deve validar decisão que contrarie a OMS”. É curioso pensar que a dita Corte tem como mister salvaguardar a Constituição de um certo país, cujo nome também manteremos no anonimato. A Constituição diz que todo poder emana do povo – mas quem citou tal frase, foi alvo de busca e apreensão para descobrir o que andavam tramando. 

E a Constituição do dito país tampouco diz que o papel da dita Corte é chancelar tudo o que a OMS diz – ou qualquer órgão da ONU. Pelo contrário: deveria preservar a Constituição, e não… a OMS, quando uma entra em conflito com a outra. E a frase é dita com extrema naturalidade, sem um muxoxo notando que há algo errado aqui.

Fica-se a dúvida agora para o ministro. E para Atila Iamarino. E para todos os que postam barbeiragens de jornalistas achando que falam em nome “da ciência”: e agora, qual será o julgamento?

Afinal, a OMS, que aparentemente só quer o nosso bem e só tem os melhores médicos do mundo todos concordando em uníssono – este é o tal “consenso científico”, né? concordar com os pares, nunca questionar – afirmou que precisávamos ficar trancados em casa porque, mesmo sem sintomas, poderíamos causar um genocídio bem pior do que a peste negra.

Agora, diz que não é bem assim: que o contágio entre assintomáticos é “muito raro” – o que teria por corolário inescapável que podemos trocar nossas máscaras por narizes de palhaço. Depois, que na verdade tudo continua igual, afinal, foi clara em destacar a diferença entre assintomático e pré-sintomático – o que mantém o corolário óbvio de que estamos sem sintoma nenhum, usando máscara, tendo nojinho até de fazer um meneio com a cabeça para outro transeunte na portaria simplesmente porque somos otários e cordeirinhos que aceitam qualquer decisão estúpida, se chancelada pela OMS.

Em países não apenas desenvolvidos como os europeus, mas cuja própria existência e história dependam de uma tomada completa das rédeas do destino coletivo, traduzido em órgãos políticos representativos, como é o caso da América, as críticas à OMS vêm de longa data – apenas foram noticiadas por grandes órgãos do Brasil recentemente.

A OMS está sendo acusada de cúmplice do totalitarismo chinês por espalhar as desinformações que favorecem a ditatorial política chinesa – e isto em um órgão tão importante para as relações internacionais como a revista Foreign Policy.

Ainda em 18 de janeiro, a OMS afirmou que “não havia evidências” de que o coronavírus era transmissível entre humanos (este papo te soa familiar?), protegendo a China enquanto a doença parecia existir apenas na gigante ditadura asiática. A OMS tratou os números chineses, nos quais nenhum ser humano minimamente senciente acredita, como verdade absoluta (até hoje – ou você é destes trouxas que acredita que o Brasil é o segundo país com mais casos de corona no mundo?).

A OMS afirmou que as máscaras seriam inúteis, a não ser para quem está infectado. Depois, nos amordaçou. Aceitou um estudo da revista The Lancet (que, hoje em dia, contém até mesmo artigos elogiando o socialismo) que afirmou que a hidroxicloroquina não só era inútil, como até nociva para o coronavírus, e parou de financiar estudos com a cloroquina. Agora, mais uma vez, voltou atrás, após vários estudos mostrarem o erro daquele primeiro.

E assim por diante.

Ou seja, a OMS não acerta muito mais do que o Congresso brasileiro. E se tem uma turma que parece que erra sempre que abre a boca, essa turma é a dos políticos. Que andam… acatando tudo da ONU e da OMS.

Aliás, está sendo feito um movimento fascista e tirânico, com apoio de personagens como Luciano Huck, Felipe Neto e Rodrigo Maia, para censurar quem discorde da ONU, falindo trabalhadores, deixando pessoas sem dinheiro (todos elogiaram a estratégia). Um dos argumentos da censura ditatorial é… gostar dos resultados positivos que pululam sobre a hidroxicloroquina – e, claro, críticas a uma certa Corte.


E agora, não está na hora de colocar estes camaradas na cadeia? E como fica para Felipe Neto – que quer instaurar a censura no Brasil baseando-se em quem seja contra “a ciência” (ou seja, ele)? Qual será a lei (pois não será a Constituição) que será usada por aquela certa Corte cujo nome não revelamos para definir o que é o justo, se a OMS mudou tanto de opinião em tão poucos meses em que esteve nos holofotes?

Não é melhor sermos minimamente racionais (não é preciso ser um gênio, relaxa) e admitir que a OMS é apenas um órgão político, com burocratas, e não “especialistas” (como se isto significasse alguma coisa…), e não “a voz da ciência”?

Talvez ainda dê tempo. Ou talvez devamos abandonar a idéia de que vivemos sob leis mesmo e sair prendendo todo mundo e deixando as pessoas morrerem sem cloroquina – e quem pede estudos para ela e comemora quando ela salva vidas deva mesmo morrer de fome. Tudo em nome do Felipe Neto, dos fascistas que espalham fake news do Sleeping Giants, do Luciano Huck e dos nossos políticos, que só querem o nosso bem e vão nos censurar e nos mandar para a cadeia (enquanto soltam homicidas) apenas para melhorar nosso bem-estar.

Confira matéria em senso incomum.

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